Cassidy Hawkins se apaixonou pela primeira vez por um homem proibido. Ele não era apenas o cunhado de sua irmã, mas também um mulherengo imaturo, mais velho, e alguém que a via apenas como uma sobrinha postiça. Anos de uma paixão sufocada por medos e barreiras impenetráveis criaram uma tempestade de emoções incontroláveis dentro dela. Até que, em uma noite de vulnerabilidade e desejo, Cassidy e Kai finalmente deixaram as diferenças de lado e entregaram-se a um momento inesquecível. O calor daquela noite transformou suas vidas para sempre, quando Cassidy descobriu que estava grávida. Agora, ela e Kai se veem forçados a se casar, em um compromisso que não foi planejado, mas que os une de uma forma que nenhum dos dois poderia imaginar. Mas o que parecia ser uma oportunidade de recomeço logo se torna um campo de batalha de sentimentos conflitantes. Cassidy conseguirá conquistar o coração de Kai após o casamento, ou será este o maior erro que os dois cometeram? Obs: O casal principal já foi apresentado no livro O Irresistível Pai do Meu Ex, mas esta história é independente e pode ser apreciada de forma isolada.
Ler maisOs hormônios devem levar um tempo até se estabilizarem, porque, quando a família entrou no quarto carregando balões e ursinhos — meu pai muito feliz, Olívia chorando e meus sobrinhos ansiosos para conhecer Rubi —, eu chorei de novo.Eu e Kai ainda não havíamos conversado sobre o que aconteceu, mas ele não parecia chateado ou, pelo menos, não demonstrava.— Olha como ela é linda — papai comentou, com os olhos cheios de lágrimas.— Obrigada, pai. Estou tão feliz que esteja aqui.— Eu não poderia não estar, minha filha. — Ele passou a mão em minha bochecha.— Me deixe segurá-la um pouco, pai. — Olívia pediu, ansiosa.— Façam uma fila, por favor. — Kai brincou. — Cadê Morgana e Alexander?— Não dava para entrar todo mundo, é muita gente. Eles estão esperando em casa com a mamãe. — Joshua explicou. — Ela está quase vindo a pé.— Você tem que ver, Cass. Ela não para de dizer "Eu deveria estar lá". — Olívia riu.— Oh, gente, vocês são tão bons comigo. Obrigada por virem. — Agradeci.— Tia, p
É como se eu não pudesse me lembrar de toda a dor e o medo que senti horas atrás. Segurar minha filha nos braços está em outro patamar de sensações incríveis. Rubi é perfeita. E ela já se tornou tudo. — Vem, Mike, vem ver a sua sobrinha — pedi, ainda com a voz embargada. Meu irmão, que estava mais afastado, se aproximou. Mostrei a bebê, e ele sorriu. Era evidente que também estava muito emocionado. — Parabéns, Cass. Ela é tão linda quanto você. — Ele passou a mão no meu cabelo. — Obrigada. Você vai ser o melhor tio do mundo — falei, sorrindo. — Vou mesmo. O mais babão. — Deu de ombros e riu. — É o preço que devo pagar por ter uma sobrinha tão perfeita. Tê-la ainda dentro da minha barriga era totalmente diferente de tê-la em meus braços. Agora, a sensação era surreal. Transbordou tudo em mim, causando uma avalanche de sentimentos bons, sentimentos que eu nunca imaginei ser capaz de sentir. Kai sentou ao meu lado, e uma enfermeira veio me ajudar a colocar Rubi em uma p
Eu vivi o mais puro medo e terror somente uma vez na vida. Hoje. Quando meu pai morreu, a dor foi profunda, mas era algo que eu sabia que viria. Ele estava com câncer e sua expectativa de vida era limitada. Foi devastador, mas não senti medo, apenas um vazio profundo e uma tristeza que parecia não ter fim. Mas hoje, enquanto eu corria com Cassidy nos braços, tudo que eu sentia era medo. Um medo profundo, que consumia tudo, medo do que eu não podia controlar, do desconhecido. Medo de perder. Eu deveria ter ligado para a emergência, mas não consegui. E se eles demorassem? E se algo os atrasasse? E se Cassidy piorasse enquanto esperávamos? Não havia espaço para "e se". A única solução que encontrei foi colocá-la no banco traseiro do carro e dirigir como um louco até o hospital mais próximo. — Estamos chegando, Cass... só mais um pouco, por favor, aguenta firme. — pedi, com a voz embargada. Ela estava acordada, mas mal. Os olhos fechados, a voz tão fraca que era impossíve
— Não entendo, Kai. Você e Peter se odeiam desde que se conheceram — comentei, tentando soar casual. — Por quê?Eu estava há dias tentando arrancar qualquer coisa dele, uma confissão, uma explicação ou, ao menos, alguma pista do que se passava em sua cabeça. Desde aquele breve encontro no restaurante, Kai parecia mais... cauteloso. — Não tenho nada contra aquele garoto. Só acho que ele é petulante demais — respondeu, com claro desgosto na voz. Eu estava organizando a bolsa que levaria à maternidade para quando chegasse o dia de Rubi nascer. Optei pelo parto normal, e Kai apoiou, então estamos aguardando nossa garotinha a qualquer momento. — Ele não é um garoto. Se disser isso perto de qualquer fã dele, vai se dar mal — ri. — Ele é tão gentil e carismático. — Argh, preciso ouvir você elogiando seu ex-namorado? Sério? — Desculpe, eu só estava curiosa sobre essa rivalidade de vocês — dei de ombros. — Não é uma rivalidade. Só optei por não ter nenhum contato. — Sei — ri,
