Entrei pela porta igual cachorro farejando um cheiro conhecido, parei no batente da cozinha assim que avistei as duas. Abby preparava doses de tequila para ambas, Heather ria enquanto conversava com sua amiga. Ela estava vestindo uma saia, curta e justa que acabava menos de um palmo abaixo da sua bunda, um body preto de costas abertas e uma sandália de salto nos pés. Os cabelos estavam soltos e ainda úmidos, provavelmente devido ao banho recém tomado, seu rosto não carregava mais as feições leves de antes, agora estavam maquiadas, a deixando mais gostosa do que eu pensei que era. Ela estava com postura de mulher, uma mulher que eu nunca na vida imaginei que veria.
Pelo fato da diferença de idade entre eu e ela, de 8 anos, eu tendo 35 anos e ela 27 anos, nunca pensei que a veria sem as roupas básicas do serviço e vê-la assim, despertou algo desconhecido em mim.Abby estava gostosa como sempre, vê-la de vestido vermelho e curto, me traziam lembranças muito boas sobre ela. Principalmente de nós dois pelados em cima da cama, no andar de cima do apartamento da Heather. O dono do apartamento era um conhecido meu e numa dessas idas até a casa dele para uma social básica, movida a bebida, mulheres e sexo, acabei esbarrando na Abby pelos corredores. E o restante já imaginam não é. Aquela loira faz coisas tenebrosas com a língua, de deixar qualquer um louco. Peter que o diga também, o dono do apartamento. Eles estavam se envolvendo, um pouco mais sério do que eu pensava. Deixando nossas transas somente nas lembranças.Heather fazia caretas enquanto bebia a primeira dose de tequila, aos risos elas repetiram isso por mais quatro vezes, finalizando sempre com o limão. Ver a Heather com o limão entre os lábios, o chupando, acendeu um desejo dentro de mim. Desejo esse que percorreu meu corpo quase todo, parando no volume entre as minhas pernas. Passei os dedos pelos cabelos e resolvi me distanciar daquilo.Eu não sabia o que estava acontecendo, mas iria acabar já!Dei a volta pela casa e encontrei a bagunça acontecendo nos fundos, onde estava a piscina. Tratei de ir em busca de uma bebida que tivesse o maior teor alcoólico dali. — Pensei que tinha desistido de vim... — senti a mão de alguém no meu ombro, me deixando tenso na hora. O rosto familiar aparecendo no meu campo de visão, fez meu corpo se tranquilizar. — Já bebeu algo maninho? — Dom estava com um copo grande nas mãos, devia ter quase 1 litro de alguma bebida colorida ali dentro. Neguei com a cabeça enquanto pegava sua bebida e tomava um generoso gole.— Porra o que tem ai dentro? — a bebida desceu queimando a garganta até bater no meu estomago.— Não sei... — Dom deu de ombros. — Acho que é uma mistura de tudo um pouco. A questão é que deixa bêbado e é o que importa. — ele riu já mostrando os efeitos do álcool ingerido. — Cara, o pessoal está pensando em brincar daquele jogo da garrafa, sabe? — ele falou próximo ao meu ouvido, pois o barulho estridente da caixa de som não nos permitia falar em uma entonação considerada normal.— Quero não, obrigada. — virei mais um gole do copo, engolindo a bebida de uma vez, fazendo novamente tudo queimar por dentro, inclusive meus pensamentos impuros de segundos atrás. — Só quero ficar bêbado e talvez, quem sabe levar alguém do sexo feminino para casa. — dei de ombros.— Para Ethan! — Dom me deu um leve tapa no ombro, me fazendo revirar os olhos. O Dominic quase bêbado era um porre.Estou vendo que terei que ser babá de alguém hoje.— Vamos nos divertir! — ele jogou os braços para cima, numa dança esquisita que me fez rir. — As meninas vão participar e eu sei que você gosta desses jogos com desafios e tudo mais.Realmente eu gostava, sempre acabava me dando bem no final e ia pra casa acompanhado com alguém, as vezes mais de uma pessoa.Eu era bom em jogos.— Ta bom... — levantei os braços me rendendo. — Eu participo!Enquanto Dom comemorava outra música começava a tocar nas caixas de som. Reconheci a voz de Daddy Yankee cantando Shaky Shaky. Várias pessoas foram dançar, algumas dentro da piscina e outras do lado de fora, era uma música contagiante. Eu prestava atenção no local, quando meus olhos foram atraídos para uma cena que me agradava muito.Fui me aproximando a passos lentos daquilo que me interessava naquele momento, até chegar na porta que dava para entrada da cozinha. Encostei no batente e cruzei os braços, apreciando aquela cena dos Deuses. Heather e Abby dançavam juntas, sem pudor e vergonha nenhuma. Heather rebolava até quase o chão, sem se preocupar com os olhares dos lobos famintos que tinham ao seu redor. Ela remexia o quadril ao som da música e aquilo estava me deixando fora de órbita. Suas mãos passeavam pelo seu corpo enquanto seu quadril não parava de se mexer. Prendi o