Depois de uma incrível noite de paixão, Manuela Cardoso, descobre que o grego exótico e misterioso, que a enlouquecera na noite passada era na verdade seu novo chefe, Collin Morris. Antes de poder se explicar, Manuela vê-se sem trabalho e acaba grávida. Seis meses depois, eles finalmente se reencontram. Collin precisando de uma esposa, Manuela precisando de um pai para seu filho. Será que existe algo mais que luxúria entre eles? Será que a luxúria, é o suficiente para manter um casamento por conveniência?
Ler maisCollin Morris Dois anos se passaram desde os dias sombrios que quase destruíram tudo o que construímos. Hoje, enquanto o sol se põe num céu pintado de tons quentes sobre a nossa pequena casa na região da Provence, eu, Collin, reflito sobre a longa jornada que nos trouxe até aqui. Sinto que cada cicatriz, cada lágrima derramada e cada palavra de perdão foram, de alguma forma, tijolos na reconstrução do nosso lar.Manuela, minha amada, está grávida novamente. Dessa vez, é como se a esperança tivesse se renovado em nossos corações, um símbolo vivo de que o amor pode florescer, mesmo depois de tanta adversidade. Ver o brilho nos olhos dela, ao anunciar a chegada desse novo bebê, me enche de um sentimento que jamais imaginei ser possível depois de tanto sofrimento.Lembro-me claramente dos momentos de desespero – das dúvidas que quase me consumiram, das mentiras e das intrigas que quase nos separaram. Houve dias em que eu me perguntava se algum dia seria capaz de perdoar e seguir em frent
Manuela Morris Seis meses se passaram desde que tudo parecia ter desmoronado. Hoje, nossa vida, apesar das cicatrizes do passado, resplandece com uma luz serena e reconfortante. Collin e eu, agora longe de todas as pessoas que um dia nos fizeram mal, construímos um refúgio na tranquilidade de uma pequena vila na França. Aqui, entre os campos dourados e o som suave dos riachos, nossos filhos – Helena e Caio – crescem felizes, e nosso lar se enche de risos, conversas sinceras e a esperança de um futuro melhor.Eu me lembro das noites longas e frias, dos momentos em que a dor e a dúvida pareciam esmagar meu coração. Eu me senti tão perdida, tão sozinha, mas o apoio inabalável de Collin, da nossa família e de amigos verdadeiros ajudou a transformar aquele desespero em uma nova oportunidade de recomeço. Agora, cada dia é uma batalha vencida, cada sorriso dos meninos, uma prova de que o amor pode florescer mesmo depois de tanta adversidade.Nossas manhãs começam com a luz suave do sol pene
Collin Morris Desde que voltamos à França, os dias passaram como se estivessem divididos entre a esperança de um recomeço e as sombras persistentes do passado. Manuela e eu havíamos deixado para trás o caos e a dor de Moçambique, carregando conosco as cicatrizes das feridas abertas e a promessa de um novo começo. Contudo, mesmo em meio às tentativas de reconstruir nossa vida, a presença insidiosa de Lois continuava a assombrar nossos dias.Eu me lembro claramente do dia em que decidi que bastava. Estávamos há poucas semanas de reestabelecermos a rotina em nosso novo lar, tentando, com todas as forças, reconstruir a confiança e o afeto que outrora nos unira. Os nossos bebês, Helena e Caio, agora dormiam tranquilamente em seus berços no quarto que cuidadosamente preparamos para eles. Manuela, com seu olhar sereno e levemente triste, ajeitava alguns brinquedos sobre uma pequena mesa, enquanto eu revisava relatórios da empresa em meu escritório. Mas, por mais que tentássemos seguir em fr
Manuela MorrisEu não sabia exatamente quando, mas algo dentro de mim começou a mudar. Aquela jornada de dor, humilhação e dúvidas – tudo aquilo que se acumulou nas últimas semanas – lentamente cedeu lugar a um sentimento tênue de esperança. Depois de tantos dias longe de Collin, após o turbilhão de acusações e lágrimas, percebi que ainda havia algo em nosso amor que merecia ser resgatado. Talvez eu pudesse, finalmente, perdoá-lo e encontrar forças para recomeçar.Lembro-me da manhã em que, após longas conversas com meus familiares em Maputo, senti que era hora de tomar uma decisão. Eu estava exausta, tanto física quanto emocionalmente. Ainda sentia o peso das acusações que ouvi, as mentiras que foram espalhadas por Lois, e o desamparo de ter sido afastada da única casa que eu conhecia. Mas, ao mesmo tempo, a lembrança dos nossos momentos juntos – dos sorrisos compartilhados, dos abraços que aqueciam a alma, das promessas feitas com tanto fervor – invadiu meu coração.Naquela manhã, a
