O noivo canalha traiu com uma jovem interesseira, então Valentina Pereira encontrou um "gigolô" no bar e se casou com ele.O marido, resultado de um casamento súbito, era de uma beleza estonteante e, para surpresa de todos, compartilhava o mesmo sobrenome do arquirrival de Valentina, Sr. Mateus Mello.Valentina insistia: "Deve ser coincidência!"No entanto, sempre que Sr. Mateus fazia sua aparição, a presença do marido, fruto de um casamento impulsivo, se tornou inegavelmente evidente, ao que ele sempre respondeu:- Deve ser coincidência!Valentina se mantinha firme em sua crença, até o momento em que flagrou Sr. Mateus e seu marido partilhando a mesma aura deslumbrante.Valentina, com os punhos cerrados e os dentes rangendo, se preparou para o confronto:- Será mesmo coincidência?Se espalhou o rumor de que o líder da família Mello, Sr. Mateus, se apaixonou por uma mulher casada.Imediatamente, a família Mello contestou:- Rumores! São apenas boatos. Um descendente da família Mello jamais interferiria no casamento alheio!Porém, ao se virar, Sr. Mateus apareceu em público ao lado de uma dama, proclamando:- Não é um boato, minha esposa de fato é casada!
Ler maisBastaria ela se comportar bem diante da Sra. Mello e até fazer com que a Sra. Mello adotasse mais uma irmã adotiva. Não seria impossível, certo?Cássia pensou assim, e de repente sentiu uma chama de determinação acender em seu coração.Mas essa chama queimou apenas por um instante, logo sendo apagada por um balde de água fria, sem piedade.— Você não precisa fazer nada por mim. Eu não gosto de você. — Valentina disse, sorrindo suavemente. Essas palavras diretas não surpreenderam apenas Cássia, mas também os outros fora da sala, que ficaram um tanto atônitos."O que... Está acontecendo? A Sra. Mello não ia adotar Cássia como irmã adotiva? Como assim ela diz que não gosta dela? E mais... A Sra. Mello já ia adotar a Cássia, mas parece que elas não se conhecem direito. O que está acontecendo aqui?"Por um momento, todos ficaram curiosos.Aderbal, que estava segurando a mão de Cássia, imediatamente ficou rígido.— Sra. Mello, o que... Quer dizer com isso? — Percebendo que poderia ser mal in
— Minha irmã já deveria voltar para casa.Neste momento, Cássia não se importava mais em agradar ninguém.Ela puxou Selene e foi embora, mas, ao passar ao lado de Henrico, Selene deu um grito repentino e parou.Cássia olhou para trás e viu que o Sr. Henrico havia pegado a outra mão de Selene.— Por que tanta pressa? — Henrico, sem pressa, olhou com indiferença para a mão de Cássia que segurava a de Selene. — Solte ela!Cássia sentiu um frio na espinha.Quando estava prestes a soltar a mão de Selene, ela desistiu da ideia.— Desculpe, minha irmã...— Solte ela! — Antes que ela pudesse terminar de falar, Henrico aumentou o tom de voz.A raiva latente em sua voz fez Cássia engasgar, sem conseguir respirar direito.Mas será que ela deveria realmente soltar Selene? Ela não queria. Então, apertou a mão de Selene com mais força, como se, ao soltá-la, visse Selene alcançar o sucesso sem ela.Isso era algo que Cássia não queria de jeito nenhum.— Solte ela! — Henrico falou novamente.Desta vez,
"Bolo? O que essa Selene está fazendo com um bolo?" Cássia não deu importância e, com um movimento discreto, puxou o pulso de Selene com um pouco mais de força. No instante seguinte, o bolo caiu no chão. — Ah... Selene exclamou surpresa e, com uma expressão de pesar, se agachou para pegar o bolo. Cássia aproveitou o momento e, sem que ninguém percebesse, empurrou ela levemente, fazendo com que Selene acabasse de joelhos no chão. — Assim está certo, Sra. Mello. Minha irmã reconhece o erro, por favor, tenha piedade... — Mas tem que castigá-la severamente! Cássia pensava assim, mas não ousava dizer essas palavras em voz alta. Ela precisava fingir que intercedia por Selene, pois isso mostraria sua bondade e responsabilidade. No entanto, antes que pudesse fingir estar pedindo clemência, uma voz soou de repente: — Erro? Que erro? Aquela voz fez o corpo de Cássia enrijecer instantaneamente. Ela olhou para a figura sentada no sofá de costas para ela. Então, se virou na direçã
— De fato, foi um grande susto. A voz soou um pouco grave. Cássia ouviu isso e ficou animada, achando que não apenas havia convencido a Sra. Nina, mas também finalmente persuadido a Sra. Mello. Por isso, quando a Sra. Mello perguntou de repente: — Quem você acha que me assustou? Ela quase respondeu sem pensar: — Selene! O tom assertivo parecia estar condenando alguém. Mas ela respondeu rápido demais, o que inevitavelmente gerou suspeitas. Ao perceber o olhar estranho da Sra. Nina, tentou se recompor apressadamente: — Selene é minha irmã. Eu apenas a vi subindo as escadas antes, então pensei que talvez fosse ela quem esbarrou na Sra. Mello. — Assim que terminou de falar, Cássia se ajoelhou no chão, ainda mais emocionada. — Sra. Mello, se minha irmã realmente a esbarrou sem querer, por favor, perdoe ela! Ela pode ser impulsiva, mas com certeza não fez isso de propósito. O jeito como Cássia demonstrou incerteza parecia sugerir que nem ela mesma sabia se Selene havia fe
