Ricardo Trajano, um CEO poderoso e implacável, vive para o luxo, o dinheiro e o controle. Arrogante e dominante, ele acredita que pode ter tudo, e todos, ao seu dispor. Até cruzar o caminho de Rosa, uma jovem humilde que dedica sua vida a cuidar da mãe doente. Ele a humilha sem pensar duas vezes, acreditando que ela é apenas mais uma peça insignificante em seu jogo de poder. Mas o destino é cruelmente irônico. Quando um trágico acidente de avião o deixa como o único sobrevivente, Ricardo é dado como morto para o mundo. Forçado a confrontar a fragilidade da vida e sua própria mortalidade, ele renasce, não apenas como homem, mas como alguém que precisa redescobrir o verdadeiro valor de tudo que ignorou. Agora, em sua jornada de redenção, Ricardo encontra Rosa novamente. Só que desta vez, ele não busca poder, mas algo muito mais difícil de conquistar: perdão e amor. "Eu vi você cair tão baixo quanto um homem pode cair, Ricardo. Vi você se levantar, sozinho, sem mais nada além da dor. Mas o que você quer de mim agora? Piedade? Perdão? Porque o amor… isso, você ainda tem que merecer." "Não peço que me ame, Rosa. Só espero uma chance... uma chance de provar que o homem que te feriu não existe mais. Deixe-me mostrar que sou digno — não só de você, mas de mim mesmo."
Ler maisUm desejo estranho tomou conta de Ricardo, um desejo que ele não podia evitar. Ele roçou o nariz no de Rosa, passou os seus lábios, esperando um retorno. Ele queria ser correspondido, não suportaria uma rejeição.— Então me beija como fez da última vez na minha cama — Ricardo falou baixo, olhando diretamente para a boca de Rosa, no curto espaço em que estavam naquele banheiro.Rosa ficou paralisada por um segundo, o desejo correndo como fogo por suas veias. Ricardo não esperou mais. Ele avançou sobre Rosa, agarrando-a com urgência, como se precisasse dela naquele momento mais do que qualquer coisa.Os lábios de Ricardo roçavam seu pescoço, deixando um rastro de beijos molhados que faziam sua pele arrepiar. Ele murmurava contra a pele dela, a voz grave e rouca de desejo.— Você está me enlouquecendo, Rosa — ele sussurrou, suas mãos deslizando pelas curvas do corpo dela, apertando-a como se precisasse lembrar-se de que ela estava ali, que ela era dele, pelo menos naquele momento.Os de
Enquanto Ricardo dirigia em direção à casa de Rosa, ela observava a expressão dele de canto de olho. Ele estava calado, o olhar fixo na estrada, e a tensão no ar era quase palpável. Depois de tudo o que havia acontecido naquela noite, ela não sabia o que pensar. O jantar, as conversas, os olhares, tudo parecia muito mais do que apenas casual, mesmo que ele insistisse em agir como se não fosse.O silêncio foi quebrado por Rosa, incapaz de conter sua curiosidade.— Então, você vai me deixar em casa hoje? Nada de me sequestrar para o seu apartamento?Ricardo soltou uma risada baixa, mas não desviou os olhos da estrada. — Não preciso mais de você hoje.— Uau. Isso soa quase carinhoso — ela provocou, cruzando os braços.— Não se acostume, Rosa.— Você realmente gosta de me manter na linha, não é?Ele deu de ombros. — Alguém precisa.Antes que ela pudesse responder, uma chuva repentina e intensa começou a cair, como se o céu tivesse desabado de uma vez. As gotas batiam no para-brisa com for
Era de manhã e Rosa acordou com o som do telefone de Ricardo tocando no outro cômodo. O som era abafado, mas insistente. Por um momento, pensou em ignorar, mas logo percebeu que já era manhã e que ele provavelmente estava ocupado com algo importante.Ao sair do quarto, encontrou Ricardo na cozinha, já vestido com uma camisa social e uma calça casual. Ele parecia tenso enquanto falava ao telefone, sua voz baixa, mas firme.— Não me importa como, apenas resolvam isso antes de amanhã — ele dizia, antes de desligar abruptamente.— Problemas no paraíso? — Rosa brincou, ainda sonolenta.Ricardo olhou para ela e relaxou ao vê-la. — Apenas trabalho.Ela arqueou uma sobrancelha. — Trabalhando num sábado?— Trabalho todos os dias, Rosa. Diferente de você, que teve um dia de folga.— Não foi exatamente um dia de folga… — ela retrucou, relembrando as situações desconfortáveis do shopping.Ele deu um sorriso de lado, algo que Rosa começava a interpretar como seu jeito particular de suavizar as cois
No caminho de volta, o silêncio no carro era confortável, mas carregado de pensamentos não ditos. Ricardo dirigia com a mesma expressão impassível de sempre, enquanto Rosa observava a cidade passando pela janela, sua mente ainda presa nos acontecimentos do dia.Ela pensava no vestido, no bracelete, na forma como Ricardo lidou com a vendedora e, claro, na insinuação de Rebeca. Aquilo ainda a incomodava, embora não quisesse demonstrar.— Está muito quieta — Ricardo comentou, os olhos fixos na estrada.— Só estou pensando… — ela respondeu, sem olhá-lo.— Sobre?Rosa hesitou. Não queria trazer à tona o nome de Rebeca, mas a curiosidade foi mais forte.— Sobre o que ela disse…Ricardo franziu o cenho, sem tirar os olhos da estrada. — Quem?— Rebeca — Rosa respondeu, um pouco mais firme. — Sobre… vocês dois.Ricardo soltou um suspiro, mas não pareceu surpreso. Ele sabia que isso viria à tona mais cedo ou mais tarde.— O que exatamente te incomodou? — ele perguntou, direto como sempre.Rosa
Depois do momento tenso e surpreendente na loja, Ricardo e Rosa continuaram caminhando pelo shopping. Rosa ainda segurava a sacola com o vestido, seu olhar alternando entre o chão e Ricardo, que mantinha o passo confiante. Era evidente que ele estava acostumado a esses ambientes, mas para ela, cada vitrine, cada loja de luxo parecia um universo distante.— Não vai me agradecer? — Ricardo perguntou de repente, quebrando o silêncio.Rosa olhou para ele, surpresa. — Agradecer pelo quê?— Pelo vestido.Ela revirou os olhos, tentando esconder o rubor em suas bochechas. — Eu não pedi o vestido.Ricardo sorriu de canto, a resposta típica de Rosa o divertia. — E ainda assim, agora ele é seu. Então…— Obrigada, tá bom? — disse ela, com uma mistura de gratidão genuína e irritação fingida.— De nada — ele respondeu, satisfeito.Enquanto passavam próximos a praça de alimentação, o cheiro de comida chamou a atenção de Rosa, e ela parou, olhando ao redor. Ricardo percebeu e arqueou uma sobrancelha.
