Alma Gêmea

Alma GêmeaPT

Romance
Lilly G.  concluído
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Resumo
Índice

Sinopse

"Vocês morrerão e voltarão. Meu amor, você terá até a primeira aurora do seu vigésimo quinto aniversário para encontrá-lo. Ele será sua alma gêmea, mas tudo que puder impedir que você descubra isso acontecerá. Ele saberá disso, você não, e se você não conseguir descobrir que ele é sua alma gêmea até o tempo estipulado, vocês dois morrerão." O que você faria se soubesse que sua alma gêmea está por aí esperando ser encontrada? E se essa pessoa dependesse de você para sobreviver? Quando após ser amaldiçoada por seu noivo Augustus, o espírito de Elisabeth reencarna na jovem Belle que, em conjunto com a sua melhor amiga, Lia, tenta entender os sinais para desvendar os mistérios do seu passado e encontrar o grande amor da sua antiga vida, Frederick. No entanto, aos 23 anos Belle precisa lutar contra o tempo e torcer para tomar decisões que a possibilite encontrar a pessoa correta e garantir a sobrevivência dos dois. E é enquanto isso que conhece o misterioso Nathan, mudando tudo que Belle pensava acreditar até então. Um romance que ressalta o amor e a amizade, assim como te leva a um cenário misterioso e intrigante da busca da jovem por sua verdadeira alma gêmea.

