Sofia Martins assistiu o pai perder a vida ao lado da sua irmã, para que depois também perdesse a única que restara da sua família em um terrível acidente. Tudo por causa da ganância daquela mulher que deveria oferecer amor e proteção a elas. Resgatada após a tragédia, ela treina e afia suas habilidades para se tornar Rubi Jenner, uma poderosa mulher sanguinária e vingativa que fará de tudo para fazer todos os culpados de seu sofrimento pagarem. Sendo braço direito da líder da máfia de pedras preciosas, a ruiva traça seu plano, formando uma equipe no Rio de Janeiro que serão de ajuda no seu plano doentio e mirabolante. Ela só não contava encontrar com seu amor do passado, muito menos criar laços com um segurança que até tão pouco a tirava do sério. Ela também não imaginava que seus inimigos estariam tão bem de vida, mas ela garantiria que não continuassem a prosperar por muito tempo.
Ler maisTroco olhares divertidos com Samanta.O som de thinking out loud,de Ed Sheeran,começa a soar e vejo vários casais se concentrando no centro do salão e começam a dançar. Samanta conta que a tia,a Pâmella em questão,tinha posto essa música na playlist especialmente para que ela e Marcos dançassem. Contudo,agora a garota está numa empreitada nos andares de cima e Peter não entra mais de forma alguma no seu WhatsApp e sinto vontade de roer as unhas. Evellyn está a ponto de sentar no colo de Marcos Logan e Sasha quase se ajoelha nos seus pés para que o cara dance a música coladinho a ela. Sinto vontade de rir.— Por que não dança com o Marcos até a tia Pâmella descer,Rubi? — Samanta tem a ideia mais fodida do planeta. — Você sabe dançar?As amigas de Pâmella me encaram como se eu fosse um pedaço de carne à mercê dos leões.— Eu sei.Marcos me pede ajuda articulando com os lábios em uma linguagem muda. Se levanta e estende a mão para mim. Rapidamente minha mente repassa a cena em que dançam
Meus olhos detectam os muros enormes e majestosos que rodeiam o novo campo de combate da minha potencial inimiga antes mesmo de Henrique dar a curva. Seguro a rosa e olho para meus seguranças. Peter sai primeiro e dá a volta no carro e abre a porta para mim. Saio em seguida e Cristiano me acompanha. Respiro fundo e pego nas pontas do vestido encaminhando-me pelo caminho de pedrinhas brancas e subindo os pequenos degraus da escada que dão a porta enorme de madeira em cor verniz. Dois homens grandalhões barram nossa entrada de imediato e perguntam nossos nomes. Ele olha pela lista enorme enquanto reviro os olhos. Os convidados que vêm chegando param para me olhar da cabeça aos pés e é nesse exato instante que tenho total certeza de que estou fatal e agradeço a mim mesma por ter pego esse vestido.Vermelho. Vermelho é tudo que Soraya verá essa noite.Espero estar mais deslumbrante que a aniversariante. Quero causar uma ótima impressão e ao mesmo tempo uma odiosa. Quero que ela me ame e od
Ponho o vestido vermelho de veludo justo,estilo sereia,admiro o corte que ele tem na perna e pego minha pistola sobre a mesa,escondendo-a numa liga que amarro na coxa da perna que está à mostra. Solto os cabelos ondulados e começo a me maquiar. Ponho brincos de pequenos rubis e encaixo um anel de diamante no dedo. Borrifo um pouco da loção francesa. Por fim,procuro pelo batom vermelho-sangue no meio do meu estojo de maquiagem e o encontro,passo com vontade pelos lábios e o espalho,pressionando um lábio no outro. Calço o salto alto e me olho mais uma vez pelo espelho. Alcanço a mini bolsa em cima da cama e saio do quarto. Meus seguranças usam smoking e me esperam na porta. Susy pula alegre e me fotografa.— Vamos postar essa quando você chegar! — diz Susy. Ela olha para os seguranças que me observam. — Ela não tá gostosa,rapazes?Sorrio da afobação de Susy.Peter e Henrique concordam.Cristiano me olha de relance e depois dá as costas,com um humor péssimo.— Vou esperar no carro — diz,
Deixamos Pâmella na frente da sua casa e Peter dirige seu Mustang e estaciona atrás de nós. Ela sai para fora do carro e fica um tempo olhando para nós,dizendo que se divertiu e agradecendo. Peter se aproxima e entrega as chaves para a patricinha.Pâmella me abraça novamente e eu a afasto delicadamente.— Rubi — ela me chama. — Esse fim de semana vai acontecer uma festa de aniversário para a minha cunhada. Você e seus amigos estão mais que convidados.Nos entreolhamos e sorrimos.— Vai ser um prazer,Srta. Albuquerque — diz Peter que pega a mão de Pâmella e beija-a.Pâmella fica surpresa e desconcertada.— Nossa presença está confirmada — digo. Viramos para entrar no carro e olho para a garota mais uma vez. — Tenha uma boa noite,Pâmella.Ela sorri e acena.— Boa noite,pessoal.Entro no carro e me ajeito ao lado de Cristiano. Pâmella atravessa os portões da mansão e começa a caminhar. Fico um tempo encarando a enorme casa,onde,em qualquer cômodo,Soraya pode estar tranquilamente vivendo
