Sinopse Emma é uma jovem determinada que aceita um emprego como babá da pequena Lily, filha do poderoso e frio CEO Alexander Carter. Sem tempo para a filha e com uma reputação de homem de negócios impiedoso, Alexander não esperava que a nova babá fosse desafiar suas certezas e trazer cor à sua vida. Mas quando segredos do passado vêm à tona, Emma e Alexander terão que decidir se o amor vale o risco.
Leer másO som suave da chuva no telhado acompanhava os pensamentos de Emma enquanto ela se sentava na beira da janela, com a pulseira nas mãos. O peso daquele pequeno objeto era imenso, mais do que ela poderia ter imaginado. Era a chave de algo que ela sabia que deveria descobrir, mas ao mesmo tempo temia.Alexandre entrou no quarto, seu olhar suave, mas atento, já conhecendo a expressão pensativa de Emma.— Não consigo parar de pensar nisso. — Ela virou a pulseira entre os dedos. — Não sei se estou pronta para enfrentar o que essa busca vai me trazer.Alexandre se aproximou e sentou-se ao seu lado, colocando a mão sobre a dela.— Você é forte, Emma. Sempre foi. Se precisar de tempo, eu estou aqui. Se precisar descobrir tudo de uma vez, também estarei aqui.Ela sorriu fraco, sentindo-se segura com a presença dele, mas ainda tomada pela dúvida.— Eu… não sei o que esperar. Talvez encontre algo que me machuque. Ou talvez… finalmente entenda quem eu sou de verdade.Alexandre inclinou a cabeça, t
O sol da manhã parecia abençoar cada detalhe do evento. O prédio da fundação Raízes de Esperança estava repleto de cores suaves, flores do campo e painéis com trechos de cartas anônimas de mulheres sobreviventes. A arquitetura era leve, acolhedora. Cada sala havia sido pensada com sensibilidade, desde os tons das paredes até os materiais usados nas oficinas.Emma chegou cedo, vestindo um conjunto branco elegante, com os cabelos soltos e um olhar emocionado. Alexandre a acompanhava, orgulhoso, com Miguel nos braços. Juntos, eles eram o reflexo da força, da reconstrução e do amor.Pessoas influentes estavam presentes: artistas, psicólogos, assistentes sociais, empresários, representantes da mídia… Mas os olhares mais importantes eram os das primeiras jovens acolhidas pela fundação.Meninas com olhos cansados e corações ainda assustados, mas que pela primeira vez pisavam em um lugar onde não seriam julgadas — apenas escutadas.---Emma subiu ao pequeno palco montado no pátio interno. Um
Emma caminhava pelos corredores de sua nova galeria como quem flutuava. O piso de mármore branco refletia os quadros imensos, carregados de emoção, que marcariam sua próxima exposição. Era tudo tão surreal... anos atrás, ela apenas sonhava com um espaço assim. Hoje, era dona de um império artístico respeitado internacionalmente.A mostra se chamaria Raízes Invisíveis — uma homenagem silenciosa à menina esquecida que ela foi, e à mulher que lutou para florescer mesmo nas terras mais secas.— Senhora Vasconcellos — disse uma assistente, aproximando-se com um tablet nas mãos. — Confirmaram sua entrevista com a “Vogue Arte” e também o editorial com a “Elle Internacional”. A agenda para Paris foi aprovada. Ah, e o colunista francês quer saber se o Alexandre a acompanha na viagem.Emma sorriu. Ainda estava se acostumando a ser chamada por aquele sobrenome. Vasconcellos.— Pode confirmar tudo. E sim, Alexandre vai comigo.Enquanto sua equipe corria para alinhar detalhes, Emma se afastou por
A manhã começou tranquila. Miguel acordou com o sorriso doce que iluminava qualquer canto da casa. Emma o pegou no colo, cheirou seu pescoço e sentiu aquele perfume inconfundível de bebê misturado com ternura e esperança. Era por ele que ela seguia todos os dias, mais forte e inteira. Enquanto Emma preparava o café, Alexandre desceu as escadas, já pronto para sair, mas com um olhar curioso. — Marcos me entregou mais alguns documentos hoje cedo — disse ele, enquanto colocava uma xícara de café à frente dela. — Há registros antigos. Uma mulher que tentou procurar por você há anos, mas sem sucesso. Pode ser alguém da sua família biológica. Emma congelou por um momento, com a colher a meio caminho do açúcar. A ideia de ter uma ligação biológica com alguém soava quase surreal. Por tanto tempo, ela acreditou que tinha sido simplesmente abandonada, esquecida. — Quem? — sussurrou. — O nome dela é Ester. Ela tentou adotar uma menina anos atrás, mas quando descobriu que você já havia s
