Dia seguinte…A noite realmente passou voando; passamos a madrugada toda em um bar bastante movimentado. Lá pude perceber que não sou a única a ter ciúmes. Letícia quase se envolveu em uma briga com uma mulher audaciosa que constantemente insinuando para seu marido. Depois disso, as coisas acalmaram.Acabei mencionando para ela sobre a ideia maluca da minha irmã de se mudar para São Paulo a todo custo, e ela compartilhou que entende esse sentimento porque já viveu a mesma vontade de mudar de cidade. Ela até mencionou que se minha irmã de fato for para lá, pode procurá-los. No entanto, conheço bem minha irmã e sei que ela dificilmente fará isso, a menos que realmente seja necessário. No entanto, ela disse que se minha irmã acabar em São Paulo, ela estará de olho nela. Isso me traz um pouco mais de tranquilidade, embora eu ainda sinta receio por ter minha irmã longe. Mas como Letícia mencionou, é melhor deixá-la seguir seus sonhos do que prender suas asas. Não faço ideia do que motivou
Chegamos à casa da Dona Louise, que nos recebeu com um bolo delicioso e um café fresquinho que ela tinha acabado de fazer.— Boa tarde, vó. — Me aproximei e beijei a mão da avó Louise.— Oi, meu filho. Que alegria vê-los.— Oi, vó. Agora é assim, né? O neto preferido é ele e não eu?— Vocês todos, minha linda. Venham dar um beijo na sua velha.— E aí, Domingos. Tudo tranquilo?— Tudo certo, patrão. Na normalidade.— Ótimo, obrigado. E continue de olho em tudo.— Sim, senhor Hernandez. — Domingos assentiu, nada melhor do que meu braço direito, chefe da segurança em minha família a anos fazendo a segurança da avó Louise, e para ajudar eles se dão muito bem, ele tem sido um companheiro a ela que posso dizer que nem se lembra da existência ou da partida para o infer'no Rubens que ainda não engoli.— Oi, oi, oi, mana, cunhado! Como estão? — Léa desceu as escadas e logo abraçou meu amor com força.— Boa tarde, cunhada. Como vai? — Ela sorriu. Vejo Léa como uma garota boa e espontânea, mas t
Uma semana depois… Despedida de LéaLiaHoje é o dia da partida da minha irmã, Léa, meu coração está em pedaços. A sensação de vê-la partir, seguindo seu próprio caminho, é ao mesmo tempo, dolorosa e orgulhosa.Passamos toda esta semana juntas, relembrando as memórias boas, que por acaso são mais recentes, já que o passado carrega mais lembranças dolorosas do que felizes. No entanto, o que realmente importa é que tudo isso já passou. Ela compartilhou comigo os motivos que a levaram a querer viver longe daqui. Eu tento entender, mas ainda assim é difícil para mim assimilar sua partida. Ela implorou que eu não contasse a ninguém, é doloroso saber que ela passou por tanto sofrimento. No entanto, isso só ressalta o quão forte ela é. Ela se blindou contra tudo e todos, e agora consigo enxergar claramente o porquê dela ser tão reservada e se manter na sua própria bolha.Pela manhã, acordei cedo, pois combinamos de nos despedir dela. Lucca e Ellen a levariam de carro até São Paulo. Minha irm
Eu e Andrew voltamos para casa após passarmos um tempo conversando com seus pais sobre a teimosia do Marcus, que insiste em voltar para casa. Seu pai ainda não confia plenamente em sua recuperação, por estarem preocupados. Sabem que a tal da Belly voltará a procurá-lo e não confiam que o Marcus conseguirá se afastar dela caso isso aconteça.Fomos para a área de lazer e nos deitamos.— Por que seus pais têm tanta desconfiança em relação ao Marcus? — ele sorriu de canto de boca.— Anjo, meu irmão é teimoso, mas sua maior qualidade é ser excessivamente protetor. Mesmo que a Belly brinque com os sentimentos dele, como ela costuma fazer, ele não hesitaria em ajudá-la se algo acontecesse a ela. Essa é a maneira dele, nada consegue mudar esse teimoso.— E se apresentarem outra moça a ele?— Acha que não tentamos isso? Ele tem uma preferência pelas mulheres do tipo, “Belly”, infelizmente essa é a realidade. Ele não sabe lidar com mulheres comuns. Ele é ríspido e muitas vezes grosseiro. Sabe q
