Três dias depois, Kira tocava a campainha da mansão Fitzgerald novamente. Foi recebida pela amiga loira na mesma animação de sempre. Foram direto para o quarto. Antes de começar os estudos, Olivia queria contar um segredo e uma fofoca para ela— Kira, amiga, preciso te contar uma coisa — disse a loira, falando baixinho. — Ontem eu e o Henry, nos pegamos e foi maravilhoso. Estávamos nas mãos bobas e estava divertido, mas…— Mas… — incentivou Kira para que a loira continuasse.— Na hora H, eu amarelei — ela falou com pesar. Kira olhou para a amiga meio confusa — Sabe o que é, amiga, é que eu… bem, eu sou virgem ainda. — A loira arregalou os olhos e não cons
Se assustou. Teria acontecido algo com Olivia? Deu um passo à frente, angustiado, quando viu no sorriso dela que, bem ao contrário da filha, não corria nenhum risco. Mas ele sim, prestes a cair à beira de um abismo a qualquer minuto.— Olivia mandou eu vir no lugar dela lhe dar um beijo de boa noite, tio Noah.Noah riu anasalado, balançando a cabeça, nervoso. A garota sabia ser perigosa, não podia negar.— Acho que você não pode substituir minha filha nessa tarefa, querida.— Por que não? — Kira chegou muito perto do loiro, tão mais alto que ela, que teve que olhar para cima, com o nariz empertigado. Kira e Olivia estavam cada dia mais amigas, faziam tudo juntas, Olivia engatou um relacionamento sério com Henry e por causa disso, ficou preocupada com sua amiga "sozinha". Então colocou na cabeça que iria arrumar um "bofe" para ela e vivia arrumando festas e propostas de balada para chamar a amiga. Não que Kira precisasse de ajuda ou que não ficasse com ninguém, mas é que ultimamente apenas um certo loiro rondava seus pensamentos e ela já não tinha interesse em nenhum garoto de seu convívio.— Kira, minha amiga, vamos a uma balada hoje na boate Coliseu. Por causa de uns sócios do meu pai querido, consegui entradas Vip Capítulo 12 - Pensamentos impuros
Chegaram na boate os quatro jovens: Olivia dando o braço ao Henry, em risadinhas e beijinhos felizes. Britney animada, olhando para todos os lados, tentando reconhecer rostos e lugares e Kira um pouco constrangida, desacostumada a frequentar ambientes como aquele. Viu olhares masculinos sobre si. Sabia que estava lindíssima, mas não deu muita importância. Só havia um olhar no qual ela não parava de pensar, mas é claro que ele jamais estaria numa festa como aquela.Olhou para cima e viu o letreiro vermelho piscando em fundo preto: COLISEU. Era uma boate famosa na cidade por seus frequentadores serem todos muito ricos. Por isso mesmo, sabia que cada copo de água devia c
Era mais de uma da manhã quando Noah finalizou a negociação com os novos sócios coreanos. Queriam comemorar o novo contrato. Noah já tinha organizado a ida deles à ala Vip da boate Coliseu, inclusive com as mais procuradas acompanhantes de luxo da cidade, para que se sentissem à vontade, mas eles insistiram que Noah fosse junto, o que ele não gostaria de forma alguma, mas acabou cedendo:— Está bem, está bem. Mas vou ficar apenas uma hora. Amanhã tenho outras reuniões pela manhã.Ele era a cara e a simpatia da empresa, sabia que muitos negócios se firmavam ou acabavam exatamente nesses momentos de comemoração e compreendeu a importância de sua presença, como sinal de fé na firmeza do contrato. Era o tipo de gent
— Eu te ensino, tio Noah. — ela disse, com um meigo e inocente sorriso no rosto, dando um passo à frente, quase eliminando a distância que havia entre eles.Pegou a mão grande de Noah e colocou em sua cintura, mantendo os olhos fixos nele. Pôs um braço em seu ombro e ajudou-o a se balançar, acompanhando a música. Kira mal respirava, os lábios entreabertos num sorriso sincero. Era como se toda a boate tivesse silenciado e ela só enxergasse aqueles enormes topázios azuis arregalados, mirando-a.Sentiu Noah lhe apertar a cintura e excitada, lambeu os lábios. Seu peito subia e descia, numa respiração acelerada e Noah pôde senti-la arfando um ar quente em seu peito. Puxou-a para ainda mais perto e sentiu os bicos dos seios intumescidos dentr
Chegaram na casa de Olivia quase às quatro da manhã. Da porta da entrada, ela e Henry riam baixinho, bêbados, segredando sabe lá Deus o quê nos ouvidos. Mal se lembraram de dar boa noite a Kira, que tirava os saltos no hall de entrada. Riu da felicidade da amiga e caminhou descalça, o lápis borrado descendo pelos olhos, o rosto agora sóbrio e um pouco abatido. Sim, beijar Charles tinha sido ótimo, mas se entristeceu quando voltou aos pensamentos de antes. O que podia fazer para que Noah a enxergasse como mulher, sem romper com a amizade de Olivia? Puxa, que sinuca de bico, não tinha resposta para essa pergunta. Enquanto caminhava pensando na ironia de estar na casa do homem que mais queria sem poder sequer chegar perto dele, se viu aproximar de seu quarto e perceber a porta levemente entreaberta.A curiosidade e o desejo n&at
Como podia ser tão linda uma hora dessa da manhã? A menina tinha um pé sobre a cadeira onde sentava, um braço sobre o mesmo joelho, com o qual segurava uma maçã. Os cabelos amarrados displicentemente num coque e a linda pele branca um pouco borrada do lápis da noite passada, mal retirado. Ainda assim, tinha um sorriso de quem havia dormido bem.— Bom dia, Kira, sim estou bem. Acordou cedo?— Não consigo dormir até muito mais tarde, mesmo quando durmo de madrugada.Noah tentava ficar à vontade. Bem, era só a amiga de sua filha, afinal:— Ainda demoraram lá?Kira riu, sem graça: