Ricardo Trajano, um CEO poderoso e implacável, vive para o luxo, o dinheiro e o controle. Arrogante e dominante, ele acredita que pode ter tudo, e todos, ao seu dispor. Até cruzar o caminho de Rosa, uma jovem humilde que dedica sua vida a cuidar da mãe doente. Ele a humilha sem pensar duas vezes, acreditando que ela é apenas mais uma peça insignificante em seu jogo de poder. Mas o destino é cruelmente irônico. Quando um trágico acidente de avião o deixa como o único sobrevivente, Ricardo é dado como morto para o mundo. Forçado a confrontar a fragilidade da vida e sua própria mortalidade, ele renasce, não apenas como homem, mas como alguém que precisa redescobrir o verdadeiro valor de tudo que ignorou. Agora, em sua jornada de redenção, Ricardo encontra Rosa novamente. Só que desta vez, ele não busca poder, mas algo muito mais difícil de conquistar: perdão e amor. "Eu vi você cair tão baixo quanto um homem pode cair, Ricardo. Vi você se levantar, sozinho, sem mais nada além da dor. Mas o que você quer de mim agora? Piedade? Perdão? Porque o amor… isso, você ainda tem que merecer." "Não peço que me ame, Rosa. Só espero uma chance... uma chance de provar que o homem que te feriu não existe mais. Deixe-me mostrar que sou digno — não só de você, mas de mim mesmo."
Ler maisNa manhã seguinte, Rosa acordou com um peso estranho sobre ela. Ainda sonolenta, tentou se mover, mas sentiu algo quente e sólido prendendo seus braços. Seu coração acelerou. Abriu os olhos e se deparou com Ricardo praticamente deitado em cima dela, um dos braços envolvendo sua cintura como se ela fosse um travesseiro. Seu rosto estava relaxado, uma expressão completamente diferente do CEO arrogante que costumava ser durante o dia.— Ricardo! — ela sussurrou, tentando não acordá-lo de maneira brusca. — Sai de cima de mim!Ele se mexeu, mas apenas para se aconchegar mais. Rosa bufou, tentando mover sua perna com delicadeza, mas Ricardo suspirou e a apertou como se ela fosse um travesseiro.— Meu Deus, ele é um polvo! — Rosa bufou, tentando se desvencilhar sem sucesso. Ela pensou em cutucá-lo, mas sabia que isso poderia dar errado. Com um empurrão mais forte, conseguiu rolar para o lado, fazendo Ricardo se virar bruscamente e quase cair da cama.— Ricardooo! — Ela sussurrou mais alto, te
O pouso do avião foi um evento que Rosa nunca esqueceria. E não pelo motivo certo.Quando o capitão anunciou que estavam iniciando a descida em Dubai, Rosa, que já tinha se acalmado durante o voo, voltou a entrar em pânico. A medida que o avião balançava levemente devido à turbulência, ela sentiu que sua alma estava prestes a abandonar o corpo.— Eu não quero mais! Me tirem daqui! — ela murmurou para si mesma, agarrando os dois apoios de braço com tanta força que suas juntas ficaram brancas.Adriano já estava preparado para esse momento e nem tentava segurar o riso. Ricardo, por outro lado, apenas esfregou o rosto, exausto.— Rosa, você não pode simplesmente desistir no meio do pouso.— Claro que posso! Eu sou passageira, eu tenho direitos! — ela argumentou, apertando os olhos enquanto o avião tremia levemente. — Eu quero descer agora!— A não ser que você tenha um paraquedas escondido aí, acho que não vai rolar. — Adriano comentou, segurando o riso.Rosa olhou feio para ele, mas o av
Quando Rosa finalmente entrou no avião, percebeu que a realidade de voar era muito diferente do que imaginava.Primeiro, teve que enfrentar um corredor apertado, segurando sua mala de mão como se fosse um escudo contra os outros passageiros que pareciam ter muito mais experiência com esse tipo de coisa. Depois, veio o desafio de encontrar seu assento sem parecer completamente perdida.Ela conferiu o bilhete novamente. Assento 14B.Com passos cuidadosos, caminhou pelo corredor enquanto tentava evitar esbarrar nas pessoas que já estavam acomodadas. Foi então que percebeu que seu assento ficava exatamente no meio.Entre Ricardo e Adriano.Ela parou no lugar, sentindo o olhar penetrante dos dois homens. Ricardo, já sentado e confortável, ergueu uma sobrancelha ao vê-la parada.— Algum problema? — ele perguntou.— Nenhum. Só estou me despedindo do meu espaço pessoal. — Ela suspirou e, com um esforço enorme, se enfiou entre os dois.O espaço era apertado. Muito apertado. Seu braço encostou
Naquela noite, Rosa ainda encarava a mala, como se o simples ato de organizar roupas fosse a maior batalha da sua vida. Era estranho como uma viagem que deveria ser apenas a trabalho estava deixando-a tão inquieta. Ou talvez não fosse a viagem em si, mas a companhia.O celular vibrou novamente. Ela olhou para a tela com desconfiança.Marina: "Confessa, você já experimentou o vestido, né?"Rosa estreitou os olhos.Rosa: "Marina, pelo amor de Deus, vai dormir!"Marina: "Não posso. Estou muito ocupada imaginando a cena de Ricardo te vendo com aquele vestido e babando."Rosa: "Você tem uma mente doentia."Marina: "E você tá fugindo do assunto. Vai levar salto alto também?"Rosa olhou para os sapatos espalhados pelo chão e mordeu o lábio. Até aquele momento, só tinha separado um par de sapatilhas e um tênis confortável. Mas agora que Marina mencionou...Ela se levantou e foi até o armário, puxando uma sandália de salto fino, vermelha como o vestido. Apenas por precaução, disse a si mesma.
