O doce sabor da carne

O doce sabor da carnePT

Paranormal
Evandro Rafael Saracino  concluído
goodnovel16goodnovel
10
4 Avaliações
59Capítulos
2.0Kleituras
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Adicionado
Resumo
Índice

Um assassinato brutal ocorre em uma pacata cidade do interior. Um grupo de pessoas que, em condições normais, jamais conviveria, se une para desvendar esse mistério.

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Marlene Boeger
nossa comecei a ler ,uau muito bem escrita
2022-08-15 01:23:29
0
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Mariana Martins
Gostei bastante. Bem escrito e muito interessante, história prende até o final.
2021-09-19 07:30:16
0
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Mariana Martins
Gostando muito da leitura, estou no capítulo 11, muito intrigante e bem escrito. Continuarei a ler com certeza.
2021-08-28 21:31:51
2
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Evandro R Saracino
A história prende do início ao fim!
2021-08-28 21:23:37
1
59 chapters
Parte I - Tranquilidade Perdida - 1
 AgradecimentosTenho uma dívida imensa com todos aqueles que conviveram comigo no período de criação. Fui movido, do princípio ao fim, pelas palavras de apoio e incentivo de todos vocês. Se você está lendo essas palavras, agradeço por utilizar um pouco de seu tempo e viver no meu universo.“Às vezes o medo é um aviso, é como alguém colocando a mão em seu ombro e dizendo: Não vá além deste ponto”(Memnoch – Anne Rice)     Antes mesmo de abrir os olhos, as mãos sondavam a calçada ao redor em busca da garra
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2
    Larissa decidiu desligar o chuveiro antes que seu irmão caçula derrubasse a porta do banheiro. Sabia que estava atrasada para escola, mas a sua vida já era chata e tediosa o suficiente, mesmo com os demorados banhos quentes tomados pela manhã, para que algum empecilho a fizesse abrir mão deles.    - Pronto, Guí! Já tô saindo.A porta do banheiro se abriu, deixando uma nuvem de vapor escapar, embaçando instantaneamente o vidro do corredor.    - Até que enfim hein, eu já tava pensando em chamar o I.M.L!    Ler mais
3
    Os moradores da cidade dizem que Angabaíba é um nome tupi, o que não é estranho em terras brasileiras. Só em São Paulo, podemos citar outras cidades, bairros e ruas que tenham os nomes oriundos da mesma fonte: Itu, Itupeva, Moji Guaçu, Moji Mirim e tantas outras que encheriam linhas e linhas. As divisões entre a população local começam quando dizemos: “Oquei, é tupi, mas que raios significa?” Começam as típicas brigas da cidade. Existem aqueles que apostariam a própria vida em que um significado plausível seria Terra cheia de coisa boa, o outro grupo, que também apostaria a própria vida e
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4
    Apesar dos azulejos brancos na parede e azulados no chão, do silêncio (interrompido por uma ou outra tosse, gemido de dor, sussurro, ou choro desesperado) e da extrema sensação de limpeza, o ambiente hospitalar está longe de ser receptivo e aconchegante. E é nesses corredores que encontramos, andando de um lado para o outro, as pessoas que tiveram a sensibilidade de se retirar do quarto de seus parentes ou amigos antes que eles percebessem que quem vem para consolar & confortar, na maioria das vezes deseja mais do que tudo nesse mundo é ser consolado & confortado.Andando de um lado para o outro no Hospital Municipal de Angabaíba, Larissa pensava que o trauma psicológico causado por ter presenciado de camarote o atropelamento de seu próprio irmão, sozinho, já
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5
    Retirado do jornal Comércio Angabaíbano em 11 de março de 2013: Sem teto é vítima de possível grupo NeonazistaNa última quinta-feira (10) morador de rua, sem documentação, ainda não identificado. Foi assassinado de maneira brutal, covarde e desumana.    O corpo foi encontrado pelos irmãos Guilherme e Larissa Borges Faria e pelo empresário Otávio Medeiros, de uma forma um tanto inusitada e dramática. Guilherme, de 11 anos, ao avi
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6
    Os vários pisos quebrados e rachados, encardidos, alguns até mesmo com um pouco de mato crescendo por sua descontinuidade, indicavam que o local deveria ser algum prédio a muito não utilizado. As paredes apresentavam um alto grau de umidade, o que ajudava a criar a sensação de abandono. É neste corredor de algum lugar que ninguém normal visitaria durante a noite que corre, de mãos dadas, estava o jovem casal. Ele com seu velho par de um modelo genérico de All Star, vestindo um novo velho blue jeans rasgado, uma camiseta branca e justa. Ela de saltos altos (por que?), também de calça jeans, baby look branca e um leve agasalho por cima. Um desespero, nada genuíno, marcado em seus rostos. Ler mais
7
    - Capitão Aurélio taê?    O homem, na soleira da porta da delegacia estava todo vestido de preto. Sapato social, calça de lona, camiseta e boné. A barba por fazer e o palito de dentes na boca deixariam qualquer pessoa com a sensação de estar na presença de algum mau caráter qualquer. Este homem, no entanto, não era um mau caráter qualquer, era um bem especial. Joaquim era o policial civil responsável por manter uma comunicação amistosa entre os policiais civis e os militares, o que podia ser percebido pelo pacote pardo em suas mãos.    No interior da delegacia a movimentação era a
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8
    Quando Paulo olhou para a janela e percebeu o que estava anoitecendo, fechou, apressado, a tela de seu notebook, puxou o carregador da tomada e pulou a cama em um salto, aterrissando de joelhos, com a cabeça olhando por debaixo da cama em busca de seu coturno. Encontrou o par e puxou, enquanto se levantava e sentava na cama. Calçou-os com o devido cuidado de amarrá-los por cima da calça cáqui camuflada e seguiu em direção ao armário. Escolheu uma camiseta justa, totalmente vermelha, e cobriu com ela todas as tatuagens de seu corpo. Abriu uma das gavetas da cômoda e, afastando as meias, encontrou seu canivete butterfly, que enfiou na cintura. No banheiro, deu uma ultima ajeitada em seu cabelo loiro, cortado à escovinha. Fez uma última cara de mau antes de se decidir por ir embora.Ler mais
9
    - Não sei até que ponto eu concordo com o feriado do “20 de novembro”, sei lá, uma vez, alguém me falou que não curtia porque só os fracos têm um dia pra si. Tipo, não tem dia pra branco!    - Olha, Eliana, aposto que a pessoa que te falou isso era branca!    - Era...    - É sempre fácil pra quem tá por cima manter seu lugar no topo e parte do processo tá justamente em deslegitimar a luta e os símbolos de quem tá por baixo. Manja?  &n
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10
    Eles estavam em um grupo de cinco. Aguardavam escondidos separadamente. Quase não tiveram tempo de se preparar desde que tiveram conhecimento do espancamento de Paulo, mas de alguma forma tinham conseguido. É claro que não foi simplesmente sorte, é que um dos cinco do grupo sabia que Maicon estava envolvido e avisou aos outros o melhor lugar para emboscá-lo. Agora, aguardavam em silêncio a chegada do rapaz.    As árvores frondosas tornavam fraca a iluminação da Rua Prudente de Morais. A escuridão somada à criatividade de se esconder do grupo, propiciou uma boa oportunidade. Um deles nem estava totalmente escondido, apenas agachara-se perto de dois grandes sacos plásticos pretos de lixo e mesmo assim, estava pratic
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