Isabella FoorbesIdiota. Era isso que eu era.David estava lá, de novo, me fazendo mais juras de amor e eu simplesmente estava quieta, ouvindo tudo, porque eu queria acreditar nelas, por mais que aquelas palavras, de ontem, tenham mesmo me machucado, eu queria acreditar em tudo, de novo.Queria acreditar porque eu estava amando a relação que David e eu estávamos tendo antes da briga, era sobre confiança. Queria acreditar porque ele me parecia o certo em meio a tantas coisas incertas que me cercavam.Queria acreditar porque os sentimentos que ele demonstrava ter por mim pareciam ser sinceros.Queria acreditar...porque eu estava amando ele.— Amor, fala alguma coisa, por favor? - a voz dele me trouxe para o “agora” e eu arrepiei com a aproximação dele — Me diz o que eu tenho que fazer, me deixa te reconquistar, só...diz o que eu tenho que fazer.Eu o encarei por exatos dez segundos. Ele estava tão perto, tenho certeza de que se eu me aproximasse, mais um pouco, sentiria os batimentos rá
David Wilston— Me ajuda, pelo amor de Deus - assim que Isabella saiu da minha casa, eu recorri a única pessoa que, na minha opinião, conseguiria me ajudar.— Faça o que ela falou, passeio de helicóptero, jantares românticos - ela ia balançando a cabeça de um lado para o outro enquanto se concentrava em passar pasta de amendoim em um pão.— Ela só falou isso como um exemplo, mas eu quero fazer mais, Lia.— Faça mais então.— Mas eu não sei do que vocês gostam, por isso estou aqui lhe implorando, Lia Sanchez. Pelo amor de Deus, me ajuda ou eu vou surtar - ela riu e pegou mais pasta de amendoim, dessa vez levando a colher até a boca.— Surte sozinho então.— Sebastian, morde ela! — Virei cachorro agora? - ele bateu no meu braço e foi em direção a sala. Lia o seguiu e eu segui os dois.Ela continuou me ignorando enquanto se sentava no sofá ao lado do namorado, com o pão em uma das mãos. Sebastian olhou pra mim e riu, ele estava mexendo no celular e agora fazendo carinho nas coxas da namo
Isabella Foorbes Fazia uns trinta minutos que eu havia chego em casa e nem tinha tomado banho ainda. Até a conversa que eu teria com a minha mãe eu tive que adiar, já que Lia havia me ligado no meio do caminho e estávamos conversando até agora. Ela me ligou muito brava e enquanto eu descia do ônibus ainda ouvi ela discutindo sobre alguma coisa com o Sebastian. Eu não queria estar ali, presenciando a briga deles e muito menos ouvir ela dizendo, para ele, que iria fazer grave de sexo enquanto ele continuasse sendo bonzinho com "aquela mulher".E aqui estávamos nós agora, quase completando cinquenta minutos de ligação. Lia continuava a me contar sobre o que tinha acontecido trinta minutos depois que eu saí da casa deles. Ok, alguém tinha chegado. Uma mulher, pelo jeito. E além de deixar David desconfortável, ela ainda havia causado alguns desentendimentos entre Lia e Sebastian. — David nunca me contou que a amante do pai dele era louca por ele - eu respondi a Lia, enquanto focava em r
Isabella FoorbesE de tudo que eu poderia estar fazendo agora, estar tocando a campainha da casa do David, com uma bolsa cheia de roupas nas costas, não estava nos meus planos.Lia, realmente, conseguia tudo o que queria apenas com a merda de uma ligação, e minha mãe do outro lado também. Depois da segunda ligação que Lia havia feito comigo, na noite anterior, eu liguei para o David e o avisei que iria até lá de manhã. Então na noite passada eu já deixei tudo organizado.Ele não entendeu de primeira e eu apenas pedi para que ele continuasse sem entender nada e que apenas acordasses cedo para me receber. Por Deus, a minha vontade era de matar a Lia.David se ofereceu para me buscar em casa e me levar para tomar café da manhã em algum restaurante, e por mais que eu quisesse aceitar aquele convite e ter a chance de poder entrar no Quinse Palace, eu apenas recusei e disse a ele que o daria a chance de levar café da manhã na cama para mim. Ele riu, claro, mas falou que tentaria ser o mais
