Meu irmão Dom era uma comédia, e ouvi-lo tagarelando de como eu e a Heather acabaríamos juntos, me fazia rir dessa possibilidade totalmente improvável.
Não que eu não a achasse bonita, pelo contrário, ela tinha uma beleza maravilhosa. Assim que a vi entrando pela cafeteria, com seus cabelos castanho claro, reluzindo parecendo ouro e seus olhos azuis que pareciam espelhos do céu. Eu poderia dizer que me apaixonei de imediato. Mas eu sabia que não era homem para ela. Não vou negar que não a cantei, pois eu fiz muito isso por quase 1 ano completo. E em todas as minhas investidas ela negava, mesmo seu corpo dizendo totalmente o contrário, sua boca falava um não atrás do outro.Eu sabia o motivo, eu sou o tipo de homem que não fica com uma mulher só, tive alguns breves relacionamentos e nos poucos que eu me entreguei, eu sai machucado. Então preferi me entregar a vida de cachorro por completo e assumir o que eu sempre fui.Hoje vejo a Heather como funcionária e amiga, alguém do qual eu posso ser quem eu sou, sem fingir que sou alguém totalmente diferente só para conquistar. Nunca vou leva-la para a cama, isso é a única coisa do qual eu tenho plena convicção.— Para de palhaçada Dominic! — repreendi meu irmão aos risos. — Já disse que isso é impossível Dom... — eu terminava de colocar as coisas na cafeteira para fazer o cappuccino de caramelo dele, quando a Heather entrou.Atrasada como sempre. Confesso que eu amava deixa-la puta da vida, provocava até arrancar um xingamento dos lábios rebeldes dela, sempre me arrancando uma risada.E hoje não foi diferente. Ela ficou puta comigo e eu achei graça nisso.— Dez minutos só hoje Heather... — eu ainda a repreendia, enquanto me apertava atrás dela para entregar a bebida de Dom, que estava rindo da situação.O cheiro de baunilha de seu cabelo, preencheu minhas narinas, me deixando levemente desconcertado por alguns minutos e fazendo meu corpo se acender de uma maneira desconhecida para mim. Balancei discretamente a cabeça, repudiando os pensamentos que tentavam se instalar em minha mente. E todos eles impuros.Decidi voltar minha atenção ao que eu fazia melhor: trabalhar! O som de sua risada me chamou atenção e olhei discretamente para ela, a vi rindo de algo com o meu irmão Dom. Ele era apaixonado por ela a quase 1 ano e nunca teve coragem de se declarar, deixando o sentimento reprimido dentro de si. Eles formavam um belo casal, tinha que admitir. Dominic fazia o tipo romântico, totalmente o meu oposto, não que eu não fosse, mas até o momento não via necessidade disso. Para mim amor era uma grande baboseira. A maior química que me importava era a que eu tinha entre quatro paredes.O sino da porta me despertou de meu devaneio, avisando que os primeiros clientes do dia estavam entrando.Dom não contava, era de casa já.— Você vai hoje lá maninho? — Dom perguntou antes de sair. Só confirmei com um jóia e ele saiu pela porta.— Heat... — antes de terminar de pronunciar seu nome ela já estava na frente das novas clientes. E que clientes. Eram duas morenas extremamente gostosas. Me inclinei sob o balcão, apoiando os braços e deixando as tatuagens a mostra. As duas me olhavam enquanto faziam os pedidos e eu claramente dei muita bola para ambas. Um ménage a trois cairia muito bem hoje.Heather me passou os pedidos e fui rapidamente prepara-los, antes de finalizar peguei um mini bloco de notas que eu tinha embaixo do balcão com o meu número de telefone anotado. Sempre deixava algumas páginas dele com meu número, exatamente para essas ocasiões. Arranquei uma página e dobrei discretamente, entregando na mão da morena mais alta, que tinha os olhos com de âmbar mais lindo que eu já havia visto.— Caso tenha interesse... — olhei para as duas. — Podem me ligar, estou sempre disponível. — ambas riram e eu dei uma piscadela para elas, as fazendo corar as bochechas e morderem o lábio.Ah como é bom ser agraciado com o dor da lábia.Assim que as duas saíram da cafeteria e voltei a atenção para a Heather, me deparei com mais duas gostosas.Eita que meu dia começou melhor do que o esperado.Me aproximei do balcão onde as duas estavam. Fiquei admirando ambas, uma morena e a outra loira, duas combinações perfeitas para mim. A morena ainda exibia diversas tatuagens pelo corpo, algumas dava para ver e outras despertava somente a curiosidade.— Caralho! — murmurei baixinho para que elas não ouvissem. — Que gostosa essas duas! — mordi levemente o lábio inferior, tentando saciar o tesão. Pelo revirar de olhos da Heat ela tinha escutado minha depravação.Heather terminou de pegar o pedido delas e me entregou.