Finalmente. Eu ralei muito todos esses anos, e agora, estou me formando. Minha família estava ali, e só a presença deles conseguiu acalmar um pouco do turbilhão na minha mente. O momento que eu tanto esperei havia chegado. Enquanto fazia meu discurso, já que fui escolhida para falar por ser a aluna com a maior nota da turma, meu olhar se encontrou com o dele. Kai. Ele estava sentado ao lado de Joshua, e aquele sorriso... Era maior e mais sincero do que eu jamais imaginei que ele pudesse dar. —... E à minha família: meu pai, meus irmãos, Joshua... Eu amo todos vocês. Obrigada por estarem comigo até aqui. Vocês são meu alicerce na vida. De hoje em diante, serei uma profissional exemplar e farei jus a tudo que aprendi aqui e na vida... Quero dizer em nome da turma que... – continuei, tentando transmitir cada palavra com o coração. Os aplausos vieram, fortes e cheios de emoção. Quando finalizei, voltei ao meu lugar entre os alunos, aguardando o encerramento da cerimônia. Quando
Papai conversou muito comigo na noite passada. Ele me aconselhou, me apoiou e, com suas palavras, me deixou segura para decidir sobre minha própria vida. Meu pai e meu irmão são, sem dúvida, as melhores pessoas que eu poderia desejar ter ao meu lado. Acordei com o aroma chamativo de café da manhã. Não precisei nem sair do quarto para saber que era meu pai fazendo suas receitas na cozinha. — Eu sabia! — ri ao entrar na cozinha e vê-lo ocupado com as panelas. — Bom dia, queridas. Venham comer! — ele chamou, animado, com um sorriso que aquecia qualquer coração. — Obrigada, papai. O cheiro está maravilhoso, e tenho certeza de que o sabor também está. Ele não decepcionou. Comi rápido, saboreando cada pedacinho daquele café delicioso. Mike estava ao meu lado, ainda mais calado do que de costume. Conversamos um pouco, mas eu sabia que algo o incomodava. Meu namoro. E ainda me sinto eufórica só de pensar nesse termo, nunca, jamais pensei em Kai como um cara que gostaria de namor
— Tem certeza? — Joshua perguntou, com a voz firme, mas o olhar carregado de preocupação. — Não quero saber o que o papai te pediu ou o que você acha que deve fazer. Quero saber se você, no fundo, tem certeza. Ivan ficou no apartamento dos filhos, e Joshua e Olívia trouxeram as crianças para o meu. Como eu havia imaginado, ele só esperou todos dormirem para vir falar comigo. Joshua sempre foi o irmão mais velho responsável, cauteloso e com os pés no chão. Talvez por isso eu me sentisse tão confortável para desabafar com ele. — Tenho certeza — garanti, tentando esconder qualquer dúvida. Joshua respirou fundo, inclinando-se levemente sobre a bancada. — Kai, a família toda vê a Cassidy como uma de nós. Ela conquistou a nossa confiança e o nosso carinho, e você sabe que a mamãe é louca por ela. Se você fizer algo que a magoe, vai carregar um peso enorme. — Sua voz era calma, mas suas palavras tinham o peso de um aviso. — Você acha que eu não consigo cuidar delas? — perguntei, es
Deixei Cassidy no quarto e fui atrás de Michael. O encontrei sentado no sofá, o rosto sério e o olhar acusador. Ele me encarava de um jeito que parecia atravessar minha alma, quase me rasgando em pedaços. — Eu tinha dezessete anos quando ficamos amigos. — Ele começou, com um tom frio. — Você já era mais velho e virou uma espécie de irmão mais velho para mim. Eu era tímido, e você, com aquele jeito despojado, me ensinou tudo sobre mulheres. Como conquistar, como levar pra cama, como receber tudo delas, mas também, como me livrar delas depois — falou irônico. — Você me levou para festas, me mostrou um mundo que eu nunca tinha participado. — Ele balançou a cabeça, rindo em deboche. — Mas sabe o que eu vi, Kai? Você cercado de mulheres, trepava com quem escolhesse, às vezes mais de uma ao mesmo tempo. Você não ligava para o que diziam. Lembro que me disse que a vida era muito curta para viver com uma só. Ele respirou fundo, me encarando de um jeito que parecia buscar uma resposta que
— Eu acho que não entendi, ou ouvi errado. — murmurei atônita, tentando processar o que acabei de ouvir. — Entendeu sim e ouviu muito bem. Eu quero você, Cassidy, quero que a gente fique junto. — A voz de Kai soava firme, mas havia uma ternura escondida ali. — Kai, eu acho isso tão... repentino? Antes, você não queria nenhum envolvimento emocional comigo. O que mudou? — perguntei, a cabeça fervilhando com lembranças de nossas conversas anteriores. — Tudo, Cassidy. Tudo mudou. Você está esperando uma filha minha, e a cada dia que passa o peso desse sentimento confuso que sentimos cresce ainda mais. Eu ainda não sei exatamente o que é, mas acho que podemos descobrir juntos. — Ele desviou o olhar, hesitante. — Eu... tentei sair com outras mulheres, mas nenhuma delas causou em mim o que você causou. Meu coração deu um salto, mas o medo ainda pairava. — Eu... não sei se fico feliz ou assustada. — confessei com uma risada nervosa. — Então, o que você acha? — perguntou, buscando