Kira ainda pensou, por um momento, em marcar em outro local para fazerem o trabalho, pois não sabia como iria se comportar diante do loiro novamente. Sabia que tinha sido ousada, no café da manhã, na boate, em ter invadido o seu quarto à noite… Só em pensar nisso tudo sentia sua intimidade pulsar de excitação.
— Pára, Kira, você não pode, ele é o pai da sua amiga e provavelmente nunca a levaria a sério — dizia a si mesma enquanto se arrumava, horas antes, em sua própria casa.
O pior de tudo era que, quando estava perto dele, era como se outra personalidade assumisse o seu corpo. Ela gostava de se exibir e provocar, sentia-se poderosa, gostosa… Mas quando estava distante, tinha receio que ele pensasse que ela era uma vagabunda q
Quando chegou próximo de seus seios, repetiu o gesto que fez anteriormente, mostrando "sem querer" os mamilos que já estavam durinhos. Noah não aguentou mais segurar o tesão e involuntariamente, gemeu. Kira mordeu os lábios amando ver o mais velho desconcertado e perguntou:— Eh… desculpa, tio. Se importa de passar aqui nas minhas costas? — Noah suou frio. Olhou para ela, sério. Seu cérebro ficou em branco por dois segundos, despertando quando ela repetiu a pergunta: — Tio? Pode me ajudar?— Ah, claro, princesa, desculpe, eu… Estou com muitos cálculos na mente, acho que meu cérebro vai falhar. — ele disse, rindo sem graça, pegando o frasco de p
Eram quatro horas da tarde quando conseguiu finalizar o último contrato. Levantou a cabeça já pesada dos papéis sobre a mesa e expirou, cansado. Agora só queria um banho, talvez um filminho e cama. Passou os olhos pela janela novamente e viu Kira ainda deitada no mesmo lugar. Sozinha.— Olívia, filha… não acredito!Foi até lá e se abaixou junto da menina. Sorriu, achando engraçado, porque ela dormia. Seu semblante era tão inocente quanto o de um anjo e ele se puniu por pensar coisas tão lascivas sobre ela. Mas olhou o corpo deitado e a culpa foi embora feito fumaça. Se perguntou se era possível para algum homem não desejar aquele corpo esculpido perfeitamente para seus desejos. Passou a mão nos cabelos dela, colocando-os atr
Kira foi para o quarto. Estava nervosa. Noah conseguia atiçar um lado dela que nem ela mesmo conhecia. Sabia que Olívia não sairia do quarto hoje, então porque não brincar um pouco com o Noah? Sabia que era errado de inúmeras formas mas não conseguia se conter. Se era para provocar, deveria ser bem feito. Passou um perfume, ajeitou os cabelos e seguiu para a sala. Quando chegou, Noah tinha trocado de roupa. Havia colocado um short de malha folgado e uma camiseta branca de alças. Assim que o empresário viu a garota, respirou fundo. Não conseguiu se conter, olhou de maneira descarada e depois baixou a cabeça. Kira sabia que ele tinha gostado de estar ali sozinho com ela. Sorriu e virou, pegando o controle remoto e se sentando no outro sofá. Noah passou as mãos pelos cabelos tentando conter o desejo insano que estava e perguntou:<
— Kira… ele estava de conversa com uma ex namorada. Eu vi, ninguém me contou. Ela fica enviando mensagem para o celular dele, com desculpa esfarrapada. Mas eu sou esperta, amiga. Não quero mais saber dele! — a loira não conseguia falar mais, apenas chorava. Kira suspirou e tentou acalmá-la:— Olivia, amiga… O fato dele conversar com ela, não quer dizer muita coisa. Pelo que você me falou, eles terminaram de boa e ainda são amigos, não é? — A loira balançou a cabeça em concordância. — Então, se ela ainda quisesse estar com ele, você não acha que eles estariam juntos? Ele alguma vez fez com que você desconfiasse de alguma coisa? — Desta vez, balançou a