Uma secretária ambiciosa e um CEO implacável. Entre jogos de poder, segredos e uma irresistível atração, eles descobrirão que o desejo pode ser tão perigoso quanto o sucesso.
Ler maisA tensão dentro do veículo era palpável enquanto o grupo fugia da mansão de Marcus Kane. O silêncio reinava, interrompido apenas pelo som dos pneus contra o asfalto e a respiração pesada de todos. Clarice estava sentada no banco traseiro entre Helena e Samantha, suas mãos trêmulas sobre o colo. Ethan dirigia, os olhos fixos na estrada, mas sua mente fervilhava com as palavras de Clarice: "Ele ameaçou Sophia."Finalmente, Isabella quebrou o silêncio:— Ele fez o quê?Clarice ergueu o olhar, mas evitou encarar Isabella diretamente.— Kane... ameaçou Sophia. Ele tem espiões por toda parte. Quando soube que eu tinha informações sobre suas operações, me capturou. Disse que, se eu não cooperasse, ele...Ela parou, engolindo em seco, a voz falhando.— Ele faria mal à sua filha, Ethan.O silêncio retornou, mais pesado desta vez. Isabella apertou os punhos, sua expressão oscilando entre raiva e medo.— Por que não nos avisou? — perguntou Helena, a voz cortante como uma lâmina.Clarice fechou o
O refúgio estava em silêncio, exceto pelo som suave dos teclados de Anthony na sala de operações. Ethan permanecia ao lado de Isabella, mas seu olhar estava perdido. As recentes descobertas sobre Clarice perturbavam sua mente. Ele havia confiado nela durante anos, e agora a possibilidade de que estivesse envolvida com Marcus Kane o deixava inquieto.Isabella observava Ethan, preocupada.— Você não vai resolver nada apenas olhando para o nada — disse ela, suavemente.Ethan desviou os olhos dela, suspirando profundamente.— Eu só não consigo acreditar que Clarice poderia fazer parte disso.— E se não for bem assim? — sugeriu Isabella. — Talvez ela esteja sendo usada, chantageada. Marcus é mestre em manipular as pessoas.Ethan ponderou por um momento, mas antes que pudesse responder, Anthony entrou apressado na sala, segurando um tablet.— Preciso que venham agora.O Elo PerdidoNa sala de operações, Anthony projetou na tela principal os documentos decodificados. Havia transações finance
O refúgio estava mais uma vez mergulhado em tensão. Embora a operação tivesse desestabilizado boa parte das operações de Marcus Kane, ele continuava um passo à frente. As perdas sofridas no porto e na refinaria deixaram Ethan com um sentimento amargo de frustração.Na sala de operações, Anthony, cercado por telas, manipulava dados freneticamente.— Consegui rastrear os reforços de Kane. Eles vieram de um complexo no interior, próximo a uma área remota. Ele está usando esses locais para redistribuir seus recursos.Ethan se aproximou, analisando as informações na tela.— É o próximo alvo. Não podemos dar a ele tempo para reagrupar.Helena, com um ar de cansaço, interrompeu:— E se for mais uma armadilha? Ele nos atraiu antes, pode estar planejando isso novamente.Carlos entrou na sala, ainda com curativos do confronto anterior.— Pode até ser, mas quanto mais tempo dermos, mais ele se reorganiza. Precisamos pressioná-lo enquanto ainda estamos no controle.Isabella, que observava a discu
O amanhecer trouxe uma nova energia ao refúgio. Depois da operação na Estação Solitude, os documentos obtidos revelaram uma teia de corrupção e crimes que ultrapassava todas as expectativas. Agora, Marcus Kane não era apenas um alvo perigoso, mas um inimigo encurralado. E isso o tornava ainda mais letal. Anthony, com sua habilidade tecnológica, estava determinado a transformar as informações em uma arma pública. Ethan, no entanto, sabia que Kane não seria derrotado apenas no campo da opinião pública. Ele precisava de algo maior. Algo definitivo. --- As Estratégias de Guerra A sala de operações do refúgio estava movimentada. Mapas cobriam as paredes, laptops exibiam gráficos e informações, e vozes se sobrepunham enquanto o grupo discutia os próximos passos. Ethan observava tudo em silêncio, absorvendo os detalhes. — Kane controla três operações principais na cidade: o porto, a refinaria de químicos e um cassino clandestino — explicou Anthony, apontando para um mapa digital. — Prec
