Entre a raiva e o desejo

Miguel permaneceu em silêncio com o rosto imóvel.

“Seu charme sempre foi útil,” continuou Hector, com um olhar rápido para Clara. “Especialmente quando precisávamos atrair escritoras inocentes para nosso círculo.”

Clara sentiu o sangue ferver, mas Miguel apertou suavemente sua mão debaixo da mesa, pedindo que ela mantivesse a calma.

“E, claro, não posso esquecer seu talento como atirador,” disse Hector, com um sorriso frio. “Você é um dos melhores que já tivemos. É uma pena que ultimamente tenha deixado isso de lado.”

Miguel ergueu os olhos, encarando Hector diretamente. “Faço o que precisa ser feito.”

Hector riu suavemente. “Espero que continue assim. Afinal, todos somos substituíveis, não acha?”

O silêncio que seguiu foi tão pesado quanto o próprio jantar. Clara sentiu que cada palavra de Hector era uma ameaça disfarçada, um lembrete de quem realmente controlava o jogo.

“Duas semanas, Clara,” repetiu Hector, erguendo sua taça. “Estou ansioso para ler sua obra.”

Quando o jantar final
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