Noah Fitzgerald, um CEO de 37 anos, é um homem metódico, centrado e devoto ao trabalho. Após um divórcio conturbado, ele construiu uma vida impecável, pautada por disciplina e regras que mantêm tudo sob controle. Mas essa rotina perfeitamente alinhada começa a desmoronar quando sua filha Olivia, de 19 anos, decide sair da casa da mãe para morar com ele. Determinado a ser o melhor pai possível, Noah transforma sua mansão em um lar acolhedor. Entretanto, o que ele não esperava era que Olivia se tornasse amiga de Kira, uma jovem de 21 anos, espirituosa, carismática e com uma visão de mundo oposta à dele. A presença de Kira mexe com Noah de um jeito que ele nunca imaginou. Entre provocações sutis, olhares prolongados e uma tensão crescente, ele se vê preso entre a responsabilidade de ser um exemplo para sua filha e o desejo avassalador que sente por uma mulher que representa tudo o que ele evita: intensidade, caos e liberdade. Conforme os dias passam, Noah percebe que não é apenas sua casa que foi invadida, mas também seu coração. Em meio a conflitos internos e segredos inesperados, ele terá que decidir se deve seguir as regras que sempre ditaram sua vida… ou arriscar tudo por um amor improvável que promete virar seu mundo de cabeça para baixo. Um romance que prova que a vida nem sempre segue os planos e que às vezes, o que mais tememos pode ser exatamente o que mais precisamos.
Ler maisChegado o grande dia, Olívia estava eufórica. Tudo estava organizado, o DJ já estava no local e Noah tinha providenciado um profissional para ficar responsável pela churrasqueira e pelos petiscos. O bar que foi montado já estava abastecido. Ele tinha conversado com a filha sobre o cuidado com o excesso de bebidas e pedido para que não houvesse brincadeiras próximo à piscina. Noah chegaria em casa ao fim da tarde e passaria direto para o seu quarto de maneira discreta. Queria deixar os mais jovens à vontade. James até tentou participar da festinha, mas Noah, conhecendo o amigo pervertido, o dispensou logo.Olivia já estava vestida com o seu biquíni azul claro. A parte de cima era de cortininha e embaixo tinha lacinhos laterais. Uma saída de banho branca, meio transparente, complementava o look. Estava de um lado para o outro, recebendo os convidados, ansiosa. Kira, sua mais nova e fiel amiga, estava com ela desde cedo. A loira vestia um short jeans curto e uma blusa de malha branca. Iv
O ambiente aconchegante e intimista os envolveu assim que entraram. Uma música suave tocava ao fundo, e o cheiro de especiarias preenchia o ar. Se sentaram e depois que os pedidos foram feitos, a Fitzgerald resolveu iniciar a conversa:— Papai… — Noah olha a filha com atenção. — É que… pensei em dar uma festa de boas vindas aos meus colegas lá em casa nesse final de semana. Nossa casa é bem grande, tem uma área com piscina, salão de jogos… seria divertido conhecer as pessoas da minha turma melhor. Pode ser? O mais velho se surpreendeu com a pergunta. Não imaginava que teria de lidar com isso tão rápido. Ao se deparar com os olhinhos pidões da filha, suavizou a expressão: — E como seria a organização dessa festa, minha filha? Posso pedir alguma ajuda à sua tia Savannah. Ela trabalha com isso e é a melhor nesse ramo. — Olivia riu dos exageros do pai, mas achou fofa sua tentativa de mimá-la:— Pai, não preciso de uma promoter pra organizar uma festa de calouros, pelo amor de Deus —
No dia seguinte, Olivia saiu cedo para seu primeiro dia de aula. Estava animada, não só com o novo ambiente, mas para inaugurar o "presentinho" que seu pai havia lhe dado, um Atlas Cross Sport, um carrão de primeira qualidade. Um pequeno exagero do qual provavelmente sua mãe reclamaria, mas ela estava achando o máximo. "Se não puder mimar minha própria filha, de que vale mesmo ter todo esse dinheiro?", foi o argumento do mais velho. Para a loira tudo aquilo era empolgante demais para negar. Chegando lá, mesmo contra a sua vontade, acabou chamando a atenção de todos ao redor. Afinal, a loira era dona de uma beleza única e dirigia um carro possante e bem chamativo. A Fitzgerald ia ingressar na faculdade de psicologia, era um sonho desde criança. A mente humana sempre foi algo que a fascinou e essa afinidade só cresceu ainda mais depois do divórcio dos pais, em que ela vivenciou de perto aquela situação e as consequências dela. Foi um período difícil para menor, mas com a ajuda da Dra.
