ATUALIZAÇÃO DIÁRIA — Escrava sexual? É isso que você pensou? — Para o que mais teria me arrastado até aqui? — falei, minha voz tremula. Ele respirou fundo e me encarou, da ponta dos pés até o alto da minha cabeça com uma expressão avaliadora que me fez me encolher. — Não se tenha em tão alta estima, fêmea, você não preenche os requisitos para uma escrava sexual minha. — Há! E quais seriam eles? Ele novamente me olhou com aquela expressão presunçosa e avaliadora, mas dessa vez eu estufei o peito e ele pareceu notar, mesmo que por um segundo. — O primeiro deles é ser bonita. — O que? Você acabou de me chamar de feia? — Isso é importante? — Mas é claro, primeiro, porque você está errado! Eu não sou feia e preencho todos os requisitos para uma escrava sexual! — Pela deusa o que eu estava dizendo? Marius me olhou parecendo visivelmente confuso, até que perguntou: — Por que parece que está se candidatando? Jane é uma loba órfã e rejeitada, que sonha em receber seu lobo e ir embora do orfanato. Em uma noite, quando vai para uma festa com sua amiga, Jane se vê em perigo ao perceber que não havia festa, apenas três lobos que tinham as piores intenções com ela. Tudo muda quando o terrível e cruel, lobo Marius, acusado de massacrar sua própria alcateia no passado, a salva. Ou melhor, a sequestra. Marius deixa claro que Jane será sua prisioneira durante um ano, até receber seu lobo e poder dar a ele o que ele deseja. Mas como Jane pode confiar em um assassino? E o que fazer com a atração selvagem que ambos sentem, se estão presos um com o outro em uma cabana isolada?
Ler maisPOV LÚCIAMeu corpo estava ardendo em chamas dolorosas demais, e quando ouvi as palavras do irmão que me odiava, do Alfa que desejava que eu morresse, meu coração bateu ainda mais forte.O que ele estava dizendo? Ele iria me reivindicar como sua companheira? Ou eu seria uma escrava? Alexandre Vyre era um macho grande e musculoso, seus olhos se mantinham em um vermelho diferente dos seus irmãos, um tom mais escuro e enigmático. Seus lábios estavam entreabertos e ele se inclinou na cama, apoiando seus joelhos.Todo o meu corpo tremia apenas com sua aproximação, seu aroma masculino me envolvia e fazia meu centro ficar ainda mais quente.O macho estendeu uma de suas mãos lento demais, eu esperava que ele simplesmente me atacasse, que cedesse ao desejo cruel e selvagem que estava consumindo nós dois, mas ele apenas balançou a cabeça que não.— Farei com calma. — Ele disse e eu não conseguia entender suas palavras.— Não, rápido. Agora. — Rosnei completamente irracional.O macho colocou as
MEGMeu corpo estremeceu, Lucian rapidamente se virou para o macho na porta, colocando seu corpo completamente a minha frente.Ele parecia ainda mais musculoso desde a última vez que o vi, suas garras estavam expostas agora, seus olhos como chamas incandescentes.Seus dentes afiados como espadas, seus ombros tensos, ele estava em uma clara posição de luta e eu sabia que deveria lutar para ajudá-lo.Lucian era muito mais novo, e Jared era experiente, além de ser cruel.O macho Jared sorriu com seus dentes afiados a mostra, seu sorriso era mórbido, como se ele realmente estivesse feliz de ver seu filho naquela situação.Ele levantou seu facão como se não passasse de um brinquedo e encarou Lucian nos olhos.— Eu sempre disse a Kilian que você se parecia demais com sua mãe. Fraco. — Ele cuspiu essas palavras, seu olhar para Lucian era de desprezo.— Ela era uma boa fêmea, muito melhor que você que não passa de um verme. — Rosnou Lucian e foi ficando de pé, seu corpo cuidadosamente a frente
O príncipe herdeiro declarou que eu cheirava a Marius olhando nos olhos de Demetrius e eu esperava alguma reação explosiva do macho. Contudo, para a minha surpresa, ele se manteve frio como aço.O macho ainda segurava a minha mão e agora fazia isso com mais força, de modo que mesmo se eu quisesse, não conseguiria me libertar do aperto de sua mão na minha. Zephyrus voltou seu olhar para o meu e me avaliou mais atentamente.Não suportei por mais tempo seu olhar avaliador e desviei o olhar, descendo-o para minha mão entrelaçada com a de Demetrius.O que raios eu estava fazendo permitindo aquilo? Tentei puxar a minha mão da dele, mas o macho a segurou com mais força e Zephyrus percebeu isso.— Quero falar com ela a sós. — Ele disparou para o irmão.Zephyrus não esperou sua resposta, apenas avançou esticando sua mão que se fechou em meu outro braço. De repente eu me vi presa entre os dois machos, cada um deles segurando um braço meu.Demetrius rapidamente disparou:— Já disse que ela não sa
As mãos do macho me envolveram com força e eu levei vários segundos para entender que ele não estava tentando me atacar ou machucar.Antes que isso ficasse totalmente claro, ele segurou a faca nas minhas mãos e eu a lancei com força contra seus dedos, o sangue surgindo em seguida.— Meg, sou eu! Fique quieta. — A voz familiar de Lucian surgiu em meu ouvido, interrompendo os meus pensamentos acelerados que ele me mataria.Minha respiração estava entrecortada e o sangue, o sangue dele descia sobre nossas mãos unidas segurando a faca.Seu corpo estava colado ao meu, me segurando contra a porta fechada agora. Ele apoiava suas costas na porta, enquanto eu olhava para o sangue nas nossas mãos.— Tem alguém aqui. Apenas, não faça barulho Meg, eu vou cuidar dele. — ele sussurrou em meu ouvido.Arfei e me virei soltando a faca com o sangue, antes que ela caísse no chão, Lucian a segurou.Seus olhos me fitaram por alguns segundos e eu estava ciente de que o olhava com olhos arregalados e confus