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Prólogo
Inglaterra, 1217 O céu estava escuro e EIisabeth sabia que logo iria começar a chover, por isso suspendeu seu vestido e apressou os passos enquanto olhava ao redor para se certificar de que ninguém a seguia. Seu coração batia depressa e sua respiração aumentava o ritmo conforme se aproximava da antiga casa do ferreiro. Era lá onde ela marcara com Frederick e seu coração pulsava inseguro porque sabia que a essa altura não poderia desistir, caso contrário ele correria grande risco de ser preso ou pior, morto. Sendo filha de nobres, Elisabeth nunca havia andando por essa parte mais humilde da cidade. Lembrava-se das orientações que ele a dera quando combinaram de fugir, mas não tinha mais tanta certeza se as estava seguindo corretamente. Estava com medo de se perder, com medo de andar sozinha a essa hora e acima de tudo, pensar na possibilidade de conseguir chegar de fato a casa do ferreiro e alguém os encontrar a apavorava. De longe encontrou a velha cabana. O casebre de madeira pare
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Cicatriz
Rio de Janeiro, Brasil. Agora. Meu corpo ainda estava imóvel, mas minha mente começava a se encher de um barulho irritante. Eu gritava para que parasse, mas a cada minuto a música se tornava mais alta e mais irritante até que de fato meu corpo começou a despertar. Meus olhos ainda estavam fechados enquanto eu tateei pela cabeceira procurando o causador do barulho e finalmente o localizei tocando para desligar o alarme. Eu costumava amar essa música, Light On dos Backstreet Boys. Entretanto, depois de 5 anos com ela como despertador, eu queria me matar toda vez que tocava, pois eu sabia que precisava levantar. Olhei para o relógio desejando adicionar mais 10 minutos, porém eu sabia que não poderia mais enrolar. Decidida, levantei depressa antes que meu sono ganhasse e caminhei até o banheiro. A porta estava fechada e ao lado de fora pude ouvir o som da água do chuveiro caindo. Lia provavelmente estava tomando banho, o que significava que eu, com toda certeza, chegaria atrasada no tra
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Visita
Não, eu não procurei a mulher maluca do prédio, eu apenas segui minha vida dizendo a mim mesma que foi tudo uma estranha coincidência. Também tentei esquecer a cicatriz porque era apenas algo que provavelmente tinha arrumado me arranhando em algum lugar como sempre fazia. Lia me distraiu a maior parte do tempo. Ela tinha ficado bem mais bem humorada nos últimos dias desde que Isa entrara de férias e passou a ficar mais tempo com ela. Ai, ai. O amor. — Ah não, Lia fez isso? – Perguntei curiosa. — Ela entrou em pânico quando se deu conta da altura que estávamos. Quando olhei para trás, ela já havia fugido. – Comentou Isa a respeito da sua tentativa de levar a namorada para pular de asa delta, enquanto Lia se contraia constrangida e nós ríamos. — Frouxa. – Provoquei. Nós rimos e Lia encheu novamente nossas taças com vinho. Estávamos apenas em casa e eu estava segurando vela, mas nos divertimos muito enquanto ela contava como tinha sido. O que eu mais gostava em nossa amizade era a f
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Conversa
— Senhora, Lee. Como vai? — Muito bem, e você? — Ah, bem, é... posso ajudar? – Adicionei enquanto o casal nos observava curioso. — Na verdade, eu vim ajudar você. Podemos conversar a sós? Não, não e não. — Claro. - Forcei um sorriso. Olhei para as duas novamente. Elas pareciam estar achando aquilo instigante, mas na mesma hora levantaram depressa explicando que estavam indo dar uma volta e logo em seguida sumiram pelo corredor do prédio. Voltem aqui! Sentei-me ao lado da senhora, em uma direção que dava para chegar correndo a porta caso algo acontecesse. Felizmente Lia havia a deixado aberta. — Não precisa ficar assustada. – Informou Lee notando minha inquietação ao observar a porta. – Eu sou apenas uma mulher. — Foi mal, é que eu realmente acho um pouco estranho... Não a senhora, quer dizer, isso aqui, a senhora aqui. É que não nos falamos muito e...a senhora mencionou uma cicatriz. – Meu Deus alguém cala minha boca. — É exatamente por isso que estou aqui. Eu não vou te f
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Primo
Estava um dia extremamente ensolarado e nós três estávamos parados em frente à entrada do evento esperando o tal primo chegar. Sendo que ele que morava mais perto do local, não eu nem Lia. Eu não estava acostumada a esperar pessoas, eram as pessoas que me esperavam. Esse é o problema de estar sempre atrasada, você acostuma a fazer os outros de otário. Ah meu Deus! Eu sou uma pessoa horrível! Os dois estavam esperando pacientemente sentados no chão perto de uma grade que nos separava do pessoal que estava entrando, enquanto eu estava em pé olhando ao redor, não sei por qual motivo porque eu nem sabia como era a aparência do homem. Minha cabeça começava a latejar devido ao calor e meus olhos estavam quase se fechando por conta da luminosidade do sol. Eu só queria entrar e procurar alguma sombra em que eu pudesse me esconder do inferno que havia se tornando o mundo. Depois de quase meia hora o homem apareceu se desculpando imediatamente pelo atraso. Ele era bem diferente do que eu havi
