Antes de sair do quarto dela, eu coloquei novamente a minha camisa, pois já estava começando a sentir frio. Em seguida eu desci a escada e a encontrei na pequena cozinha. — Cheguei - anunciei a minha chegada. — Senta aí. Vamos comer - Eu balancei a cabeça e me juntei a ela na mesa de quatro cadeiras - Acho que não é nada comparado ao banquete que você deve ter em casa, mas garanto que está gostoso. — Eu quase nunca como em casa. — Por que não? — Sebastian, meu irmão mais novo, e eu não crescemos com o acompanhamento dos nossos pais, então éramos só ele eu na mesa. Aquilo depois de um tempo ficou chato, não tínhamos mais conversa. — Então vocês dois não se dão bem? — Não, na verdade a gente se dá super bem. Por volta dos meus quinze anos, ele tinha doze, cansamos de ser apenas nós dois ali. Então começamos a comer fora depois do colégio com uns amigos, às vezes era só nós dois mesmo. Mas era melhor do que ficar naquela mesa e lembrar dos dois irresponsáveis que nos colocara
Ela não parava de chorar. Eu só queria abraçar ela e dizer que estava tudo bem. Que eu fui um completo babaca, e deveria ter parado quando ela pediu. — Bella, me desculpa. Eu...Ela pegou o copo e jogou no chão, quebrando o mesmo. — Sai da minha casa. — Não, calma - eu tentei novamente me aproximar dela — Me desculpa, me desculpa mesmo, eu não queria…— Sai da minha casa, David. — Espera, se acalma um pouco e…Ela apenas colocou a mão no meu peito e começou a me empurrar para trás antes mesmo que eu pudesse encostar nela. — Anda! Ela começou a andar rapidamente até a sala. Eu a acompanhei, mas na intenção de tentar acalmá-la. Ela mal conseguia girar a chave para abrir a porta, já que sua mão estava tremendo, e acho que ela acabou se cortando, vi uma linha de sangue escorrer pela sua mão direita. — Você se machucou? - tentei pegar a mão dela, mas ela se afastou abrindo a porta apontando para a rua. — Vai embora - ela ditou. — Bella, por favor, me desculpa. Eu prometo não tocar
Sebastian WilstonQuando saí do quarto do David, eu passei na cozinha, bebi um pouco de água e voltei para o meu quarto. Lia, a minha namorada, estava dormindo agarrada ao meu travesseiro. Eu sinto que posso passar horas e horas encarando essa mulher, que ainda assim, não tem um ângulo em que ela não fique perfeita. Eu caminhei até a cama de casal e me deitei ao seu lado, pegando o meu travesseiro de volta e jogando os seus braços em cima de mim. Eu gostava de dormir assim, bem agarradinho com ela. Na manhã seguinte, Lia e eu fomos os primeiros a acordar e juntos preparamos o nosso café da manhã, enquanto eu contava a ela tudo o que rolou naquela madrugada. — Nossa! A garota deve estar triste mesmo. — Amor, você como mulher, acha que o que ele fez foi tão errado assim? A ponto dela não perdoar ele?— Amor, eu acho que ele pegou pesado sim. Ele poderia ter ficado quieto na hora. Ela disse que queria mudar de assunto, então ficou claro o quanto ela estava desconfortável com aquela co
Isabela Foorbes— Desculpa, Isa, mas o único sorvete que tenho em casa é de creme - Heitor voltou para a sala depois de ter revistado o freezer atrás de sorvete de chocolate. — Tudo bem, Heitor. Eu fico com o de creme - peguei o pote e a colher que estavam com ele - Obrigada. — Se importa se eu for tomar um banho? É que a Rose pode chegar a qualquer momento, e a gente combinou de ir ao parque. — Ah, vocês vão sair? - pergunto meio triste, pois aquilo significava que eu iria ficar sozinha. Sozinha e sem sorvete de chocolate. — Sim - ele sorri - Acho que ela só inventou isso para não visitar os meus pais hoje - eu sorri. — Tudo bem, então. Pode ir tomar o seu banho. Se ela chegar eu digo que você está no quarto. — Obrigado. Ele subiu as escadas e eu liguei a televisão. De vez em quando, me pegava encarando o celular. Será que a Rose já entregou o celular pra ele? Com certeza sim. Então por que ele não me mandou uma mensagem? Será que ele desistiu de mim? Eu fui tão grossa assim?
