Andrew Hernandez é um jovem CEO que construiu seu império com determinação e uma pitada de perigo. Entre o poder das armas e sua fixação por Lia, uma jovem marcada pelas adversidades impostas pelo avô, Andrew descobre que certas paixões podem ultrapassar limites. Sua obsessão o leva a aceitar o impensável: um casamento forçado. Mas até onde ele está disposto a ir para tê-la ao seu lado? Uma história de amor, poder e sacrifício, onde o desejo e as escolhas moldam o destino de dois corações em mundos opostos.
Ler maisMarcus saiu pela porta me deixando sozinho para ver o encaminhamento dos negócios. Estava olhando para tela quando Lucca entrou pela porta, mas antes ele educadamente bateu nela.— Entre! — Avistei ele entrando, Lucca caminhou até a minha mesa, — Sente-se, como anda a vida? — pergunto a ele, Lucca é um amigo de anos, mantemos contato e agora ele faz parte dos nossos negócios.— Minha vida tá na mesma, UMA MERDA… — Ele sorri, — mas e a sua? Ansioso para o casório? — ele pergunta me fazendo sorrir.— Ainda não caiu a minha ficha, não estou nada ansioso e sim nervoso, mal sei o que esperar. — falo pensativo. — Mas sei que levarei a minha esposa para minha casa esse final de semana, sobre isso não há dúvidas.— Ta apaixonado cara? — ele pergunta olhando-me confuso, Lucca como o meu irmão também já quebrou a cara, mas ele quebrou a cara com a minha falecida irmã.— Não sei se é essa a palavra certa, na boa penso que é demais falar apaixonado, tô empolgado isso, sim, afinal nunca esperei ta
— Você tinha 1 tonelada de armas, além da sua pessoal e não conseguiu se safar dos caras? — Marcus sorri argumentando. — Realmente se é tão despreparado não da para ficar a frente do nosso carregamento. Onde está seu neto? — ele argumenta e o velho enrijece a face, sou detalhista, ele tenta não demonstrar o quão insatisfeito está conosco, mas percebo.— Ele… está doente, por isso não veio esses dias. — E minha noiva? — pergunto querendo saber de Lia. — ela ainda está adoentada? Esteve no médico? — Pergunto e ele se nega.— Senhor, já estou pagando a carga, lhe dei a mão da minha neta, e penso que isso paga já que é o meu bem mais precioso, estou colocando meu tesouro em suas mãos para que meu erro seja perdoado. — ele ainda argumenta me fazendo perceber que só pondera estar na frente do caminhão de cargas, ainda finge ser carinhoso já que sei que não é, ainda continuo o ouvindo e percebendo que ele não respondeu meus questionamentos. — Seremos parentes, pode me dar mais uma oportunid
AndrewEstava no galpão após passar o dia na empresa preso aos novos contratos, mas enfim tive tempo para vir aqui depois de um tempo por fora, estava só monitorando de longe. Os nossos negócios andam muito bem e trazendo muito lucro, não negarei, isso me fascina, dar gosto em poder estar tão perto de armamentos de primeira e visando todo lucro que estamos tendo, estou no céu. Mas nem tudo está perfeito, o meu pai marcou uma reunião comigo para quando ele voltar de viagem e citou o advogado da família, espero que não tenhamos problemas, afinal respondo por um processo na justiça brasileira e penso que o motivo do contato com o advogado seja isso.Para o estresse do meu irmão o último carregamento está atrasado e ele faz questão de mostrar que nada passa desapercebido e deixa todos em choque com o seu modo de ser.— Não quero ouvir nenhuma merda de desculpa que sai da porra dá tua boca… quero saber porque estava deitado, em vez de descarregar a carga e ficar de olho na chegada da próx
Assim que saí do quarto da Lia, o meu neto Bruno estava na porta bancando o guarda, não sei quando perdi a ligação com esse rapaz, eu jurei a mim mesma que ele seria um rapaz do bem, tranquilo, como o meu filho era, mas ele é totalmente ao contrário do que eu queria que fosse. Olhei para ele o repreendendo, ele já sabendo argumentou.— A senhora fica a passar a mão na cabeça dessa vadia e depois ela foge de casa sem pensar em você, te deixa para trás sem olhar para trás, pare de bancar a boba passando a mão na cabeça dessas cobras que você pensa que te amam. — ele fala como se fosse dono da verdade, Bruno ainda finge que me respeita, mas na maioria das vezes ele age como se eu não fosse nada dele, mas sou, eu o criei e sempre exigi respeito. Penso que ele de tanto ele observar o seu avô fazer o que quer ele pensa que tem o direito de fazer o mesmo.— Você olhe lá como fala, ela é considerada, sua irmã, não fale dela assim, tenha respeito por ela. — ele sorriu sem me dar moral, sempre
