Meu Romeu Contemporâneo

Meu Romeu ContemporâneoPT

Romance
Carol Catalani  concluído
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5
1 Classificação
40Capítulos
2.0Kleituras
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Adicionado
Resumo
Índice

Meu nome é Cristian Montesano, sou largado na vida. Amor para mim, só de mãe. Pego todas mesmo, não ligo para nada. Meu nome é Belinda de Castro, sou romântica por natureza. Gostaria de me casar com o amor da minha vida. Mas tenho um noivo que não amo. Cristian é um cara um tanto peculiar, não se apega a ninguém a não ser que seja ele mesmo. Mas tudo muda ao avistar em uma festa, para a qual não fora convidado, a filha do anfitrião. No momento em que a viu, quis saber seu nome. Quando Belinda cruzou os olhos com o rapaz, não conseguiu mais desviar. Foi amor a primeira vista. Mas ela sabia que não seria fácil viver este amor. Apesar dos tempos serem outros sua família havia prometido sua mão a um outro homem. Recontando a triste história de Romeu e Julieta, vou falar de temas como preconceito racial e de homofobia.

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Eloá Andrade
olha não gostei desse livro muita tristeza, tragédia que não acabava mais eu até deduzir quero final eles morreram assim aff
2022-02-02 09:59:12
0
40 chapters
Prometida
Desde pequena sou mimada por todos. Tenho uma criada que cuida de mim desde as fraldas. Seu nome é Uli. Trata - me como filha e impede minhas maluquices.Aos sete anos se eu saísse da cama sem calçar os pés, já sabia o que viria.-Bela, querida, não ande sem os sapatos. Pode se resfriar.-Não mudou nada não é Uli? Voltei de viagem apenas ontem, após nove longos anos e ainda me trata como se tivesse a idade de quando saí daqui.-Me preocupo menina. -Eu sei, não sei se vê, mas já passo dos dezesseis. Não tenho mais sete anos.-De qualquer maneira, use as pantufas antes de sair para o banheiro - Disse ela colocando o par de pantufas em forma de ursinho no chão a minha frente.Revirei os olhos, mas obedeci.-Elas são ridículas. -Sim, são, mas também são confortáveis e quentes.-Nunca esteve na Europa. Lá uma dessas não ajuda em nada. -É tão frio assim?-Sim. No colégio eu dormia com quatro meias.-Meu bom Deus!Passei
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Amor a Primeira Vista
Sonhei com Cristian, e acordei nas nuvens. Mal conseguia prestar atenção na aula. Sabrina não parava de me perguntar por que estava tão aérea. Nem eu saberia como responder. Não tinha visto Cristian durante toda a manhã e isso estava me matando.Mal consegui dormir a noite, o rosto de Belinda inundava os meus pensamentos e até um simples cochilo, tornava - se palco de sonhos românticos e eróticos com ela. Fui pegar no sono, já passava das quatro da manhã. Quando acordei meu corpo denunciava o sonho erótico que acabara de ter com uma certa morena. Olhei no relógio e vi o quanto estava atrasado. Fui para o banho e desci em cinco minutos. Ainda com a camisa nas mãos. Passei na mesa do café e peguei uma fruta.-Toma café direito, menino!-Atrasado mãe- disse batendo no pulso como se houvesse um relógio ali.Quando cheguei a faculda
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Crime de ódio
Aquele não parecia meu irmão, a alegria de Martin havia sumido. Aqueles tubos intravenosos davam a ele um aspecto frágil. Martin não era frágil. Lembro de como ele lutou para conquistar a aceitação da família. Mas nunca escondeu quem era. Meu pai condenava mais as noites de balada dele, do que o fato dele ser gay, mas no início foi muito difícil para ele.Olhei para os hematomas que tomavam todo o seu rosto e tronco. Seu rosto havia perdido os traços delicados que herdara de mamãe. Estava inchado e com muitas marcas. Seus braços estavam da mesma maneira. Eu pude notar no seu tórax alguns pontos, próximo ao peito e no braço direito.-Meu irmão. O que fizeram com você? Martin estava sob o efeito de sedativos e não me responderia. Uma grande revolta se apoderou de mim.Como era possível, que alguém fizesse isso a um ser humano apenas por ele ser quem é? Como é possível, que muitos crimes de ódio como este fiquem impune? É esse o país no qual eu nasci? Viver na E
