Foi amor a primeira vista, mas ela era proibida para ele, nova demais, porém ele a queria. Ele sempre teve tudo que deseja aos seus pés, e fará de tudo para tê-la em seu domínio, nem que para isso precise engravida-la. Seus destinos estavam traçados desde muito cedo. Ela nunca deveria ter cuidado com o que deseja, afinal, palavras tem poder.
Ler maisSeleneDionísio meio que ficou me evitando desde que voltamos da casa de seus pais. Vou dar esse espaço para ele mas depois eu vou cumprir com o que prometi ou não me chamo Selene. Vou fazer Dionísio perder a cabeça e me levar junto para seu abismo.— Devo admitir Selene você é corajosa!. — Clarice bate palmas me olhando surpresa. Acabo de contar tudo que aconteceu desde ontem até da cena do carro mas não em detalhes — Mas não sei se sua coragem é normal.— Eu não vou desistir!.— Você é maluca e eu sei que não vai Selene mas você tem noção de que está grávida e seu noivo tem quase o dobro do seu tamanho e sem contar que tem problemas em controlar sua irá. — Namorado. — Corrijo — Não se preocupa eu não vou irritar ele só vou seduzir ele, relaxa Clarice.Meu celular apita com uma notificação e vejo uma mensagem de Dionísio pedindo para que eu me arrume e me encontre com ele lá fora.— Quer um conselho, quando estiverem sozinhos trate de usar uma lingerie bem provocativa e coloque uma
SeleneAcordei pela manha toda envergonhada pela sequencia de acontecimentos da noite anterior, se vergonha matasse eu estaria morta nesse exato momento. Eu definitivamente não deveria ter agido igual uma cadela no cio, da ultima vez em que pedi que ele me fizesse esquecer de tudo, terminei gravida e com um sentimento de culpa mais grande que o universo. Entretanto devo admitir que dormir aconchegada a ele foi uma das melhores sensações do mundo, eu acho que estou gostando do pai do meu filho mais do que eu deveria. Agora estou aqui olhando pro meu reflexo e não me arrependo pelas palavras trocadas entre mim e Kátia, mas sim sorrindo igual uma adolescente idiota apaixonada.— Fiore? — ele chama por mim batendo na porta. — Um minuto. — respondo esquecendo o que eu queria fazer, meu Deus se controle garota, ele é só um homem. Um minuto bonito, carinhoso e protetor.— Já se passaram um minuto, vou entrar. As engrenagens do meu cérebro voltam a funcionar e rapidamente corro até a port
SeleneO quanto a música mais vai ficando para trás como uma memória do passado. Eu estou começando a odiar minha própria mãe, será que ela não pode tentar se colocar em meu lugar, está bem que minha vida não saiu como ela planejou mas isso não dá a ela o direito de me descartar igual lixo, um simples projeto fracassado. Passo a mão pelo rosto limpando as lágrimas que insistem em cair tentando ao máximo não atrai a atenção de Dionísio, ele abre a porta de um quarto e da espaço para que eu entre. O quarto está parcialmente inundado na escuridão a não ser pela luz do luar atravessando as janelas iluminando somente uma parte da cama. — Você está bem? — Posso não enxergar seu rosto direito mas suas esferas verdes parecem brilhar para mim tristes como se sentissem a mim. — Estou bem. — Sussurro engolindo o choro, dói tanto por dentro que chega a machucar por fora, seus braços me envolvem em um abraço reconfortante. Somente deixo que ele faça isso e tome parte da minha dor. — Você é mar
Selene Ano novo Dionísio passa pela porta como sempre, sem pedir licença, caminhando em minha direção com uma sacola preta com o logo da Prada e uma caixa vermelha. — Obrigada por ter batido a porta. — Falo passando a loção em minha perna apoiada na beirada da cama. Ainda bem que eu tô de roupão, ficar nua em meu próprio quarto é um perigo já que Dionísio está sempre entrando sem pedir permissão. — Como você está? — Ele deixa a caixa e a sacola na cama. — Estaria melhor se você soubesse bater a porta. — Retruco e caminho até a penteadeira, pego no perfume e passo em meu corpo. — Minha casa e minha noiva não vejo a necessidade de tal ato. — Sua boca se curvou em um sorriso de satisfação mesmo com sua expressão fechada. — Pode ir tirando o cavalinho da chuva querido, meu quarto, minhas regras e eu não sou sua noiva! — Exclamo caminhando até ele e fico na frente dele — Pode sair do meu quarto. Para que eu possa me vestir senhor Moretti ou será que é pedir muito?. — Eu trouxe um
