“Não são os opostos que se atraem, são as diferenças que se completam” Como água e óleo, era exatamente assim que descreviam Heather e Ethan. Mesmo ambos trabalhando juntos, os dois não se suportavam. Heather provocava até o último segundo Ethan e ele para piorar ainda era seu chefe. Em contrapartida, ele se divertia com a língua afiada e a teimosia de Heather, já ela não suportava o jeito galinha e irônico dele. Nenhum dos dois imaginavam que essa troca de farpas poderia mudar muito rapidamente, mas especificamente, numa confraternização de final de ano. Uma festa movida a bebidas, diversão e brincadeiras, colocará em jogo os reais sentimentos de ambos. Numa brincadeira inocente, dois acabam sendo desafiados a se beijarem e para apimentar mais a situação Ethan propõe que nenhum dos dois podem se apaixonar no percurso. Essa pequena brincadeira colocará muitas coisas em risco. Sentimentos, ego e possivelmente até o emprego de ambos — já que quem perder terá que pedir demissão — além de declarar publicamente a derrota. O jogo está prestes a começar e aconselho a vocês a fazerem suas apostas! Quem será que vai jogar a toalha primeiro? Tente não se apaixonar e falhe miseravelmente!
Ler maisAcordei com o barulho das gargalhadas dos gêmeos e não importava quantas vezes ouvisse aquilo, sempre sorria, sentindo meu coração se aquecer de felicidade e gratidão. Virei para o lado e encontrei uma cama vazia e deduzi que o motivo das risadas das crianças, era algo chamado papai. Me levantei, ainda sentindo meu corpo doer, pelas varias horas deitada na areia, segui até o banheiro que ficava dentro do quarto e avistei algumas roupas em cima da bancada da pia. Não pude evitar o sorriso ao notar o carinho e o cuidado que o Ethan sempre tinha comigo. Ele havia deixado uma muda de roupas para mim e um par de tênis, até porque não havíamos pego nada no carro para vestir hoje. Tomei um banho rápido, quase gemendo de alivio ao sentir a agua quente caindo sob as costas e aliviando um pouco as dores, me vesti rapidamente e desci, encontrando os gêmeos engatinhando pela sala enquanto o Ethan fazia o mesmo, brincando com eles. Devido ao calor, os dois usavam apenas uma camiseta, fralda e u
— Se arrependeu de ter desistido da festa? — Ethan passava os dedos pelas minhas costas, provocando diversos arrepios.— Nenhum pouco. — Murmurei, de olhos fechados e deitada de barriga para baixo no lençol, que por sorte sempre deixávamos um reserva no carro.Ao fundo o barulho das ondas se quebrando servia de trilha sonora para nós dois, no meio de uma praia deserta e a luz do luar.No nosso lugar preferido.Ethan não se importava em estar quase nu, usando apenas sua cueca e eu muito menos, em estar vestida somente com minha calcinha e nada mais.Tínhamos sorte que a praia era definitivamente deserta e quase no meio do nada.Meu corpo inteiro se arrepiava pelo toque dele e o conhecia muito bem para saber que estava me provocando. Fazia quase 1 hora que havíamos transado no carro e ambos estávamos querendo novamente. Elevei levemente a bunda, como num convite e sem precisar verbalizar nada, senti seus dedos escorregando para dentro da minha calcinha e deslizando para dentro da minha
— Você vai sim Ethan! — Não consegui segurar a risada por muito mais tempo enquanto ele xingava e fazia careta.— Mas eu não quero ir! — Ele jogou a cabeça para trás, olhando para cima frustrado.— Mas você perdeu a aposta, não lembra? — A gargalhada escapava com cada xingamento que ele dava, ficando quase impossível manter a concentração no trânsito.— Você ainda lembra disso? — Ele riu, revirando os olhos. — Mas o combinado era ter ido na confraternização do ano passado e nós não fomos.— Porque os gêmeos ficaram doentes. — Rebati sua resposta. Ethan ergueu a mão, levantando o dedo do meio para mim. — Falando nisso, você não esqueceu de nada? — Perguntei, ajeitando o retrovisor e olhar para os dois pequeninos que dormiam profundamente no bebê conforto, no banco de trás.— Pela milionésima vez, não esqueci nada...— Dessa vez né?! — O provoquei, rindo. — Como você conseguiu esquecer a bolsa de um deles em casa, aquele dia? — Gargalhei alto.— Você nunca vai esquecer disso, não é? — E
Nunca pensei que seria tão feliz ao lado de alguém que tem tantas diferenças, sendo quase o oposto de mim.Minha mente se perdeu com todas as lembranças do que aconteceu em um ano depois que os gêmeos nasceram.Depois do nascimento dos gêmeos o Ethan quase me obrigou a tirar habilitação, dizendo ser importante para que eu não dependesse sempre dele, ou de carros por aplicativo. Fui contra a minha vontade na época, mas hoje, me pergunto por que não fiz isso antes?Desde então sempre que posso, pego no volante para dirigir. Nosso porshe deu lugar a um utilitário hibrido de 6 lugares, por conta das crianças e do espaço. Mesmo mudando de carro, o Ethan se recusava a vender o antigo, dizendo que era por apreço emocional, porque foi presente do avô dele. Então o mantínhamos na garagem e Ethan o usava quando saia sem os gêmeos, que era toda sexta, para a noite dos meninos. Que nada mais era do que noite de futebol na casa do Dom, junto com o Blake, o John, o Dane e o Jonas algumas vezes. Aos
