LiaRaiva. Estou com raiva neste momento. Como ele ousa dizer que eu me declararei a ele mais tarde? Não é possível uma pessoa ter tanto ego assim, como se fosse um homem amável, quando, pelo que sei, ele é exatamente o contrário disso. Notei, sim, que é muito educado e amigável, mas apenas de acordo com seus interesses, e deixou bem claro que sou só um negócio em sua vida. Não sei por que estou abismada com essa atitude, mas tenho certeza de uma coisa: eu jamais me declararei a um homem desse tipo.Não negarei que ele me atrai, mas agora nem sei por qual motivo. Talvez seja porque está muito, muito diferente de quando o vi pela última vez. Desde o momento em que noivamos, evitei ao máximo ir ao trabalho do vovô.Já não gostava de ir lá, e, a partir daquele momento, passei a evitar ainda mais. Mas, de vez em quando, era obrigada. Não queria ficar indo lá vê-lo, ainda mais porque ele mal aparecia no galpão. Na verdade, tomei raiva dele por ser obrigada a isso, mesmo sabendo que a culpa
Antes de entrar no carro, minha irmã se aproximou de mim.— Lembre-se, mana, daqui a dois dias estará livre dele. Livre do Bruno. Penso que seja o melhor acontecimento nesta altura do campeonato.— Sabe que não sou de entregar os pontos. Ainda penso que o senhor Hernandez pode desistir, e se ele fizer isso, o vovô não poderá me culpar.Penso na possibilidade. Não sei o que é pior para mim: casar-me com um sádico ou conviver com o meu avô. Ainda tenho medo do desconhecido, já que meu avô eu já conheço. Estou acostumada com seu modo de ser. São anos nessa vida. Por mais que não seja vantajoso, a gente se acostuma com o sofrimento.— Eu sei. Mas penso que, agora, seria melhor você estar longe dele. Por você e pela sua gravidez.Ela fala, e sinto o pesar em suas palavras. Até agora, não acredito que isso tenha acontecido dessa maneira.— Gravidez! Não me lembre disso! Que mãe serei eu? Como pude fazer isso? Meu Deus… mamãe e papai se envergonhariam de mim.Abraço minha irmã.— Não, Lia. Se
Aqui está o seu texto revisado, mantendo a escrita humanizada e sem modificar o conteúdo:Após a saída dos irmãos, meu avô veio até nós com sua expressão malvada. Sinto meu coração palpitar de medo, mas sei que preciso ser firme. Quem me mandou desacatar o senhor Andrew Hernandez?Meu cérebro entrou em processamento lento, mal sabia o que pensar. Quando senti minha avó me abraçar, percebi que ela também temia. Mas ele simplesmente acenou com a cabeça, indicando que deveríamos ir embora.Que cabeça a minha… É claro que ele não faria nada em um lugar desses.Fomos calados até em casa. Bruno estava de cara fechada e completamente apático. Parece que algo aconteceu. Não sei o que meu avô pretende, muito menos o que o senhor Hernandez conversou com ele, mas logo descobrirei, já que acabamos de chegar.— Maldito! Eu ainda dou um tiro na testa daquele maldito do Lucca! Quem ele pensa que é para falar das minhas atitudes com minha… — Antes que Bruno terminasse de praguejar, meu avô o interromp
AndrewLOUCO! Isso me define, só posso estar louco mesmo para querer tanto assim Lia em minha vida mesmo ela não me dando a menor esperança que será uma boa esposa, mas gosto de desafios e ela será o meu maior até hoje, maior até do que minha maior façanha que foi mexer com tráfico de armas. Ela desperta demais a minha curiosidade, me faz ir além em meus pensamentos, na maioria das vezes as mulheres já mostram o seu interesse de cara, mostram o que sabem fazer, demostram o que são capazes de fazer para atrair a atenção do seu alvo, e são ousadas em seu modo de ser, falo isso das mulheres que já passaram em minha vida, mas Lia não, ela é totalmente diferente, em momento algum demonstra o que quer, o que pretende, nem ao menos demonstra interesse em mim e não sei por que motivos isso me fascina tanto, penso que se eu conseguir sua atenção será o meu troféu para toda a vida.Após trocar breves palavras com Rubens sobre o casamento estendemos a mão em acordo, meu irmão ainda tentou, pergun
