Assim que o Duque saiu, levantei-me e tentei pegar a garrafa. Lia ficou parada, mas logo me olhou confusa.— Não, não precisa, eu mesma pego! — disse, estendendo a mão até a garrafa, que estava mais perto dela do que de mim.— Não se incomode. Faço questão! — Lancei-lhe meu olhar mais vibrante e intenso para que ela não insistisse. Mas, ao invés de responder, simplesmente olhou para a porta por onde o chefe saiu, como se quisesse que ele voltasse para jantar conosco.Mesmo assim, peguei o vinho e caminhei devagar, rodeando-a do lado esquerdo até o direito. Abaixei-me e me aproximei o máximo possível.Derramei o vinho em sua taça. Ela estava completamente tímida, imóvel como uma estátua, mas pude sentir seu aroma. Segurei-me para não me distrair e acabar derramando a bebida. Queria pegar sua mão e convidá-la para dançar, mas, se já está tão arredia com a minha presença, imagino qual seria sua reação se fizesse isso. Por mais que eu não tenha medo de levar foras, sempre é constrangedor.
Não sei o que se passa pela sua cabeça, mas já estou intrigado com as reações que Lia demonstra. Ela viu o avô e ficou sem cor, literalmente sem cor.— Quer água?— Vinho! — Ela pede, e de imediato vou até o vinho e trago uma taça para ela.— O que você tem? Está passando mal? Falta de glicose? — Pergunto, tentando entender.— Não é nada.— O que queria falar? — Pergunto, calmo.— Não, não posso! Terei que ir... — Ela colocou a mão na boca. Não entendi o que quis dizer com "terei que ir", mas fiquei intrigado.— Não quer ir embora? Pensei que sairia correndo ao ver o seu avô. — Comento, já que ela se dedicou a ficar calada a maior parte da noite. Ela parecia inerte em seus pensamentos. — Lia? Está tudo bem? — Pergunto, notando que ela respira pesado.Direcionei-me para a porta para pedir que seu avô entrasse e descobrir o que estava acontecendo, mas antes ouvi sua voz.— Não, não o chame, por favor!Olho para ela sem entender. O que ela quer de mim? Mas permaneço parado, ouvindo-a.— D
LiaRaiva. Estou com raiva neste momento. Como ele ousa dizer que eu me declararei a ele mais tarde? Não é possível uma pessoa ter tanto ego assim, como se fosse um homem amável, quando, pelo que sei, ele é exatamente o contrário disso. Notei, sim, que é muito educado e amigável, mas apenas de acordo com seus interesses, e deixou bem claro que sou só um negócio em sua vida. Não sei por que estou abismada com essa atitude, mas tenho certeza de uma coisa: eu jamais me declararei a um homem desse tipo.Não negarei que ele me atrai, mas agora nem sei por qual motivo. Talvez seja porque está muito, muito diferente de quando o vi pela última vez. Desde o momento em que noivamos, evitei ao máximo ir ao trabalho do vovô.Já não gostava de ir lá, e, a partir daquele momento, passei a evitar ainda mais. Mas, de vez em quando, era obrigada. Não queria ficar indo lá vê-lo, ainda mais porque ele mal aparecia no galpão. Na verdade, tomei raiva dele por ser obrigada a isso, mesmo sabendo que a culpa
Antes de entrar no carro, minha irmã se aproximou de mim.— Lembre-se, mana, daqui a dois dias estará livre dele. Livre do Bruno. Penso que seja o melhor acontecimento nesta altura do campeonato.— Sabe que não sou de entregar os pontos. Ainda penso que o senhor Hernandez pode desistir, e se ele fizer isso, o vovô não poderá me culpar.Penso na possibilidade. Não sei o que é pior para mim: casar-me com um sádico ou conviver com o meu avô. Ainda tenho medo do desconhecido, já que meu avô eu já conheço. Estou acostumada com seu modo de ser. São anos nessa vida. Por mais que não seja vantajoso, a gente se acostuma com o sofrimento.— Eu sei. Mas penso que, agora, seria melhor você estar longe dele. Por você e pela sua gravidez.Ela fala, e sinto o pesar em suas palavras. Até agora, não acredito que isso tenha acontecido dessa maneira.— Gravidez! Não me lembre disso! Que mãe serei eu? Como pude fazer isso? Meu Deus… mamãe e papai se envergonhariam de mim.Abraço minha irmã.— Não, Lia. Se
