O pai biológico a ignorava, a madrasta a maltratava, e Karina, sem saída, foi forçada a se casar com o nobre Ademir Barbosa, da Cidade J! No dia do casamento, seu marido descobriu que ela havia perdido a virgindade antes da união, e a julgou como uma mulher de moral dissoluta e vida desregrada. Após dez meses de gravidez, Karina deu à luz, assinou os papéis do divórcio e saiu de casa sem nada, desaparecendo sem deixar rastros. Anos depois, Karina voltou para a Cidade J, acompanhada de uma criança. - Sr. Ademir, ouvi dizer que o senhor está precisando de um médico particular? Ademir, muito satisfeito, respondeu: - Você está contratada. Diziam por aí que o Sr. Ademir não tinha esposa, não precisava de amante, mas dedicava um imenso carinho à sua médica particular, tratando o filho dela, cujo pai era desconhecido, como se fosse seu próprio filho.
Leer másEla virou a cabeça, tentando se livrar do controle dele. Puxou o cobertor e o enrolou em volta de si, se virando na cama e se deitando, sem mais olhar para ele.Não disse para ele ir embora, nem pediu para ele ficar. Ela havia, de alguma forma, permitido que ele ficasse? Não importava, Ademir não iria embora. Levantou o cobertor e, sem hesitar, se deitou ao lado de Karina novamente, abraçando-a.Karina se irritou na hora, se levantando bruscamente da cama. Dessa vez, saiu diretamente da cama.— Fique onde está! — Ademir segurou seu pulso. — Onde você vai?Se ela ousasse dizer que ia dormir no sofá...Mas Karina não disse isso:— Vou pegar outro cobertor.Era claro que ela queria dormir separada dele.Ademir riu, sem deixar de segui-la. Segurou-a firme e não a soltou:— Não, não vou deixar. Vai dormir assim, comigo!Ele usou força, e Karina sentiu um leve desconforto. Não conseguia se soltar, e logo foi puxada de volta para a cama, caindo no travesseiro e sendo envolvida por ele nos bra
Ademir estava com o rosto tenso, mas assentiu: — Alguém vai levar até lá para ela. — Imagino que seja assim. A sopa de alho e gengibre claramente não foi feita para ela. Quem tinha se molhado na chuva foi a Vitória, e foi por causa dela que Karina estava recebendo aquela sopa. Karina sorriu, mas não pegou a tigela de sopa de alho e gengibre. — Você pode levar para ela, eu não preciso. — Karina balançou a cabeça, pegando o cobertor, querendo deitar novamente. — Não precisa de quê? — Ademir foi rápido, segurando-a. — Tome primeiro, depois pode dormir! — Eu não vou tomar. — Karina não entendia por que ele estava insistindo tanto. — Você fez para ela, então é ela quem deve tomar, por que você quer que eu também tome a sopa? Ela estava questionando. Afinal, a sopa de alho e gengibre era para quem? Ademir também estava confuso: — Porque ela também tem, então você não quer tomar? Ela tinha esse tipo de hábito. Ademir se lembrou da primeira vez que ela recebeu uma pulse
Ademir não sabia o que fazer. Olhou para Karina, procurando alguma resposta. Karina arregalou os olhos e perguntou: — Por que você está me olhando? Não vai querer que eu dê banho nela, vai? Isso não é algo que você deveria fazer? Num instante, o rosto de Ademir se fechou com raiva. — Você pode parar de falar bobagens? Não é isso que eu estou pensando. Karina deu um sorriso de escárnio. Só um tolo acreditaria nas palavras dele. Durante o breve tempo em que estiveram juntos, ele não só a abraçou enquanto tomavam banho, mas a situação com Vitória seria ainda mais íntima. Pensando nisso, Karina torceu o rosto com desgosto. — Karina. — Ademir a chamou, apontando para a mesa. — Me passe o celular. "O que ele vai fazer?" Karina estava irritada e não queria questionar mais, então pegou o celular e lhe entregou. Ademir pegou o celular e fez uma ligação: — Sou eu. Sim, isso não é parte das suas responsabilidades, mas vou pagar a mais por isso. Karina, curiosa, escutava
— Vitória! — Ademir reagiu rapidamente, segurando o braço dela para impedi-la de se aproximar. — Ademir? — Vitória ficou paralisada, com uma expressão de dor. — Você me empurrou? Ademir balançou a cabeça lentamente, e disse: — Vitória, aqui é o meu quarto de casamento. Num instante, os ombros de Vitória tremeram levemente, e ela viu Karina, que estava muito próxima do banheiro. Seu olhar imediatamente escureceu. "Isso, sim... Aqui é o Hotel Berlengas." O casamento dele estava prestes a acontecer, e Karina estava ali. Não havia nada de anormal nisso. Ao pensar assim, as lágrimas de Vitória caíram novamente. Ela se levantou sozinha e, com as mãos, enxugou os olhos. — Eu deveria ir embora. Dizia isso enquanto baixava a cabeça e corria para a saída. Foi quando, de repente, colidiu com Karina. Vitória parou, com os olhos vermelhos e, com dificuldade, disse: — Desculpa, eu não devia ter vindo. Eu estava muito triste, bebi demais e minha mente não estava clara, foi
