Um amor que começou da maneira mais inesperada possível. David Wilston, vinte e oito anos, empresário, é um louco por controle. Para ele, acabar em um quarto de hotel caro com uma mulher desconhecida, era a melhor forma de terminar um dia cheio e cansativo de trabalho. Depois de uma grande desilusão com o amor, ele decidiu que nada e nem ninguém o faria amar novamente. Isabella Foorbes e David Wilston são muito diferentes, mas ao mesmo tempo, eles têm algo que os une: ambos não estavam ali para amar. Entretanto, depois de se conhecerem profundamente, eles notaram que ali existia muito mais do que simples desejo. E diante disto, decidiram colocar as cartas na mesa e rever o que estavam sentindo um pelo outro, porque em certos momentos houve troca de sentimentos onde não deveria existir nada, além de prazer. E então juntos, chegaram a uma decisão: eles iriam dar uma segunda chance para o amor!
Ler maisPensar na minha vida com e sem o David nela, havia virado rotina, sabe? Eu me sentia boba. Ainda não era algo no qual eu poderia contar para a minha mãe ou para a Rose, pelo menos não como tudo começou. A primeira impressão que tive do David foi de um homem forte, bom, mimado - claro - e mulherengo, muito mulherengo. Além de lindo. Essas foram as primeiras coisas que pensei a respeito dele, e bem, eu não errei em nenhuma parte. David era isso e muito mais - vamos tirar a parte do mulherengo agora, ok? - Ele era gentil, carinhoso, atencioso e muito educado. Eu poderia dizer que ele era o tipo ideal para as garotas? Talvez sim, talvez não. Na maioria das vezes, David parecia um personagem tirado de algum livro ou de algum filme. Tinha momentos no qual ele era romântico demais, engraçado demais, fofo demais, ou teimoso demais, como estava acontecendo agora. Estávamos em Coney Island, uma península do Brooklyn, a cerca de uma hora de trem de Manhattan, e a cerca de quarenta minutos de
— Isabela FoorbesForam pouco mais de quarenta e cinco minutos de viagem para chegarmos até o Hotel que o David havia reservado. Era um Hotel cinco estrelas, e as minhas expectativas eram altas. Ele em nenhum momento ficou totalmente relaxado. Era sempre um olho na estrada e outro nas minhas mãos que estavam no volante. Claro que eu havia mentido, minha habilitação não estava suspensa, mas eu adorei ver os olhinhos dele arregalados. Eu morria de rir com os comentários dele.— Bella, acabamos de passar por uma viatura e eu fiz contato visual com a policial.— Eu vi que tinha um policial nos olhando, também, e você só reparou na policial? - semicerrei os olhos e olhei para ele por alguns segundos, tempo o suficiente para vê-lo corar — Chegamos! - ouvi ele resmungar um “graças a Deus!” — Ah, eu nem dirigi tão mal assim, David - revirei os olhos e abri o porta malas.— Quer ir na frente e pegar a chave do nosso quarto? - ele perguntou enquanto descia do carro — Eu pego as bolsas.— Não, p
Isabella FoorbesE de tudo que eu poderia estar fazendo agora, estar tocando a campainha da casa do David, com uma bolsa cheia de roupas nas costas, não estava nos meus planos.Lia, realmente, conseguia tudo o que queria apenas com a merda de uma ligação, e minha mãe do outro lado também. Depois da segunda ligação que Lia havia feito comigo, na noite anterior, eu liguei para o David e o avisei que iria até lá de manhã. Então na noite passada eu já deixei tudo organizado.Ele não entendeu de primeira e eu apenas pedi para que ele continuasse sem entender nada e que apenas acordasses cedo para me receber. Por Deus, a minha vontade era de matar a Lia.David se ofereceu para me buscar em casa e me levar para tomar café da manhã em algum restaurante, e por mais que eu quisesse aceitar aquele convite e ter a chance de poder entrar no Quinse Palace, eu apenas recusei e disse a ele que o daria a chance de levar café da manhã na cama para mim. Ele riu, claro, mas falou que tentaria ser o mais
Isabella Foorbes Fazia uns trinta minutos que eu havia chego em casa e nem tinha tomado banho ainda. Até a conversa que eu teria com a minha mãe eu tive que adiar, já que Lia havia me ligado no meio do caminho e estávamos conversando até agora. Ela me ligou muito brava e enquanto eu descia do ônibus ainda ouvi ela discutindo sobre alguma coisa com o Sebastian. Eu não queria estar ali, presenciando a briga deles e muito menos ouvir ela dizendo, para ele, que iria fazer grave de sexo enquanto ele continuasse sendo bonzinho com "aquela mulher".E aqui estávamos nós agora, quase completando cinquenta minutos de ligação. Lia continuava a me contar sobre o que tinha acontecido trinta minutos depois que eu saí da casa deles. Ok, alguém tinha chegado. Uma mulher, pelo jeito. E além de deixar David desconfortável, ela ainda havia causado alguns desentendimentos entre Lia e Sebastian. — David nunca me contou que a amante do pai dele era louca por ele - eu respondi a Lia, enquanto focava em r