Naquela noite, Rosa não conseguiu dormir direito. O comentário de Rebeca e a tensão crescente entre Ricardo e Adriano estavam pesando em sua mente. O que exatamente estava acontecendo? E por que ela sentia que estava sendo arrastada para algo muito maior do que uma simples viagem de negócios?Na manhã seguinte, o escritório estava em alvoroço. O rumor de que Rosa viajaria com Ricardo já tinha se espalhado mais rápido que café grátis na copa.— Então, a futura senhora Trajano está entre nós! — brincou Marina, piscando para Rosa enquanto entregava a ela um envelope com os detalhes dos voos.— Cala a boca, Marina! — Rosa resmungou, pegando o papel. — Isso é trabalho. Apenas trabalho.Marina riu e apontou para um canto do escritório. Ricardo estava saindo de sua sala, falando ao telefone com um semblante sério. Atrás dele, Adriano observava tudo com um olhar afiado, quase predatório.— Você tem certeza disso? — perguntou Marina, baixinho. — Porque o chefe está te olhando como se fosse te
Rosa ainda encarava a porta por onde Ricardo havia saído, tentando processar suas palavras. A ideia de viajar com ele para Dubai parecia tão surreal quanto aterrorizante. Ela respirou fundo e focou no computador, começando a procurar voos e hotéis."Isso é trabalho, apenas trabalho," repetia mentalmente, como um mantra.As horas passaram rapidamente enquanto ela mergulhava nos detalhes. Enviou e-mails para agências de viagens, pesquisou hotéis com excelentes avaliações e fez anotações sobre os requisitos para o evento. Mas, no fundo, sua mente estava longe. Ricardo nunca havia pedido que ela o acompanhasse em uma viagem antes. Por que agora? E por que aquela sensação incômoda de que havia algo mais por trás dessa decisão?Quando o relógio marcava quase seis da tarde, Rosa era uma das poucas ainda no escritório. Marina, sua colega, aproximou-se com um café quente em mãos.— Ei, trabalhando até tarde de novo? — Marina perguntou, pousando a xícara na mesa de Rosa.— Obrigada. — Rosa acei
"Por que ele faz isso? Me humilha na frente de todo mundo e, depois, age como se se importasse? Que tipo de jogo é esse?" - Rosa pensava, enquanto ela entrava em sua casa."Por que ela me afeta tanto? Por que, mesmo quando estou furioso, tudo o que quero é protegê-la?" - Ricardo pensava enquanto dirigia para casa.[...]No dia seguinte, no escritório, a atmosfera estava tensa. Os cochichos sobre a discussão na sala de Ricardo ainda circulavam, mas algo mais pairava no ar: um novo personagem havia chegado.Doutor Adriano Vasquez, um consultor contratado para supervisionar o novo projeto, era charmoso e carismático, mas havia algo nele que colocava todos em alerta. Ele tinha um sorriso fácil, mas os olhos eram afiados, como se observassem tudo e todos.Logo ficou claro que Adriano não estava ali apenas para o projeto. Ele parecia particularmente interessado em Ricardo e, de forma mais discreta, em Rosa.— Então você é Rosa... — Adriano disse, parando em sua mesa com um sorriso. — Ouvi f
Rosa empurrou Ricardo levemente para se afastar, o rosto queimando de vergonha e confusão. Ela sabia que não devia ter permitido aquele beijo, mas algo além da razão a empurrou para ele. Quando Rebeca apareceu, carregada de sarcasmo e malícia, o constrangimento tomou conta.— Não precisa sair, Rosa! — Rebeca disse, cruzando os braços e bloqueando a porta. — Volta aqui! Vai fugir é?Rosa respirou fundo, cerrou os punhos e se virou para encarar Rebeca.— Por quê? O que você quer, Rebeca? — perguntou, tentando manter a voz firme, mas o tremor na garganta era evidente.Rebeca sorriu de lado, saboreando a situação.— Eu só quero a verdade. Sabe, é engraçado como você tenta bancar a santinha, mas está sempre no centro das atenções. Com caronas, erros nos projetos e... bem, com esse showzinho agora. — Ela apontou para Ricardo, que permanecia sério, observando o desenrolar do confronto.Rosa respirou fundo novamente, sentindo o peito apertar.— Se você tem algo para dizer, Rebeca, diga de uma
Minutos depois, Ricardo saiu de sua sala, o som dos seus passos firmes ecoava pelo chão enquanto ele atravessava o andar em direção à mesa de Rosa. Seus olhos queimavam de irritação, e ele apertava uma pilha de papéis com tanta força que as folhas estavam quase amassadas. A movimentação chamou a atenção de todos, que já começaram a murmurar.— Vai dar barraco de novo... — sussurrou um funcionário.— Ele só pode estar fora de si. Como é que ele pode tratar alguém assim? — murmurou outra colega, enquanto trocava olhares com os demais.Ricardo parou na frente de Rosa, jogando os papéis sobre a mesa dela com força.— Você! — Ele praticamente rosnou, fazendo-a dar um pulo. — O que é isso?Rosa piscou, surpresa, olhando para os documentos.— Eu... não sei, senhor.Ricardo bateu com a palma da mão sobre os papéis, atraindo a atenção de todos ao redor. Sua voz era alta, cortante, quase como uma chicotada.— Não sabe? Isso aqui é o erro grotesco que quase arruinou a apresentação do projeto!Ro