Capítulo 4 Vamos nos casar!
- Ok, amanhã vou me encontrar com o Tio Mello. Também devo preparar um grande presente. Pode deixar, vou me comportar bem.

...

Depois que Heitor partiu, Valentina entrou e apanhou a foto no chão, olhando friamente para a Sarah:

- A foto ficou boa, é uma pena que não tenha capturado o rosto dele.

O homem da noite anterior era muito bonito, não deixava nada a desejar em comparação aos astros do cinema de grande apelo popular.

Sarah se sentiu culpada; sabia que Valentina suspeitaria dela por causa do ocorrido na noite anterior.

Estava prestes a se defender, mas Valentina se virou para Nicole.

Nicole, com uma expressão de pura inocência, a doce e inofensiva flor, sentiu uma raiva que a fazia ranger os dentes.

Não podia acreditar que, mesmo após flagrar Valentina com outro homem, Heitor ainda se recusava a cancelar o casamento.

Estava determinada a usar isso para convencer seu pai a expulsar Valentina da mansão, mas Valentina, de repente, sorriu e disse algo que atingiu Nicole profundamente:

- Na festa de aniversário da Beatriz, amanhã à noite, Heitor me pediu para me preparar bem, dizendo que vamos discutir o casamento. Niki, você também vai?

Nicole tremia de raiva.

Heitor nunca a havia levado a nenhum evento da família Alves, nem aparecia com ela em público.

Por que, sendo ambas filhas da família Pereira, Valentina podia se apresentar abertamente, enquanto ela tinha de se esconder nas sombras?

A expressão inocente de Nicole se desfez gradualmente, substituída por ressentimento e inveja.

Valentina observou ela friamente.

Então, essa era a menina simples no oração de Heitor que não quer ser identificada/título formal?

Antes de flagrá-los juntos na cama, tinha recebido uma mensagem de Heitor pedindo para encontrá-lo.

Aquela mensagem tinha sido enviada por Nicole, não tinha?

Verdadeiramente "inocente"!

Valentina lançou um olhar sarcástico para Nicole e saiu da mansão com a foto em mãos.

Ela não se casaria com Heitor!

Mas na festa de amanhã, daria a ele uma "surpresa"!

Se Heitor queria a Estrela Luminosa Joalheria, então veria seus planos desmoronarem.

A melhor maneira seria se casar, mas o noivo não seria ele!

Mas quem poderia ser o noivo?

Valentina de repente viu a silhueta do homem na foto que segurava e seus olhos se estreitaram:

- Não é este um candidato perfeito?

...

Valentina chegou ao bar Noitada.

Era meio-dia, e o bar ainda não estava aberto.

Valentina observava a porta fechada, pensando em como poderia entrar em contato com o homem da noite anterior o mais rápido possível.

Em um quarto no segundo andar do bar Noitada, um guarda-costas mostrava a Mateus a imagem das câmeras de segurança em um tablet:

- Chefe, tem uma mulher rondando a porta. Devemos tomar medidas extremas?

Osvaldo era o proprietário oficial do bar, mas Mateus era o maior acionista.

Depois de um encontro com um atentado na cidade HC, Mateus ordenou que George e os outros guarda-costas ficassem no Mar Grande Hotel, enquanto ele vinha para cá sozinho, sem que ninguém soubesse do seu paradeiro.

Tudo o que ele conseguia pensar era na mulher que tinha roubado sua roupa na noite anterior e o humilhado com uma moeda.

Estava prestes a ordenar que os guarda-costas a expulsassem.

Mas então, seu olhar casualmente captou a mulher nas câmeras de segurança...

Era ela!

Os olhos aguçados de Mateus se estreitaram, um sorriso frio e perigoso se formou em seus lábios:

- Tragam-na... Para dentro!

Em pouco tempo, a porta do bar se abriu.

Vários homens de terno preto se aproximaram de Valentina.

- Senhorita, por favor, alguém deseja vê-la.

Valentina foi cercada e levada para dentro do bar, confusa.

Recuperando o senso, Valentina logo pensou em obter o contato do homem da noite anterior através deles.

Mas, quando estava prestes a falar, percebeu que não sabia o nome do homem.

Deveria chamá-lo de... Gigolô de primeira linha?

Sua bela aparência, aquela dedicação ao trabalho, ele certamente merecia esse título?

- Por favor, vocês poderiam me dizer onde está o seu che... - Antes que terminasse, a porta se fechou com um estalo atrás dela.

Foi então que Valentina percebeu que tinha sido levada para um quarto.

O quarto estava semi-iluminado, a única fonte de luz destacava uma pintura na parede oposta. Diante dela, havia um homem.

O homem vestia uma camisa preta de cetim, idêntica à dela, com uma silhueta alta e imponente... Essa silhueta lhe parecia familiar.

De repente, o homem se virou, e Valentina viu seu rosto, um brilho de excitação apareceu em seus olhos:

- É você!

Era... O homem que ela estava procurando?

Mateus observava a mulher à porta com um olhar profundo e gélido.

- Sou eu.

Estava procurando por ela, e ela veio procurar por.

Ela ainda usava a camisa que tinha roubado dele, e a marca de um beijo semivisível em seu colarinho o fez lembrar instantaneamente da perda de controle da noite anterior e da humilhação da moeda da manhã seguinte.

Humilhá-lo teria um preço!

O canto da boca de Mateus se curvou em um sorriso perigoso, mas Valentina, com um rosto cheio de excitação, se aproximou e agarrou seu pulso, olhando com fervor e expectativa para ele:

- Vamos nos casar!
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