— Vocês dois... São noivos? A pessoa parada na entrada da escada lançou um olhar hesitante entre Aderbal e Cássia. Mal a pergunta foi feita, Aderbal prontamente respondeu: — Sim, Cássia é minha noiva! Seu olhar era firme, como se Cássia fosse, de fato, sua legítima noiva. De qualquer forma, ele estava determinado a romper o noivado com Selene. Agora que Cássia teria a chance de se destacar diante da Sra. Mello e realmente se tornar sua benfeitora, ele insistiria em trocar sua noiva por Cássia. Seu avô certamente não teria mais objeções. Quem sabe? Talvez ele e a família Ferreira acabassem se tornando benfeitores da Sra. Mello. Se isso acontecesse, seu avô até o elogiaria. Quanto mais Aderbal pensava nisso, mais empolgado ficava. No entanto, a pessoa que os questionava era cautelosa. Mesmo com a afirmação de Aderbal, isso ainda não bastava. Ela voltou seu olhar para Cássia, esperando sua confirmação também. Naquele momento, os pensamentos de Cássia estavam a mil. S
No andar de baixo, as damas da alta sociedade não conseguiam se aproximar da Sra. Mello e só podiam se esforçar para agradar a Sra. Nina. Toda a atenção estava voltada para a Sra. Nina, exceto a de Cássia. Cássia viu Selene subir as escadas e, desde então, aguardava ansiosa por algum movimento no andar de cima. No entanto, à medida que o tempo passava, ela começou a ficar inquieta. Ela havia enganado Selene para que subisse, esperando que ela esbarrasse na Sra. Mello. Mas não tinha certeza do que aconteceria lá em cima. Sabia que Selene não necessariamente cruzaria o caminho da Sra. Mello, então já havia se preparado para outras possibilidades. Seu plano envolvia Aderbal. Cássia sabia exatamente como instigar a aversão de Aderbal por Selene e atiçar sua raiva contra ela. E uma vez enfurecido, seria muito fácil que ele acabasse envolvendo a Sra. Mello no meio do caos. Ao perceber que o andar de cima continuava em silêncio, Cássia decidiu partir para a próxima etapa de seu
— Vocês... Têm um segredo! O olhar de Valentina vagava entre os dois e, como esperado, percebeu que suas expressões não eram naturais. Como se tivessem se lembrado de algo, trocaram um olhar por um instante, mas logo desviaram, como se tivessem sido queimados. Parecia... Culpa de quem esconde algo?! Assim que Valentina falou, duas vozes soaram ao mesmo tempo: — Não... — Não... — Não temos segredo nenhum! A última frase foi dita com a mesma entonação, firme e incrivelmente sincronizada. Essa sintonia... Que coisa! Valentina arqueou a sobrancelha. — Mesmo? Eu não acredito! Embora não conhecesse Henrico há tanto tempo, já havia aprendido um pouco sobre ele e nunca o vira tão desconfortável como agora. E aquela mulher de preto... Valentina a observou. À tarde, já havia simpatizado com ela. Diferente daquela "coelhinha branca", que, apesar das roupas imaculadas e do semblante inocente, exalava uma aura calculista que incomodava. — Venha, se sente aqui. — Valent
"Quem poderia ser para fazê-lo mostrar essa expressão?" Selene estava curiosa. Seu instinto lhe dizia que essa pessoa devia ser muito especial. Ela observou o olhar de Henrico, tentando encontrar nele algum traço de ambiguidade. Mas, além de admiração, não havia mais nada. Isso a deixou ainda mais intrigada. Infelizmente, Henrico não respondeu, nem sequer continuou o assunto. Ele lançou um olhar para o espelho no final do corredor, onde o casal continuava seu momento de paixão ardente. Justo quando pareciam prestes a seguir até o fim ali mesmo, finalmente se separaram. No corredor. Cássia estava apoiada contra o peito de Aderbal. Se fosse antes, ela teria aproveitado bem essa oportunidade. Mas, depois de ver Henrico, Aderbal já não lhe parecia tão interessante. — Cássia, esta noite nós... — Aderbal ainda estava imerso no desejo do momento. Seu tom era claro: ele não queria que aquilo terminasse ali. Cássia sabia muito bem o que ele queria dizer. Mas, ao pensar em
Num instante, parecia que um raio de luz explodira na mente de Henrico. E, junto com isso, veio o pânico. Selene também estava perdida. Ela ouvira claramente aquelas palavras dele: "Não é de verdade!" Mas... Quando ouviu, já era tarde demais para interromper seu movimento. A situação agora... Ela provavelmente entendera tudo errado! "Será que devo pedir desculpas?" O rosto de Selene estava cheio de constrangimento. Instintivamente, ela recuou, pronta para se desculpar sinceramente, explicando que não fora intencional. Mas, como já tinham ido longe demais, Henrico não permitiria que a única "testemunha" percebesse algo errado. — Não se mexa. — Henrico falou em voz baixa, com uma das mãos apoiando suas costas, impedindo que ela recuasse nem um centímetro. Selene congelou seus movimentos. Seus lábios ainda estavam colados aos dele. Seu corpo estava rígido, e sua mente, em branco. Ela sentia claramente a respiração do homem. Mesmo que fosse apenas um toque de lábios,