Violet.Eu sabia que precisava contar. Cada dia que passava, cada olhar que Damon me lançava sem saber do peso que eu carregava, fazia com que meu peito se apertasse mais. Não era justo com ele. Não era justo comigo. Nos últimos dias Damon estava distante, sempre preso em seus próprios pensamentos, me dando o espaço que eu mesma pedi, mas aquilo só me deixava mais aflita ainda em contar, as palavras se prendiam na minha garganta.Mas naquela noite, eu não poderia mais adiar.Damon estava sentado no sofá da sala, mexendo no celular, parecendo distraído. Mas eu sabia que, no momento que eu falasse, ele me daria toda a atenção do mundo. Sempre foi assim com ele. E era por isso que meu coração doía tanto.Respirei fundo e tomei coragem.— Preciso te contar uma coisa. — Minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia.Damon ergueu os olhos imediatamente, franzindo a testa.— O que foi? — Ele colocou o celular ao lado e se inclinou para frente, o olhar atento em mim.Meu estômago revirou. Dr
DamonO ar frio da noite cortava meu rosto enquanto eu corria sem destino certo. Minhas pernas se moviam automaticamente, os passos ritmados contra o asfalto molhado, mas minha mente estava em completo caos.Eu precisava sair de casa. Precisava respirar. Precisava me afastar antes que dissesse algo que não pudesse ser retirado depois.As palavras de Violet ecoavam na minha cabeça como um disco arranhado. "Talvez eu precise ir para saber quem eu sou de verdade sem ninguém por perto." Cada vez que repetia aquilo na minha mente, sentia o peito apertar, como se o ar simplesmente não conseguisse alcançar meus pulmões.Ela precisava ir.Ela queria ir.E o que isso significava para nós? O que isso significava para mim?A cada passada, sentia a adrenalina queimando no meu corpo, tentando substituir a dor sufocante que não dava trégua. A cidade passava por mim em borrões de luzes e sombras, mas eu não via nada de verdade. Meu peito subia e descia com força, não pelo esforço da corrida, mas pel
Violet.Eu estava acostumada com a presença de Damon. Mesmo quando não estávamos no mesmo cômodo, mesmo quando estávamos brigados, havia uma energia, uma força invisível que me fazia sentir que ele estava por perto. Agora, tudo parecia oco. Vazio. Sentei-me no sofá, abraçando minhas próprias pernas, como se pudesse me proteger da tempestade que eu mesma havia causado. Meu peito doía com um aperto sufocante, e minha mente era um turbilhão de pensamentos desordenados. O que eu tinha feito? O que seria da minha vida sem Damon?Eu queria acreditar que tinha feito a coisa certa, que precisava desse espaço para entender quem eu realmente era, mas, naquele momento, tudo o que eu sentia era arrependimento. Uma parte de mim gritava que eu deveria correr atrás dele, dizer que eu não queria que ele fosse embora, que tudo o que eu queria era ficar com ele. Mas e se já fosse tarde demais?Meus olhos vagaram pelo ambiente, procurando algo familiar, alguma âncora para me segurar. Foi quando notei P
DamonEu não sei quanto tempo fiquei vagando pelas ruas. O tempo pareceu se dissolver em meio aos meus passos pesados, ao vento frio que cortava minha pele e ao caos que tomava conta da minha mente. Mas, eventualmente, meus pés me trouxeram de volta. Para ela.Quando entro em casa, o silêncio me atinge primeiro. O tipo de silêncio que pesa, que machuca, que grita o que não foi dito. E então eu a vejo. Encolhida no sofá, os joelhos dobrados contra o peito, os braços envolvendo o próprio corpo como se tentasse se proteger do que quer que estivesse sentindo. Os longos cabelos castanhos caem sobre o rosto, e sua respiração é profunda e irregular. Ela cochilou.Pulga choraminga aos meus pés, sua pequena cauda abanando hesitante, como se soubesse que algo estava errado, mas sem entender exatamente o quê. Me abaixo e afago suas orelhas, sentindo seu corpo quente contra minha mão. Caminho até o sofá e me sento ao lado dela com cuidado, afundando no estofado sem fazer barulho. Minha respiraçã
