Olívia Bastos se casou secretamente com Charles Marques por três anos, acreditando que seu amor poderia aquecer o coração de pedra dele. No entanto, ao final do contrato de casamento de três anos, Charles não hesitou em lhe entregar um acordo de divórcio. Desiludida, Olívia aceitou o divórcio e retornou à sua verdadeira identidade como a herdeira da prestigiada família Bastos!A partir daí, sua misteriosa identidade emergiu gradualmente: bilionária CEO, habilidosa médica, hacker de elite e campeã de esgrima! Em um leilão, ela gastou uma fortuna para se vingar da amante traiçoeira de Charles, Rafaela Silveira. Nos negócios, ela tomou a frente, conquistando os empreendimentos de seu ex-marido Charles.- Olívia! Você realmente precisa ser tão cruel? - Perguntou Charles.- O que eu faço agora mal chega aos pés do que você fez comigo na época! - Olívia sorriu friamente.
Ler maisA poucos metros de distância, Charles encarava Felipe com um olhar gélido, como duas lâminas cruzando no ar. Entre eles, uma fileira de cadeiras negras parecia uma densa e perigosa floresta de espinhos, carregada de tensão e hostilidade. O ar no salão de eventos ficou pesado em um instante, provocando arrepios em Robinson e no gerente do hotel. Ambos sentiam o couro cabeludo formigar, como se o perigo os cercasse. — Charles... O que você está fazendo aqui? Afinal, o que está acontecendo? — Felipe perguntou com a voz carregada de raiva, apesar de já suspeitar da resposta. — A resposta não é óbvia, Sr. Felipe? — Retrucou Charles, sem pressa, sua voz fria como o aço. Vestindo um impecável terno cinza, Charles permanecia firme e imponente. Sua postura altiva e o ar de superioridade deixavam Felipe sufocado, como se o peso da sala inteira estivesse sobre seus ombros. O patriarca, acostumado a ser reverenciado durante toda a vida, sentia-se pequeno diante da força avassaladora de seu
Antes de sair, Yasmin trocou de roupa, vestindo o que usava ao chegar. Queria devolver o deslumbrante vestido de Cinderela para Olívia, mas ela insistiu em não aceitar de volta, dizendo que era um presente, algo para compensar o aniversário de dezoito anos de Yasmin.Sem argumentos para recusar, Yasmin segurou o vestido com cuidado, como se fosse algo frágil e precioso. Os olhos marejados de emoção denunciaram o quanto aquilo a tocava. Voltou para casa com o coração cheio.Durante todo o trajeto, Dante, desconfortável por causa do motorista ao volante, manteve-se rígido, sentado de forma tensa, sem ousar abrir a boca. O medo de ser confundido com um homem suspeito sequestrando uma garota o paralisava. Ser detido ali, no flagra, seria o cúmulo da vergonha.Yasmin, por sua vez, manteve-se distante. Olhava pela janela, o rosto delicado tingido por um rubor sutil. De tempos em tempos, tocava de leve a própria bochecha, sentindo o calor que emanava dela.Quando finalmente chegaram ao prédio
Vasco bocejou e, quase por reflexo, comentou: — Esse ano, lá na delegacia, já pegamos três casos de homens jovens sendo abusados. Não quero ter que registrar o quarto. Se meu primo se meter numa dessas, a família Souza vai oficialmente zerar a cota de gente decente. Gabriel fez uma expressão de “é isso aí”, com aquele ar irritante de provocação. Gilbert, por sua vez, travou a mandíbula, claramente desconfortável. …A festa ainda não havia terminado completamente, mas quase todos os convidados já tinham ido embora. Exceto por um: Bernardo. Quando Bianca foi organizar a bagunça no terraço, acabou encontrando Bernardo deitado no chão, dormindo profundamente. — Meu Deus! Bernardo tá maluco! Só pode! — Bianca quase gritou, assustada, antes de sair correndo em direção à cozinha, onde Charles e Olívia estavam preparando algo para comer. — Sra. Marques! O Bernardo tá deitado lá no terraço, dormindo como se fosse uma cama! Eu não tive coragem de acordar ele, vai que ele se assusta, pe
Charles foi pego de surpresa e levou a bronca sem entender nada, com uma expressão de total injustiça.— Vivia... Eu errei. Admito que bebi demais e acabei perdendo o controle. Eu peço desculpas. — Pietro, mesmo cheio de frustrações, não tinha coragem de gritar com a irmã e logo tratou de assumir o erro.— Você beijou a Dora por causa da bebida? Que desculpa esfarrapada! Homens... Sempre jogam charme e depois fogem da responsabilidade. — Vivia bufou, cruzando os braços com indignação.— Não foi isso... — Pietro fechou os olhos e balançou a cabeça devagar. — Quando eu a beijei, estava completamente consciente. Eu sabia exatamente o que estava fazendo. Ele abriu os olhos, olhando para a irmã com seriedade. — Vivia, eu realmente gosto dela. Mas, infelizmente, acho que ela não gosta de mim. Não é algo recíproco, e isso já diz tudo. Além disso, ela não quer casar, gosta de novidades e de viver intensamente. Nós somos diferentes. Não vejo como isso poderia dar certo. Talvez seja melhor dei
A palavra "responsabilizar" fez o coração de Dora estremecer de forma inesperada. Ainda assim, ela decidiu endurecer o coração, empurrando-o com força e escapando de seus braços.— Fica tranquilo. Eu não sou tão sentimental assim. E, não, esse não foi meu primeiro beijo. Você não precisa fazer esse drama todo e querer se responsabilizar. — Ela declarou, num tom firme.Dora passou os dedos pelos cabelos sedosos, ajeitando-os com uma sensualidade natural, e, num gesto leve, afastou-se, sorrindo com desdém.— Você é bonito, Pietro. Não vou negar. Mas eu gosto de homens com um quê de perigo. Um procurador todo certinho, defensor da justiça, não me atrai.Homens perigosos? Pietro ficou imediatamente incomodado. Será que ela estava falando de caras como Bernardo ou Benjamin? Benjamin já estava com Samara, mas Bernardo... Ele estava solteiro. E, naquela noite, com o clima de festa, bebidas e conversas soltas, o ambiente parecia mais um encontro casual entre amigos do que qualquer outra coisa.
