Amor Sob Contrato: O Acordo perfeito
Amor Sob Contrato: O Acordo perfeito
Por: GreiceSS
Epílogo

O vento batia com força contra as janelas do carro de luxo, fazendo os galhos das árvores do lado de fora balançarem como se fossem sombras fantasmagóricas dançando ao ritmo da noite. Lá dentro, o silêncio era quase sufocante, interrompido apenas pelo som constante do motor. Cruzei os braços, tentando controlar o tremor que percorria meu corpo. Mas, no fundo, eu sabia que não era apenas o frio que me fazia tremer. O casaco pesado que Damon havia me dado pouco antes não conseguia aquecer a confusão e a incerteza que dominavam minha mente. Tudo o que eu conhecia, tudo o que planejei para a minha vida, havia mudado em questão de horas. E agora, aqui estava eu, sentada ao lado de um homem que, até pouco tempo atrás, era um completo estranho.

Um bilionário. Um enigma. Agora, meu marido.

Olhei para Damon, observando seu perfil. A forma como ele mantinha o olhar fixo na estrada, os dedos relaxados no volante, como se tudo o que havia acontecido até ali não tivesse o menor impacto sobre ele. Para ele, parecia um simples negócio. Um acordo fechado. E, de certa forma, era exatamente isso. Ele precisava de uma esposa; eu precisava de um motivo para continuar de pé, depois de ser abandonada no altar. O acordo era prático, calculado, sem espaço para sentimentos. Mas meu coração não parecia entender essa lógica.

Pisquei, tentando afastar a lembrança do fatídico dia, mas as imagens vinham com força. O vestido branco, os convidados, as flores, todos aguardando o momento em que eu diria "sim". Mas o "sim" nunca veio. Não daquele que eu esperava.

Meu noivo... Ex-noivo. Ele não apareceu. Deixou-me ali, sozinha. Apenas um breve telefonema minutos antes, informando que sua ex-namorada, aquela que já havia sido o motivo de tantas discussões, estava doente. Mais uma vez, ele escolheu ela. Sempre ela. Como se a nossa história fosse apenas um pano de fundo para o drama entre os dois.

Senti uma onda de raiva subir pela garganta, queimando como ácido. Como ele pôde? Depois de tudo. Depois de todos os planos, promessas, momentos. Eu me sentia tão ingênua, tão estúpida. Minha visão embaçou, e desviei o olhar de Damon, forçando-me a focar nas luzes distantes que piscavam do lado de fora do carro.

E então veio Damon. Como um salvador inesperado ou, talvez, um predador oportunista. Ele viu em minha humilhação uma oportunidade. Não me iludia quanto a isso. Ele precisava de uma esposa, eu precisava de uma saída. Era simples. E foi assim que me vi aqui, casada com um homem que mal conhecia. Um casamento que não era movido por amor, mas por necessidade, por conveniência. 

Eu sabia que meus amigos e familiares estavam em choque, ainda sem acreditar no que havia acontecido. A imprensa, sem dúvida, já estava em cima da história, Damon casado era manchete de primeira página. Mas, de alguma forma, essa curiosidade pública não importava. Não agora. O que importava era o que viria a seguir. E, para ser honesta, eu não fazia ideia.

O que aconteceria depois? Esse acordo realmente resolveria os problemas de ambos ou só criaria novos? Eu não sabia. E essa incerteza me consumia. Havia algo frio nos olhos de Damon, algo que me deixava em alerta. Ele não era um homem comum. 

- Está tudo bem? - Sua voz, baixa e controlada, cortou o silêncio, me trazendo de volta para o presente. Olhei para ele, tentando decifrar se havia uma ponta de preocupação ou apenas curiosidade.

- Eu... Não sei - Admiti, sentindo o peso das palavras.

Ele não respondeu. Apenas assentiu, mantendo o olhar fixo à frente. E naquele momento, eu soube que estava entrando em um mundo completamente novo. Um mundo onde amor e vingança se entrelaçavam de maneiras imprevisíveis.

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