Aqui está o seu texto revisado, mantendo a escrita humanizada e sem modificar o conteúdo:Após a saída dos irmãos, meu avô veio até nós com sua expressão malvada. Sinto meu coração palpitar de medo, mas sei que preciso ser firme. Quem me mandou desacatar o senhor Andrew Hernandez?Meu cérebro entrou em processamento lento, mal sabia o que pensar. Quando senti minha avó me abraçar, percebi que ela também temia. Mas ele simplesmente acenou com a cabeça, indicando que deveríamos ir embora.Que cabeça a minha… É claro que ele não faria nada em um lugar desses.Fomos calados até em casa. Bruno estava de cara fechada e completamente apático. Parece que algo aconteceu. Não sei o que meu avô pretende, muito menos o que o senhor Hernandez conversou com ele, mas logo descobrirei, já que acabamos de chegar.— Maldito! Eu ainda dou um tiro na testa daquele maldito do Lucca! Quem ele pensa que é para falar das minhas atitudes com minha… — Antes que Bruno terminasse de praguejar, meu avô o interromp
AndrewLOUCO! Isso me define, só posso estar louco mesmo para querer tanto assim Lia em minha vida mesmo ela não me dando a menor esperança que será uma boa esposa, mas gosto de desafios e ela será o meu maior até hoje, maior até do que minha maior façanha que foi mexer com tráfico de armas. Ela desperta demais a minha curiosidade, me faz ir além em meus pensamentos, na maioria das vezes as mulheres já mostram o seu interesse de cara, mostram o que sabem fazer, demostram o que são capazes de fazer para atrair a atenção do seu alvo, e são ousadas em seu modo de ser, falo isso das mulheres que já passaram em minha vida, mas Lia não, ela é totalmente diferente, em momento algum demonstra o que quer, o que pretende, nem ao menos demonstra interesse em mim e não sei por que motivos isso me fascina tanto, penso que se eu conseguir sua atenção será o meu troféu para toda a vida.Após trocar breves palavras com Rubens sobre o casamento estendemos a mão em acordo, meu irmão ainda tentou, pergun
Marquei que iria cedo encontrar com meus pais, mas não deu certo já que eles ainda não voltaram de viagem, na verdade, meu pai está segurando minha mãe longe daqui por enquanto, meus pais sabem do meu casamento, por mais que eu não quisesse isso já que antes considerava em apenas trazer Lia para morar comigo quando ela completasse seus 18 anos, não planejava casamento nem nada, penso que seria normal uma namorada vir morar comigo, por mais que fosse a primeira que eu faria isso. Mas o casamento foi um posicionamento do velho, disse querer que a neta se casasse em cartório pelo menos e que herdasse meu sobrenome, antes eu não via empecilho, mas hoje vejo. Porém, ficou decidido que seria assim, a data era imprevista. Antes havíamos combinado que o casamento seria 2 semanas após Lia fazer seus 18 anos, mas com tudo que ocorreu acabou atrasando e peguei meus pais de surpresa com a data, eles não poderão vir, por outro lado, até acho bom já que minha mãe não aceitaria que meu casamento não
Sei que meus pais estão preocupados, mas sabemos que a justiça brasileira é branda, falo isso por ter vivido isso na pele com a perda da Angélica. Tento amenizar para despreocupar meus pais.— A justiça brasileira é muito frágil, pai, mal conseguiu manter um verme que matou minha irmã na cadeia, o cara fez o que fez e não passou nem 24 horas preso. Não se preocupem. Nada deu nada para o filho deles, por que daria pra mim? E vou dizer mais, eles sabem que não dará em nada, é em vão essa tentativa. Não acredito que eles conseguiram ir adiante com isso. Como o filho deles alegou diante da justiça, a morte da minha irmã foi acidental e a dele também foi. — Sorrio enquanto minha mãe se nega apreensiva, ela está sempre com um pé atrás.— Aquela mulher não deixará isso assim filho, e sabe disso. Ela demonstra ódio pela nossa família.— É recíproco, mãe. — respondo de imediato batendo a caneta na mesa. — Não faço questão nenhuma do bem-estar dela, do marido e do filho que ainda lhes restou, p