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Capítulo 7- Não Quero Me Prender

Kai Hoke

Dias depois

Criar uma marca não é fácil. É como entrar em um campo de batalha lotado, onde cada novo concorrente surge carregando a promessa de algo inovador. Foi nesse cenário que nasceu a Imperial Men’s, uma marca pensada para homens como eu: seguros de quem são e do que desejam. Relógios, peças íntimas e óculos escuros são os pilares da coleção. Eu queria criar algo que fosse um reflexo genuíno de mim mesmo, e essas são exatamente as coisas que adoro adquirir das melhores marcas possíveis.

— Uau... — Dylan murmurou, com os olhos fixos nas peças.

Joshua, por outro lado, me olhava com uma expressão de surpresa escancarada.

— Isso é sério? — ele perguntou, ainda tentando processar a informação.

— Kai, por que não disse nada? — Morgana me encarou, como se eu tivesse cometido um crime imperdoável.

Alexander, sempre mais contido, apenas observava as peças em silêncio, analisando cada detalhe com uma atenção quase intimidante.

Respirei fundo antes de responder. Por muito tempo, eu quis contar e até mesmo pedir conselhos a Joshua. Ele sempre foi o mais sério e centrado de todos nós. Praticamente sozinho, ele triplicou nossa fortuna, e agora, como governador, tornou-se ainda mais imponente. Mas eu queria fazer algo sozinho, queria me desafiar a realizar algo útil, não apenas por mim, mas também pela família.

— Eu queria ter certeza de que tudo daria certo primeiro. Mas... a questão é: vocês gostaram? — Minha voz saiu ansiosa, quase insegura.

Eu precisava da aprovação deles. Não era apenas sobre o que eu sentia, mas sobre o que isso poderia representar para a nossa família. Sucesso ou fracasso, as repercussões seriam compartilhadas.

— Eu amei! — Morgana exclamou, apontando para um dos relógios. — Esse aqui é a sua cara, amor. — Ela mostrou a imagem para o marido, que acenou com um sorriso discreto.

— Estou surpreso, mas isso é incrível, Kai. — Joshua finalmente relaxou, e sua expressão se transformou em um sorriso genuíno. — Sei que vai ser um sucesso.

— E você podia me dar esse aqui de presente! — Dylan virou o catálogo em minha direção, rindo.

A conversa se desenrolou, e a tensão em meu peito começou a diminuir. A data da apresentação das peças estava marcada para breve. Havia planos ambiciosos para o futuro: desfiles, eventos exclusivos, novas coleções. Por ora, o foco era lançar as peças iniciais, com a promessa de que, mais adiante, cada criação seria personalizada para os clientes.

Mais tarde, já menos ansioso, liguei para mamãe para compartilhar a novidade. Como esperado, ela não ficou nada satisfeita por ter sido informada depois de todos. Reclamou, exigiu compensação e me intimou a passar uma tarde inteira com ela. Como sempre, eu cedi.

Depois da última reunião do dia, voltei para casa, exausto.

Enquanto comia, minha mente vagou para Cassidy. Fazia meses desde o incidente que nos afastou, e alguns dias desde nossa pequena discussão, mas eu andava sentindo falta das conversas cheias de suas maluquices e ideias inesperadas, como antigamente. Ela cursava Moda, e uma parte de mim queria mostrar as peças da coleção e ouvir sua opinião. No entanto, nossa amizade pertencia ao passado. Além disso, ela tinha um namoradinho agora. Quis rir, aquele garoto não seria o suficiente para ela, mas isso não era um problema meu. Minha vida está ótima como está.

O interfone tocou, quebrando meus pensamentos. Pelo horário, já sabia o que esperar.

— É ela? — perguntei ao atender.

— Sim, tudo bem, senhora Hoke, obrigada. — A resposta foi breve, usando o nosso código habitual, antes de desligar.

Suzana, Soraia, ou seja lá qual fosse o nome dela, parecia incapaz de desistir. Quase todas as noites, a cena se repetia. O porteiro fazia questão de avisar que ela tinha aparecido, apenas para garantir que eu soubesse.

Pensei, por um momento, em deixar esse estilo de vida para trás. Mas a lembrança da última vez que fui a uma balada no centro rapidamente dissipou essa ideia. Eu amava minha vida exatamente como ela era.

Voltei para o sofá, tentando me concentrar no filme que nem me dei ao trabalho de decorar o nome. Enquanto navegava pelas redes sociais, uma foto de Cassidy apareceu na tela. Ela estava em um estádio, usando uma blusa apertada com o número do namoradinho estampado. Sorri, mas não de admiração. Ele não era nem de longe tão bonito quanto minha mãe, Morgana ou Olívia pareciam achar. Eu era mais bonito e mais homem. Cassidy só pode estar carente.

— Eu que não quero me prender. — murmurei para mim mesmo, dando de ombros.

A monotonia da noite finalmente me venceu. Levantei, tomei um banho e me preparei para a única coisa que sempre conseguia distrair minha mente: sair.

Chegar à boate era um ritual que eu dominava. Nunca enfrentava filas. Bastava dizer meu nome, e o segurança abria caminho. Meu lugar estava reservado, uma mesa pessoal na área VIP, afastada da multidão.

Na pista, duas mulheres dançavam juntas, atraindo olhares por onde passavam. Uma loira em um vestido que parecia ter sido feito para provocar e uma morena deslumbrante que exalava confiança. Acenei para elas, que rapidamente subiram as escadas, sussurrando algo entre si.

— Kai. — A loira cantarolou, parando diante de mim.

— Fico feliz em saber que já sabem o meu nome. — Respondi, apontando para o sofá à minha frente.

— Todo mundo sabe. Você é famoso aqui. — Disse a morena, com um sorriso malicioso.

— Sou mesmo? — Perguntei, fingindo desinteresse.

— Você é Kai Hoke, irmão do governador, presença VIP neste lugar, CEO de uma das empresas da família e... — Ela fez uma pausa dramática. — Dizem que nunca repete ninguém. É verdade?

Sorri, bebendo o restante do uísque.

— É verdade. Nunca repito. Mas hoje, parece que dei sorte.

A loira inclinou-se para mim, mordendo o lábio.

— Por quê?

— Porque estou aqui, entediado, e agora tenho duas mulheres incríveis na minha frente. Se forem como imagino, vamos aproveitar até o amanhecer.

A noite, como tantas outras, prometia ser intensa. E eu, como sempre, estava disposto a aproveitá-la ao máximo. Enquanto pagava a conta da bebida, avisei que estava indo para os fundos e mandei que ninguém me incomodasse. Quando cheguei ao quarto, as duas estavam exatamente como eu gosto: sem roupa e prontas para a melhor noite de suas vidas.

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