Clara Monteiro, uma escritora em ascensão, dedicou sua vida a criar histórias de amor intensas, mas nunca viveu uma paixão que refletisse as emoções que colocava em suas palavras. Tudo muda quando Miguel Duarte entra em sua vida – um homem misterioso, charmoso e irresistível, que parece ter saído diretamente das páginas de seus livros. O que começa como um encontro casual rapidamente se transforma em um jogo perigoso de sedução, onde Clara se vê dividida entre o desejo ardente por Miguel e a sensação de que ele esconde algo sombrio. Ao descobrir que Miguel está envolvido em um esquema internacional de negócios ilícitos, ela é forçada a escolher entre o amor e sua própria segurança. Com reviravoltas emocionantes e cenas intensas de paixão, Sedução Proibida explora os limites do desejo e os sacrifícios que fazemos em nome do amor. À medida que Clara e Miguel se aproximam, segredos do passado vêm à tona, ameaçando não apenas o futuro deles, mas também suas próprias vidas.
Ler maisMiguel estendeu a mão para tocar o rosto dela, mas Clara afastou-se.“Você tem todo o direito de duvidar de mim,” disse ele, sua voz falhando. “Mas eu te amo, Clara. Não estou aqui porque fui obrigado. Estou aqui porque quero estar.”Ela ficou em silêncio, o coração dividido entre a dor e o desejo de acreditar nele.O silêncio no carro era esmagador, mas a tensão entre os dois era palpável. Clara olhava pela janela, tentando esconder as lágrimas, enquanto Miguel observava-a, lutando contra suas próprias emoções.“Clara,” disse ele finalmente, a voz rouca.“Agora não, Miguel,” respondeu ela, secando os olhos com o vestido.Mas Miguel não se conteve. Soltando o cinto de segurança, inclinou-se para ela, puxando-a pelo rosto. Seus olhos se encontraram, e a raiva que havia entre eles transformou-se em algo mais intenso, mais visceral.“Eu vou provar pra você,” disse ele, a voz firme. “Que você é tudo o que importa pra mim.”Antes que Clara pudesse responder, Miguel a beijou. Foi um beijo c
Miguel permaneceu em silêncio com o rosto imóvel.“Seu charme sempre foi útil,” continuou Hector, com um olhar rápido para Clara. “Especialmente quando precisávamos atrair escritoras inocentes para nosso círculo.”Clara sentiu o sangue ferver, mas Miguel apertou suavemente sua mão debaixo da mesa, pedindo que ela mantivesse a calma.“E, claro, não posso esquecer seu talento como atirador,” disse Hector, com um sorriso frio. “Você é um dos melhores que já tivemos. É uma pena que ultimamente tenha deixado isso de lado.”Miguel ergueu os olhos, encarando Hector diretamente. “Faço o que precisa ser feito.”Hector riu suavemente. “Espero que continue assim. Afinal, todos somos substituíveis, não acha?”O silêncio que seguiu foi tão pesado quanto o próprio jantar. Clara sentiu que cada palavra de Hector era uma ameaça disfarçada, um lembrete de quem realmente controlava o jogo.“Duas semanas, Clara,” repetiu Hector, erguendo sua taça. “Estou ansioso para ler sua obra.”Quando o jantar final
Clara não contou a Miguel, mas ficou impressionada com o quão bem ele conhecia detalhes como estilo e sofisticação. Enquanto voltavam para casa, pensou consigo mesma que ele tinha um gosto impecável – algo que parecia contrastar com o lado sombrio de sua vida.No entanto, o pensamento trouxe outra questão: como Miguel havia adquirido aquele gosto refinado? Ele já havia usado essas habilidades antes, talvez para conquistar outras mulheres em missões? A dúvida a fez sentir-se desconfortável, mas ela decidiu não abordar o assunto. Havia coisas mais urgentes em que pensar.Quando chegaram ao restaurante, a fachada iluminada os recebeu com um brilho convidativo. Le Soleil era um local discreto, mas luxuoso, com uma entrada decorada por flores frescas e tapetes vermelhos que pareciam saídos de um filme.O maître os cumprimentou com um sorriso polido e conduziu-os para o andar superior, onde uma área privada os aguardava. Clara sentiu o estômago apertar enquanto subiam as escadas.No centro
“Boa noite, Miguel,” veio a voz de Hector, cortês, mas com um tom calculado que o fez apertar o telefone com mais força. “Tenho um convite para você e para sua encantadora senhorita Clara. Jantar amanhã à noite. Quero discutir o progresso do livro e... outros assuntos.”Miguel manteve a voz controlada. “Claro. Onde e a que horas?”“Restaurante Le Soleil, às oito. Um lugar refinado, à altura da nossa conversa. Espero que tragam apetite e respostas,” respondeu Hector, com um sorriso perceptível na voz.Antes que Miguel pudesse responder, a ligação foi encerrada. Ele largou o telefone na mesa, o maxilar tenso.“Era Hector,” disse ele, levantando os olhos para Clara.Ela congelou, largando a caneta que segurava. “O que ele queria?”“Um jantar,” respondeu Miguel, o tom carregado de ironia. “Um jantar onde ele quer falar sobre o livro... e, provavelmente, nos lembrar de que estamos nas mãos dele.”Clara sentiu um calafrio. A ideia de estar cara a cara com Hector a apavorava, mas ela sabia q