PROLOGORodolfo (LIVRO CONTRATO COM O CEO ARROGANTE)Estava na empresa, prestes a ir embora, já morrendo de saudades da minha família. Sim, me tornei um amante nato da minha casa e dos meus. Fiquei até um pouco mais tarde esperando Andrew, que havia me ligado dizendo que viria até aqui, mas minha paciência já estava no limite. Terminava de fechar meu computador para sair quando o safad0 do Andrew entrou na minha sala.— Até que enfim a margarida resolveu aparecer. — Cumprimentei, com um tom sarcástico, enquanto ele sorria.— Caramba, a margarida precisa de uma conversa contigo.— Fala aí, senta.— Valeu, cara. Tô enlouquecendo.— Porra, conseguiu me deixar curioso. — Sorri enquanto servia uma bebida para nós dois. Andrew é um homem calculista, sabe lidar bem com as emoções e consegue ser frio em situações adversas. Mas, naquele momento, ele parecia tenso. — Conta aí, o que aconteceu?— Estou prestes a me casar, como te falei. — Olhei para ele surpreso. Então não era invenção. Mas fiqu
LiaMinha vida nem de longe se parece com um conto de fadas, mas estou prestes a mudar isso. Estou cansada de viver nesse circo de horrores em que o palhaço central e mandatário é meu avô. Por isso, decidi fugir.Estava em um beco próximo à faculdade quando meu celular tocou. Ainda era o horário em que normalmente saio das aulas, mas hoje eu não fui. Burlei os seguranças do meu avô, mas tenho certeza de que, neste momento, eles já estão à minha procura, junto com aquele louco e tarado do meu primo, que insiste em agir como se fosse meu dono. Ele faz isso apenas na minha frente, já que o meu avô jamais aceitaria. Afinal, eu já estou noiva de um desconhecido. Sim, noiva de um homem que vi uma única vez na vida, no meu próprio noivado.Meu celular tocou novamente, e vi o nome da minha irmã mais velha, Léa, no visor.LIGAÇÃO— Onde você está, Lia? Ficou louca? O Bruno já está atrás de você, e o vovô também! — Meu coração quase saiu pela boca de medo de ser encontrada antes que Miguel chega
Andrew HernandezAs notícias que recebi não são muito agradáveis. Minha noiva está doente, e o casamento teve que ser adiado por alguns dias. Não gostei da ideia, mas ainda tenho uma vida inteira para usufruir com ela… pelo menos é o que espero. Não que eu seja paciente, porque definitivamente não sou, ainda mais com essa história de oferecer um contrato (ideia idiota do meu amigo Rodolfo). Não sei se estou batendo bem da cabeça, mas, para evitar problemas maiores, decidi esperar até estarmos casados. Se estou certo ou não? Não faço ideia.Caralho, pensa comigo: e se a danada resolver não permitir que eu me aproxime? Se ela decidir me evitar, o tempo passará e, no final, terei que deixá-la livre?Não sou medroso... Mas porra, também não sou de ferro.A impaciência tomou conta dos meus dias. Estou louco para ter minha princesa ao meu lado. Lia não sai da minha cabeça, e olha que ela nunca sequer falou comigo. Tudo que ela faz é me evitar, já que mal me conhece. Até penso que seja por me
Marcus ainda estava em minha frente, citando o casamento do Rodolfo, que começou com um contrato nupcial. Será que ele está tentando me animar? Não sou iludido e sei separar as coisas. Não é porque deu certo para o Rodolfo que dará certo para mim. Tenho isso em mente, afinal, a esposa dele não foi forçada a se casar pelo crápula do avô.— Acha que esse contrato de 2 anos vai ser uma boa? — pergunto, ainda cheio de dúvidas.— Sabe que não concordo. Se ela for traiçoeira, em dois anos você estará morto. Se eu fosse você, também casaria com separação total de bens. — Sorri. Meu irmão deve achar que sou trouxa, só pode.— Tenho treinamento. Não pense que uma mulher vai me derrubar assim. Sou louco por ela, mas não burro.— E treinamento contra um coração enganoso? Você tem, otário? — Ele fala debochando.— Você é negativo demais, caralho. Como pode isso? Falta de mulher? Não tem mais ânimo na vida, não?— Muita falta. Mas nem com mulher da vida eu me envolvo mais. A última foi suficiente.