JANEEu via a floresta ao meu redor, a lua alta no céu e o vento batendo contra o meu rosto. Sentia a terra sob as minhas patas, a força muito maior do que qualquer coisa já senti fisicamente.Meu coração batendo mais rápido, meu sangue correndo em minhas veias, os aromas da floresta e a confusão em minha mente.Selene estava entrando em colapso ao sentir não só a ligação de companheiros, mas a ligação que eu compartilhava com Marius. Seu coração estava sangrando, nosso coração estava despedaçado com a escolha que ela sabia que eu queria fazer.Eu queria rejeitar o príncipe. Eu sentia o laço de companheiros agora, sentia a necessidade de estar perto dele, de dar filhotes a ele.De ser sua companheira, havia algo ali que me puxava para ele como um ima.Como uma onda, que por mais que eu nadasse, ela me levava de volta.Selene estava sentindo isso também, essa energia caótica, como se eu não tivesse escolha. E por um momento, antes de Marius aparecer, comecei a acreditar que talvez não c
Apenas mais alguns passos. Apenas mais alguns passos para que eu perdesse tudo. Selene não me ouvia mais, ela apenas via as lembranças de Marius e o momento que fui salva por Demétrius, as duas imagens do rosto dos machos flutuando em minha mente.Enquanto a loba pensava nos dois.Enquanto sentia o laço de companheiros forte a puxando e os sentimentos que eu nutria por Marius reverberando em seu coração e mente.Eu sentia sua dor, sentia a dor a enlouquecendo, a levando ao mais profundo desespero.E então, finalmente chegamos à beira do penhasco. Eu queria fechar os olhos, queria olhar para trás, olhar uma última vez para Marius, para o meu Marius.Queria poder dizer a ele de alguma forma que nada daquilo era culpa dele, mas Selene estava forte demais para que eu pudesse dominá-la, suas lembranças estavam cegando nós duas.A loba avançou, querendo mergulhar para o rio que corria abaixo e que certamente nos mataria na queda. Tudo aconteceu em um segundo.De repente eu estava no ar, pro
JANEO amanhecer já havia chegado há horas, eu ainda estava suja de lama e tremendo. Demétrius havia colocado um cobertor ao meu redor e eu ainda olhava para a beira do rio.Vários machos estavam vasculhando em busca de Marius, em busca do seu “corpo” como eu havia ouvido eles sussurrarem.Eu sentia seus olhares de soslaio sobre mim, sussurrando sobre mim e sobre o que eu era do príncipe.Meus olhos estavam vermelhos e pesados, mas eu não sentia a menor vontade de dormir. Ele não poderia estar morto, não havia corpo.Demetrius se aproximou lentamente e eu não precisei olhar para trás para saber que era ele. Seu toque em meu ombro foi suave, gentil.— Já faz horas que está aqui em pé na margem. Você teve uma transformação difícil, deixe-me levá-la de volta a mansão. — pediu ele pela milésima vez em um tom gentil.Não desviei o olhar da margem, esperando que em algum momento Marius surgisse nadando para me encontrar. Quando pensei nisso, vi Selene se encolher em minha mente.Balancei a c
Olá minhas leitoras lindas. Eu amei escrever esse livro e amei ler seus comentários e sua paixão pela primeira parte do livro. É tão incrivel saber que minhas palavras e minha imaginação agradam vocês. Eu não me canso de dizer o quanto tenho sorte de ter leitoras tão incriveis como vocês, gentis, apaixonadas! Que sorte. Eu quero agradecer aos meus três filhos que são bençãos na minha vida e me ajudam a continuar e a lutar todos os dias. Amo vocês, Nick, Elias e Isaías, Deus foi bondoso comigo ao me dar vocês que tornaram a minha vida melhor. Trouxeram cor e alegria. Agradeço ao meu atual marido, seu amor paciente e profundo me fez acreditar que homens bons ainda existem. Você é a raridade que eu acreditei que não existisse mais. Entre tantos desencontros desde a adolescencia, finalmente sou sua e você é meu. Quando Você me reencontrou eu estava em uma escuridão terrível e sua amizade e amor me tiraram do período mais triste da minha vida, trazendo de volta a alegria. Paulo, meu quer
