Violet tinha tudo planejado. O vestido perfeito, os votos prontos e o amor de sua vida a esperando no altar — ou assim ela pensava. No dia mais importante de sua vida, seu noivo a abandona, correndo para os braços da ex-namorada, que finge estar à beira da morte. Sozinha, humilhada e perdida, Violet vê seu mundo desmoronar... até esbarrar em Damon. Damon é um empresário bilionário, frio e enigmático, que está em busca de uma esposa para cumprir a exigência de sua herança. Vendo em Violet a oportunidade perfeita, ele faz uma proposta chocante: um casamento de conveniência. O que começa como um acordo para ambos se protegerem dos seus passados, logo se torna um jogo perigoso de poder, paixão e vingança. Agora, Violet terá que decidir: está disposta a arriscar tudo em um casamento que começou com um contrato, mas pode terminar em algo muito mais profundo — ou em um desastre?
Leer másN/A: E agora sim, chegamos ao fim. Neste Ato 2 queria trazer a vocês a mensagem de que mesmo em um amor perfeito, a imperfeições, dúvidas e dilemas.Em breve, uma nova história aqui na plataforma, me sigam no insta onde estarei postando ;) @eugreicess_________________________________________________________________________________________________________Violet.Foram meses de reconstrução. Não foi fácil, nem sempre foi bonito. Houve momentos em que nos perdemos no meio do caminho, tentando entender como voltar a ser nós mesmos sem cair nas mesmas armadilhas de antes. Mas, no fim, percebemos que não precisávamos voltar a nada. O que éramos antes já não nos servia mais. O que construímos agora era novo, mais sólido, mais verdadeiro.O amor não é sobre ser perfeito, sobre encaixar-se sem esforço, sobre concordar o tempo todo. O amor real é feito de escolhas diárias, de conversas difíceis, de aprender a ouvir sem defensiva e falar sem medo. É compreender que nem sempre teremos as respos
DamonEu não sei quanto tempo fiquei vagando pelas ruas. O tempo pareceu se dissolver em meio aos meus passos pesados, ao vento frio que cortava minha pele e ao caos que tomava conta da minha mente. Mas, eventualmente, meus pés me trouxeram de volta. Para ela.Quando entro em casa, o silêncio me atinge primeiro. O tipo de silêncio que pesa, que machuca, que grita o que não foi dito. E então eu a vejo. Encolhida no sofá, os joelhos dobrados contra o peito, os braços envolvendo o próprio corpo como se tentasse se proteger do que quer que estivesse sentindo. Os longos cabelos castanhos caem sobre o rosto, e sua respiração é profunda e irregular. Ela cochilou.Pulga choraminga aos meus pés, sua pequena cauda abanando hesitante, como se soubesse que algo estava errado, mas sem entender exatamente o quê. Me abaixo e afago suas orelhas, sentindo seu corpo quente contra minha mão. Caminho até o sofá e me sento ao lado dela com cuidado, afundando no estofado sem fazer barulho. Minha respiraçã
Violet.Eu estava acostumada com a presença de Damon. Mesmo quando não estávamos no mesmo cômodo, mesmo quando estávamos brigados, havia uma energia, uma força invisível que me fazia sentir que ele estava por perto. Agora, tudo parecia oco. Vazio. Sentei-me no sofá, abraçando minhas próprias pernas, como se pudesse me proteger da tempestade que eu mesma havia causado. Meu peito doía com um aperto sufocante, e minha mente era um turbilhão de pensamentos desordenados. O que eu tinha feito? O que seria da minha vida sem Damon?Eu queria acreditar que tinha feito a coisa certa, que precisava desse espaço para entender quem eu realmente era, mas, naquele momento, tudo o que eu sentia era arrependimento. Uma parte de mim gritava que eu deveria correr atrás dele, dizer que eu não queria que ele fosse embora, que tudo o que eu queria era ficar com ele. Mas e se já fosse tarde demais?Meus olhos vagaram pelo ambiente, procurando algo familiar, alguma âncora para me segurar. Foi quando notei P
DamonO ar frio da noite cortava meu rosto enquanto eu corria sem destino certo. Minhas pernas se moviam automaticamente, os passos ritmados contra o asfalto molhado, mas minha mente estava em completo caos.Eu precisava sair de casa. Precisava respirar. Precisava me afastar antes que dissesse algo que não pudesse ser retirado depois.As palavras de Violet ecoavam na minha cabeça como um disco arranhado. "Talvez eu precise ir para saber quem eu sou de verdade sem ninguém por perto." Cada vez que repetia aquilo na minha mente, sentia o peito apertar, como se o ar simplesmente não conseguisse alcançar meus pulmões.Ela precisava ir.Ela queria ir.E o que isso significava para nós? O que isso significava para mim?A cada passada, sentia a adrenalina queimando no meu corpo, tentando substituir a dor sufocante que não dava trégua. A cidade passava por mim em borrões de luzes e sombras, mas eu não via nada de verdade. Meu peito subia e descia com força, não pelo esforço da corrida, mas pel