David Wilston— Me ajuda, pelo amor de Deus - assim que Isabella saiu da minha casa, eu recorri a única pessoa que, na minha opinião, conseguiria me ajudar.— Faça o que ela falou, passeio de helicóptero, jantares românticos - ela ia balançando a cabeça de um lado para o outro enquanto se concentrava em passar pasta de amendoim em um pão.— Ela só falou isso como um exemplo, mas eu quero fazer mais, Lia.— Faça mais então.— Mas eu não sei do que vocês gostam, por isso estou aqui lhe implorando, Lia Sanchez. Pelo amor de Deus, me ajuda ou eu vou surtar - ela riu e pegou mais pasta de amendoim, dessa vez levando a colher até a boca.— Surte sozinho então.— Sebastian, morde ela! — Virei cachorro agora? - ele bateu no meu braço e foi em direção a sala. Lia o seguiu e eu segui os dois.Ela continuou me ignorando enquanto se sentava no sofá ao lado do namorado, com o pão em uma das mãos. Sebastian olhou pra mim e riu, ele estava mexendo no celular e agora fazendo carinho nas coxas da namo
Isabella FoorbesIdiota. Era isso que eu era.David estava lá, de novo, me fazendo mais juras de amor e eu simplesmente estava quieta, ouvindo tudo, porque eu queria acreditar nelas, por mais que aquelas palavras, de ontem, tenham mesmo me machucado, eu queria acreditar em tudo, de novo.Queria acreditar porque eu estava amando a relação que David e eu estávamos tendo antes da briga, era sobre confiança. Queria acreditar porque ele me parecia o certo em meio a tantas coisas incertas que me cercavam.Queria acreditar porque os sentimentos que ele demonstrava ter por mim pareciam ser sinceros.Queria acreditar...porque eu estava amando ele.— Amor, fala alguma coisa, por favor? - a voz dele me trouxe para o “agora” e eu arrepiei com a aproximação dele — Me diz o que eu tenho que fazer, me deixa te reconquistar, só...diz o que eu tenho que fazer.Eu o encarei por exatos dez segundos. Ele estava tão perto, tenho certeza de que se eu me aproximasse, mais um pouco, sentiria os batimentos rá
Isabella Foorbes Depois de ter comido o café da manhã com a Lia, ou melhor, depois da Lia ter comido o meu café da manhã, eu subi para o quarto do David. A intenção era apenas tomar um banho e ir embora. Por sorte David e Alan haviam avisado a minha mãe de que eu iria dormir fora, hoje tive apenas que lidar com as reclamações dela por ter dado trabalho aos meninos.Mas ué, se não for para dar trabalho aos amigos, a quem daremos? Ouch!Assim que eu cheguei em frente a umquarto bem específico, bati duas vezes, mas não obtive resposta, então eu entrei.Durante todo o percurso da cozinha até o quarto do David, eu repassei o plano na minha cabeça.Roubar uma camisa dele, afinal eu deveria fazer isso pelo menos uma última vez. Ele tinha tantas camisas que nem ligaria, pegaria um short ou saia minha, que deveria ter jogada em algum canto pelo closet dele, tomaria um banho rápido e sairia dali.Um plano rápido e que deveria ser fácil, não?Entretanto tudo mudou quando eu entrei no quarto e en
David Wilston— Tudo bem - eu me levantei e coloquei a toalha branca em cima da pia - Eu vou pedir para a Lia te acompanhar no banho, então - Isabella não me respondeu, apenas continuou encarando a parede — Você pode dormir aqui no meu quarto hoje. Amanhã você volta para a sua casa, quando estiver melhor.— Eu não quero dormir aqui com você. Eu... - Isabella virou o rosto e me encarou. O rosto dela estava vermelho, talvez pela bebida, ou muito provavelmente pelo choro. Ver ela assim me machucou. Muito. E o que veio a seguir, foi muito pior — Eu não quero, nunca mais- uma lágrima escorreu pela bochecha dela — Não te quero nunca mais perto de mim, David.— Bella, por favor! - eu implorei. Estava com medo.Muito medo de perder ela. De perder o meu ninho que criei com ela, medo de perder o meu lar. — Como teve coragem de falar aquilo tudo pra mim? - dessa vez quem estava chorando era eu, enquanto sentia o meu coração se apertar — Disse que eu venderia o meu corpo para o meu amigo - ela so
David Wilston— Gay? Você acha mesmo que eu vou cair nessa?— Estamos falando sério, David! Raúl é meu namorado.— Não, não. Não venham com esse papo pra cima de mim.— Preconceito, cara? - o tal do Raúl perguntou.— Lógico que não! - o encarei — Mas é que isso seria a primeira desculpa que um homem inventaria só para o namorado da "amiga” não desconfiar dele.— Ah meu Deus! David, você é muito chato mesmo. Isabella tem toda razão.— E-Ela me chamou de chato?— Cara! Ela te xingou a noite inteira. Desde o primeiro copo, até o último - ele deu risada, mas parou assim que o Alan o encarou e cruzou os braços.— Olha, eu juro que não é nenhum tipo de preconceito, ok? É só que... - levei minhas mãos até o meu cabelo e os joguei para trás — Isso ainda é difícil de acreditar.— Não vou ficar aqui implorando para você acreditar no que está bem óbvio na sua frente, mas eu só quero que saiba de uma coisa - continuei prestando atenção nele — ao mesmo tempo em que ela ficou te xingando, ela também