Assim que voltei para o quarto hospitalar, minha mãe cruzou os braços e deixou um bico se formar em seus lábios. — Vai ter que me levar nas costas - ela ditou. — Nossa! Até parece uma criança - ri. — É sério, filha, me deixa ficar aqui. Ele falou que a gente não precisa pagar nada e… — Mãe! - chamei a atenção da mais velha. — Desculpa! - ela abaixou a cabeça - Só estou lhe dando trabalho, não é? — Mãe, não diz isso. Eu me aproximei dela e deitei ao seu lado, naquela cama grande e espaçosa. Ali era realmente confortável, muito mais do que a do antigo hospital. — Você tem vinte e quatro anos. Deveria estar saindo com as suas amigas para se divertir aos sábados à noite. Deveria namorar, também. — Mas eu preciso cuidar da senhora. — Por isso digo que só estou lhe dando trabalho. Eu a abracei e dei um beijei na testa dela. — Eu estou bem, tá? Eu só preciso que a senhora fique bem, também. — Promete que mesmo que eu esteja em tratamento, deitada em uma cama, você ainda vai s
— E aí, coroa! - Sebastian entrou no escritório, cumprimentando o nosso pai e se jogando na cadeira do mesmo. — Você vai ver o coroa, quando eu te jogar da janela, garoto. Sebastian e eu rimos. Meu pai quando quer, é legal e divertido, mas em oitenta por cento do tempo ele é durão e chato, ainda mais quando se trata de assuntos da empresa ou do casamento dele com a mamãe. Eles não estavam se dando tão bem assim há alguns meses. — Sentem-se, vamos começar. — Seremos apenas nós três? - Sebastian questionou. — Não. A equipe de marketing está subindo. — Certo! - Meu irmão começou a mexer nos papéis que estavam na frente dele. A reunião até que não durou muito, pois já estávamos falando desse mesmo assunto pela sexta vez somente nesta semana. E quando aquela reunião chegou ao fim, eu acompanhei o Sebastian até a sala dele. — Senta aí. Você me disse que queria conversar comigo. O que era? — Já achou uma secretária? — Ainda não. Vou começar a procurar semana que vem. Me dá dor d
Eu estava na casa do Heitor há umas três horas, e queria sair dali, porque eles apenas esqueceram da minha existência e começaram a se agarrar do nada. Como estava acontecendo naquele exato momento. Rose estava em cima do Heitor e os dois estavam se beijando. Será que eu estava invisível ali? Será que o suco que eles haviam me oferecido tinha me deixado invisível? Tá, tinha um gosto horrível, mas acho que ele não tinha esse poder, era só falta de açúcar mesmo. Assim que ela se levantou um pouco, notei que o Heitor estava ficando excitado com aquilo. Rapidamente desviei o olhar, mas foi algo que eu não pude deixar de notar. — Quer saber? Eu estou indo embora - coloquei o copo em cima da mesinha de centro e peguei a minha bolsa. — Já? Fica mais um pouco. — E presenciar vocês transando? Querem que eu grave? - os dois riram. Assim que Rose se levantou, Heitor logo puxou a almofada para cima dele. — Vai para onde com essa pressa toda de se livrar de mim? - minha amiga me questionou
O resto do dia para mim foi tranquilo. Felizmente não tive nenhuma reunião hoje. Quando saí do meu escritório já era quase uma hora da manhã, provavelmente eu seria o último a sair hoje, mas me surpreendi quando saí e vi a minha secretária com a cabeça deitada sobre o teclado. — Maya? - chamo pela mesma e ela resmunga um pouco antes de acordar assustada. — Sim, senhor! — São meia noite e cinquenta e sete. Já não deveria estar em casa há duas horas atrás? — Desculpa. É que faz alguns minutos que eu acabei aquele relatório e... — Maya, eu te disse que isso não era urgente. Você ainda tinha seis dias para terminá-lo. — Mas preferi acabar ele hoje - ela sorriu. Maya poderia ser um pouco atrapalhada em relação a minha agenda, mas eu não deixava de reparar no quão esforçada ela era — Então amanhã de manhã eu envio ele para o seu e-mail. — Tudo bem, mas agora vamos sair, já é tarde. Lembre-se que você também precisa comer e dormir direito. — Pode ir na frente. Eu ainda preciso
