4° Capítulo

Damon

Edgar me entregou um copo de café batizado com Whisky, era apenas nove da manhã mas ele sabia que meu humor exigia algo mais forte que apenas cafeína.

- Por um momento eu achei mesmo que uma noiva cairia do céu para você.

- Não precisa me lembrar disso.

Apertei o botão do elevador para me levar ao estacionamento. Havia se passado uma semana e Juliet não havia me ligado. Não sabia dizer se a irritação era por não ter arrumado uma noiva para agradar meu falecido pai e suas exigências mesquinhas e infundável, ou se era por ter certeza que a garota me ligaria. Eu não era o tipo de pessoa que fica pendurada no telefone esperando a ligação de uma garota. Chequei meu celular novamente. Nenhuma ligação perdida.

- Eu já falei cara, eu caso com você, não estava especificado no testamente que tem que ser uma mulher o seu cônjuge.

- Aprecio a oferta - Debochei saindo do estacionamento e indo em direção ao meu carro.

- Conheço pessoas que morreriam apenas pela oportunidade de encostar nesse corpinho e você ai me negando casamento.

Ao chegar próximo do carro, Tompson, meu motorista, praticamente pulou assustado, distraído de mais ao celular para me notar.

- Alguns dias de férias e já fica incompetente? - Perguntei vendo-o finalmente abrir a porta para mim.

- Desculpe senhor, estou resolvendo uns problemas pessoais.

- Não ligo para a sua vida particular, apenas ligo para o seu trabalho - apoiei as mãos na porta antes de entrar - se você não faz o seu trabalho, eu não faço o meu, e isso sim é da minha conta.

Entrei no carro e Edgar me olhou com um sorriso travesso. Tompson deu a volta no carro e logo deu partida.

- Essa mulher está ferrando com a sua cabeça.

- Ferrar com a nossa cabeça não é o propósito de todas as mulheres? - Perguntei deitando a cabeça no encosto do banco.

- Aí, Tompson, você é casado? - Edgar perguntou e meu motorista o olhou pelo retrovisor.

- Sou noivo, senhor.

- Bom, então você pode nos ajudar. Nosso amigo aqui está de quatro por uma morena e não sabe como pedi-la em casamento, o que você recomendaria?

Olhei de esguelha para Edgar, pensando se de alguma maneira valia a pena gastar meu réu primário com esse idiota.

- Não responda, Tompson. Não te pago para isso.

- Damon, você não tem experiência nenhuma com mulheres cara, como pretende conquistar uma?

- Se tem uma coisa que eu tenho, é experiência com mulheres.

- Você tem experiência com vaginas, é diferente. Tompson, como você conquistou a sua noiva?

Meu motorista me olhou pelo retrovisor, pedindo permissão, apenas bufei em resposta e ele então olhou para o meu amigo.

- Na verdade foi meio que ao acaso, nos conhecíamos a anos e um dia ficamos juntos - Ele deu de ombros.

- Viu só, é disso que você precisa, meu amigo, alguém que você conhece a anos, e não uma garota que você conheceu a pouco tempo e ficou obcecado - Edgar sorrio satisfeito - Tipo a Crystal.

Senti minhas sobrancelhas se unirem. Ia perguntar se ele estava ficando maluco mas o toque o meu celular me interrompeu.

Eu e Edgar então olhamos para o números desconhecido brilhando na tela, trocamos olhares por um segundo antes de eu deslizar o dedo na tela a atender.

- Sim?

- Oi - A voz familiar fez um sorriso aparecer em meus lábios.

Olhei para Edgar com um sorriso vitorioso e ele revirou os olhos.

- Não sei se você lembra de mim, meu nome é…

- Eu lembro de você - eu a interrompi.

- Ah… sim.. então - Ela gaguejou e eu me ajeitei no banco do carro.

- Me encontre hoje no SkayCity, as oito. Eu te explico tudo a noite.

Desliguei o telefone antes que Violet pudesse pensar a respeito. Não era o tipo de coisa a se falar por telefone e se desse brecha, certeza que ela optaria por ter a conversa desta forma. Precisava estar a olhando nos olhos para propor o que tinha em mente.

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