cabeça em negação. Kira continuou: — Então, amiga, você deve confiar nele e deixar esse ciúme e essa insegurança de lado.A loira suspirou fundo, derrotada: Kira tomou um banho demorado, como se quisesse purificar o corpo antes de vestir sua armadura de guerra. Escolheu com cuidado: uma saia plissada preta que realçava seu ar de inocência rebelde e uma blusa branca de botões, estrategicamente abertos no topo, revelando um vislumbre perigoso de seu decote generoso. Nos pés, uma simples sandália. Mas o verdadeiro pecado estava escondido por baixo de tudo aquilo.Sob as roupas, ela vestia uma meia-calça negra ¾, presa por uma cinta-liga que acariciava suas coxas como mãos invisíveis. A calcinha preta de renda, praticamente inexistente, completava o conjunto mortal. Cada peça parecia feita para um único propósito: desestabilizar Noah. E hoje, finalmente, ela iria testar até onde ele conseguiria resistir.Com o coração pulsando como um tambor de guerra, Kira encarou seu reflexo no espelho. Mordeu o lábio, admirando o resultado final. Não havia como ele sair ileso. Prendeu o cabelo num rabo de cavalo que deixava sua nuca exposta — uma isca paraCapítulo 26- Visitinha inesperada
— Poderia ser algo mais… forte? — Kira perguntou, fitando Noah com intensidade enquanto mordia os lábios.O sangue do loiro ferveu como magma. Ele sentiu seu corpo inteiro reagir, mas especialmente um ponto crítico que pulsava impiedosamente contra o tecido da calça. “Demônio dos infernos… Diaba de satanás… Mulher infernal!”, ele amaldiçoou internamente. Ela tinha mesmo aparecido para provocá-lo no meio do expediente? No seu território?Respirando fundo, ele tentou manter a compostura.— Pode ser o que acabei de tomar. — respondeu, com a voz mais grave do que gostaria.Noah encheu outro copo de whisky e o estendeu para ela. Kira segurou o copo de propósito tocando seus dedos finos nos dele, deixando um leve rastro de calor. O sorriso dela era a própria encarnação da perdição. Ela levou o copo à boca, lambendo os lábios antes do primeiro gole de uma forma que parecia um convite velado. Noah prendeu a respiração. Suas mãos tremiam levemente enquanto afrouxava a gravata e abria o primeir
A cabeça de Kira latejava e a voz de Brenda comentando o gabarito parecia um zumbido distante. Maldita prova de estatística. Massageou as têmporas com os dedos e decidiu: precisava de um café antes de encarar o ponto de ônibus.Despediu-se dos colegas e seguiu para a barraca do estacionamento. Quando chegou ao meio-fio, parou abruptamente. Seu coração quase saiu pela boca. Era uma visão? Estava delirando de cansaço? Piscou várias vezes, mas a imagem continuava lá, firme e inegável.Era Noah.O loiro estava dentro do seu Maserati preto, com as sobrancelhas franzidas enquanto lia algo no celular. Uma eletricidade deliciosa percorreu seu corpo. Ele está esperando Olivia…. Não perdeu tempo: corre
Noah não estava diferente naquela manhã. Não conseguiu trabalhar, tampouco se concentrar em qualquer tarefa que exigisse sua atenção. A única coisa que ocupava sua mente era o encontro daquela noite. Encontro… A palavra fazia sua mente correr em círculos. Será que ela estava ansiosa, como ele? Ou será que, como as garotas que James costumava sair, ela só buscava uma noite de prazer ou um homem mais velho para bancá-la? Mas por que, ao olhar nos olhos dela, via algo diferente? Sinceridade. Sentia desejo, tesão e… algo mais. Algo que não sabia explicar. Será que, depois de tantos anos de experiência, ele seria enganado por uma mulher? Pior: ela era amiga de sua filha.Noah se perdeu em dilemas. Era certo aquilo que estava prestes a fa