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Vale de ossos
O banho não havia mandado a angústia embora. Olhei minha imagem no espelho. A última vez que utilizara aquela penteadeira eu tinha apenas nove anos...-Vamos Belinda, seus pais a aguardam.-Não quero ir Uli.-Lá você poderá aprender melhor.-E não existem boas escolas aqui mesmo?-Até existem, mas nem todas são capazes de ensinar - lhe como na Europa. -E o que aprenderei na Europa, que não possa aprender aqui?-Eu não sei pequena, mas seus pais querem que vá.-Irei, não que essa escolha me caiba.-Não cabe. Nem a mim. Portanto vamos antes que me demitam.-Eles ousariam?-Suponho que não, mas não devo arriscar.Fiz uma careta e dei a mão para Uli. Ela sorriu e me levou para a sala. Minhas malas já estavam no carro e segui com meus pais para o aeroporto.Olhei novamente meu reflexo, as lágrimas eram agora por um tipo de distância diferente. Martin estava distante naquela cama de hospital. E meu pa
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Quanto vale um amor
Da bancada onde eu estava podia ver Belinda sentada a beira da piscina.Pude notar que ela chorava. Ela estava com os pés dentro d'agua.Terminei de preparar os sanduíches e fui até ela.-Sanduíche de queijo.-Estou sem fome. -Você está sem comer há horas, aliás duvido que tenha comido alguma coisa desde ontem.-Não consegui.-Mas precisa Belinda. Ela pegou o sanduíche e o suco a contragosto. Comeu tudo, pois eu praticamente a obriguei. Levei Belinda para o único quarto da casa. Peguei um colchonete e arrumei no chão para mim.-Não precisa dormir no chão. -É melhor assim.-Prefiro que durma comigo. Assim não me sinto só. -Tudo bem.Me acomodei ao lado dela e em poucos segundos ambos dormimos.Acordei com gritos. Belinda gritava e falava coisas sem nexo.Me pus sentado ao seu lado e comecei a chamar por ela.Foi horrível! Eu andava pelo cemitério, procurava pelo túmulo de Will. De repente
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Racismo
Corri na direção do banheiro e quando empurrei a porta vi que algo a escorava por dentro. Com a força do corpo empurrei a porta e ouvi algo sendo lançado longe. Quando entrei vi que era uma cadeira. Ouvi novamente os gritos e depois eles cessaram para dar lugar a gargalhadas.Na última cabine duas garotas seguravam Sabrina e uma terceira enfiava sua cabeça no vaso sanitário. -O que está havendo aqui?-É melhor sair se não quiser tomar água da privada também princesinha.Todos sabiam quem eu era devido ao alarde que meu pai fizera no meu retorno, mas quase ninguém sabia que Sabrina era minha prima. Sua mãe,na verdade foi governanta na casa de meu tio e ele se apaixonou por ela. Ela é negra e talvez isso que o tenha atraido.Ela ficou grávida de Sabrina,mas antes dela nascer ele morreu. Eles haviam se casado, mas o meu avô paterno disse que o casamento não era válido, e deu um jeito de anulá -lo. Depois colocou as duas para fora de casa sem nem um centavo. Minha mãe a
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Em nome do amor