— Isabela FoorbesForam pouco mais de quarenta e cinco minutos de viagem para chegarmos até o Hotel que o David havia reservado. Era um Hotel cinco estrelas, e as minhas expectativas eram altas. Ele em nenhum momento ficou totalmente relaxado. Era sempre um olho na estrada e outro nas minhas mãos que estavam no volante. Claro que eu havia mentido, minha habilitação não estava suspensa, mas eu adorei ver os olhinhos dele arregalados. Eu morria de rir com os comentários dele.— Bella, acabamos de passar por uma viatura e eu fiz contato visual com a policial.— Eu vi que tinha um policial nos olhando, também, e você só reparou na policial? - semicerrei os olhos e olhei para ele por alguns segundos, tempo o suficiente para vê-lo corar — Chegamos! - ouvi ele resmungar um “graças a Deus!” — Ah, eu nem dirigi tão mal assim, David - revirei os olhos e abri o porta malas.— Quer ir na frente e pegar a chave do nosso quarto? - ele perguntou enquanto descia do carro — Eu pego as bolsas.— Não, p
Pensar na minha vida com e sem o David nela, havia virado rotina, sabe? Eu me sentia boba. Ainda não era algo no qual eu poderia contar para a minha mãe ou para a Rose, pelo menos não como tudo começou. A primeira impressão que tive do David foi de um homem forte, bom, mimado - claro - e mulherengo, muito mulherengo. Além de lindo. Essas foram as primeiras coisas que pensei a respeito dele, e bem, eu não errei em nenhuma parte. David era isso e muito mais - vamos tirar a parte do mulherengo agora, ok? - Ele era gentil, carinhoso, atencioso e muito educado. Eu poderia dizer que ele era o tipo ideal para as garotas? Talvez sim, talvez não. Na maioria das vezes, David parecia um personagem tirado de algum livro ou de algum filme. Tinha momentos no qual ele era romântico demais, engraçado demais, fofo demais, ou teimoso demais, como estava acontecendo agora. Estávamos em Coney Island, uma península do Brooklyn, a cerca de uma hora de trem de Manhattan, e a cerca de quarenta minutos de
Isabella Foorbes era uma mulher de vinte e quatro anos, que assim como outras, adorava moda. Ela tinha uma listinha de desejos a serem realizados durante a sua vida. O primeiro de seus quatro desejos, era conseguir pagar o tratamento de sua mãe, que agora era a sua maior prioridade. O segundo, era conseguir realizar o desejo de ser modelo. O terceiro, ter a oportunidade de um dia, ser mãe, e para isso, teria que conseguir realizar o seu quarto e último sonho: viver um grande amor. Ela pensou que seus últimos dois desejos seriam realizados assim que encontrou alguém especial há alguns anos atrás, mas infelizmente, o destino foi cruel demais e tirou a vida do homem que jurou amá-la para sempre. Desde então, Isabella achou que nunca seria feliz novamente. °°°°°° Eu estava em uma sorveteria, parei para descansar um pouco depois das três entrevistas fracassadas que tive este dia. Hoje foram apenas três, mas se contar o tanto de entrevistas que fiz durante esse último mês, eu já poderia c
Desde que a minha mãe foi diagnosticada com câncer, eu tenho evitado sair de casa e comecei a passar mais tempo com ela. Me permitia sair apenas para fazer entrevistas ou ir ao mercado. Falando em entrevista, eu teria que resolver o que iria fazer. Menti para a Rose quando disse que uma empresa havia se interessado no meu currículo. Não tinha empresa nenhuma, muito menos alguém que estivesse interessado em mim. Entretanto, ontem a noite, enquanto eu pesquisava sobre vagas de trabalho, acabei clicando em um site que me chamou bastante atenção, admito. E mesmo que ele fosse errado, eu não poderia sair escolhendo um bom emprego, se ninguém queria me dar uma chance. Minha mãe estava dependendo de mim agora. O tratamento dela custava muito mais do que nós poderíamos pagar. — Mãe, cheguei - digo em um tom um pouco alto, para que ela escute. Deixei a minha bolsa no sofá e subi para o quarto dela - Está no quarto? - continuei sem receber nenhuma resposta dela - Mãe? Assim que cheguei no