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Incômodo
— Então, Luan. – Comecei tentando parecer amigável. — Nathan. – Corrigiu. — Que? — Meu nome é Nathan. — Ah claro. – Não foi o que eu disse? – Nathan. Você é parente próximo da Isa? — Sim. Ok... bom... esclarecedor. — Hum entendi. E o que você faz? – Tentei novamente. — Bom, eu trabalho no setor administrativo. — Que legal, parece até importante. — Sorri simpática. — Não é nada demais. É uma coisa da minha família – Respondeu o homem enquanto olhava impacientemente ao redor, procurando o que eu imaginava ser sua prima. — Ah... sim. – Respondi meio espantada com a grosseria do moreno que parecera na porta tão gentil. Agora ele parecia entediado e sem um pingo de vontade de conversar comigo. Olhei ao redor também esperando que os dois retornassem para que eu pudesse dar um chute em Lia por me deixar sozinha com aquela espécie de Nate Archibald pirata. Ele não parecia estar animado. Talvez fosse o calor, não culparia se fosse. Ou talvez ele não tenha ido muito com minha cara.
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Superstição
Eu não via sentindo em contornar uma escada por medo de passar por debaixo dela, também não acreditava que teria sete anos de azar ao quebrar um espelho ou que algo ruim fosse me acontecer por ver um gato preto na rua. Inclusive amo gatos pretos e quando encontrei um, o adotei. O que eu acreditava era que se uma pessoa é considerada maluca por todos os moradores de um prédio, é porque algum motivo tem. Marquei uma consulta com o clínico no dia seguinte que a senhora Lee foi me visitar. Consegui agendar para uma semana depois disso. Já havia me consultado com esse doutor diversas vezes e me sentia mais aliviada por estar ali. Não ignorei as marcas depois que vi que elas tinham se multiplicado. Não achava que era apenas algo sem importância, embora também não achasse que eram marcas resultantes das unhas de um ser do mal. Um pouco mais de 30 minutos depois meu nome foi chamado pelo doutor. Levantei-me da cadeira depressa e caminhei até a pequena e aconchegante sala sentindo minhas m
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Procura
— É o que? – Gritou Lia. — Eu sei que parece loucura, mas você tem que me escutar de coração aberto. — Como a senhora maluca do prédio sabe disso? — Eu não sei. Talvez ela não seja maluca, talvez nós que não conseguimos acompanhá-la. Lia continuou me observando em silêncio. O que será que ela estava pensando? Que eu sou maluca também? Não, ele não acharia isso. Talvez achasse que eu estou assustada o suficiente para encontrar sentido nisso tudo. Talvez fosse isso mesmo, eu não sei. No entanto, ao contrário do que eu esperava, ela sentou-se ao meu lado e disse: — Posso ver? Demorei uns segundos para entender sobre o que ela estava falando até me dar conta de que ela se referia as cicatrizes. Feliz por não a ter espantado, levantei minha blusa e mostrei as três marcas em meu peito. Elas não haviam piorado desde que mostrei ao médico e ainda não doíam, então imagino que era um bom sinal. Lia aproximou-se analisando com curiosidade. Pela sua expressão, ela estava levando a sério tu
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Sorte
Errado. Assim que chegamos ao local que Lucas pretendia, ele me aproximou da parede e colou seus lábios novamente nos meus. Coloquei minhas mãos em seu pescoço enquanto abria minha boca e deixava que sua língua viesse em encontro da minha. O cheiro do álcool não parecia ter muita importância agora. Suas mãos se moviam lentamente da minha cintura para meu quadril, ele me pressionava na parede e sua boca descia por meu queixo e posteriormente ao meu pescoço. Sua mão se entrelaçou nas minhas puxando-as para seu corpo em seguida descendo por sua barriga. Foi nesse momento que percebi que ele havia desabotoado seu jeans. — O que você está fazendo? – Perguntei enojada. — O que foi, linda? Vai dizer que você não quer também. — Que? Ai meu Deus! Bastante indignada e constrangida com a situação eu me afastei do homem e caminhei em direção ao bar. Embora já tivesse vindo algumas vezes e beijado homens aleatórios com bastante frequência, não gostava de ir tão rápido assim. Eu gostava de faze
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Viagem
Faltavam apenas uma semana para as férias da Isa acabar, logo ela já estava sofrendo antecipadamente pelos próximos meses de aula. Eu a entendo perfeitamente porque eu fazia a mesma coisa. A faculdade foi a pior fase da minha vida. Os alunos eram na maioria ricos, vindo de escolas caras, que sempre falavam palavras como execrável para mostrar quão inteligentes eram. Eu, por outro lado, cresci em um bairro simples, com pessoas simples e não consegui me adaptar muito bem. Na maior parte do tempo ficava sozinha. Devido ao fim das férias, Isa queria aproveitar os últimos dias intensamente, então ela teve a ideia de nos convidar para uma viagem na casa de praia de sua tia. Pelo que entendi, a casa tinha espaço suficiente para convidar a mim, Lia, seus amigos, Nicolas e Luíz, uma amiga dela, Anne, e obviamente o filho da dona, ou seja, seu primo mal educado. No momento que ela me disse que ele ia, um desânimo muito forte caiu em cima de mim. Eu não sei explicar o porquê, mas aquele garoto
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