N/A: E agora sim, chegamos ao fim. Neste Ato 2 queria trazer a vocês a mensagem de que mesmo em um amor perfeito, a imperfeições, dúvidas e dilemas.Em breve, uma nova história aqui na plataforma, me sigam no insta onde estarei postando ;) @eugreicess_________________________________________________________________________________________________________Violet.Foram meses de reconstrução. Não foi fácil, nem sempre foi bonito. Houve momentos em que nos perdemos no meio do caminho, tentando entender como voltar a ser nós mesmos sem cair nas mesmas armadilhas de antes. Mas, no fim, percebemos que não precisávamos voltar a nada. O que éramos antes já não nos servia mais. O que construímos agora era novo, mais sólido, mais verdadeiro.O amor não é sobre ser perfeito, sobre encaixar-se sem esforço, sobre concordar o tempo todo. O amor real é feito de escolhas diárias, de conversas difíceis, de aprender a ouvir sem defensiva e falar sem medo. É compreender que nem sempre teremos as respos
O vento batia com força contra as janelas do carro de luxo, fazendo os galhos das árvores do lado de fora balançarem como se fossem sombras fantasmagóricas dançando ao ritmo da noite. Lá dentro, o silêncio era quase sufocante, interrompido apenas pelo som constante do motor. Cruzei os braços, tentando controlar o tremor que percorria meu corpo. Mas, no fundo, eu sabia que não era apenas o frio que me fazia tremer. O casaco pesado que Damon havia me dado pouco antes não conseguia aquecer a confusão e a incerteza que dominavam minha mente. Tudo o que eu conhecia, tudo o que planejei para a minha vida, havia mudado em questão de horas. E agora, aqui estava eu, sentada ao lado de um homem que, até pouco tempo atrás, era um completo estranho.Um bilionário. Um enigma. Agora, meu marido.Olhei para Damon, observando seu perfil. A forma como ele mantinha o olhar fixo na estrada, os dedos relaxados no volante, como se tudo o que havia acontecido até ali não tivesse o menor impacto sobre ele. P
Violet- Violet, querida - Minha cerimonialista me para assim que desço do carro em frente a igreja.- Algum problema? - Perguntei.Megan, minha melhora amiga, estava vermelha como um pimentão, e me olhava com os olhos pegando fogo enquanto apertava o celular contra o ouvido.- O noivo… - Minha cerimonialista gaguejou, e meu coração palpitou.Megan se aproximou batendo os pés e estendeu o celular para mim. Peguei o aparelho de suas mãos.- Alô?- Vi, meu amor…- Onde você está? - O cortei, já sentindo um enorme bolo na garganta.- Precisamos remarcar, é a Rosalind, ela passou mal e…- Remarcar?- Sei que irá entender amor, Rosalind não tem ninguém. Peça para a cerimonialista falar com o padre, aproveite a festa com nossos convidados e amanhã nos casamos no cartório.- O que você está dizendo, Eathan? - Praticamente gritei.Eu estava ali, parada em frente à igreja, com as mãos trêmulas segurando o buquê, o coração acelerado, o vestido que demorou meses para ficar pronto. Tudo parecia u
Damon- Essa foi a ideia mais ridícula que eu já ouvi em toda a minha vida - Edgar falou virado completamente no banco do carona para me olhar.- Me dá um tempo, Ed - Bufei apertando o volante. Belo dia para o infeliz do meu motorista pedir folga. Não estava com cabeça para dirigir, as memórias recentes ainda queimavam minha pele."Com a morte do seu pai, Damon, você herdará o controle da empresa imediatamente. Isso significa que, a partir de hoje, você assume todas as responsabilidades e poderes que antes pertenciam a ele. Você terá total autoridade para tomar decisões, supervisionar projetos, e gerir as operações da forma que achar mais adequada. Além disso, será remunerado com um salário condizente com suas novas responsabilidades, o suficiente para manter seu estilo de vida e garantir o sucesso da empresa.No entanto, a herança completa — os 100% de todos os bens, investimentos e ações da empresa — será sua apenas sob uma condição específica. O testamento de seu pai estipula que v