O álcool era mesmo uma coisa traiçoeira. Mas seria ele o responsável por esse turbilhão de emoções, ou era apenas um pretexto para Pietro liberar os desejos que ele mantinha enterrados no fundo do coração? Talvez só ele soubesse a resposta.— Pelo jeito da sua expressão, você se lembrou, não foi? — Pietro murmurou, ainda ofegante, com um sorriso provocador curvando os lábios. — Da última vez, foi você que me agarrou e não soltou. Agora, é minha vez de tomar a iniciativa. Estamos quites.Quites? Dora arregalou os olhos, incrédula. Esse homem tinha acabado de roubá-la um beijo, aproveitando-se dela de forma descarada... E ainda tinha a audácia de dizer algo assim?A vergonha e a raiva subiram à cabeça dela. Não importava se ele era irmão de Olívia, ela precisava dar uma lição nesse homem abusado! Sem pensar duas vezes, levantou a mão com a intenção de estapeá-lo. Mas ela não tinha a habilidade de luta da sua mestra, e a bebida no sangue a deixava mole como uma pluma. Sua mão vacilou no
No banheiro, Pietro inclinou-se sobre a pia, forçando a garganta para expelir o rum que havia acabado de beber. Quase tudo saiu. Ele, sem dúvida, era o pior bebedor entre os filhos da família Bastos, e rum, em particular, era algo que ele absolutamente não conseguia suportar. Mesmo depois de vomitar, sua cabeça ainda girava, e a garganta ardia como se lâminas afiadas a estivessem cortando.— Pietro... Olha pra você. Ela nem ao menos liga pra sua existência, e aqui está você, se consumindo à toa. — Murmurou para si mesmo.Ele ligou a torneira e lavou o rosto com água fria. Passou os dedos pelos cabelos molhados, empurrando a franja úmida para trás. Sob a luz suave, seu rosto pálido pelo álcool e pela náusea parecia ainda mais marcante, uma combinação de fragilidade e beleza que era, de alguma forma, irresistível até mesmo em sua vulnerabilidade.— Que coisa... Problema de gente boba. — Ele suspirou, pressionando os dedos contra as têmporas, tentando aliviar a irritação e o tumulto que
— Eu? Tô bem, tô ótima. — Dora semicerrava os olhos enquanto dava um leve toque no cigarro com os dedos finos e pálidos, deixando a cinza cair. — Não tenho família. Meu lar é o mundo.— Que conversa é essa? Se você não tem família, eu sou o quê, então? — Olívia respondeu, puxando o braço dela com carinho. — Eu sou sua mestra, e isso me torna sua família.Dora, com o cigarro entre os dedos, inclinou-se e ergueu o queixo de Olívia com um gesto provocante, exibindo um sorriso que misturava charme e malícia. Ela era mais alta que Olívia, com uma estrutura física mais marcante. As duas estavam tão próximas, e os gestos de Dora eram tão cheios de confiança e charme.Pietro, sentado no meio do grupo, não conseguia tirar os olhos de Dora. Ele não gostava de quem fumava; sempre que Bernardo acendia um cigarro, ele fazia questão de tirá-lo da boca do irmão. Mas, por algum motivo, ver Dora segurando um cigarro entre os dedos longos e delicados, com a fumaça envolvendo seu rosto de traços suaves e
— Comporte-se. — A expressão de Gilbert era rígida, mas sua voz rouca denunciava algo mais profundo.Gabriel inclinou a cabeça, os olhos brilhando com uma mistura de provocação e charme. Seu sorriso embriagado parecia capaz de derreter qualquer resistência.— Não vou.Enquanto isso, Charles estava visivelmente de bom humor. Após concordar em brindar com todos à mesa, ele não recuou e cumpriu o prometido, levantando o copo de um por um. Agora, estava envolvido em um duelo pessoal com Bernardo, um verdadeiro “1 contra 1” para ver quem tinha mais resistência no álcool.Charles não era exatamente fã de beber, mas, como homem de Olívia, não queria que os cunhados achassem que ele era fraco ou intimidado.— Você sabe qual é meu apelido no mundo, né? — Bernardo lançou o braço esquerdo sobre os ombros de Charles, enquanto enchia o copo dele com a mão direita. — Me chamam de “Filho do Álcool”. Dizem que eu sou o tipo que bebe mil copos e ainda fico de pé. Sete dias na semana? Eu bebo oito. Se v