A manhã seguinte trouxe um céu cinzento e carregado, como se refletisse a tensão no ar. Clara acordou cedo, incapaz de dormir depois de ler a carta de André. A história de Juliette ficava se repetindo em sua mente, como um aviso sombrio.Miguel estava na cozinha, preparando café enquanto verificava seu telefone. Seu olhar era sério, e as olheiras abaixo dos olhos mostravam que ele também não havia dormido bem.“Alguma novidade?” perguntou Clara, entrando na cozinha.Miguel ergueu os olhos e balançou a cabeça. “Nada ainda. Mas isso não significa que estamos seguros.”Clara sentou-se à mesa, segurando a xícara que ele lhe entregou. “Miguel... E se André estiver sendo sincero? Se ele realmente quiser nos ajudar?”“Eu sei que parece assim,” disse Miguel, puxando uma cadeira para sentar ao lado dela. “Mas precisamos ser cuidadosos. Mesmo que ele esteja falando a verdade, isso não significa que podemos confiar completamente. Ele pode estar sendo manipulado sem saber.”“Mas o que fazemos ent
Clara respirou fundo, tentando reunir coragem. Ela sabia que a situação era arriscada, mas também sabia que não tinha outra escolha.O Café des Lumières era charmoso, com suas mesas de madeira e cadeiras acolchoadas em tons de vermelho desbotado. Clara entrou devagar, segurando a bolsa com o bilhete escondido. O ambiente estava tranquilo, com apenas alguns clientes conversando em voz baixa.Ela pediu um café, tentando parecer casual, e sentou-se à terceira mesa à esquerda, conforme as instruções. Tirou o bilhete da bolsa e, discretamente, o deslizou para debaixo da mesa:"Prove que posso confiar em você."Clara tomou alguns goles do café e olhou ao redor. Ninguém parecia prestar atenção nela, mas a sensação de estar sendo observada não a abandonava.Depois de alguns minutos, levantou-se, deixou o dinheiro sobre a mesa e saiu do café com passos firmes, mas controlados.Mais tarde, em casa, Clara tentava voltar ao manuscrito. As palavras pareciam vazias naquele momento, enquanto sua men
Clara estava no apartamento, sentada à mesa com o manuscrito à sua frente. As palavras vinham lentamente naquele dia. A pressão da organização, a constante vigilância e o medo de que qualquer movimento errado pudesse ser fatal tornavam difícil focar em sua escrita.Um som interrompeu seus pensamentos: batidas leves na porta. Ela franziu a testa. Não estava esperando ninguém, e Miguel não havia pedido nada naquela manhã. Cautelosamente, levantou-se e olhou pelo olho mágico.Um entregador segurava uma sacola de comida, usando o uniforme de um restaurante que Clara não reconheceu. Ela hesitou antes de abrir a porta.“Pedido para Clara,” disse o homem, entregando a sacola.“Eu não fiz nenhum pedido,” respondeu ela, desconfiada.“Eu só entrego,” disse ele, dando de ombros.Clara aceitou a sacola e fechou a porta rapidamente. Ao abrir o pacote, encontrou algo que não esperava: uma carta dobrada entre recipientes de comida.Clara pegou a carta com mãos trêmulas, olhando para o envelope branc
Quando o último capanga caiu, o parque mergulhou em um silêncio perturbador. Miguel correu até Rafael, ajoelhando-se ao lado dele.“Gabriel, aguente,” disse ele, pressionando a ferida com as mãos.Gabriel tossiu, um sorriso fraco surgindo em seus lábios. “Sabia que isso ia dar errado... Mas tinha que tentar, né?”“Você vai sair dessa,” disse Miguel, com a voz embargada.Gabriel balançou a cabeça, segurando o braço de Miguel. “Faça valer a pena... Eles não podem ganhar.”Com um último suspiro, Gabriel fechou os olhos, deixando Miguel sozinho com sua dor.Miguel olhou para o corpo de François, que estava caído a poucos metros de distância. O policial, a única chance de expor a organização, estava morto. A realidade o atingiu como um golpe: ele não tinha mais opções.Miguel sabia que a organização exigiria respostas. Sua única chance de sobrevivência era se os capangas não tivessem passado a informação de traição antes de morrerem. Ele precisava criar uma narrativa que salvasse sua própr
O vento frio da noite soprava pelas ruas estreitas, trazendo o cheiro da chuva que ameaçava cair. Miguel caminhava com passos firmes, as mãos escondidas nos bolsos do casaco. Cada sombra parecia um espião, cada ruído, uma ameaça. Ele sabia que o que estava prestes a fazer era suicídio, mas também sabia que não tinha escolha.Gabriel estava ao seu lado, o olhar atento a cada movimento ao redor. Eles haviam marcado o encontro com François Leclerc em um pequeno parque na periferia da cidade, longe de olhos curiosos. O local era discreto, com árvores antigas e bancos de madeira desgastados pelo tempo. À noite, a iluminação era mínima, criando um ambiente perfeito para um encontro clandestino – ou uma armadilha.“Tem certeza disso?” perguntou Gabriel, com a voz baixa, mas firme.“Não,” respondeu Miguel, com um sorriso sombrio. “Mas é a única chance que temos.”Gabriel concordou, mas a tensão em seu rosto era evidente. Apesar de sua experiência na organização, encontros como aquele sempre o