— Preparo com o maior prazer o pedido delas. — peguei o pequeno papel e fui preparar as bebidas, enquanto a Heather pegava os donuts delas.Resolvi jogar meu charme para ambas, a morena não gostou muito, mas a loira se derreteu. Dessa vez não entreguei meu número para nenhuma delas. Por falta de oportunidade.— Sua cama deve ser pior que cama de motel... Misericórdia! — Heat tentou me atingir enquanto voltava para o balcão principal.Resolvo provoca-la um pouco. Como um leão se preparando para o abate de sua vítima, me aproximo delicadamente dela, até ficar com o corpo quase colado em suas costas. Abaixo minha cabeça até a altura do seu pescoço.— Quer ir lá pra tirar a prova? — seu cheiro de baunilha invade minhas narinas novamente, me fazendo quase perder os sentidos. Aperto a cintura dela delicadamente, consigo sentir seu corpo ficando tenso e sua pele se arrepiando com o meu toque.Ah eu causo algum efeito nela também.— Tenho certeza que não vai se arrepender! — sussurro baixinho em seu ouvido e fico tentado a beijar seu pescoço, mas me repreendo dessa vontade.Heather me dá um tapa na mão e se afasta bruscamente de mim. Igual diabo fugindo da cruz. Mas no caso o diabo sou eu mesmo! Decido parar de importunar a Heather. Por enquanto!O resto do dia passou como um borrão, entrando um cliente atrás do outro, até o horário de fechamento da cafeteria. Quando o relógio bateu 18:00 horas cravadas a Heather quase arrancou o avental e se jogou na cadeira do salão principal, que ficava na frente do caixa. — Porra! Havia me esquecido o quanto era corrido em época de confraternização de fim de ano. — ela reclamava enquanto eu terminava de fechar o caixa. Contando nota por nota para ver se batia com o valor em sistema. Era a parte que eu menos gostava de fazer. Enquanto a respondia, senti seus olhos sob mim, me avaliando e eu daria tudo para saber o que se passava na cabeça dela. Não me imaginava me envolvendo com a Heather, por mais que as vezes batia aquela atração. Eu sabia que nosso envolvimento não daria certo, no fim ela sairia magoada e eu pediria demissão da cafeteria, pois não teria clima para continuar trabalhando no mesmo local. Ethan Carter não era homem de uma mulher só. Terminei de fechar o caixa e no camin
Assim que desliguei o carro e o barulho do motor cessou, apoiei a cabeça sob o volante e fechei os olhos. — Mas que porra que você está fazendo Ethan? — me recriminei pelos pensamentos que torturavam minha mente e nenhum deles eram sadios. Depois de alguns minutos tentando recompor minha sanidade mental, resolvi descer do carro e subir até meu apartamento. Assim que bati a porta, peguei o cigarro do bolso dianteiro da calça e o acendi. Dei uma tragada lentamente, soltando aos poucos a fumaça em formato redondo pela boca, eu adorava brincar com a fumaça dessa forma. Fui até a sacada e me sentei na cadeira de palha que tinha lá, apoiando os pés sob a mesinha de centro enquanto fumava meu cigarro. Assim que bati o filtro sob o cinzeiro senti meu celular vibrando, peguei-o do bolso e vi que era uma mensagem do Dom. “A festa começa as 20:00 horas! Vou te passar o endereço, é próximo da sua casa.” Com todo esse turbilhão de pensamentos havia me esquecido da festa. Eu estava realmente p
Entrei pela porta igual cachorro farejando um cheiro conhecido, parei no batente da cozinha assim que avistei as duas. Abby preparava doses de tequila para ambas, Heather ria enquanto conversava com sua amiga. Ela estava vestindo uma saia, curta e justa que acabava menos de um palmo abaixo da sua bunda, um body preto de costas abertas e uma sandália de salto nos pés. Os cabelos estavam soltos e ainda úmidos, provavelmente devido ao banho recém tomado, seu rosto não carregava mais as feições leves de antes, agora estavam maquiadas, a deixando mais gostosa do que eu pensei que era. Ela estava com postura de mulher, uma mulher que eu nunca na vida imaginei que veria. Pelo fato da diferença de idade entre eu e ela, de 8 anos, eu tendo 35 anos e ela 27 anos, nunca pensei que a veria sem as roupas básicas do serviço e vê-la assim, despertou algo desconhecido em mim. Abby estava gostosa como sempre, vê-la de vestido vermelho e curto, me traziam lembranças muito boas sobre ela. Principalmen