A noite estava carregada de tensão enquanto a equipe se preparava para invadir a Estação Solitude. Os detalhes do plano foram repassados à exaustão, mas o nervosismo era palpável. Cada um sabia que não havia margem para erros. Marcus Kane era astuto, e uma falha poderia significar o fim não só da missão, mas de todos ali. Isabella observava Ethan enquanto ele ajustava o equipamento de vigilância. Ele parecia calmo, mas ela conhecia o suficiente para perceber a tempestade interior que o consumia. — Você tem certeza disso? — perguntou ela, os braços cruzados. Ethan ergueu os olhos e sorriu suavemente. — Já passamos do ponto de retorno, Isa. Precisamos fazer isso. — Só quero que você volte para mim e para Sophia — disse ela, os olhos marejados. Ele a puxou para um abraço apertado, sua mão deslizando até o rosto dela. — Eu sempre volto. --- O Primeiro Movimento A equipe chegou ao perímetro da Estação Solitude pouco antes da meia-noite. Carlos liderava o grupo de distração, compo
A manhã seguinte trouxe uma aura de urgência. Anthony passou a noite analisando os documentos e encontrou algo que fez o coração de todos acelerar: o nome de um local, "Estação Solitude". Era um dos principais pontos de transporte das operações de Kane. Ethan, sentado à mesa, lia atentamente o relatório de Anthony. — Estação Solitude... Parece o próximo passo óbvio — murmurou. — É mais do que isso — respondeu Anthony, apontando para a tela. — De acordo com esses registros, é onde ele movimenta pessoas. Tráfico. Isabella, parada ao lado, sentiu o estômago revirar. — Precisamos fazer algo agora. Não podemos esperar. Ethan ergueu os olhos para ela, o olhar carregado de preocupação. — E se for uma armadilha? Kane sabia que pegaríamos esses documentos. Pode ser exatamente o que ele quer. Anthony concordou com um aceno. — Ele sempre está um passo à frente. Carlos, que ouvia em silêncio, finalmente interveio. — Talvez seja uma armadilha, mas se for verdade... Quantas pessoas estar
A manhã chegou devagar, trazendo consigo um ar de inquietação. Ethan estava na sala, analisando os dados transmitidos pelo dispositivo colocado no clube, enquanto Isabella preparava um café forte na cozinha. A tensão entre os dois era palpável; cada um sabia que os próximos passos poderiam selar o destino deles e de Helena. Helena, por sua vez, estava na varanda, observando o céu azul enquanto segurava Sophia no colo. Embora a cena fosse tranquila, ela não conseguia afastar o peso da ameaça de Marcus Kane. Carlos apareceu na sala com passos cautelosos. Apesar de estar mais confiante, ele ainda parecia desconfortável em estar ali. — Alguma novidade? — perguntou ele, cruzando os braços. Ethan olhou brevemente para ele, os olhos fixos no laptop. — Estamos decifrando a conversa de Eduardo. Ele mencionou algo sobre uma entrega importante em um local chamado Armazém B23. Carlos arregalou os olhos. — B23? Isso é um dos depósitos principais de Kane! Ele guarda armas, dinheiro e docume
A sala parecia menor com a tensão crescente. As palavras de Carlos ecoaram como um trovão. Marcus Kane. O nome pairava no ar como uma sombra, carregado de significado e perigo. Isabella, Ethan e Helena se entreolharam, tentando processar o que acabavam de ouvir. Ethan foi o primeiro a quebrar o silêncio. — Marcus Kane? — ele repetiu, franzindo a testa. — Ele desapareceu depois que Gregory foi preso. Todos acreditavam que ele tinha fugido do país. — Ele não fugiu — Carlos interrompeu, a voz rouca. — Ele foi para as sombras, esperando o momento certo para agir. E agora ele está assumindo o controle. Isabella se inclinou para frente, os olhos fixos em Carlos. — Por que você decidiu nos contar isso agora? Carlos hesitou, passando a mão pelos cabelos desgrenhados. — Porque eu não tenho escolha. Quando Gregory caiu, pensei que poderia reconstruir minha vida, mas Kane não permite deserções. Ele me encontrou, ameaçou minha família. E agora, se eu não cooperar, sei que ele vai me matar
A brisa suave de uma manhã ensolarada entrava pela janela aberta, trazendo o cheiro fresco das flores recém-regadas no jardim. Era o primeiro dia em muito tempo em que Isabella e Ethan puderam acordar sem a sensação sufocante de estarem em perigo iminente. Sophia balbuciava no berço, brincando com os próprios pés enquanto Isabella terminava de trocar sua fralda. — Acho que ela herdou o seu sorriso, Ethan — Isabella comentou, observando a filha. — Tem essa maneira de iluminar o ambiente como você faz. Ethan sorriu, encostado no batente da porta, os braços cruzados. — Se ela for metade do que você é, já terá mais luz do que qualquer um pode suportar. Isabella balançou a cabeça, rindo. — Você sempre sabe o que dizer, não é? — Só quando estou falando a verdade. — Ele caminhou até o berço, pegando Sophia no colo com cuidado. — Pronta para um passeio no jardim, pequena? Sophia soltou um som que soava como aprovação, e Isabella observou os dois com carinho enquanto eles saíam para o