Laís tinha um objetivo bem claro para a sua vida: se formar na faculdade de Medicina Veterinária. Para isso, deixou a cidade pequena onde vivia e se mudou para o Rio de Janeiro, deixando a irmã gêmea Letícia e a sobrinha Isabel, na época ainda recém-nascida. Quatro anos depois, a poucos meses de se formar, uma tragédia acontece na vida de Laís: sua irmã sofre um terrível acidente e agora está entre a vida e a morte. Então, surge Heitor, que sem saber do ocorrido quer para si a guarda de Isabel, a filha que ele apenas agora descobria ser sua. Com isso, Laís é obrigada a fingir ser Letícia para, desta forma, evitar que sua sobrinha seja levada pelo homem com quem sua irmã tivera apenas um caso rápido na adolescência. Agora, Laís está em meio a uma teia de mentiras, ao mesmo tempo em que se vê atraída pelo homem para o qual ela precisa fingir ser outra pessoa. Até que ponto suas mentiras poderão ser perdoadas?
Ler mais“As respostas estão no horizonte, tão longeNinguém tentou, mas hoje eu vouMeu destino enfim vai se cumprir, de verdadeSozinha estou, pro mundo eu vouEste é o meu dever que o futuro trásMuito pra aprender, eu não volto atrásPara o mar eu vou, encarar quem souMe atirar enfimEla vai ser a luz a seguir na noiteO mar chamou, agora eu vouEssa lua no céu que me sopra a verdadeE logo eu vou saber quem sou”(Trilha sonora de “Moana” – Saber quem sou [segunda parte])Dois anos depois...— Você é a noiva mais linda que já vi na vida! Esquece o Heitor e casa comigo!Ri da brincadeira feita pela minha melhor amiga, mas precisava admitir que nunca havia me achado tão bonita em nenhum
“Enquanto houver você do outro ladoAqui do outro eu consigo me orientarA cena repete, a cena se inverteEnchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditarTua palavra, tua históriaTua verdade fazendo escolaE tua ausência fazendo silêncio em todo lugarMetade de mimAgora é assimDe um lado a poesia, o verbo, a saudadeDo outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fimE o fim é belo e incerto... Depende de como você vêO novo, o credo, a fé que você deposita em você e sóSó enquanto eu respirarVou me lembrar de vocêSó enquanto eu respirar..”(O teatro mágico – O anjo mais velho)Laís<
“Seja eu, seja eu,Deixa que eu seja eu.E aceita o que seja seu.Então deita e aceita eu.Molha eu, seca eu,Deixa que eu seja o céuE receba o que seja seu.Anoiteça e amanheça eu.Beija eu, beija eu,Beija eu, me beija.Deixa o que seja serEntão beba e recebaMeu corpo no seu corpo,Eu no meu corpo,Deixa, eu me deixoAnoiteça e amanheça...”(Marisa Monte – Beija eu)HeitorMostrar-se forte em momentos de total desespero não era uma tarefa fácil, mas naquele momento descobri que é verdade o que dizem sobre filhos ajudarem nessa tarefa. Quando o socorro chegou para levar Laís ao hospital em segurança, Isabel estava tão assustada que quer
“Eu ainda estou aquiPerdido em mil versões irreais de mimEstou aqui por trás de todo o caosEm que a vida se fezTenta me reconhecer no temporalMe esperaTenta não se acostumarEu volto jáMe esperaEu que tanto me perdiEm sãs desilusõesIdeais de mimNão me esqueciDe quem eu souE o quanto devo a você”(Sandy – Me espera)LaísQuando voltamos à escola eu realmente tinha esperanças de receber boas notícias, mas não havia absolutamente nada de novo. Queria voltar para a rua no mesmo instante, mas também havia outra coisa que eu precisava fazer. Pedi para usar o telefone e liguei para Manu, já que era um dos poucos números que eu sabia de cabe&
“Já não tenho dedos pra contarDe quantos barrancos despenqueiE quantas pedras me atiraramOu quantas atireiTanta farpa tanta mentiraTanta falta do que dizerNem sempre é so easy se viverHoje eu não consigo mais me lembrarDe quantas janelas me atireiE quanto rastro de incompreensãoEu já deixeiTantos bons quanto maus motivosTantas vezes desilusãoQuase nunca a vida é um balãoMas o teu amor me curaDe uma loucura qualquerÉ encostar no seu peitoE se isso for algum defeitoPor mim, tudo bem”(Tudo bem – Lulu Santos)HeitorEu nunca havia sentido um desespero tão grande em toda a minha vida. Dirigi como um louco pelas ruas do Rio de Janeiro at&e
“Nada ficou no lugarEu quero quebrar essas xícarasEu vou enganar o diaboEu quero acordar sua famíliaEu vou escrever no seu muroE violentar o seu gostoEu quero roubar no seu jogoEu já arranhei os seus discosQue é pra ver se você voltaQue é pra ver se você vemQue é pra ver se você olha pra mimNada ficou no lugarEu quero entregar suas mentirasEu vou invadir sua almaQueria falar sua línguaEu vou publicar os seus segredosEu vou mergulhar sua guiaEu vou derramar nos seus planosO resto da minha alegria...”(Adriana Calcanhoto – Mentiras)Laís Logo que peguei meu celular, ele já havia pa
“Ela une todas as coisas, como eu poderia explicarum doce mistério de rio com a transparência de um mar....Ela une todas as coisas, quantos elementos vão lá ...sentimento fundo de água, com toda leveza do arEla está em todas as coisas, até no vazio que me dáquando vejo a tarde cair e ela não estáTalvez ela saiba de cor tudo que eu preciso sentirPedra preciosa de olharEla só precisa existir para me completarEla une o mar com o meu olharEla só precisa existir pra me completar...”(Jorge Vercillo – Ela une todas as coisas)HeitorEu estava completamente enlouquecido pelo cheiro dela, pelo gosto e pelo som de seus gemidos dizendo o meu nome. Meu pau estava tão d
“Vou te caçar na cama sem segredoE saciar a sede do desejoDeixar o teu cabelo em desalinhoE me afogar de vez no teu carinhoQuero ficar assim por toda a noiteA copiar teus traços lentamenteDeixar pousar meu beijo no teu corpoDeixar que o amor se faça mansamente”(Isabella Taviani - Momentos)Laís— Vou sentir saudades dele, tia Laís...Diante da cena, meu coração ficou tão apertadinho, que sequer fiz questão de corrigir Isabel para que me chamasse de “mãe”. Mesmo quando estávamos só nós duas, eu pedia para que ela me chamasse assim, para que se acostumasse e não acabasse deixando escapar um “tia” na presença de Heitor.Abaixei-me ao lado dela, que estava ajoelhada diante
“Era uma vez,O dia em que todo dia era bomDelicioso gosto e o bom gostoDas nuvens serem feitas de algodãoDava pra ser heróiNo mesmo dia em que escolhia ser vilãoE acabava tudo em lanche, um banho quenteE talvez um arranhãoDava pra verA ingenuidade e a inocência cantando no tomMilhões de mundos e universos tão reaisQuanto à nossa imaginaçãoBastava um colo, um carinhoE o remédio era beijo e proteçãoTudo voltava a ser novo no outro diaSem muita preocupaçãoÉ que a gente quer crescerE quando cresce, quer voltar do inícioPorque um joelho raladoDói bem menos que um coração partido”(Era uma vez – Kell Smith)