SeleneO ano novo é já amanhã e também o dia em que eu participarei da festa anual de dona Isabela como parte da família Moretti, na verdade Donatella quem fará parte oficialmente, eu sou Somente uma intrusa, um dano colateral, um tecido arrancando de um tapete para ser costurado em outro com amor e carinho.Cinco dias convivendo com Dionísio não foram tão ruins assim, até que eu gosto da companhia dele, mesmo que maior parte do tempo ele passe calado porém eu sei que ele está aqui, do meu lado.— Monalisa, olhos e mente na faca não em Dionísio. — Clarice diz me fazendo revirar os olhos de suas insinuações.— Acha mesmo que meus pensamentos giram em torno de Dionísio? — Volto minha atenção a chapa cortando os vegetais. Conheço Clarice a dois dias e posso dizer que sabe bem ter uma mulher nesse labirinto, mesmo que ela seja doida das ideas. Na verdade eu e ela não somos tão diferentes na aparência, as duas somos negras e pirada das ideias, sinto como se já nos conhecemos a anos.— Cor
SeleneLevo minhas mãos aos fios macios de seus cabelos, e ele abre um sorriso mesmo que seja quase impossível de se perceber. O que você está fazendo Selene? É suposto ficar longe de homens bonitos, mas eu só quero tocar nele. Talvez ele seja diferente.— Por que Cinerária? — Tento alinhar alguns fios rebeldes e sem querer toco em seu rosto, sua barba rasa provoca uma sensação agradável em minha palma e não consigo tirar meus olhos dos seus ou dos seus lábios.— Por que não todas as flores? O encanto delas lembra o seu, Cara mia Cinerária, Gérbera, Narcisos, Tulipas, Margaridas, violetas, você possui a essência de todas elas. — Sinto suas mãos descendo até minha cintura e ali repousar não avançado mais nem um centímetro.— Como você pode gostar de alguém que não conhece? — Quem gosta de uma flor á arranca, quem ama cultiva, cuida dela e faz ela brilhar. Para que uma flor não murche ela requer cuidados, e você é a minha.Minha respiração se torna escassa e meu coração parece querer p
SeleneQuando dizem que as coisas boas na vida não duram para sempre, é a mais absoluta verdade, a vida anda tão depressa que as vezes nos perdemos em pequenas coisas, perdemos tudo em frações de segundos, num minuto você é alguém e no outro não. Meu celular vibra e me pergunto se eu deveria atender, quando o nome de Gaspar aparece na tela respiro fundo atendendo.— Bom dia meu raio de sol.— Bom dia, como você está?— Liguei para saber como você está.— Estou bem, me adaptando a nova vida.— Ele te trata bem? — Tão bem que chega a ser sufocante, mas mudando de assunto, como vão as coisas por aí, está cuidando bem das minhas bebês?— Elas são minhas bebês também, mas esse lugar não é o mesmo sem você.— Você dará um jeito. — Não se Kátia decidir fechar.— O que, ela não faria isso.— Talvez ela não faça, só esteja blefando mas Selene, esse lugar está desmoronando.— Eu.. tenho que desligar. — Desligo e jogo o telefone na cama. Sinto como se o mundo estivesse se fechando ao meu redor
DionísioNão acredito em destino nenhum, para mim as coisas são preditadas, somente as nossas escolhas fazem com que esse caminho mude, e eu escolhi largar minha obsessão e seguir meu caminho.Talvez seja ironia do destino me forçando a acreditar que ele talvez exista, colocando ela de novo em meus caminhos. 12 anos se passaram, 12 malditos anos lutando contra o desejo e a obsessão insana, eu tinha total conhecimento de que ela era estritamente proibida para mim. Foram anos de terapia, colégios militares e ate me alistei nas forças especiais, tudo isso para tirá-la da minha cabeça, ate que eu tentei, mas eu via ela em cada mulher, seu sorriso em meus sonhos e seus olhos avelã em cada canto. Eu estava doente, isso eu não poderia negar, ou somente estava apaixonado. Eu tentei voltar para Itália anos atrás porém minha mãe impediu, ela sabia que eu ainda não estava pronto para voltar a casa e encarar meus demônios, mas cedo ou tarde eu teria que voltar e o casamento de Domenico, foi o
Selene— Entre. — Ele diz apontando para porta a seguir á do meu quarto.— O que tem ali dentro? — Questiono tocando na maçaneta cogitando a ideia de entrar porém a curiosidade grita para que eu entre.— Somente entre. — Nossa que humor do cão. Você não sabe sorrir não?— Temos que trabalhar na sua linguagem. Não é nada apropriada.— Sabe que mais eu vou entrar. Abro a porta entrando no quarto e sinto meu coração aquecer. Tapo minha boca andando devagar como se estivesse imersa naquele lugar. Uma cadeira de balanço, muitos puffs e ursinhos de pelúcia. Os ursinhos carinhosos. Me permito respirar e observar o resto das coisas, telas em branco, muitos pincéis, tintas, lápis, lápis de colorir. Até tem uma máquina de costura.— Como eu não sabia exatamente quais são seus hobbies eu coloquei todos.Sinto meus olhos ardendo e as lágrimas escapando, limpo elas rapidamente. Me viro passando por ele rapidamente saindo daquele lugar. Encaro o corredor tentando relembrar do caminho, e simplesme