Ana e Leonardo se conhecem desde crianças. Ana sempre foi apaixonada por Léo, porém, sendo filha da empregada, ela sabia que ele estava além do que ela poderia sonhar. Mas o improvável acontece: Léo e ela começam um romance. Leonardo é o filho mais velho da família Alcântara. Ele vai assumir o posto de seu pai como CEO da empresa, porém seu pai pede que ele se case antes com uma mulher de seu nível. Mesmo amando Ana, ele decide se casar com outra. O que Léo não sabe é que Ana já está grávida dele. Cinco anos se passam, Ana está de volta à cidade com sua filha, e Leonardo quer ter certeza se ela é ou não sua filha. E mais que tudo quer provar para Ana que não é mais o babaca que a abandonou.
Ler maisLéo Quando cheguei na casa da minha mãe, fui recebido pelo cheiro inconfundível de lasanha. Era um aroma que trazia memórias da infância, de domingos preguiçosos e conversas longas à mesa. Emily já estava correndo pela sala com uma energia que parecia inesgotável. Minha mãe, claro, estava radiante com a presença dela.— Mas como posso agradecer Ana por trazer meu filho para jantar comigo? — Minha mãe disse, franzindo o cenho ao perceber que eu estava sozinho.— Ela veio com Henrique devem está chegando.Ela assentiu, mas o olhar que me lançou era mais curioso do que eu gostaria. Antes que pudesse fazer mais perguntas, Emily correu até mim.— Tio Léo! Olha o que eu fiz na escola! — Ela me entregou um desenho todo colorido, com rabiscos que eu sabia que eram importantes para ela.— Uau, Emily! Você está ficando uma verdadeira artista. — Sorri para ela, que pulou de alegria antes de voltar a brincar.Foi então que a porta se abriu, e Ana apareceu ela estava um pouco molhada. Nossos olhos
Trabalhar ao lado de Léo era um desafio que eu nunca imaginei que enfrentaria novamente. Quando entrei na sala de reuniões, sentia um peso no peito. Tinha passado a noite em claro, revivendo memórias que deveriam permanecer enterradas. Mas lá estava ele, atravessando a porta com aquele mesmo sorriso casual que um dia já me desarmou.— Bom dia — ele disse, como se não houvesse anos de distância entre nós.Eu levantei os olhos, tentando me manter indiferente.— Bom dia — respondi, voltando a me concentrar nos relatórios. Não queria dar brechas. Não podia dar.A presença dele ao meu lado era desconfortável. Mesmo mantendo uma distância respeitosa, ele estava perto o suficiente para que eu sentisse o perfume que eu conhecia bem. Fiquei presa em um instante, tentando ignorar a onda de lembranças que aquilo trouxe.Quando Marta entrou na sala, respirei aliviada. Sua energia enérgica rapidamente preencheu o espaço.— Precisamos revisar juntos a proposta para a apresentação de amanhã — disse
LéoTrabalhar ao lado de Ana era um desafio que eu nunca achei que enfrentaria novamente. Quando entrei na sala de reuniões e a vi sentada ali, revisando alguns relatórios, meu coração deu um salto. Ela estava tão concentrada, tão alheia à minha presença, que quase parecia inalcançável. Mas eu estava decidido. Decidido a não cometer os mesmos erros, a não deixar o passado ser a única história entre nós.— Bom dia — disse, tentando soar casual.Ela levantou os olhos rapidamente, sem muito entusiasmo.— Bom dia — respondeu, voltando a se concentrar nos papéis à sua frente.Eu me sentei ao lado dela, mantendo uma distância respeitosa, mas perto o suficiente para sentir o perfume que ela usava. Era o mesmo de anos atrás, e, por um momento, fui transportado para outra época. Uma época em que tudo entre nós parecia possível.Marta entrou em seguida. Ela nos olhou e vi o julgamento em seus olhos. Eu a conheço bem.— Precisamos revisar juntos a proposta para a apresentação de amanhã — disse,
Ana O espaço no carro era apertado, e cada segundo ali parecia se arrastar como uma eternidade. O som da chuva batendo no vidro deveria ser algo reconfortante, mas, naquela situação, apenas aumentava a minha tensão. Estar sozinha com Léo novamente era algo que eu não tinha planejado, nem queria. Ainda assim, lá estava eu, tentando manter a compostura enquanto o passado se desenrolava entre nós, como um fantasma que não conseguía ser exorcizado.Eu sentia o olhar dele em mim, aqueles olhos que já haviam me feito sentir especial, agora apenas me deixavam desconfortável. Ele parecia querer dizer algo, mas hesitava, e eu não tinha intenção de facilitar. Já havia dado muito de mim para ele no passado. Dessa vez, era diferente. Eu era diferente.— Ana... — ele finalmente disse, mas a frase morreu ali. Olhei para ele por um instante, curiosa sobre o que ele tentaria dizer, mas desviei o olhar antes que ele pudesse interpretar meu interesse como algo mais.O silêncio voltou a preencher o carr