Na manhã seguinte, Alexandre estava inquieto. Embora tivesse acolhido a confissão de Emma com compreensão e amor, algo dentro dele ainda queria protegê-la mais profundamente. Queria entender não só o que ela enfrentou — mas também de onde ela veio, o que a moldou até se tornar essa mulher forte, doce e determinada que agora era mãe dos seus filhos e a dona do seu coração. Pegou o telefone e ligou para Marcos, seu advogado e homem de confiança. — Marcos, quero que vá a fundo na vida da Emma... — disse, sério. — Está desconfiando dela? — perguntou Marcos, surpreso. — Não. Eu a amo. Mas quero entender. Saber de onde ela veio, o que ela viveu... O que ela superou. Eu quero conhecer tudo, até o que ela nunca teve coragem de contar. Me ajude com isso. --- Dois dias depois, Marcos retornou com um dossiê discreto, mas poderoso. Alexandre o leu página por página, sozinho em seu escritório, o coração apertado conforme as informações tomavam forma diante dos seus olhos. Emma nascera
Emma olhava pela janela do quarto, com Miguel adormecido em seus braços. O sol da manhã entrava tímido, banhando o berço com uma luz suave e morna. Ela sentia o coração leve, mas também inquieto. Nos últimos dias, ela e Alexandre haviam se aproximado ainda mais, e as palavras trocadas na noite anterior ecoavam em sua mente.“Você é meu lar, Emma.”Era a primeira vez que Alexandre havia expressado tão diretamente o que sentia por ela desde o nascimento de Miguel. Emma sabia que ele sempre estivera ao seu lado, mas aquela frase tinha um peso diferente. Era uma promessa, um reconhecimento. Um amor real.Sofia entrou no quarto sorrindo, carregando um desenho. “Mamãe, olha! Desenhei nossa família!” Ela estendeu o papel com traços infantis: um homem de terno, uma mulher de vestido florido, uma menininha com tranças e um bebê com um enorme sorriso.Emma se ajoelhou e puxou Sofia para um abraço apertado. “Ficou lindo, meu amor. Você desenhou até o papai com terno!”“Porque ele sempre usa tern
A noite avançava, e o silêncio que pairava na casa de Emma e Alexandre era apenas aparente. Nos corredores, nas entrelinhas dos olhares, nas palavras medidas, havia tensão acumulada, ressentimentos antigos e dúvidas não ditas.Emma colocou Miguel no berço com cuidado, tentando acalmar o coração. O choro leve do bebê havia cessado, e sua respiração ritmada era a única paz que ela sentia naquela noite. Fechou a porta do quarto devagar e seguiu até a sala.Lá, a sogra e a irmã de Alexandre ainda estavam sentadas, agora em silêncio. A conversa havia morrido depois da resposta firme de Emma. Alexandre, por sua vez, voltava do escritório com o pai, ambos com semblantes sérios.— Algum problema? — Emma perguntou, olhando para o marido.Alexandre negou com a cabeça. — Apenas conversas... antigas.O pai dele a observou por um momento e então falou:— Confesso que não entendi sua escolha no começo, filho. E, sinceramente, ainda tenho meus receios. Mas hoje... vi como ela cuida da sua família. E
Eu nunca imaginei que minha vida tomaria esse rumo. Se alguém tivesse me contado, anos atrás, que eu me apaixonaria pelo pai da menina que eu cuidava, teria rido e seguido em frente. Mas a vida tem formas inesperadas de nos surpreender.PassadoQuando aceitei o emprego como babá de Sofia, eu só queria uma oportunidade. Eu precisava de um trabalho estável, algo que me permitisse seguir em frente depois de tantas dificuldades. Cresci sem muitos luxos, aprendi cedo que precisava lutar por cada pequena conquista. E foi assim que cheguei à mansão dos Vasconcellos, acreditando que aquele seria apenas mais um emprego.Meu primeiro dia foi assustador. A casa era enorme, sofisticada, um mundo completamente diferente do meu. Sofia, ainda pequena, me olhava com curiosidade, e Alexandre... bom, ele era frio. Formal, ocupado demais para notar minha presença além do necessário. "Sua responsabilidade é minha filha. Apenas ela", ele disse com a voz firme. Não esperava que um dia ele olharia para mim
Emma foi levada para a sala de parto enquanto Alexandre permanecia ao seu lado, segurando sua mão com firmeza. Seu coração estava acelerado, mas ele fazia o possível para manter a calma por ela. — Respira, meu amor. Eu estou aqui. Emma apertava a mão dele com força a cada contração, o suor escorrendo pela testa. O médico olhou para ela com um sorriso encorajador. — Está indo muito bem, Emma. Mais algumas forças e logo seu bebê estará em seus braços. Ela reuniu toda sua força e, com um último empurrão, um choro forte ecoou pela sala. Emma sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto ao ouvir o som tão esperado. — Ele chegou — Alexandre murmurou, com a voz embargada pela emoção. O médico entregou o bebê a Emma, que o recebeu com os olhos marejados. A pele macia, os dedinhos minúsculos, os olhos ainda fechados… Ele era perfeito. — Meu menininho — sussurrou, acariciando a cabecinha do bebê. Alexandre sentiu o coração se encher de amor ao ver sua esposa e seu filho juntos. Ap