— Eu te ensino, tio Noah. — ela disse, com um meigo e inocente sorriso no rosto, dando um passo à frente, quase eliminando a distância que havia entre eles.
Pegou a mão grande de Noah e colocou em sua cintura, mantendo os olhos fixos nele. Pôs um braço em seu ombro e ajudou-o a se balançar, acompanhando a música. Kira mal respirava, os lábios entreabertos num sorriso sincero. Era como se toda a boate tivesse silenciado e ela só enxergasse aqueles enormes topázios azuis arregalados, mirando-a.
Sentiu Noah lhe apertar a cintura e excitada, lambeu os lábios. Seu peito subia e descia, numa respiração acelerada e Noah pôde senti-la arfando um ar quente em seu peito. Puxou-a para ainda mais perto e sentiu os bicos dos seios intumescidos dentr
Chegaram na casa de Olivia quase às quatro da manhã. Da porta da entrada, ela e Henry riam baixinho, bêbados, segredando sabe lá Deus o quê nos ouvidos. Mal se lembraram de dar boa noite a Kira, que tirava os saltos no hall de entrada. Riu da felicidade da amiga e caminhou descalça, o lápis borrado descendo pelos olhos, o rosto agora sóbrio e um pouco abatido. Sim, beijar Charles tinha sido ótimo, mas se entristeceu quando voltou aos pensamentos de antes. O que podia fazer para que Noah a enxergasse como mulher, sem romper com a amizade de Olivia? Puxa, que sinuca de bico, não tinha resposta para essa pergunta. Enquanto caminhava pensando na ironia de estar na casa do homem que mais queria sem poder sequer chegar perto dele, se viu aproximar de seu quarto e perceber a porta levemente entreaberta.A curiosidade e o desejo n&at
Como podia ser tão linda uma hora dessa da manhã? A menina tinha um pé sobre a cadeira onde sentava, um braço sobre o mesmo joelho, com o qual segurava uma maçã. Os cabelos amarrados displicentemente num coque e a linda pele branca um pouco borrada do lápis da noite passada, mal retirado. Ainda assim, tinha um sorriso de quem havia dormido bem.— Bom dia, Kira, sim estou bem. Acordou cedo?— Não consigo dormir até muito mais tarde, mesmo quando durmo de madrugada.Noah tentava ficar à vontade. Bem, era só a amiga de sua filha, afinal:— Ainda demoraram lá?Kira riu, sem graça:
Quem faz uma festa dessas em plena quinta feira?,Noah se perguntava ao pisar o gramado frontal da enorme casa. Viu jovens em biquínis minúsculos sentadas sobre bolas enormes de plástico, aparentemente numa luta, enquanto rapazes vestidos até a altura dos pescoços olhavam com sorrisos maliciosos. Outros bebiam e fumavam nos cantos mais próximos das árvores. Algumas meninas se abraçaram, gritando. Mal chegou e a bagunça já era geral. Se perguntou se a festa realmente havia começado a apenas meia hora, como James havia dito, ou se aqueles jovens não estariam bebendo desde as três da tarde, tal a euforia. O amigo puxou seu braço e gritou em seu ouvido, já que a música explodia em caixas de som muito altas desde o outro lado da rua, onde estacionaram o Mercedes do sócio:&mda
O loiro, depois da noite quente com a novinha, despertou. A mulher era linda, o sexo foi intenso, mas por que esse sentimento de que ele havia feito alguma coisa errada consumia o seu peito? Porra, a verdade era que, durante a transa gostosa, houve momentos em que desejou que fosse a loira que estivesse ali, ao seu lado. Gemendo, o beijando…cavalgando. Só de imaginar aquele lindo corpo pálido que ele amaria deixar marcado, já ficava duro novamente.— Para, Noah, você só pode estar ficando louco. A garota é jovem e amiga da sua filha. Não, você não pode. Isso aqui foi bem mais tranquilo, disse a si mesmo em pensamento.Levantou devagar, pegou suas roupas que estavam espalhadas p
Capítulo 20- Você me enlouquece e me fascinaO céu ainda estava tingido de tons suaves de azul e cinza quando Noah saiu de casa. A brisa fresca da manhã tocou seu rosto, trazendo consigo um breve alívio para a tempestade interna que o atormentava. Com os fones no ouvido e um tênis bem amarrado, ele começou a correr pelas ruas tranquilas do bairro, como fazia todas as manhãs. Mas, hoje, não havia música capaz de abafar seus pensamentos.A cada passo firme contra o asfalto, a imagem de Kira surgia em sua mente como um fantasma irresistível. O sorriso atrevido, os olhares que o desconcertavam, as palavras sussurradas com um misto de inocência e provocação.— Você precisa se afastar dela. — repetiu para si mesmo, como um
Kira ainda pensou, por um momento, em marcar em outro local para fazerem o trabalho, pois não sabia como iria se comportar diante do loiro novamente. Sabia que tinha sido ousada, no café da manhã, na boate, em ter invadido o seu quarto à noite… Só em pensar nisso tudo sentia sua intimidade pulsar de excitação.— Pára, Kira, você não pode, ele é o pai da sua amiga e provavelmente nunca a levaria a sério — dizia a si mesma enquanto se arrumava, horas antes, em sua própria casa.O pior de tudo era que, quando estava perto dele, era como se outra personalidade assumisse o seu corpo. Ela gostava de se exibir e provocar, sentia-se poderosa, gostosa… Mas quando estava distante, tinha receio que ele pensasse que ela era uma vagabunda q
Quando chegou próximo de seus seios, repetiu o gesto que fez anteriormente, mostrando "sem querer" os mamilos que já estavam durinhos. Noah não aguentou mais segurar o tesão e involuntariamente, gemeu. Kira mordeu os lábios amando ver o mais velho desconcertado e perguntou:— Eh… desculpa, tio. Se importa de passar aqui nas minhas costas? — Noah suou frio. Olhou para ela, sério. Seu cérebro ficou em branco por dois segundos, despertando quando ela repetiu a pergunta: — Tio? Pode me ajudar?— Ah, claro, princesa, desculpe, eu… Estou com muitos cálculos na mente, acho que meu cérebro vai falhar. — ele disse, rindo sem graça, pegando o frasco de p
Eram quatro horas da tarde quando conseguiu finalizar o último contrato. Levantou a cabeça já pesada dos papéis sobre a mesa e expirou, cansado. Agora só queria um banho, talvez um filminho e cama. Passou os olhos pela janela novamente e viu Kira ainda deitada no mesmo lugar. Sozinha.— Olívia, filha… não acredito!Foi até lá e se abaixou junto da menina. Sorriu, achando engraçado, porque ela dormia. Seu semblante era tão inocente quanto o de um anjo e ele se puniu por pensar coisas tão lascivas sobre ela. Mas olhou o corpo deitado e a culpa foi embora feito fumaça. Se perguntou se era possível para algum homem não desejar aquele corpo esculpido perfeitamente para seus desejos. Passou a mão nos cabelos dela, colocando-os atr