LéoO espaço no carro era apertado, e o ar parecia mais pesado. Cada segundo ali, tão perto dela, me fazia lembrar de como era difícil manter a distância. Mas também sabia que, com Ana, qualquer passo em falso poderia arruinar tudo.A chuva começou a engrossar, batendo no vidro com mais força. Eu a observei de soslaio, notando como ela tentava disfarçar o desconforto.— Ana... — comecei, mas parei. Não sabia exatamente o que queria dizer, só sabia que precisava quebrar aquela barreira que parecia nos separar há tanto tempo.Ela me olhou, e por um momento, achei que ia dizer algo. Mas então desviou o olhar para a chuva lá fora, deixando o silêncio preencher o espaço entre nós.— Minha mãe está feliz que tenha voltado. — Falei por fim, qualquer conversa seria melhor que o silencio. — Eu sei, mas pretendo alugar algum apartamento, não posso abusar da hospitalidade de sua mãe. — Ela fala sem me encarar, mexendo levemente a perna demonstrando seu completo desconforto. — A casa é grand
Ana A manhã passou em um turbilhão. Eu mal pude respirar entre as tarefas. Às vezes, me sentia como uma máquina, trabalhando sem parar, sem pensar, apenas respondendo à demanda. Mas a verdade é que por dentro, eu estava frágil. O ambiente novo, as expectativas, a pressão de estar aqui, tudo isso me consumia mais do que eu queria admitir.Marta não fazia questão de disfarçar a distância. Ela me observava com aqueles olhos calculistas, esperando por qualquer deslize, e eu sabia que não podia vacilar. Eu percebia como ela tentava estabelecer sua autoridade, como se não fosse só minha chefe, mas também alguém decidida a me lembrar constantemente do meu lugar aqui. E o pior de tudo era o olhar de desaprovação que ela direcionava sempre que Léo estava por perto.Ela já tinha deixado claro o suficiente: nada de envolvimento com Léo. “Este é um trabalho, Ana. Não quero ver nenhum comportamento impróprio, e não vou facilitar as coisas para você, entendeu?”. As palavras de Marta ecoavam em min
Léo Olhei para o relógio novamente. O tempo parecia correr mais devagar desde que ela entrou na empresa. Cada vez que meus olhos a viam, algo dentro de mim se agitava. Eu tentava me concentrar no trabalho, mas as distrações eram demais. Ana estava ali, sempre ali, com aquele olhar cauteloso, com a postura rígida que me fazia querer puxá-la para mais perto ou afastá-la completamente. Não sabia qual era o melhor caminho.Eu sabia que ela estava nervosa, o jeito como olhava para o chão, como evitava meus olhos, como se eu fosse uma ameaça. Talvez eu fosse. Talvez fosse o maior erro da minha vida voltar agora e tentar fazer as pazes, mas eu não sabia fazer diferente. Não sei como concertar as coisas, como explicar para Ana que ela não foi um caso de adolescência que sempre a aquis.Eu me recostei na cadeira e me forcei a olhar para os papéis na minha mesa. Mas tudo o que via era a imagem dela. O jeito como ela se movia, o jeito como sua presença preenchia o ambiente, como ela ainda tinha
AnaOlhei para o relógio, já era tarde. Emily já estava dormindo, e o silêncio da casa só me fazia sentir mais sozinha. Eu me sentei no sofá, com uma xícara de chá entre as mãos, e deixei os pensamentos tomarem conta. A lembrança do jantar ainda estava fresca na minha mente — Léo, com seu olhar cheio de incerteza e, ao mesmo tempo, uma intensidade que eu não conseguia ignorar.O que eu queria de verdade? Eu ainda me pergunto. Ele estava tentando se aproximar, mas algo dentro de mim me impedia de me entregar completamente. O passado entre nós não é simples. Nunca seria.Eu me peguei pensando em Emily e no sorriso dela quando falava da boneca. Como ela parecia tão feliz com tão pouco. Como eu gostaria de ter tido essa felicidade, aquela sensação de que alguém estava ao meu lado, me apoiando de verdade. E Léo... ele me deixou, me abandonou em um dos momentos mais difíceis da minha vida. Agora ele estava de volta, com todo esse carinho por Emily, tentando estabelecer algum vínculo com ela
Léo Eu me olhei no espelho, tentando me convencer de que tudo ficaria bem. Meu reflexo estava ali, mas meus pensamentos estavam longe, perdidos em dúvidas. Eu ainda não sabia se era o pai de Emily. A ideia de que poderia ser, que eu poderia ter uma filha e nem saber, me consume. Me sinto incerto sobre como isso me afeta, talvez eu queira tanto que ela seja minha que esteja me perdendo. Eu quero vê-las, quero estar perto delas, mas, ao mesmo tempo, tenho medo. Medo de descobrir a verdade. Medo de encarar o que minha vida se tornou. Ana está de volta, e, de alguma forma, ela ainda tem o poder de me deixar sem palavras. Quando entrei na mansão, senti o silêncio pesado, como se algo estivesse esperando para explodir. Lá estavam elas: Ana, tão séria e imponente, com Emily ao seu lado. A menina parecia tão pequena, tão vulnerável, mas há algo nela que me chama, uma ligação que posso eu está inventando. Ela tem os olhos, o sorriso parecido com o meu, com os de Mateeo. Não tem como não ac