“A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa entender que um amor de verdade
É feito canção, qualquer coisa assim
Que tem seu começo, seu meio e seu fim
A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo
É como tocar o mesmo violão
E nele compor uma nova canção
Que fale de amor,
Que faça chorar,
Que toque mais forte esse meu coração
Ah! Coração...
Se apronta pra recomeçar
Ah! Coração...
Esquece esse medo de amar de novo...”
(Roupa Nova – Começo, meio e fim)
Laís
Era bem raro eu admitir algo deste tipo, mas talvez Manu estivesse com a razão e eu j&a
“Jogue tudo que se tem pra jogarPela janela do mais alto prédioSe desfaça das antigas cartasE das caixas velhasEsqueça o velho amor.Solte seu cabeloPinte as unhas de vermelhoSe enfeite no espelhoTroque o tom do batomAmanhã é primaveraO seu inverno já passouSaia e veja o jardimOnde nunca pisou”(Anavitória - Cores)Heitor— Tio Heitor!Eu não esperava por uma recepção como aquela. Logo que me viu entrando pela porta, Isabel levantou-se do sofá em um pulo e correu até mim, entrelaçando os braços ao redor das minhas pernas. Então me soltou e olhou para o alto, com duas covinhas se formando em suas bochechas com o enorme sorriso
“...Os nossos passos finalmente se encontraramOs seus olhos ainda tentam se enganarOs nossos elos estão presos amarradosE a gente insiste em tentar não entenderNão será que é amorNão será que é amorQue a gente sente?”(Capital inicial – Será que é amor?)LaísQuando eu enfim consegui tirar um breve cochilo, logo acordei no susto com o som das chaves abrindo a porta. Havia esfriado um pouco durante a noite e eu estava enrolada em uma manta, mas me descobri e sentei-me no sofá, olhando para a pessoa que chegava. Logo que fechou a porta, Manu acendeu o interruptor e se virou, assustando-se ao me avistar no sofá.— Meu Deus, Laís! São quatro da manhã, o que você está fazendo aí a
“Era uma vez,O dia em que todo dia era bomDelicioso gosto e o bom gostoDas nuvens serem feitas de algodãoDava pra ser heróiNo mesmo dia em que escolhia ser vilãoE acabava tudo em lanche, um banho quenteE talvez um arranhãoDava pra verA ingenuidade e a inocência cantando no tomMilhões de mundos e universos tão reaisQuanto à nossa imaginaçãoBastava um colo, um carinhoE o remédio era beijo e proteçãoTudo voltava a ser novo no outro diaSem muita preocupaçãoÉ que a gente quer crescerE quando cresce, quer voltar do inícioPorque um joelho raladoDói bem menos que um coração partido”(Era uma vez – Kell Smith)
“Vou te caçar na cama sem segredoE saciar a sede do desejoDeixar o teu cabelo em desalinhoE me afogar de vez no teu carinhoQuero ficar assim por toda a noiteA copiar teus traços lentamenteDeixar pousar meu beijo no teu corpoDeixar que o amor se faça mansamente”(Isabella Taviani - Momentos)Laís— Vou sentir saudades dele, tia Laís...Diante da cena, meu coração ficou tão apertadinho, que sequer fiz questão de corrigir Isabel para que me chamasse de “mãe”. Mesmo quando estávamos só nós duas, eu pedia para que ela me chamasse assim, para que se acostumasse e não acabasse deixando escapar um “tia” na presença de Heitor.Abaixei-me ao lado dela, que estava ajoelhada diante
“Ela une todas as coisas, como eu poderia explicarum doce mistério de rio com a transparência de um mar....Ela une todas as coisas, quantos elementos vão lá ...sentimento fundo de água, com toda leveza do arEla está em todas as coisas, até no vazio que me dáquando vejo a tarde cair e ela não estáTalvez ela saiba de cor tudo que eu preciso sentirPedra preciosa de olharEla só precisa existir para me completarEla une o mar com o meu olharEla só precisa existir pra me completar...”(Jorge Vercillo – Ela une todas as coisas)HeitorEu estava completamente enlouquecido pelo cheiro dela, pelo gosto e pelo som de seus gemidos dizendo o meu nome. Meu pau estava tão d
“Nada ficou no lugarEu quero quebrar essas xícarasEu vou enganar o diaboEu quero acordar sua famíliaEu vou escrever no seu muroE violentar o seu gostoEu quero roubar no seu jogoEu já arranhei os seus discosQue é pra ver se você voltaQue é pra ver se você vemQue é pra ver se você olha pra mimNada ficou no lugarEu quero entregar suas mentirasEu vou invadir sua almaQueria falar sua línguaEu vou publicar os seus segredosEu vou mergulhar sua guiaEu vou derramar nos seus planosO resto da minha alegria...”(Adriana Calcanhoto – Mentiras)Laís Logo que peguei meu celular, ele já havia pa
“Já não tenho dedos pra contarDe quantos barrancos despenqueiE quantas pedras me atiraramOu quantas atireiTanta farpa tanta mentiraTanta falta do que dizerNem sempre é so easy se viverHoje eu não consigo mais me lembrarDe quantas janelas me atireiE quanto rastro de incompreensãoEu já deixeiTantos bons quanto maus motivosTantas vezes desilusãoQuase nunca a vida é um balãoMas o teu amor me curaDe uma loucura qualquerÉ encostar no seu peitoE se isso for algum defeitoPor mim, tudo bem”(Tudo bem – Lulu Santos)HeitorEu nunca havia sentido um desespero tão grande em toda a minha vida. Dirigi como um louco pelas ruas do Rio de Janeiro at&e
“Eu ainda estou aquiPerdido em mil versões irreais de mimEstou aqui por trás de todo o caosEm que a vida se fezTenta me reconhecer no temporalMe esperaTenta não se acostumarEu volto jáMe esperaEu que tanto me perdiEm sãs desilusõesIdeais de mimNão me esqueciDe quem eu souE o quanto devo a você”(Sandy – Me espera)LaísQuando voltamos à escola eu realmente tinha esperanças de receber boas notícias, mas não havia absolutamente nada de novo. Queria voltar para a rua no mesmo instante, mas também havia outra coisa que eu precisava fazer. Pedi para usar o telefone e liguei para Manu, já que era um dos poucos números que eu sabia de cabe&