Orfanato Delister JANE — Mas o que significa isso, Jane? — A senhora Calister apontou para as pequenas manchas de café na barra da minha saia, eu olhei imediatamente para Hayley que sorria maldosamente. — Senhora Calister... — tentei explicar, mas ela desferiu um tapa contra o meu rosto tão forte que eu caí para trás. Arregalei os olhos quando vi um dente meu no tapete. — A Luna Clarisse está vindo para cá ver como eu estou administrando o orfanato e você mancha sua melhor roupa! Ah, sua órfã imunda! Hayley havia jogado seu café na minha roupa de propósito, mas a senhora Calister não se importava com isso. Ela me puxou pelos cabelos e me arrastou para fora da sala, me empurrando em direção as escadas. Cai sentada no primeiro degrau, o sangue em minha cabeça fervendo enquanto a dor no meu rosto e na minha boca sem o meu dente, faziam minhas pernas tremerem. A senhora Calister era uma loba muito forte e cruel. — Vá para o quarto e fique lá, direi que está doente. Sua id
Meu sangue gelou enquanto tentava cobrir meus seios com os braços.Olhei para os três machos, me encarando com um olhar de luxuria em seus olhos e engoli em seco, meu coração batia tão forte que parecia que iria explodir.Dany continuava segurando Daiane, que parecia estar horrorizada com o que estava acontecendo.— Dany, me solte. O que estão fazendo? — sua voz estava tremula.Daiane ainda não havia entendido, mas eu sim.— Eu disse, sua órfã imbecil, que haveria uma festa aqui na clareira. E vocês só vão embora quando eu e meus amigos nos cansarmos! — ele rosnou, enquanto segurava o rosto de Daiane com força.A loba já estava chorando e eu senti um ódio terrível, olhei ao redor rapidamente e vi um pedaço de madeira que poderia me servir.Caio foi o primeiro que avançou em minha direção, me abaixei e peguei a madeira, o acertei no rosto com toda a minha força, ele caiu de joelhos por causa de seu olho direito que foi atingido.Nem sequer tive tempo de ficar aliviada com isso, porque
Tudo que passava pela minha cabeça era: Ao menos ele me mataria rapidamente e eu não seria abusada. Eu estranhamente não senti medo, foi como se esse pensamento me confortasse, isso, até ouvir os gritos de horror e medo de Daiane, o que me fez despertar para o fato de que eu estava prestes a morrer, o que era bem ruim... O enorme lobo negro avançou e eu sabia que seria sua primeira vítima, já que estava deitada no chão e era a mais próxima dele, pensei em fechar os olhos e torcer para que ele me matasse rapidamente, mas não os fechei. Afinal, onde estava o meu espírito de luta? Como eu podia desistir assim tão fácil, quando tudo que fiz nos meus dezessete anos foi lutar e sobreviver, suportar todos os abusos e desprezo no orfanato. Eu morreria assim, quieta e conformada? Antes que eu pudesse colocar em prática esse pensamento, o lobo avançou contra mim, por um segundo, eu o vi olhar diretamente para mim, como se estivesse percebendo algo, ele desviou seu caminho. Eu me vi
Eu devo ter desmaiado com o choque da situação, ou de exaustão por ficar tanto tempo de cabeça para baixo, porque quando acordei estava sendo colocada em um sofá macio e cheiroso. Que cheiro era aquele? Tão masculino...Espera, onde eu estava?Tudo retornou em uma avalanche para a minha mente, Paul em cima de mim, sua ereção me pressionando... o sangue depois.Aquele sorriso sarcástico. Os olhos ameaçadores e confiantes.Abri os olhos bem a tempo de ver o macho colocando um coberto sobre a minha saia, que estava levantada!Nossos olhos se encontraram por alguns segundos e minha primeira reação foi chutar seu rosto com toda a minha força, o macho caiu para trás do sofá parecendo bem surpreso e eu pulei do sofá, pegando a primeira coisa que vi, um livro bem pesado. Eu o jogaria nele assim como fiz com a pedra.— Seu tarado desprezível! Não serei sua escrava sexual! Se tentar me tocar novamente, vai se arrepender! — ameacei.O lobo se levantou e limpou o nariz, que estava sangrando. Note