Marquei que iria cedo encontrar com meus pais, mas não deu certo já que eles ainda não voltaram de viagem, na verdade, meu pai está segurando minha mãe longe daqui por enquanto, meus pais sabem do meu casamento, por mais que eu não quisesse isso já que antes considerava em apenas trazer Lia para morar comigo quando ela completasse seus 18 anos, não planejava casamento nem nada, penso que seria normal uma namorada vir morar comigo, por mais que fosse a primeira que eu faria isso. Mas o casamento foi um posicionamento do velho, disse querer que a neta se casasse em cartório pelo menos e que herdasse meu sobrenome, antes eu não via empecilho, mas hoje vejo. Porém, ficou decidido que seria assim, a data era imprevista. Antes havíamos combinado que o casamento seria 2 semanas após Lia fazer seus 18 anos, mas com tudo que ocorreu acabou atrasando e peguei meus pais de surpresa com a data, eles não poderão vir, por outro lado, até acho bom já que minha mãe não aceitaria que meu casamento não
Sei que meus pais estão preocupados, mas sabemos que a justiça brasileira é branda, falo isso por ter vivido isso na pele com a perda da Angélica. Tento amenizar para despreocupar meus pais.— A justiça brasileira é muito frágil, pai, mal conseguiu manter um verme que matou minha irmã na cadeia, o cara fez o que fez e não passou nem 24 horas preso. Não se preocupem. Nada deu nada para o filho deles, por que daria pra mim? E vou dizer mais, eles sabem que não dará em nada, é em vão essa tentativa. Não acredito que eles conseguiram ir adiante com isso. Como o filho deles alegou diante da justiça, a morte da minha irmã foi acidental e a dele também foi. — Sorrio enquanto minha mãe se nega apreensiva, ela está sempre com um pé atrás.— Aquela mulher não deixará isso assim filho, e sabe disso. Ela demonstra ódio pela nossa família.— É recíproco, mãe. — respondo de imediato batendo a caneta na mesa. — Não faço questão nenhuma do bem-estar dela, do marido e do filho que ainda lhes restou, p
Manhã do casamento;LiaOs dias tem passado rapidamente. Ontem tive um mal-estar e voltei a sofrer uma convulsão, penso que toda essa situação está me deixando neurótica, minha avó ficou assustada, já que há muito tempo eu não tinha esses ataques de pânico, mas nem isso fez com que meu avô desmarcasse o casamento, por um lado me sinto segura saindo daqui, mas por outro fico com medo por estar deixando minha avó e minha irmã, elas são as pessoas que mais amo na vida, as únicas pessoas que sei que me amam independente das minhas burradas, e por mais que eu não saiba o que esperar desse casamento sei que estarei longe da opressão do meu avô.Hoje minha vida mudará totalmente, e mesmo sendo tão difícil lidar com mudanças estou tentando pensar no melhor, preciso disso ou terei uma síncope, e estou pensando também na saúde da minha avó que já demonstra exaustão.Estava em meu quarto quando Léa entrou toda sorridente, ela está animada e feliz, para ela estou me livrando do cárcere, mas penso
— O que é isso? — pergunto a ele que sorri maleficamente.— Se casará e pelo menos hoje não deixará que ele te toque, mas amanhã irá agir como se tivesse acontecido a conjunção carnal entendeu. — Meu avô fala me envergonhando, me sinto um lixo ouvindo isso, não dava para minha avó está aqui? — O que farei? Não tenho coragem de mentir assim. — Ele sorriu, mas dá para perceber o quanto está nervoso.— Para sua sobrevivência e de todos que ama fará. Ouça. Você irá embebedar o senhor Hernandez, ou simplesmente o sirva uma bebida e coloque esse líquido. Você irá despi-lo, tire tudo, entendeu, se deite com e ele não levante antes dele, entendeu. Deixe ele ver como acordaram. — ele fala enquanto imagino isso, sou incapaz de fazer esse tipo de coisa, mal sei mentir, não gosto nada disso, mas me pergunto o que me acontecerá se eu não obedecer suas ordens. — E sobre a gravidez?— Não sei onde eu estava com a cabeça que não fiz eu mesmo você perder essa praga. Mas penso que ainda teremos como u