Quando descobri a suas infidelidades decidi que partiria, iria embora com o meu filho, estava disposta a criá-lo sozinha e tinha certeza que os meus pais me ajudariam, afinal eles nunca viraram as costas para mim mesmo eu sendo tão ingrata, mas foi aí que descobri o homem que me casei, o homem que fiz tudo para estar ao seu lado, que jurei amor eterno, ele não era quem eu imaginava, já ouviu que as aparências enganam? Descobri isso sozinha e senti na pele a sua fúria, Rubens não aceitou que eu partisse, ele dizia que me amava e que eu seria dele até o fim dos meus dias, mas nunca mais acreditei em seu amor, nem ao menos em suas palavras e penso que não era mesmo para acreditar. Foram longos anos de tortura e desilusão até que eu aprendesse que não adiantaria de nada fugir dele, pois, sim, eu fugi e não foi só uma vez, mas não adiantava, para onde quer que eu fosse ele sempre me encontrava e me trazia de volta a vida de cárcere. Na última vez entrou em conflito com os meus pais chegand
Minha avó entrou no quarto e fechou a porta após meu primo sair, para minha sorte Bruno ainda finge que respeita ela ou eu estaria perdida nessa casa, ele faz o que quer aqui, e quando meu avô não está ele se acha o homem da casa. Não sei o que é pior ele ou meu avô, pelo menos meu avô se dedica a manter-se longe do meu quarto e da Léa, já o Bruno faz questão de entrar e sair quando bem entende.Eu estava frustrada com a ligação ao Miguel, queria saber o que está acontecendo, e o porquê da sua mãe falar tudo isso, ela sabe de nós e sempre foi contra assim como o meu avô que soube no susto, mas a mãe dele… diria que ela me odeia, e faz questão de manter o Miguel bem longe de mim. Mas agora estou aflita com o que ouvi dela, só se passa em minha mente que o meu avô tem algo a ver com o sumiço dele, meu deus, será que meu avô pôde fazê-lo algum mal mesmo sabendo que a sua família tem muita influência na cidade? — O que foi Lia, por que está com essa carinha de preocupada? — Minha avó me
Dias depois…LiaOs hematomas estão mais ausentes nos meus dias. Eu gostaria de pensar que isso é resultado de uma mudança de atitude do meu avô, que ele está menos rude e mais amigável. Mas, infelizmente, o verdadeiro motivo é que ele fez duas viagens a trabalho, o que me deu um breve fôlego. Quando está em casa, sua tranquilidade levanta suspeitas, principalmente para minha irmã. Ele anda muito… como posso dizer… muito calmo, e para quem está acostumado com seu gênio explosivo, é mesmo estranho.Não sou o tipo de pessoa que acredita em mudanças. Tenho aquela mentalidade de que pau que nasce torto não se endireita. Também desconfio das atitudes do meu avô, mas penso que ele está assim por saber que a data do casamento está se aproximando.Não contei a ninguém, nem mesmo à minha irmã, que é contra, mas minha amiga Larissa está tentando fazer uma ponte entre mim e Miguel. Tem sido difícil, já que nem ela sabe onde ele está. Ela perguntou a várias pessoas, mas todas dizem que não o veem
Continuação...Minha avó entrou no quarto com o prato em mãos. Eu adoro sua comida, assim como adoro cozinhar. Foi ela quem nos ensinou a fazer de tudo em casa, desde limpar até preparar refeições. Dificilmente há algo que eu não saiba fazer, porque sempre foi meu passatempo quando não estava na faculdade. Agora, nem isso posso frequentar. Sinto-me decepcionada por estar privada desse esforço que tanto lutei para conquistar.Lembrando das minhas aventuras na cozinha, penso em Miguel. Durante nossa fuga, preparei alguns pratos para nós. Comidas simples, já que não tínhamos dinheiro para banquetes, mas ele adorou. Fez vários elogios, e posso dizer que sei realizar ótimos pratos graças à mulher à minha frente, que sempre foi tão dedicada a nós.Hoje, no entanto, algo estava diferente. Não me senti bem com o aroma da comida que tanto amo — arroz com strogonoff. Ao sentir o cheiro, meu estômago resmungou. Fiz uma careta e me virei de lado para evitar olhar.— Vovó, não quero. — Falei com j
LiaQueria eu que esse tormento acabasse, mas, pelo que conheço do meu avô, isso é só o começo. Infelizmente, ele só pensa em si mesmo, e não há nada nem ninguém que o faça mudar. Coitada da minha avó, que ainda tem esperanças — algo que eu já perdi há muito tempo. Uma coisa, porém, é certa: ela é a única pessoa que ele ainda escuta (às vezes). Talvez porque estejam casados há mais de 50 anos, e ela tenha aceitado a lavagem cerebral que ele impõe. Minha avó não ousa imaginar a vida sem ele, o mandatário Rubens. Um homem com a coragem de usar a própria neta como moeda de troca para quitar suas dívidas. Um calhorda. (Espero que ele nunca me ouça dizer isso.)Quando criança, sempre sonhei com o meu casamento. Na minha mente, seria o dia mais feliz da minha vida, inesquecível. Mas meu avô tratou de apagar esse sonho da minha cabeça. Sempre tive uma imaginação fértil, até boba, como diz minha irmã. Eu me via como uma princesa aprisionada em um castelo sombrio, e meu avô era o bruxo da minh