No meu supercilio havia um curativo e minhas costelas doíam um pouco. Mas o lugar que mais doía era o meu coração. Ver Cristian ali tão perto e não poder tocar seus cabelos e nem beijar seus lábios me destruía por dentro. Me casaria com Estevão em nome do amor. Não permitiria que Estevão me tocasse. Meu corpo assim como meu coração pertenciam a Cris. Existe uma diferença entre o amor de sua vida e o homem da sua vida. O amor da sua vida faz você cometer loucuras, ficar de pernas bamba e sentir borboletas no estômago.  O homem da sua vida é justamente o contrário. Te mantém sensata, com os pés no chão e faz você saber que é amada.Acho que no meu caso Cris é os dois.Eu não sabia como seria minha vida dali para frente, não amava Estevão e seria sua esposa.Olhei na direção de onde ele conversava com Sabrina e nossos olhares se encontraram. Desviei o olhar e sai correndo.Cheguei em casa e fui direto para m
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Tristeza
"PRINCESINHA DA FAMILIA CASTRO É ENCONTRADA MORTA EM SEU QUARTO NO DIA DE SEU CASAMENTO"Era este o anúncio que estampava a primeira página de todos os jornais da cidade. Não pude acreditar que ela havia mesmo feito aquela loucura! Não pude conter minhas lágrimas. Segundo o jornal, no horário que eu fui a casa dela, ela já estava morta. Meu celular vibrou no meu bolso e ao ver quem ligava atendi com a voz embargada. -Alô - Falei.-Você precisa tirar Belinda de lá antes das duas da manhã, se passar disso ela irá ficar sem oxigênio.-Você é maluco, vocês dois são, como ela faz uma coisa assim? Ela confiou a vida dela nas mãos de outras pessoas.-A vida dela esta nas suas mãos, então salve - a. A família ainda está aqui, mas logo irão embora. Tire - a de lá.Praticamente voei até o cemitério. A multidão que havia ido ao seu enterro começava a se dispersar e em poucos minutos havia somente os pais e o irmão de Belinda. A mãe dela chorava alto
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Triste destino
Belinda saiu e após poucos minutos aquele homem voltou e jogou um jato de água em mim.  Me deu uma calça caqui e camiseta branca. Eu não iria para casa.Eu estava na penitenciária do estado. Não poderia lutar por Belinda.Na cela havia uma cama de cimento com um colchão velho sem lençol, uma pia e um vaso sanitário. Ouvi a fechadura ser trancada e fiquei ali sozinho.Alguns dias depois minha mãe foi me visitar.-E o papai?-Não veio. Não pode suportar ver você aqui. Aí meu filho sabemos que essas acusações são falsas.-E de que me acusam?-Dizem que você tentou matar a filha dos Castro...-Estevão...-Sim. Belinda me procurou. Ela me contou a verdade e disse que teve que aceitar as ameaças dele.-Belinda? -Sim. Ela está aqui.-Belinda está aqui?Minha mãe não respondeu. Apenas se levantou e abriu a porta.-Venha querida.Belinda entrou. Ela estava claramente abatida. Seus olhos fundos e quilos mais magra. Parecia mu
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Pontas soltas
Algo estranho aconteceu. Eu sempre ia ao cemitério da cidade vizinha. Como não sabia onde tinha espalhado as cinzas de Debbie, ia sempre lá como uma forma de visitá-la. Eu tinha uma foto dela que Estevão havia conseguido para mim. Nossa filha não se parecia com ela. Ela era loira e tinha os olhos extremamente azuis. O retrato sorria para mim. Ele disse que essa foto havia sido tirada por mim por isso ela sorria. Ele disse que havia encontrado amassada no jardim, logo após me deixar na casa. Mas o sorriso dela não chegava aos olhos. Parecia forçado. Talvez algo a afligisse. Fui mais uma vez ao cemitério e dessa vez levei minha filha para que ela pudesse aprender que sua mãe não estava mais entre nós. Parei em frente a um túmulo e fiquei ali pensando em Debbie. Ao longe havia uma mulher mais velha e uma garota, próximo a um túmulo. Elas choravam muito. Fiquei realmente curioso para saber quem era digno das lágrimas de duas belas mulheres. Então me escondi e qua
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