Olivia desembarcou em Chicago e desceu pela escada rolante do aeroporto, procurando seu pai com os olhos. Rondava o ambiente até que seu olhar aterrissou em uma cabeleira loira familiar. Sorriu largo ao se deparar com a figura alta que segurava uma placa com os dizeres: “Seja bem vinda, princesinha do papai”. Seu pai realmente não mudava, pensou a loira. Continuava carinhoso, do jeito mais brega e fofo. A alegria era tanta que saiu correndo e se jogou nos braços do pai, como se tivesse oito anos outra vez. Ali, nos braços dele, era como se o tempo não tivesse passado. Sentindo o calor do mais velho, ela fechou os olhos e sorriu. Ela continuava sendo a mesma garotinha de sempre.— Papai! Que saudade de você! — A loira sorriu, passando os olhos pela roupa do pai. Ele vestia uma calça jeans e uma camisa polo branca. Nos pés, um par de tênis e pendurado na gola, um clássico Ray Ban preto. Ele estava, na linguagem dos jovens, descolado. Por um momento, a garota se perdeu em seus pensamen
Em seu escritório, estava Noah. Sentado em sua poltrona de couro, tomando uma dose de sua bebida preferida, após uma reunião cansativa com alguns acionistas do ramo. Dava uma pausa na pilha de papéis que estavam em sua mesa e nos pensamentos que borbulhavam a todo vapor. Um certo amigo o acompanhava. O moreno bebericava seu whisky quando resolveu interromper o silêncio do ambiente.— Quer dizer que sua filha vai morar com você? — James perguntou, com um sorriso malicioso estampando seu rosto. — Sim! Estou tão feliz! — o loiro fala, com os olhos brilhando e um sorriso de orelha a orelha. — Estou morrendo de saudades da minha pequena. Se bem que… ela já está com dezenove anos. Nossa! Como o tempo passa rápido… O moreno sorri para o amigo, mas a expressão que faz os pêlos do amigo se eriçarem e o loiro faz uma careta, já esperando pelo pior:— Diz logo o que se passa nessa sua mente pervertida, Barker.— Noah, pensa comigo. Sua filha está indo para a universidade. Certamente ela vai
Saí da empresa em um ritmo frenético, checando o relógio no painel do carro enquanto atravessava a cidade. Los Angeles estava particularmente caótica, mas nada poderia me atrasar naquele dia. A matrícula de Olívia precisava ser entregue na Universidade da Califórnia, e eu havia prometido cuidar disso pessoalmente. Era o mínimo que eu podia fazer, já que ela estava prestes a deixar sua vida na Europa para morar comigo.Estacionei na vaga mais próxima que encontrei e saí do Volvo, ajustando meus óculos escuros. O sol brilhava forte, mas o vento trazia um frescor típico da costa. Caminhei a passos largos, minha mente já pensando nos documentos e na reunião marcada com a reitoria. O campus estava agitado, jovens por toda parte, conversando, rindo, alguns com fones de ouvido. Por um instante, pensei no que me aguardava com Olívia e senti um misto de ansiedade e alegria.Foi então que senti o impacto.Uma jovem trombou comigo e quase derrubou a pasta que eu segurava. Ela estava de cabeça ba
Saio da sala de reuniões com um suspiro aliviado. A fusão com os coreanos avança e, embora cada detalhe ainda precise ser minuciosamente analisado, sinto que as peças estão finalmente se encaixando. Passo pela recepção e aceno para a equipe, enquanto meu celular vibra com a ligação que estou esperando.— Noah Fitzgerald.— Senhor Fitzgerald, aqui é o Blake, do estúdio de arquitetura. Estamos no local e queríamos confirmar algumas mudanças para o quarto da sua filha.Minha expressão suaviza ao ouvir isso. Olivia finalmente vai voltar para casa.— Pode falar, Blake.— A estrutura principal está concluída, mas gostaria de saber se deseja algo personalizado, talvez uma área de estudo integrada ou um espaço para hobbies.Olho para a parede de vidro que dá vista para a cidade enquanto a voz do arquiteto me preenche. Imagino Olívia sorrindo ao ver tudo pronto.— Sim, quero algo confortável e funcional. Ela vai precisar de um canto para se concentrar. Além disso, coloquem alguns detalhes mode
O telefone vibra na minha mão, interrompendo meus pensamentos enquanto reviso alguns textos da faculdade. Ao ver o nome da minha irmã, Alina, meu coração aquece. Atendo com um sorriso antes mesmo de dizer alô.— Kira! , ela exclama com uma animação que faz meus lábios se curvarem automaticamente.— O que foi, Alina? Está explodindo de felicidade. — brinco, encostando-me ao sofá.— Fui pedida em casamento! — grita, e eu quase consigo ver seu sorriso reluzindo do outro lado da linha.— Não acredito! Alina, isso é maravilhoso! — respondo, sentindo minha felicidade genuína por ela atravessar a voz.— Ele preparou tudo com tanto carinho, Kira… Era o pôr do sol, flores, e ele até tocou nossa música no violão. Foi perfeito… A voz dela se embarga um pouco, de pura emoção.— Você merece tudo isso e muito mais, irmãzinha. Estou tão feliz por você.Conversamos por mais alguns minutos, ela me conta detalhes sobre o anel, sobre como se sente. Falo o quanto estou orgulhosa e mal posso esperar pa