Ricardo e Rosa caminhavam pelo shopping, e o contraste entre os dois era notável. Rosa, com sua camiseta improvisada e jeans simples, parecia deslocada ao lado de Ricardo, que exibia sua elegância mesmo em trajes casuais. Eles caminhavam, a passos firmes de Ricardo e o andar hesitante de Rosa, que claramente estava fora de sua zona de conforto. Ela sabia que ele fazia questão de tê-la ali, mas o motivo ainda era um mistério.— Então, você faz compras? — Rosa perguntou, tentando aliviar o silêncio que pairava entre eles.Ricardo lançou um olhar de canto para ela. — Claro que faço. Por que a surpresa?— Não sei, você não parece o tipo que faz coisas tão… normais.Ele arqueou uma sobrancelha, divertido. — Não se preocupe, eu também não sou.Antes que a conversa pudesse continuar, uma voz feminina ecoou pelo corredor do shopping.— Ricardo! Que coincidência!Rosa virou-se e viu Rebeca, impecável como sempre, com saltos altos e uma bolsa de grife pendurada no ombro. O olhar dela pousou ime
Ricardo segurou o braço de Rosa com firmeza, inclinando-se para sussurrar perto do ouvido dela:— Vou te levar para casa, Rosa. Vamos.Rosa, meio cambaleante, tentou se soltar.— Não precisa, Ricardo... Eu sei me virar sozinha. — Ela respondeu, com a voz arrastada, os olhos ligeiramente turvos de tanto beber.Ele não deu a ela espaço para mais protestos. Apenas repetiu, firme:— Vamos.Ignorando as tentativas de Rosa de se desvencilhar, ele a puxou gentilmente, mas sem hesitação, em direção à saída. Enquanto isso, Rebeca, que observava tudo de longe, apertou o copo em sua mão, com raiva. Virou a última dose de bebida, pegou suas coisas rapidamente e saiu, pedindo um táxi sem sequer olhar para trás. Nat, no entanto, permanecia no bar, se divertindo com outras pessoas, alheia à tensão que se desenrolava entre Rosa e Ricardo.Dentro do carro, a tensão aumentava. Rosa, bêbada pela primeira vez, estava visivelmente chateada, e não conseguia manter o controle de suas palavras. A raiva que se
Assim que desligou o telefone, Nat mandou outra mensagem para Rosa. Natalie: Amiga, hoje vamos a uma festa com o pessoal da empresa. Vai ser uma confraternização dos aniversariantes do mês. Vamos também? Que horas a gente se encontra no bar? Rosa: Ai, amiga, para ser sincera, eu não quero ir não. Que bar? Natalie: Sempre fazemos as comemorações no “Drink Kong”. Ah, Rosa, vai ser legal para você se distrair, ainda mais agora com tantos acontecimentos. Tem uma lista na intranet da empresa para confirmar a presença. Vou colocar o seu nome. Nos encontramos lá às 18h. Arrase no visual! Rosa: Está bem… Rosa fez uma careta, mas sabia que não tinha muito a perder. Além disso, estava de folga, então por que não se divertir um pouco com a amiga? Durante os anos em que cuidou da mãe doente, ela nunca teve tempo ou dinheiro para essas coisas. Agora, com o emprego estável, as contas em dia e algum dinheiro no bolso, decidiu se dar ao luxo de comprar uma roupa nova para a ocasião. Rosa
Rosa chegou em casa exausta, ainda processando tudo o que havia acontecido nas últimas horas. Assim que largou suas coisas encima da cama, seu celular vibrou. Era uma mensagem de Natalie, sua melhor amiga, que parecia ter uma espécie de radar para saber quando as coisas estavam um caos.Natalie: Oi Rosa, almoço hoje no mesmo lugar?Rosa suspirou, encarando a tela. Ela e Nat sempre almoçavam juntas, mas as coisas haviam mudado drasticamente. Sem pensar muito, ela começou a digitar.Rosa: Hoje e alguns dias não vou até a empresa trabalhar, Ricardo estava doente e me fez ficar na casa dele auxiliando com os cuidados.Não demorou muito e a resposta de Natalie veio quase de imediato, cheia de intenções ocultas como sempre.Natalie: Hum! Na casa dele... me conte mais...Rosa bufou, mas ao mesmo tempo sentiu um nó na garganta. Ela queria desabafar com alguém. Precisava. As últimas horas haviam sido intensas demais para que ela lidasse sozinha com isso. Sem pensar muito, deixou as palavras fl