AndrewEstava no galpão após passar o dia na empresa preso aos novos contratos, mas enfim tive tempo para vir aqui depois de um tempo por fora, estava só monitorando de longe. Os nossos negócios andam muito bem e trazendo muito lucro, não negarei, isso me fascina, dar gosto em poder estar tão perto de armamentos de primeira e visando todo lucro que estamos tendo, estou no céu. Mas nem tudo está perfeito, o meu pai marcou uma reunião comigo para quando ele voltar de viagem e citou o advogado da família, espero que não tenhamos problemas, afinal respondo por um processo na justiça brasileira e penso que o motivo do contato com o advogado seja isso.Para o estresse do meu irmão o último carregamento está atrasado e ele faz questão de mostrar que nada passa desapercebido e deixa todos em choque com o seu modo de ser.— Não quero ouvir nenhuma merda de desculpa que sai da porra dá tua boca… quero saber porque estava deitado, em vez de descarregar a carga e ficar de olho na chegada da próx
— Você tinha 1 tonelada de armas, além da sua pessoal e não conseguiu se safar dos caras? — Marcus sorri argumentando. — Realmente se é tão despreparado não da para ficar a frente do nosso carregamento. Onde está seu neto? — ele argumenta e o velho enrijece a face, sou detalhista, ele tenta não demonstrar o quão insatisfeito está conosco, mas percebo.— Ele… está doente, por isso não veio esses dias. — E minha noiva? — pergunto querendo saber de Lia. — ela ainda está adoentada? Esteve no médico? — Pergunto e ele se nega.— Senhor, já estou pagando a carga, lhe dei a mão da minha neta, e penso que isso paga já que é o meu bem mais precioso, estou colocando meu tesouro em suas mãos para que meu erro seja perdoado. — ele ainda argumenta me fazendo perceber que só pondera estar na frente do caminhão de cargas, ainda finge ser carinhoso já que sei que não é, ainda continuo o ouvindo e percebendo que ele não respondeu meus questionamentos. — Seremos parentes, pode me dar mais uma oportunid
Marcus saiu pela porta me deixando sozinho para ver o encaminhamento dos negócios. Estava olhando para tela quando Lucca entrou pela porta, mas antes ele educadamente bateu nela.— Entre! — Avistei ele entrando, Lucca caminhou até a minha mesa, — Sente-se, como anda a vida? — pergunto a ele, Lucca é um amigo de anos, mantemos contato e agora ele faz parte dos nossos negócios.— Minha vida tá na mesma, UMA MERDA… — Ele sorri, — mas e a sua? Ansioso para o casório? — ele pergunta me fazendo sorrir.— Ainda não caiu a minha ficha, não estou nada ansioso e sim nervoso, mal sei o que esperar. — falo pensativo. — Mas sei que levarei a minha esposa para minha casa esse final de semana, sobre isso não há dúvidas.— Ta apaixonado cara? — ele pergunta olhando-me confuso, Lucca como o meu irmão também já quebrou a cara, mas ele quebrou a cara com a minha falecida irmã.— Não sei se é essa a palavra certa, na boa penso que é demais falar apaixonado, tô empolgado isso, sim, afinal nunca esperei ta
PROLOGORodolfo (LIVRO CONTRATO COM O CEO ARROGANTE)Estava na empresa, prestes a ir embora, já morrendo de saudades da minha família. Sim, me tornei um amante nato da minha casa e dos meus. Fiquei até um pouco mais tarde esperando Andrew, que havia me ligado dizendo que viria até aqui, mas minha paciência já estava no limite. Terminava de fechar meu computador para sair quando o safad0 do Andrew entrou na minha sala.— Até que enfim a margarida resolveu aparecer. — Cumprimentei, com um tom sarcástico, enquanto ele sorria.— Caramba, a margarida precisa de uma conversa contigo.— Fala aí, senta.— Valeu, cara. Tô enlouquecendo.— Porra, conseguiu me deixar curioso. — Sorri enquanto servia uma bebida para nós dois. Andrew é um homem calculista, sabe lidar bem com as emoções e consegue ser frio em situações adversas. Mas, naquele momento, ele parecia tenso. — Conta aí, o que aconteceu?— Estou prestes a me casar, como te falei. — Olhei para ele surpreso. Então não era invenção. Mas fiqu