David não demorou nada. Assim que se aproximou de mim, ele me puxou para um beijo. A sensação de ter ele ali, me beijando era boa, mesmo com a ponta do seu nariz gelada, me causando arrepios. Eu levantei as minhas mãos e comecei a passar pelos braços dele. Estavam gelados. — Você é louco - digo desfazendo o beijo - Poderia ter colocado um casaco mais grosso. — Estava com pressa. Nem pensei nisso na hora. Eu dei risada e apenas o puxei para dentro de casa, fechando a porta em seguida. — Eu ia fazer um chocolate quente pra mim, você quer? — Espera aí, eu não lembro de ter vindo atrás de chocolate quente - ele formou um biquinho nos lábios e eu dei risada. — Veio atrás do que, então? - pergunto mesmo já sabendo a resposta. — De você. David colocou a mão na minha cintura, e me puxou para outro beijo. Dessa vez mais intenso e demorado. — O que deu em você, para vir assim do nada? São duas e vinte e cinco da manhã. Nosso encontro não era só no jantar? — Quer saber mesmo o
David Wilston Eu sentia ela se mover em cima de mim e a cada toque que ela fazia em cima do meu membro, eu arfava. Ouvi o barulho de algo sendo aberto. — Bella? O que é isso? Não ouvi mais nada. Apenas senti quando algum líquido caiu sobre a minha barriga, me fazendo contrair o meu corpo, pois o mesmo estava gelado. Logo senti as mãos dela espalharem algo pelo meu abdômen. Ela deslizou as mãos por dentro da minha blusa e passou os dedos nos meus mamilos, fazendo eu soltar alguns gemidos. — Gatinho? — Oi. — Posso tirar a sua calça? — Bella, eu estou algemado na sua cama. Se eu falar que "não", vai ser em vão, porque você está no comando agora. E por Deus, tudo o que eu mais quero agora é que você a tire. Ouvi ela rindo e em seguida saindo de cima de mim. Alguns segundos depois eu senti os dedos dela, agarrarem a barra da minha calça, foi quando eu levantei um pouco a minha cintura e permiti que ela tirasse a minha calça, me deixando apenas de cueca. Ela voltou de novo pa
Antes de sair do quarto dela, eu coloquei novamente a minha camisa, pois já estava começando a sentir frio. Em seguida eu desci a escada e a encontrei na pequena cozinha. — Cheguei - anunciei a minha chegada. — Senta aí. Vamos comer - Eu balancei a cabeça e me juntei a ela na mesa de quatro cadeiras - Acho que não é nada comparado ao banquete que você deve ter em casa, mas garanto que está gostoso. — Eu quase nunca como em casa. — Por que não? — Sebastian, meu irmão mais novo, e eu não crescemos com o acompanhamento dos nossos pais, então éramos só ele eu na mesa. Aquilo depois de um tempo ficou chato, não tínhamos mais conversa. — Então vocês dois não se dão bem? — Não, na verdade a gente se dá super bem. Por volta dos meus quinze anos, ele tinha doze, cansamos de ser apenas nós dois ali. Então começamos a comer fora depois do colégio com uns amigos, às vezes era só nós dois mesmo. Mas era melhor do que ficar naquela mesa e lembrar dos dois irresponsáveis que nos colocara
Ela não parava de chorar. Eu só queria abraçar ela e dizer que estava tudo bem. Que eu fui um completo babaca, e deveria ter parado quando ela pediu. — Bella, me desculpa. Eu...Ela pegou o copo e jogou no chão, quebrando o mesmo. — Sai da minha casa. — Não, calma - eu tentei novamente me aproximar dela — Me desculpa, me desculpa mesmo, eu não queria…— Sai da minha casa, David. — Espera, se acalma um pouco e…Ela apenas colocou a mão no meu peito e começou a me empurrar para trás antes mesmo que eu pudesse encostar nela. — Anda! Ela começou a andar rapidamente até a sala. Eu a acompanhei, mas na intenção de tentar acalmá-la. Ela mal conseguia girar a chave para abrir a porta, já que sua mão estava tremendo, e acho que ela acabou se cortando, vi uma linha de sangue escorrer pela sua mão direita. — Você se machucou? - tentei pegar a mão dela, mas ela se afastou abrindo a porta apontando para a rua. — Vai embora - ela ditou. — Bella, por favor, me desculpa. Eu prometo não tocar