MARIUSOlhei para todo o sangue em minhas mãos, a casa do carcereiro era modesta e com poucos móveis. Ainda assim, havia sangue por toda a parte.Assim que o macho me viu e deduziu quem eu era, sentiu medo, um medo tão avassalador que o deixou vulnerável.Sua mente foi se rompendo conforme o rastreador o interrogava sobre Jane...Fechei os olhos me lembrando das visões em sua mente, das torturas que a minha fêmea sofreu em suas mãos... ah, Jane, por que fugiu de mim?— Marius? Marius? — eu conseguia ouvir a voz a de Tristan ao longe, mas tudo que meus olhos focavam eram na figura do carcereiro no chão, na marca das minhas garras em seu rosto deplorável.— Não me ma-mate... eu fui ordenado pela Luna. — ele gaguejou suas mentiras sobre o sangue escuro e com cheiro metálico que escorria do seu rosto.Quando me impulsionei pronto para golpeá-lo novamente, senti as mãos de Tristan me segurando.Ele conteve meus braços os colocando para trás om força e me impulsionando para longe. Me arrast
DEMETRIUSSeus olhos escuros e amendoados cintilaram com o que me pareceu indignação.Nunca na minha vida eu senti o que estava sentindo naquele momento. Minhas mãos estavam suando e eu estava usando toda minha força para manter o meu lobo Eden sob controle, ele estava rosnando em minha, seus dentes afiados para fora.Jane estava me matando com suas palavras porque eu via em seus olhos como eles mudavam ao falar daquele macho. O som de sua voz ao pronunciar seu nome, eu apenas queria matá-lo antes para tirá-lo do meu caminho.Mas agora, eu queria estraçalhar aquele macho. Queria fazê-lo sofrer por tocá-la. Por levá-la as estrelas como ela mesmo havia dito.Eu estava queimando de raiva e ciúmes, mas não queria ela percebesse, não desejava que a minha companheira pensasse que eu era um macho violento para ela.Minha fúria seria designada para ele.— Como você pode pensar isso depois de tudo que falei? — ela finalmente falou depois que eu entreguei alguns lenços para que ela se limpasse.
— Não era essa a resposta que estava esperando?Virei o rosto e pude senti-lo me observando atentamente. Após alguns segundos, eu o vi de soslaio fazendo um sinal para alguns empregados e a comida começou a ser servida.Quando voltei meu olhar para a mesa, não fiquei surpresa ao perceber que eram coisas que eu nunca havia comido.Ele serviu vinho, e aquela marca de vinho eu reconheci imediatamente.Eu via apenas em revistas, era um vinho extremamente caro, que apenas pessoas muito ricas poderiam comprar e não me surpreendeu em nada que aquele macho tivesse acesso a todas aquelas coisas que para a maioria das pessoas era negada.— Está pensativa. O que está pensando? — ele perguntou me tirando dos meus pensamentos sobre como ele era privilegiado.— Deseja saber dos meus pensamentos? É sério? — questionei.Demetrius empurrou gentilmente o copo de vinho na minha direção, fazendo um sinal para que eu bebesse. Eu olhei para a taça que parecia ser de cristal com o líquido escuro e parecendo
POV JANETodos os pelos do meu corpo ficaram eriçados com sua voz grave em meu pescoço e suas palavras tão confiantes.Pisquei e tentei me afastar, mas suas mãos ainda estavam sobre mim, firmes e quentes. Ele acariciou a pele sensível do meu pescoço com o seu polegar enquanto recuava o seu rosto lentamente para o lado, deixando nossos lábios a centímetros um do outro.Olhei em seus olhos que mais pareciam uma floresta profunda e perigosa, seus cílios grandes, seu rosto quadrado.Ele era bonito e tinha total consciência disso, consciência do seu charme e de como envolver uma fêmea e eu me odiei que por alguns segundos, me vi olhando para seus lábios.— Você não sabe do que está falando. Não me quer como companheira. — Rebati e só depois que havia dito, percebi o meu tom hostil.Demetrius subiu mais seus dedos, até que os mergulhou nos meus cabelos pela minha nuca e levantou levemente o meu rosto.— Por que você acha que pertence àquele lobo negro? Não pertence a ele, ele apenas a encont
POV LÚCIATodo o meu corpo estremeceu com o som do tiro disparado por Alexandre, eu gritei, mas nenhum som saiu da minha boca de tão fraca e desnorteada que eu estava.Aquilo parecia um filme de terror, um pesadelo ao qual eu havia mergulhado contra a minha vontade. E tudo que eu desejava naquele momento era me libertar daquele caos, daquela dor e necessidade do CIO que me castigava sem descanso ou compaixão.Kevin caiu de joelhos e eu vi o sangue jorrando do seu ombro, ele estava silencioso e eu não conseguia ver a sua expressão, mas eu sabia que ele ainda estava tentando conservar suas forças.Mesmo que seus joelhos tivessem se dobrado e ele tive caído para frente, ele ainda tentava se manter firme.Naquele instante, meu olhar se cruzou novamente com o macho que atirou nele, Alexandre estava ofegante e abaixou a arma e atravessou o quarto em longas e rápidas passadas, vindo direto na minha direção.Eu estava coberta de suor, meu corpo estava febril e quando ele olhou para mim ao che