As Ilhas Berlengas eram um destino turístico excelente, e o que não faltavam por ali eram hotéis.Ademir tirou as chaves do carro do bolso e entregou ao segurança.— Por favor, me ajudem e tragam o carro até aqui.— Claro, Sr. Ademir.O segurança, muito respeitoso, pegou as chaves e começou a caminhar em direção ao estacionamento. Mas, após alguns passos, ele parou.Engoliu em seco e disse:— Sra. Barbosa...O segurança pensou consigo mesmo, preocupado:"Que dia é hoje? Será que estão me pegando como amante? Por que estou vendo tudo isso?"— Olá. — Karina apareceu, com um sorriso tranquilo no rosto, segurando um guarda-chuva.Ela olhou para Ademir.Nesse momento, Ademir ficou paralisado, o corpo completamente rígido.— Karina...Karina deu uma olhada rápida em Vitória, que estava desorientada nos braços dele, e soltou um sorriso bem sutil:— Vai pegar o carro? Para onde está indo?Ademir sentiu a culpa tomando conta dele. Já que Karina havia chegado, ele não poderia mais levar Vitória
Num piscar de olhos, Karina ficou paralisada.A Vitória chegou?Lucas continuou:— A Vitória deve ter ido procurar o Ademir. Você está com ele, certo? Fique de olho nele, não o perca de vista.Karina mordeu os lábios, sem responder.Ela não imaginava que Lucas estava ali para lhe contar isso.Mas já era tarde demais.Claramente, Ademir tinha saído pouco antes, e o motivo era para se encontrar com a Vitória.O que Karina não conseguia entender era por que Lucas estava lhe contando aquilo.Vitória não era a filha que ele mais amava? Mesmo já tão doente, ele ainda não conseguia permitir que ela doasse o fígado.Karina perguntou diretamente:— Por que você está me contando isso?— Karina... — Disse Lucas com dificuldade. — No passado, foi o papai quem te feriu, mas daqui para frente, eu só quero que você seja feliz. O Ademir não merece você...Sem esperar que ele terminasse, Karina desligou o telefone.A cor de seu rosto ficou pálida, e sua respiração se acelerou, tomada pela raiva.Ela nã
— Foi o que o avô disse! O avô falou que, antes do casamento, não podemos dormir juntos! Essa é a regra! Essa era a regra: antes do casamento, era melhor que o casal não se encontrasse. Otávio já estava se preocupando com o neto. Ademir estava completamente sem palavras: — Que regra é essa?! Karina se divertiu com a reação dele e respondeu: — Se você tem alguma reclamação, pode ir falar com o avô. Eu não ouso. — Você não ousa? — Ademir esticou a mão e foi fazer cócegas na sua axila. — O avô te adora, você é a mais querida dele. Se você não ousa, então eu não tenho o que falar! Você está dizendo isso de propósito, veja se eu não te ensino uma lição! Karina não conseguiu se controlar, soltando uma risada, enquanto tentava se esquivar: — Eu errei! — Vai ousar de novo? Se não fosse pelos braços dele ao redor dela, Karina teria caído no chão de tanto rir. Ela sorriu e se desculpou: — Não ouso mais, não ouso mais! — Então, dessa vez, eu te perdoo. Ademir apertou
Patrícia, curiosa, perguntou: — Deve ser um presente de casamento, não? — Acho que sim. — Vamos abrir logo e ver o que é? Preciso me afastar? Karina ficou sem palavras e respondeu: — O que é isso? Sem mais demora, ela abriu a caixa de entrega. Era uma caixa de joias, que parecia conter uma pulseira ou um colar. Ao abrir a tampa, confirmou que era uma pulseira. Os olhos de Patrícia brilharam: — É bem bonita. O mais importante era que a pulseira parecia ser exatamente do gosto de Karina. Era simples e elegante, com um design bastante cotidiano. Dentro da caixa, havia também um cartão com uma mensagem escrita à mão: "Espero que você encontre alguém que realmente te faça feliz." Era claro que as palavras eram de Túlio. Patrícia ficou subitamente em silêncio. Karina também permaneceu em silêncio. Ela não sabia como Túlio se sentia ao escrever aquelas palavras. Aquela pulseira foi a mesma que ela experimentou no shopping no dia em que foi escolher o vest
— O quê? — Rui ficou surpreso, rindo enquanto dizia. — O Sr. Ademir não te contou? Então ele queria te fazer uma surpresa. Em seguida, explicou: — O Sr. Ademir falou que, como o Catarino vai para o Instituto do País de Gales, seria preciso alguém para cuidar dele, por isso, já arrumou uma acompanhante para ele. O tempo restante é suficiente para eles se conhecerem. Fique tranquila, é uma pessoa com bastante experiência, tem mais de quarenta anos, é bem adequada para o cargo. Karina ouviu atentamente e perguntou: — Então, quer dizer que essa acompanhante vai acompanhar o Catarino até o Instituto do País de Gales? — Sim. — Rui assentiu. — Era disso que o Sr. Ademir estava falando, porque a situação do Catarino é especial, e o Instituto do País de Gales permite que ele leve acompanhante. Karina já sabia dessa possibilidade. O problema era que, para ela, só conseguir levar o Catarino até o Instituto do País de Gales já seria difícil. Como poderia pagar por uma acompanhante pr