lábio entre os dentes, afim de abafar um pequeno gemido que teimava em escapar. Agradeci pelo fato de está com calça escura, combinando com a luz fraca, disfarçava minha ereção. Meu pênis latejava dentro da cueca e eu tentava controlar a respiração enquanto apreciava aquela visão dos céus a minha frente.Meu corpo ficou tenso no exato momento em que seus olhos encontraram os meus. Ela gostou do que viu, o meio sorriso em seus lábios a entregava e eu não pude deixar de sorrir também.O que estava acontecendo comigo?Em passos lentos, sem deixar de requebrar o quadril, ela se aproximou de mim e apoiou suas mãos em meu ombro, mesmo de salto ainda ficava mais baixa que eu. Coloquei a mão livre no bolso, tentando controlar a vontade de preencher meus dedos com sua bunda.— Você por aqui? — ela sussurrou e meus olhos desceram para seus lábios, ela passou a língua lentamente por eles. Isso me fez quase enlouquecer. Respirei fundo e olhei para cima por alguns segundos tentando reencontrar minha sensatez.— Te faço a mesma pergunta... — sussurrei baixo em seu ouvido. Minha mão encostou levemente em seu antebraço, mas foi o bastante para ambos se arrepiarem. Era como uma enorme onda de choque, que passava do seu corpo e terminava no meu. Uma descarga elétrica que me obrigou a respirar fundo mais uma vez.— Ethan! — a voz da Abby me fez voltar ao meu eixo e agradeci a ela mentalmente. — Você por aqui! Que coincidência. — ela me abraçou e retribui o gesto, sem tirar meus olhos da Heather que também mantinha o contato visual.Ela foi a primeira a desviar, seguiu até um balcão de madeira com algumas bebidas e voltou com um copo cheio de algo cor de rosa, com um canudo de mesma cor dentro. — Veio sozinho? — Abby me tirou do meu foco de tentação. — Não... — balancei a cabeça discretamente, tentando recobrar o pouco de juízo que ainda tinha. — Na verdade vim... — Abby me olhava confusa. — Dom me convidou, mas eu vim sozinho de carro. Encontrei com ele depois aqui na festa. E você? Trouxe o Peter? — ergui uma sobrancelha para ela, que caiu na risada. — Claro que não! — ela me deu um tapa no braço. — Peter e eu não temos nada, não tem porque trazê-lo aqui. Vim com a Heather. Ela precisava sair um pouco, se divertir, beijar na boca e quem sabe transar... — essa última parte me pegou em cheio bem no ponto de mais desejo. — Entendi... — me aproximei do ouvido dela e sussurrei baixo. — Vocês vão brincar do jogo das garrafas? — assim que voltei a olhá-la, seus olhos brilharam. — Vão fazer aqui? — ela deu pequeno
A conversa com a Abby fluía de uma forma natural, ela é uma mulher extremamente cativante, engraçada e muito inteligente, com uma língua afiadíssima — para muitas coisas — nunca ficava por baixo em situações de estresse. E a melhor parte, ela lidava bem com o fato de nós dois sermos somente sexo um para o outro. — Então vamos jogar? — Dom chegou por trás, quase me deixando surdo. — O porra! — coloquei a mão livre no ouvido, tentando diminuir o zumbido deixado pelo seu grito. — Fala baixo caralho! — quando me virei o vi abraçado com a mesma mulher que eu peguei no começo da festa. Meu meio sorriso levantou, a fazendo rir e em seguida sorrir também. — Patrice, prazer! — ela esticou a mão para mim e eu apertei. — Ethan, o prazer é, meu... — ambos rimos novamente. — Dom arranjou uma gata para passar a noite. — deu um tapa com um pouco mais de força em seu ombro, afim de descontar minha quase surdez nele. — Milagres acontecem mesmo! — eu e as meninas rimos, e Dom me mostrou o dedo do m
Sentir os lábios dele nos meus, era como sentir o calor de um dia de verão. Me aquecia de dentro para fora. Entrelacei meus dedos em seus cabelos, nossos corpos se pressionavam um contra o outro. Pedindo, implorando por mais daquele toque. A cada toque da sua língua com a minha, eu me sentia mais familiarizada com seu beijo e ansiava por mais disso. Suas mãos desceram delicadamente até minha bunda e um arrepio percorreu cada centímetro de mim quando seus dedos tocaram a pele exposta da minha coxa. Soltei um gemido longo e sôfrego entre os lábios. Seus dedos cravaram nas minhas coxas, enquanto ele me levantava e pressionava meu corpo contra a parede do pequeno cômodo. Entrelacei minhas pernas em volta de sua cintura e já conseguia sentir sua ereção pressionando entre minhas pernas. Nossas respirações aceleradas e os batimentos desenfreados se misturavam junto com os gemidos roucos que ele soltava de segundo em segundo. Ele estava chegando ao delírio, junto comigo. Nosso beijo ficou m
