Duetos de amor: histórias de amores impossíveis

Duetos de amor: histórias de amores impossíveisPT

Romance
Patrick  concluído
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1.4Kleituras
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Resumo
Índice

Sinopse

Amante

O amor é universal e muitas vezes um complicador nas nossas vidas. Duetos de Amor trata-se de duas obras distintas sobre o amor entre iguais, narradas por vieses diferentes abordando suas dificuldades emocionais.

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Último capítulo

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livro II – O outro I
A viagem dos dois estava ótima. Levy e Enzo nunca imaginaram que poderia ser possível desfrutar de um romance no mundo moderno. Conheceram-se através de um app de pegação gay, o Grindr. Depois de dois dias de conversas intensas, foram para o WhatsApp até que, uma semana depois, se encontraram pessoalmente na praça da Bandeira, centro de Teresina, Piauí, onde moravam, por volta das 10h da manhã de sábado acinzentado.             Claro que encontros exigem omitir quem realmente somos, ou nada dá certo. Levy era um rapaz de classe média baixa, que estava iniciando mestrado em Direito Trabalhista. Além de muito inteligente, era lindo fisicamente, tinha corpo atlético resultante de muita malhação na adolescência, pele moreno claro e cabelos curtos estilo undercut. Usava um cavan
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II
           – Isso parece um sonho! – riu timidamente Levy dirigindo o Corolla. – Há duas semanas estávamos nos conhecendo pelo Grindr e hoje estamos curtindo nossa primeira viagem juntos, como namorados. – Pegou na coxa de Enzo e apertou-a levemente. – Você é maravilhoso, cara. Não sei se mereço tanto.            – Ah, cara, menos. – sorriu Enzo, dando umas tapinhas no peitoral de Levy. – Você demonstrou ser diferente dos outros, eu gostei e hoje estamos aqui... Quero que você esteja comigo sempre.           – Hum... Então está me pedindo em casamento? – olhou desconfiado na direção de Enzo.           – E se for?
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III
Mário chegou a casa quase amanhecendo. Estava exausto. Não estava com um mínimo de remorso por ter se livrado do corpo do irmão e participado do assassinato dele. O celular de Enzo tocava insistentemente dentro da bolsa. Ele pegou e atendeu. Era Levy.           – Bom dia, senhor prefeito. Dormiu bem? – falou Levy carregado de carinho na voz.          Mário entrou em choque ao confirmar suas suspeitas. Mas não podia jogar por água abaixo seus planos. Entrou no clima.           – Bom dia. Dormi sim, e você? – respondeu ele.           – Também. Precisamos comemorar a vitória com mais tempo que ontem, não acha? – perguntou Levy.   
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IV
             As eleições para cargos do executivo e legislativo em nível de estado e nacional estavam chegando. Ambicioso sempre por querer ir além, Mário, apesar de estar muito desgastado enquanto prefeito da capital teresinense queria se candidatar a governador do estado. E para isso, não ia medir esforços, tampouco dinheiro. Estava investindo pesado em marketing, pagando caro para veicular propaganda na televisão mentindo sobre sua gestão, que, na verdade, ia de mal a pior. Salário dos servidores atrasados propositalmente, desvio e notas frias na contratação de empreitaras para construção de obras, funcionários fantasmas... Os desmontes feitos na gestão de Mário chegavam a números astronômicos. Estava muito rico. Comprara helicóptero, iate de última geração, carro
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V
Na noite do dia seguinte, Mário estava acompanhado de Levy num evento sobre o lançamento de sua campanha para governador. Ia discursar publicamente para a sociedade teresinense no salão de festas do Metropolitan Hotel, quando deu de cara com sua ex namorada e vice prefeita.           – Olá, prefeito. – falou Rita secamente sem cumprimentar Levy. – Feliz ao lado do namoradinho?             A vontade de Mário foi de dá um tapa na cara de Rita, porém, não o fez. O estrago já estava feito.           – A brincadeira da senhora é de muito mau gosto. – disse Levy furiosamente. – E se fôssemos namorados, qual o problema?           – Ent&
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VI
             Mesmo indo a todos os meios de comunicação possível desmentir o que Rita havia falado na noite anterior, o estrago estrava feito e, aos olhos de Levy e do próprio Mário, era irreversível.              – Já era. Aquela desgraçada acabou com minha candidatura e com minha carreira política. Maldita! – Mário esbravejou no seu gabinete, na presença de todos os secretários, de seus pais e de Levy. – O que eu fizer agora só vai me queimar ainda mais.           – Verdade. Mas veja pelo lado bom, use sua homossexualidade para se promover! – disse em tom calmo a secretária de políticas LGBT da cidade. – Hoje em dia está em alta comoçã
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VII
             Mário e Levy saíram do rio cambaleando e fracos. Andaram alguns quilômetros dentro de uma roça, até cruzarem uma cerca de arame farpado, no qual ficaram bem arranhados, e, posteriormente, encontraram a rodovia depois de algum tempo de exaustiva caminhada. Vários carros e caminhões passavam e os ignoravam. Estavam sujos, sangrando, farrapilhas e com fome. Levy deu com a mão para uma Scania que passava no sentido oposto e, inesperadamente, o caminhoneiro parou. Ia para Picos, a terra natal dele.             – Com licença, o senhor pode nos dar uma carona? – perguntou Levy gentilmente. – Estamos perdidos.            – Claro, entrem ai. – respondeu o senhor que dirigia aquele enorme caminhã
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O professor de matemática
              Desde 2010, venho tentando, sem muito sucesso, passar num concurso público na minha área. Sou graduado em matemática pela UFPI, especialista em análises de dados e, agora, fui aprovado no mestrado em matemática aplicada. E então, o sonho do concurso não demorou muito para ser realizado. Passar 14 horas a fio, estudando dia e noite, foi compensador.             Meu nome é Alexandre Ferreira, mas podem me chamar de Alex. Hoje estou com 35 anos, parte deles pouco vividos. A vida só ganha sentido depois dos 30, já dizia minha saudosa avó. Quando soube que fui aprovado em terceiro lugar para professor efetivo do Estado do Piauí, fiquei tão feliz, que nem me toquei que a posse seria dali a uma semana, então fui logo providenciar toda a documenta&cc
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