Isabella Foorbes David esperou eu arrumar a minha bolsa, coisa que foi bem rápido, apenas separei algumas roupas e peças íntimas, além de um kit de higiene pessoal. Ele me informou que iríamos passar no mercado antes de ir para a sua casa. Eu apenas concordei e entrei no carro quando o mesmo abriu a porta para mim. Eu mandei mensagem para a minha mãe. Segundo ela, o médico iria fazer uma pilha de exames, então acabou que eu nem conseguiria ver ela hoje. Então marquei de ir amanhã, sem falta. David e eu estávamos no mercado. Enquanto eu olhava os ingredientes que iríamos comprar para fazer o jantar, ele lotava o carrinho com biscoitos, chocolates e cerveja. — Não sabia que você tinha esse lado criança - aponto para os chocolates e os biscoitos. — E quem disse que só crianças podem se entupir de doces? - Eu ri. — Acho que já pegamos tudo. — Não. Falta mais uma coisa. — O que? — Ali - aponta para o outro lado do mercado - Me segue - Eu apenas concordo e ando ao lado dele, enquant
Isabella Foorbes Por sorte, na fila do caixa, eu passei bem rápido. Dei conta também, de que David havia pego doces demais. Depois de pagar as compras e guardar a nota fiscal dentro de alguma sacola, eu as organizei no carrinho e saí do mercado. Coloquei todas as quinze sacolas no porta malas do carro e entrei no mesmo. Eu esperaria ali pelo David. Alguns minutos depois, ele bateu com o dedo na minha janela, indicando que já estava ali. Então eu abri a porta dele e o mesmo entrou, mas antes, deixando algumas sacolas brancas no banco de trás. — Decidiu levar a loja toda? - eu brinquei. — Quase - ele riu e colocou o cinto - Cadê a chave? — Aqui - eu entreguei pra ele. — Obrigado - ele ligou o carro e nós saímos de lá. — Ah, já que você está dirigindo, me dê a sua carteira para guardar o seu cartão. — Deixe-o aí com você. — Não. É melhor colocar ele na sua carteira. — Estando na minha carteira ou na sua, não importa, a gente sempre estará junto. Se eu precisar dele, eu te peço.
— Ainda não acredito que chegamos bem no momento em que eles estavam quase sem roupa na sala - resmunguei assim que me joguei em sua cama. David riu do meu comentário e colocou minha bolsa em uma poltrona preta. — Sebastian é assim. Às vezes esquece que tem um quarto. — David? - ele me olhou - Pode pegar um pouco de água pra mim? — Bella, eu preciso de um banho agora - ele abriu um botão de sua camisa e levou as mãos até o cinto da calça, o abrindo - Pode ir pegar, não precisa ficar com vergonha. — Não é vergonha, é medo de descer lá e dar de cara com eles transando - ele riu. — Se eu conheço o Sebastian, ele já está no quarto. — Será? — Sim. Desce lá e toma a sua água, aproveite e pegue uma coisa para mim. — O que? — Um copo com gelo. — Com água? — Não! Só um copo com gelo mesmo - ele sorriu - Apenas isso, Bella. — Tudo bem - eu estranhei o pedido, mas dei de ombros. Talvez ele fosse beber alguma das vadias bebidas que ele tinha no quarto dele. Desci os degraus daquela es
David Wilston Eu me afastei dela, e a ajudei a terminar de tirar aquela blusa rasgada e o short que ela usava. Eu apenas tirei a minha camisa e me levantei. Fui até o pequeno frigobar que tinha ali no quarto e peguei uma garrafa de whisky, logo me servindo um pouco da bebida dentro do copo que ela trouxe com gelo. Virei com tudo aquela dose de whisky, e enquanto me servia de mais uma dose, meus olhos se encontraram com o da Isabella. Ela se arrumou na cama, prendeu o cabelo e ficou me encarando. — Deixa eu provar? - ela perguntou. Eu fechei a garrafa e caminhei até a cama, com o copo na mão, vez ou outra bebendo um pouco. — Você bebe? — Não - ela se ajoelha na cama e vem até mim - Mas eu posso provar de outro jeito. Ela me puxou pelo braço e me beijou, sua língua explorava cada canto da minha boca, do mesmo jeito que a sua mão percorria o meu corpo. Para encerrar o beijo, ela puxou o meu cabelo, separando nossas bocas. — Até que não é tão ruim - ela passou a língua pelos lábio