Collin Morris Eu não sei exatamente quando a decisão tomou forma em minha mente – talvez na madrugada solitária depois de tantas noites de angústia, ou talvez no exato instante em que percebi que nada mais poderia consertar o que eu havia deixado desmoronar. O que sei é que, a cada batida do meu coração, a dor da separação de Manuela me corroía e a certeza de que eu precisava fazer algo me consumia. Eu precisava reerguer o que havíamos construído, mesmo que para isso tivesse que pedir perdão aos familiares dela e implorar que ela voltasse para mim.No dia seguinte, após uma noite em claro tentando ordenar os pensamentos, decidi que iria a Maputo. Havia descoberto, por meio de contatos confiáveis, onde Manuela estava sendo acolhida pelos seus parentes. Eu sabia que, se quisesse ter uma chance de reparar nossos laços, teria de enfrentar não apenas a dor, mas também aqueles que a amavam e que, provavelmente, a julgariam por tudo que havia acontecido.Com o coração apertado e a determina
Manuela Morris As luzes de Maputo brilhavam ao longe enquanto Manuela caminhava pelas ruas quase desertas, os braços pesados com o peso dos dois bebés. O cheiro de maresia e as vozes distantes de alguns notívagos eram tudo o que acompanhava seu passo vacilante. O cansaço era insuportável. Seu corpo tremia não só pelo frio da madrugada, mas pelo choque de tudo o que acontecera nas últimas horas.Ela não sabia exatamente o que a mantinha em pé. Talvez o instinto de mãe, talvez o puro desespero. Só sabia que não podia parar.Quando finalmente chegou à porta da casa de sua avó, sentiu um nó se formar na garganta. Era ali onde crescera, onde aprendera a distinguir o certo do errado, onde sempre encontrara um abraço nos momentos difíceis. Mas será que ainda havia um lugar para ela ali?Manuela respirou fundo e bateu à porta. Uma, duas, três vezes. O som ecoou pela noite silenciosa. Seu coração batia forte contra o peito.Demorou alguns segundos até ouvir um barulho do outro lado. Depois, p
Collin MorrisEu estava sentado sozinho no meu escritório, no alto de um prédio antigo em Paris, tentando forçar a concentração enquanto a chuva batia forte contra as janelas. A rotina da Morris Enterprise, as reuniões e os números, de repente, pareciam ter perdido o sentido. Algo em mim estava quebrado, e eu mal conseguia juntar os pensamentos. Há poucos dias, meus dias já não eram os mesmos; a dúvida sobre a paternidade dos meus filhos e as mentiras de Lois haviam corroído a base de tudo o que eu acreditava. E agora, uma nova revelação - ou assim diziam - ameaçava despedaçar o pouco de confiança que eu ainda tinha.Eu estava tentando trabalhar, mas o telefone tocou incessantemente. O número desconhecido piscava na tela, e algo dentro de mim me dizia que aquela ligação mudaria tudo. Atendi sem muita cerimônia, mas não tive tempo de pensar quando uma voz familiar e fria soou do outro lado:— Collin, aqui é o Lois.A voz dele sempre teve um tom que misturava arrogância com falso arrepe
Manuela MorrisEu não sei por onde começar. A confusão que se seguiu aos resultados do teste de DNA ainda pulsa em minha mente como um eco amargo, mas agora, a dor tomou uma nova forma – a traição, a injustiça e o abandono. Collin, tomado pelas dúvidas e pela humilhação, saiu de casa naquela manhã. Eu fiquei sozinha com os bebês, Helena e Caio, meus gêmeos, e com a sensação de que todo o nosso mundo, que eu lutara tanto para construir, estava desmoronando.O silêncio pesado da casa foi interrompido por passos decididos do lado de fora. Pouco tempo depois, a porta da frente se abriu abruptamente e, para meu horror, apareceu Lois, com um sorriso frio e uma malícia que me gelou a alma.— Manuela, precisamos conversar! — ele exclamou, com voz estridente, sem sequer esperar por um convite para entrar.Meu coração disparou. Eu levantei-me devagar, tentando juntar a coragem que restava dentro de mim, enquanto os bebês, ainda adormecidos no quarto, pareciam não entender a tempestade que se fo
Collin Morris Eu mal conseguia dormir naquela noite. O peso do que estava prestes a acontecer me corroía por dentro. Dois meses haviam se passado desde que nos mudamos para a França, e eu começava a acreditar que, de alguma forma, a vida estava finalmente se acalmando. Manuela estava em um estado de graça maternal – embora as dúvidas sobre a paternidade dos nossos gêmeos ainda sussurrassem nas sombras do meu pensamento, eu tentava ignorá-las e confiar no que via: o amor que brilhava nos olhos dela toda vez que segurava Helena e Caio. Mas aquela sensação tênue de incerteza nunca se dissipara por completo.Foi numa manhã cinzenta, com o céu carregado de nuvens e o ar úmido, que a porta da nossa casa se abriu abruptamente. Eu estava na cozinha, tentando preparar um café forte para clarear a mente, quando ouvi passos apressados e o som de uma voz áspera que parecia perturbar a paz que eu tanto almejava.— Collin! — gritou alguém.O coração acelerou. Eu larguei a caneca e fui em direção à