— É ali que seu ex trabalha? — pergunto. Pâmella está com medo,mas assente. Ela olha para Cristiano e Peter que seguram os galões ao lado do seu carro,me indagando com os olhos quem são,na verdade,quem é Peter. — Relaxa,são meus amigos. Eles vão nos ajudar.Pisco para os meus seguranças e puxo a garota,atravessando a avenida. Paramos diante da fachada do enorme prédio da Lionnes Cia. O cara tem dinheiro. Perfeito. Adoro destruir multimilionários.— Vamos?— Isso não vai dar certo… Reviro os olhos e a encaro.— Não suporto mulheres fracas. — Tomo a sua frente e seguro seus ombros. — Lembre da dor que ele causou a você,fazendo isso,verá que não tem porque temer. Pode ter certeza que ele não temeu nem um pouco quando a trocou por outra.Ela olha para a entrada do prédio e sorri.— Você tem razão.Pâmella toma a dianteira da situação,caminhando pelo saguão,passando pela entrada principal e pegando o elevador Sigo-a com um sorriso satisfeito. A garota pressiona o número do andar de onde f
Pâmella me leva ao shopping antes do milk-shake e me arrasta em quase todas as lojas. Ela compra vários vestidos e roupas para mim,e,sim,também para as amigas falsas. Tiramos algumas fotos e sorrimos de algumas coisas bem aleatórias. Pegamos a escada rolante e a blogueira me conta sobre o dia que conheceu Marcos e de como foi engraçado.Forço sorriso e interesse.— Eu tinha acabado de sair do hospital,sabe? — Ela começa a falar enquanto compra dois sorvetes para nós duas. Olha para mim. — Qual sabor?— Chocolate.Ela sorri para mim depois volta para o moço.— Quero um de morango e outro de chocolate,por favor.Ela recebe os sorvetes e paga o sorveteiro,sempre sorrindo,nunca agindo como uma daquelas riquinhas esnobes.Nos sentamos nos bancos próximos da fonte que jorrava água das mãos da deusa Afrodite da mitologia grega. Pâmella fica um tempo olhando a fonte e depois tira uma foto que compartilha com seus seguidores. Depois sorri de volta para a câmera e captura sua imagem,olha se fic
Entro na sala e me apresento para o professor e a turma e desejo um ótimo dia,vejo Pâmella em meio a tantos rostos desconhecidos e noto sua animação para que me sente ao seu lado. Coloco minha mochila sobre a carteira vazia atrás da patricinha e largo um sorriso falso quando a morena se vira para falar comigo,pouco crente que o destino tinha nos colocado na mesma sala,mesmo período e mesmo curso. E não foi a porra do destino,”Pam”. Foi minha equipe.— Então você é a garota transferida que comentaram mais cedo?Abro a mochila e retiro meu material e coloco sobre a carteira.— É isso mesmo — digo.— Que demais! — Ela se vira para a frente e finge prestar atenção na aula e pega seu caderno e escreve algo nele. Pouco tempo depois ela rasga o pedaço de papel e me entrega.Olho para os lados e desdobro o papel,leio seu conteúdo e depois pego minha caneta preta e escrevo minha resposta que é um generoso sim. Pâmella estava me convidando para tomar um milk-shake com ela e as amigas metidas. P
Visto uma calça jeans e uma blusa branca,colocando um blazer por cima. Calço meus sapatos vermelhos e rumo até meu espelho,escovando os fios ruivos e remexendo-os em seguida. Susy bate na porta e me espera um pouco,mas posso sentir sua ansiedade há quilômetros de distância. Borrifo um pouco da loção francesa e me olho mais uma vez pelo espelho. É hoje,Rubi Jenner. Abro a porta do quarto e encontro minha amiga toda eufórica. Descemos até a sala e vejo Cristiano e Peter a postos. O robótico está usando roupas que o deixam com uma cara mais jovial,digo,não que ele seja velho,longe disso,mas não está com aparência de um exterminador do futuro. Peter está galante,continua usando seu uniforme de segurança e sorri para mim quando apareço na sala.Cristiano pega minha mochila no sofá e me entrega,rumando porta afora. Susy sorri e me deseja boa sorte. Pegamos o elevador e tiro uma selfie e posto nos stories. Meus seguranças permanecem calados,mas sinto que estão segurando um comentário que pod
Mais tarde,após muitas bebedeiras,o povo desmaia no sofá da sala,exceto por Cristiano que me ajuda a carregar Susy que estava jogada no meio do corredor e a colocamos em um dos quartos de hóspedes. Ela começa a roncar parecendo um porco e não consigo não rir. Fechamos a porta e me despeço de Cristiano que ruma para o quarto ao lado. Caminho para o meu e tranco a porta. Me jogo na cama sem sono e me remexo nela,até que por fim decido abrir minhas malas e pegar o maldito diário. Lembro que comecei a escrever essas cartas para suprimir a solidão que sentia e,de alguma forma,Marcos me parecia o único elo que ainda tinha com a minha vida antiga. Sei que existia Susy,mas ela era minha amiga da escola,não morava na minha rua tampouco conviveu com a minha família. Marcos tinha isso. Era o nosso amigo. Era o amigo de Ágata. Era o meu crush. Papai gostava dele.Me deito na cama e abro o diário,virando as páginas para o meu segundo relato em meio aos meus dias de treinamento na Euforia.02 de Fe