Violet.Eu sabia que precisava contar. Cada dia que passava, cada olhar que Damon me lançava sem saber do peso que eu carregava, fazia com que meu peito se apertasse mais. Não era justo com ele. Não era justo comigo. Nos últimos dias Damon estava distante, sempre preso em seus próprios pensamentos, me dando o espaço que eu mesma pedi, mas aquilo só me deixava mais aflita ainda em contar, as palavras se prendiam na minha garganta.Mas naquela noite, eu não poderia mais adiar.Damon estava sentado no sofá da sala, mexendo no celular, parecendo distraído. Mas eu sabia que, no momento que eu falasse, ele me daria toda a atenção do mundo. Sempre foi assim com ele. E era por isso que meu coração doía tanto.Respirei fundo e tomei coragem.— Preciso te contar uma coisa. — Minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia.Damon ergueu os olhos imediatamente, franzindo a testa.— O que foi? — Ele colocou o celular ao lado e se inclinou para frente, o olhar atento em mim.Meu estômago revirou. Dr
DamonO som da água correndo no banheiro preenchia o quarto, um ruído abafado que normalmente eu ignoraria. Mas agora, tudo parecia diferente. Estava jogado na cama, o notebook de Violet equilibrado nas minhas pernas, enquanto navegava sem muito interesse em busca de um restaurante para jantarmos. Meu plano era simples: sair, conversar, aproveitar a noite sem o peso das últimas semanas.Então, um pop-up no canto da tela chamou minha atenção. Um novo e-mail. O nome da diretora da escola onde Violet lecionava apareceu em negrito. Não deveria abrir, eu sabia disso, mas antes que pudesse racionalizar, o cursor já estava sobre a notificação. Cliquei.O e-mail se expandiu diante dos meus olhos, as palavras saltando da tela. “Segue a proposta formal para discutirmos melhor sobre sua possível transferência para Washington…” Meu estômago revirou. A mensagem continuava detalhando o projeto, falando sobre como o trabalho de Violet havia sido reconhecido e o impacto que ela poderia ter em um novo
Violet.A novidade de Damon apagou qualquer intenção que eu tinha de contar sobre a proposta da diretora. Enquanto ele falava, animado, sobre a nova fase de sua carreira, sobre como finalmente sentia que estava fazendo algo próprio, eu só conseguia pensar em como aquilo mudava tudo.Eu deveria estar feliz. E eu estava. Era impossível não sorrir ao ver o brilho nos olhos dele, ao ouvir a empolgação em sua voz enquanto descrevia a sala comercial que comprou, o espaço que construiria ao lado de Edgar. Mas, ao mesmo tempo, uma onda de ansiedade tomou conta de mim, pesada e esmagadora.Minha oportunidade em Washington não se encaixava mais.Respirei fundo, forçando um sorriso. Quando ele perguntou sobre minha novidade, desviei o olhar, inventei uma desculpa qualquer e insisti para sairmos e comemorarmos. Ele me estudou por um momento, como se tentasse enxergar através de mim, mas no fim apenas assentiu e seguiu meu plano.Enquanto caminhávamos de mãos dadas até o carro, o nó na minha garga
DamonSegurei Violet pela cintura assim que ela cruzou a porta, puxando-a contra mim. Ela soltou um gritinho surpreso antes de rir, as mãos instintivamente pousando no meu peito.— Você me assustou! — ela protestou, mas o brilho nos olhos a denunciava.Aproveitei a deixa e a beijei, um beijo rápido, mas cheio de saudade, mesmo que tivéssemos passado apenas algumas horas separados. Quando me afastei, ela ainda sorria.— Eu tenho uma novidade — anunciei.Seus olhos brilharam.— Eu também!Levantei uma sobrancelha, curioso.— Então me conta primeiro.Ela cruzou os braços, inclinando a cabeça de lado com uma expressão desafiadora.— Não, você primeiro.Puxei Violet pela mão até o sofá e me sentei ao seu lado, ainda segurando seus dedos entre os meus. Meu peito estava acelerado, e eu mal conseguia conter a empolgação.— Você já sabe que eu estava frustrado com o trabalho há um bom tempo — comecei, respirando fundo. — Mas agora eu finalmente decidi o que fazer.Os olhos de Violet se arregal
Violet.Eu não esperava encontrar ninguém conhecido no caminho para casa, muito menos alguém do trabalho.Estava distraída, olhando as vitrines das lojas sem realmente enxergar nada, quando esbarrei em alguém. Dei um passo para trás, pronta para me desculpar, mas parei ao reconhecer a figura à minha frente.— Diretora Helena! — sorri, ajeitando a bolsa no ombro.Ela retribuiu o sorriso, com aquele ar sempre elegante e profissional, mas com um toque de simpatia que tornava difícil não gostar dela.— Violet! Que coincidência. Como estão as férias?— Estão indo bem — respondi, sem saber muito bem o que dizer. — Tenho focado em algumas coisas pessoais.A diretora arqueou as sobrancelhas levemente, como se registrasse a informação.— Fico feliz em ouvir isso. Eu ia esperar as aulas voltarem para falar com você, mas já que nos encontramos… que tal um café?Franzi a testa, intrigada.— Um café?Ela assentiu.— Tenho uma proposta para te fazer e acho que pode te interessar.Minha curiosidade