Não conseguia parar de olhar para eles, ainda parecia um sonho tudo isso.— Como eles são lindos! — A voz do meu pai me pegou de surpresa.— Você conseguiu vir! — O abracei forte, deixando as lagrimas de felicidade escorrer pelo meu rosto.— Em hipótese alguma, perderia o nascimento dos meus netos. — A voz dele estava embargada, denunciando o choro contido. — Parabéns, filho! — Ele me abraçava forte. — Que você seja para eles um pai melhor, do que fui para vocês. Tenho muito orgulho do homem que você se transformou. — Como se não fosse possível, aquelas pequenas palavras dele me desmontou inteiro.Ficamos abraçados por mais algum tempo, antes de voltarmos a atenção aos dois menininhos que dormiam tranquilamente no berçário do hospital.Meu pai estava de terno, a gravata frouxa no pescoço e a fisionomia de cansado, devido ao fuso horário da viagem. Mas nem isso tirou o imenso sorriso que ele tinha nos lábios, enquanto olhava para os netos dormindo.O restante da família chegou logo dep
Coloquei as bolsas no chão e subi a escada correndo, o mais rápido possível. Coloquei qualquer camiseta que vi e enfiei um tênis nos pés, pegando minha carteira e meu celular que estavam na mesa de cabeceira, enfiando-os no bolso.Desci e vi que ela já não estava no sofá, a porta estava aberta e as bolsas também tinham sumido, corri para fora e quase tive uma sincope ao ve-la colocando as duas bolsas — pesadas — no banco de trás.— Heather! — A repreendi, correndo até o carro e pegando as bolsas de suas mãos. — Porra! Até quase para ganhar neném você continua sendo teimosa. — Joguei a bolsa no banco de trás e a ajudei a se sentar no banco, quase pulando para o banco do motorista.Sorte que o hospital que escolhemos não era muito longe dali. Peguei meu celular no bolso e disquei rapidamente o telefone do nosso obstetra, o Dr. Michael, o avisando sobre o rompimento da bolsa e ele disse que em 20 minutos estaria no hospital.Fiz o mesmo com o Dom.— Espero que alguém esteja morrendo, par
A puxei pela mão, antes que entrasse no closet, recostei na parede e peguei seu rosto com as mãos.— Não me canso de dizer que sou o homem mais sortudo do mundo! — Ela entrelaçou os dedos em meus cabelos com um sorriso bobo nos lábios, que combinava perfeitamente com o meu. — Você é a gravida mais linda que eu já vi. — Deslizei uma das mãos pela barriga dela, fazendo carinho.— Eu te amo, não só por isso... — Ela acariciou a maçã do meu rosto, fazendo a pequena lagrima que escorria por ali, se dissipar com o seu toque. — Mas, por tudo!Deslizei minha mão pelo seu rosto, parando o toque em seu queixo e levantando-o, beijando seus lábios em seguida e tentando transmitir todo meu amor através daquele beijo.Menos de uma hora depois, a campainha tocou e antes mesmo de abrir a porta já dava para saber quem era.— Que furdunço vocês fazem! — Zombei, abrindo a porta e quase sendo derrubado pelo Dom, que por alguma idiotice havia se apoiado nela. — Você é meio tapado as vezes, né irmão? — Bri
— Eles já estão vindo? — Perguntei, ansiosa andando de um lado para o outro pela sala.Iriamos para um restaurante, mas acordei passando mal então ele optou em fazer algo aqui. Dom iria trazer pizza e cerveja, enquanto Abby traria sorvete e torta de chocolate.Iria ter jogo hoje, então meu futuro marido amou a possibilidade de ficar em casa para assistir.— Eles já estão chegando. — Ethan riu, vendo minha ansiedade enquanto levava os presentes que havíamos ganho de natal, para o quarto vago no apartamento, que já estava amarrotado de coisas.Mais da metade dos presentes eram para os gêmeos, a outra parte era dividido entre coisas para nós — roupas, — e utensílios para a nova casa, que ficaria ponta dali uns 2 meses.Alguns minutos depois a campainha tocou e corri para atendê-los. Abby entrou carregando algumas sacolas nas mãos, enquanto John trazia as sobremesas logo atrás dela.— Já que você não pode beber, vou te empanturrar de doces. — Ela disse, rindo enquanto me abraçava.John en
Senti os braços de alguém entrelaçarem minha cintura e lábios quentes beijarem minha boca, me despertando do transe.Ethan me abraçava forte, tirando meus pés do chão enquanto beijava meus lábios com amor. Coloquei as mãos em seu rosto e senti as lagrimas dele escorrendo pela face.— Dois meninos, meu amor! — Ele falava eufórico e emocionado, tudo ao mesmo tempo.Todos pulavam de alegria.— Sabia que eram meninos! — Abby gritava, provocando os outros enquanto ria, cheia de emoção também.A única que permaneceu sentada foi minha avó, devido a idade ela comemorava no sofá mesmo. Balançando os braços e rindo, enquanto as lagrimas também escorriam pelo seu rosto.Estávamos todos emocionados e felizes, tão felizes que era impossível conter tudo isso.Alice me abraçou forte, me parabenizando pela descoberta e notei que seus olhos estavam marejados de emoção. Meu peito se apertou ao pensar que ela poderia nunca passar por isso.Como se tivesse lido meus pensamentos, ela balançou a cabeça, fi