Eu quase implorava mentalmente para que dessa vez ele me deixasse de fora disso. — Te desafio a pular na piscina só de cueca. — Ethan se levantou. — Eu topo! Se você pular junto... — Dom se levantou no mesmo instante. — Só se for agora! — todos se levantaram e o acompanharam até a área externa. A festa ainda rolava no mesmo alvoroço de antes. A área externa estava cheia, dando muita platéia para os dois. Coisa que o Ethan amava! Assim que os dois começaram a se despir, os gritos aumentaram, principalmente das mulheres. E era a primeira vez que eu via o Ethan quase pelado e confesso que as curvas de cada parte do seu corpo, me causaram um arrepio e uma quentura no meio das pernas. Olhei para cima e respirei fundo, tentando retomar meu auto controle novamente. — Pode babar mais amiga... Ele é gostoso né? — Abby deu uma batidinha em meu queixo, me fazendo fechar a boca que só notei que estava aberta naquele momento. — Disso você sabe muito bem né Abby? — levantei uma sobrancelha
Seus olhos encaravam meus lábios com tanto desejo, que parecia a coisa mais apetitosa do mundo para ele. Ethan balançou a cabeça de um lado para o outro e respirou fundo, como se quisesse reprimir a vontade que estava de me beijar. E eu não sabia se o agradecia por isso, ou se o xingava. — Se um dia você for minha... — ele voltou a olhar em meus olhos. — Eu quero que seja porque você quer! E não porque estou te provocando para que aceite. — ele riu, possivelmente da cara de espanto que eu estava fazendo no momento. — Eu sei o que você pensa sobre mim e concordo que está coberta de razão. Ethan Carter não vale o ar que respira! — ele deu de ombros. — Mas se um dia você parar na minha cama que parece ser de motel... — comecei a rir, por ver que ele se lembrava da minha provocação de mais cedo. — Que seja porque você quer está lá e não porque foi levada pelas circunstancias de uma aposta, ou de um momento como esse. — ele tirou a mão do meu rosto, causando um formigamento no lugar. — E
O relógio batia 7:50 hora na hora em que desci do metro, agradecendo mentalmente de trabalhar tão próximo dele. Dava menos de 5 minutos andando. O cheiro de café inundou minha narina no mesmo momento em que abri a porta da cafeteria e meu coração deu um solavanco quando meus olhos encontraram os dele. — Bom dia. — abaixei os olhos, desviando o olhar e amarrando o avental na cintura. Dom estava sentado na banqueta do balcão, tomando café e conversando com o Ethan, que só respondia em monossílaba e mantinha os olhos em mim. — Chegou no horário Heather. — ele tinha um meio sorriso no rosto. — Milagres acontecem mesmo. — Já vai começar Ethan? — revirei os olhos. — Deixa eu ao menos chegar na cafeteria direito, para depois me infernizar a vida. — ele riu e eu mordi o lábio, abafando uma risada. — Bom dia Dom, tudo bem? — o cumprimentei com um beijo no rosto e um sorriso sereno no rosto. — Bom dia Heat, estou bem e você? Conseguiu descansar ontem a noite? — balancei as mãos, indicand
Descobri da pior forma que a Heather consegue testar os limites de um homem, sem nem ao menos se esforçar para isso. E era exatamente isso que ela estava fazendo naquele exato momento. Sua língua afiada me provocava de várias formas, todas ela inimagináveis para mim até aquele momento. Meus olhos não se desgrudavam dela um segundo sequer. Meu pau pulsava dentro da calça e eu não conseguia controlar minha imaginação fértil, passavam várias formas de fode-la e todas elas incrivelmente boas para os dois. Se a Abby não tivesse nos atrapalhado dentro do pequeno cômodo, eu teria transado com ela ali mesmo, encostada na parede e com a bunda toda empinada para mim. Me provocando. Todas essas sensações que estavam se formando dentro de mim sobre meus sentimentos por ela, era algo muito novo. O Ethan cachorro não recusaria uma provocação, mas com a Heather era diferente. Ela seria alguém que eu teria que conviver dia após dia e isso estava fora de cogitação para mim e para as minhas regras.
— Para de babar Ethan! — Dom bateu em meu queixo, me fazendo olhar para ele e mostrar o dedo do meio. — Eu sei que você está caidinho pela Heather. Só você não percebe isso. Só falta latir pra completar! — ele riu e eu o empurrei para dentro da piscina. — Vai se foder Dom! — eu ria, tentando disfarçar o peso que suas palavras tiveram sob mim. Será? Será que Ethan Carter foi finalmente laçado por alguém? Decidi pular na piscina para ver se a água dissipava todos os pensamentos e sentimentos. Mas no fim, só intensificou mais ainda. — Que se foda! — fui até a beirada da piscina e sai dela num pulo só. Indo em direção a ela, sem me importar com as investidas das mulheres a minha volta. Eu estou realmente fodido! Dava para sentir seus olhos queimando meu corpo, parando exatamente onde eu queria. Meu pau quase pulava da cueca de tanta vontade. A cada passo que eu dava em sua direção, ela recuava dois para trás, até que não tinha mais para onde ir. Suas costas bateram na parede da co