Ela foi a primeira a desviar, seguiu até um balcão de madeira com algumas bebidas e voltou com um copo cheio de algo cor de rosa, com um canudo de mesma cor dentro. — Veio sozinho? — Abby me tirou do meu foco de tentação. — Não... — balancei a cabeça discretamente, tentando recobrar o pouco de juízo que ainda tinha. — Na verdade vim... — Abby me olhava confusa. — Dom me convidou, mas eu vim sozinho de carro. Encontrei com ele depois aqui na festa. E você? Trouxe o Peter? — ergui uma sobrancelha para ela, que caiu na risada. — Claro que não! — ela me deu um tapa no braço. — Peter e eu não temos nada, não tem porque trazê-lo aqui. Vim com a Heather. Ela precisava sair um pouco, se divertir, beijar na boca e quem sabe transar... — essa última parte me pegou em cheio bem no ponto de mais desejo. — Entendi... — me aproximei do ouvido dela e sussurrei baixo. — Vocês vão brincar do jogo das garrafas? — assim que voltei a olhá-la, seus olhos brilharam. — Vão fazer aqui? — ela deu pequeno
A conversa com a Abby fluía de uma forma natural, ela é uma mulher extremamente cativante, engraçada e muito inteligente, com uma língua afiadíssima — para muitas coisas — nunca ficava por baixo em situações de estresse. E a melhor parte, ela lidava bem com o fato de nós dois sermos somente sexo um para o outro. — Então vamos jogar? — Dom chegou por trás, quase me deixando surdo. — O porra! — coloquei a mão livre no ouvido, tentando diminuir o zumbido deixado pelo seu grito. — Fala baixo caralho! — quando me virei o vi abraçado com a mesma mulher que eu peguei no começo da festa. Meu meio sorriso levantou, a fazendo rir e em seguida sorrir também. — Patrice, prazer! — ela esticou a mão para mim e eu apertei. — Ethan, o prazer é, meu... — ambos rimos novamente. — Dom arranjou uma gata para passar a noite. — deu um tapa com um pouco mais de força em seu ombro, afim de descontar minha quase surdez nele. — Milagres acontecem mesmo! — eu e as meninas rimos, e Dom me mostrou o dedo do m
Sentir os lábios dele nos meus, era como sentir o calor de um dia de verão. Me aquecia de dentro para fora. Entrelacei meus dedos em seus cabelos, nossos corpos se pressionavam um contra o outro. Pedindo, implorando por mais daquele toque. A cada toque da sua língua com a minha, eu me sentia mais familiarizada com seu beijo e ansiava por mais disso. Suas mãos desceram delicadamente até minha bunda e um arrepio percorreu cada centímetro de mim quando seus dedos tocaram a pele exposta da minha coxa. Soltei um gemido longo e sôfrego entre os lábios. Seus dedos cravaram nas minhas coxas, enquanto ele me levantava e pressionava meu corpo contra a parede do pequeno cômodo. Entrelacei minhas pernas em volta de sua cintura e já conseguia sentir sua ereção pressionando entre minhas pernas. Nossas respirações aceleradas e os batimentos desenfreados se misturavam junto com os gemidos roucos que ele soltava de segundo em segundo. Ele estava chegando ao delírio, junto comigo. Nosso beijo ficou m
Eu quase implorava mentalmente para que dessa vez ele me deixasse de fora disso. — Te desafio a pular na piscina só de cueca. — Ethan se levantou. — Eu topo! Se você pular junto... — Dom se levantou no mesmo instante. — Só se for agora! — todos se levantaram e o acompanharam até a área externa. A festa ainda rolava no mesmo alvoroço de antes. A área externa estava cheia, dando muita platéia para os dois. Coisa que o Ethan amava! Assim que os dois começaram a se despir, os gritos aumentaram, principalmente das mulheres. E era a primeira vez que eu via o Ethan quase pelado e confesso que as curvas de cada parte do seu corpo, me causaram um arrepio e uma quentura no meio das pernas. Olhei para cima e respirei fundo, tentando retomar meu auto controle novamente. — Pode babar mais amiga... Ele é gostoso né? — Abby deu uma batidinha em meu queixo, me fazendo fechar a boca que só notei que estava aberta naquele momento. — Disso você sabe muito bem né Abby? — levantei uma sobrancelha
Seus olhos encaravam meus lábios com tanto desejo, que parecia a coisa mais apetitosa do mundo para ele. Ethan balançou a cabeça de um lado para o outro e respirou fundo, como se quisesse reprimir a vontade que estava de me beijar. E eu não sabia se o agradecia por isso, ou se o xingava. — Se um dia você for minha... — ele voltou a olhar em meus olhos. — Eu quero que seja porque você quer! E não porque estou te provocando para que aceite. — ele riu, possivelmente da cara de espanto que eu estava fazendo no momento. — Eu sei o que você pensa sobre mim e concordo que está coberta de razão. Ethan Carter não vale o ar que respira! — ele deu de ombros. — Mas se um dia você parar na minha cama que parece ser de motel... — comecei a rir, por ver que ele se lembrava da minha provocação de mais cedo. — Que seja porque você quer está lá e não porque foi levada pelas circunstancias de uma aposta, ou de um momento como esse. — ele tirou a mão do meu rosto, causando um formigamento no lugar. — E