LiaMinha vida nem de longe se parece com um conto de fadas, mas estou prestes a mudar isso. Estou cansada de viver nesse circo de horrores em que o palhaço central e mandatário é meu avô. Por isso, decidi fugir.Estava em um beco próximo à faculdade quando meu celular tocou. Ainda era o horário em que normalmente saio das aulas, mas hoje eu não fui. Burlei os seguranças do meu avô, mas tenho certeza de que, neste momento, eles já estão à minha procura, junto com aquele louco e tarado do meu primo, que insiste em agir como se fosse meu dono. Ele faz isso apenas na minha frente, já que o meu avô jamais aceitaria. Afinal, eu já estou noiva de um desconhecido. Sim, noiva de um homem que vi uma única vez na vida, no meu próprio noivado.Meu celular tocou novamente, e vi o nome da minha irmã mais velha, Léa, no visor.LIGAÇÃO— Onde você está, Lia? Ficou louca? O Bruno já está atrás de você, e o vovô também! — Meu coração quase saiu pela boca de medo de ser encontrada antes que Miguel cheg
Andrew HernandezAs notícias que recebi não são muito agradáveis. Minha noiva está doente, e o casamento teve que ser adiado por alguns dias. Não gostei da ideia, mas ainda tenho uma vida inteira para usufruir com ela… pelo menos é o que espero. Não que eu seja paciente, porque definitivamente não sou, ainda mais com essa história de oferecer um contrato (ideia idiota do meu amigo Rodolfo). Não sei se estou batendo bem da cabeça, mas, para evitar problemas maiores, decidi esperar até estarmos casados. Se estou certo ou não? Não faço ideia.Caralho, pensa comigo: e se a danada resolver não permitir que eu me aproxime? Se ela decidir me evitar, o tempo passará e, no final, terei que deixá-la livre?Não sou medroso... Mas porra, também não sou de ferro.A impaciência tomou conta dos meus dias. Estou louco para ter minha princesa ao meu lado. Lia não sai da minha cabeça, e olha que ela nunca sequer falou comigo. Tudo que ela faz é me evitar, já que mal me conhece. Até penso que seja por m
Marcus ainda estava em minha frente, citando o casamento do Rodolfo, que começou com um contrato nupcial. Será que ele está tentando me animar? Não sou iludido e sei separar as coisas. Não é porque deu certo para o Rodolfo que dará certo para mim. Tenho isso em mente, afinal, a esposa dele não foi forçada a se casar pelo crápula do avô.— Acha que esse contrato de 2 anos vai ser uma boa? — pergunto, ainda cheio de dúvidas.— Sabe que não concordo. Se ela for traiçoeira, em dois anos você estará morto. Se eu fosse você, também casaria com separação total de bens. — Sorri. Meu irmão deve achar que sou trouxa, só pode.— Tenho treinamento. Não pense que uma mulher vai me derrubar assim. Sou louco por ela, mas não burro.— E treinamento contra um coração enganoso? Você tem, otário? — Ele fala debochando.— Você é negativo demais, caralho. Como pode isso? Falta de mulher? Não tem mais ânimo na vida, não?— Muita falta. Mas nem com mulher da vida eu me envolvo mais. A última foi suficiente.
LiaQueria eu que esse tormento acabasse, mas, pelo que conheço do meu avô, isso é só o começo. Infelizmente, ele só pensa em si mesmo, e não há nada nem ninguém que o faça mudar. Coitada da minha avó, que ainda tem esperanças — algo que eu já perdi há muito tempo. Uma coisa, porém, é certa: ela é a única pessoa que ele ainda escuta (às vezes). Talvez porque estejam casados há mais de 50 anos, e ela tenha aceitado a lavagem cerebral que ele impõe. Minha avó não ousa imaginar a vida sem ele, o mandatário Rubens. Um homem com a coragem de usar a própria neta como moeda de troca para quitar suas dívidas. Um calhorda. (Espero que ele nunca me ouça dizer isso.)Quando criança, sempre sonhei com o meu casamento. Na minha mente, seria o dia mais feliz da minha vida, inesquecível. Mas meu avô tratou de apagar esse sonho da minha cabeça. Sempre tive uma imaginação fértil, até boba, como diz minha irmã. Eu me via como uma princesa aprisionada em um castelo sombrio, e meu avô era o bruxo da minh