Seus olhos encaravam meus lábios com tanto desejo, que parecia a coisa mais apetitosa do mundo para ele. Ethan balançou a cabeça de um lado para o outro e respirou fundo, como se quisesse reprimir a vontade que estava de me beijar. E eu não sabia se o agradecia por isso, ou se o xingava. — Se um dia você for minha... — ele voltou a olhar em meus olhos. — Eu quero que seja porque você quer! E não porque estou te provocando para que aceite. — ele riu, possivelmente da cara de espanto que eu estava fazendo no momento. — Eu sei o que você pensa sobre mim e concordo que está coberta de razão. Ethan Carter não vale o ar que respira! — ele deu de ombros. — Mas se um dia você parar na minha cama que parece ser de motel... — comecei a rir, por ver que ele se lembrava da minha provocação de mais cedo. — Que seja porque você quer está lá e não porque foi levada pelas circunstancias de uma aposta, ou de um momento como esse. — ele tirou a mão do meu rosto, causando um formigamento no lugar. — E
O relógio batia 7:50 hora na hora em que desci do metro, agradecendo mentalmente de trabalhar tão próximo dele. Dava menos de 5 minutos andando. O cheiro de café inundou minha narina no mesmo momento em que abri a porta da cafeteria e meu coração deu um solavanco quando meus olhos encontraram os dele. — Bom dia. — abaixei os olhos, desviando o olhar e amarrando o avental na cintura. Dom estava sentado na banqueta do balcão, tomando café e conversando com o Ethan, que só respondia em monossílaba e mantinha os olhos em mim. — Chegou no horário Heather. — ele tinha um meio sorriso no rosto. — Milagres acontecem mesmo. — Já vai começar Ethan? — revirei os olhos. — Deixa eu ao menos chegar na cafeteria direito, para depois me infernizar a vida. — ele riu e eu mordi o lábio, abafando uma risada. — Bom dia Dom, tudo bem? — o cumprimentei com um beijo no rosto e um sorriso sereno no rosto. — Bom dia Heat, estou bem e você? Conseguiu descansar ontem a noite? — balancei as mãos, indicand
Descobri da pior forma que a Heather consegue testar os limites de um homem, sem nem ao menos se esforçar para isso. E era exatamente isso que ela estava fazendo naquele exato momento. Sua língua afiada me provocava de várias formas, todas ela inimagináveis para mim até aquele momento. Meus olhos não se desgrudavam dela um segundo sequer. Meu pau pulsava dentro da calça e eu não conseguia controlar minha imaginação fértil, passavam várias formas de fode-la e todas elas incrivelmente boas para os dois. Se a Abby não tivesse nos atrapalhado dentro do pequeno cômodo, eu teria transado com ela ali mesmo, encostada na parede e com a bunda toda empinada para mim. Me provocando. Todas essas sensações que estavam se formando dentro de mim sobre meus sentimentos por ela, era algo muito novo. O Ethan cachorro não recusaria uma provocação, mas com a Heather era diferente. Ela seria alguém que eu teria que conviver dia após dia e isso estava fora de cogitação para mim e para as minhas regras.
— Para de babar Ethan! — Dom bateu em meu queixo, me fazendo olhar para ele e mostrar o dedo do meio. — Eu sei que você está caidinho pela Heather. Só você não percebe isso. Só falta latir pra completar! — ele riu e eu o empurrei para dentro da piscina. — Vai se foder Dom! — eu ria, tentando disfarçar o peso que suas palavras tiveram sob mim. Será? Será que Ethan Carter foi finalmente laçado por alguém? Decidi pular na piscina para ver se a água dissipava todos os pensamentos e sentimentos. Mas no fim, só intensificou mais ainda. — Que se foda! — fui até a beirada da piscina e sai dela num pulo só. Indo em direção a ela, sem me importar com as investidas das mulheres a minha volta. Eu estou realmente fodido! Dava para sentir seus olhos queimando meu corpo, parando exatamente onde eu queria. Meu pau quase pulava da cueca de tanta vontade. A cada passo que eu dava em sua direção, ela recuava dois para trás, até que não tinha mais para onde ir. Suas costas bateram na parede da co
Assim que Heather entrou no carro, eu fui em direção ao interior da casa novamente em busca do meu irmão. O encontrei aos beijos com a Abby e quase fui embora, se não fosse o puxão que ele deu no meu braço. — Maninho... — sua voz saia embargada devido ao álcool. Dominic bêbado era algo inacreditável. Ele tinha vontade de fazer tudo que não tinha coragem quando estava sóbrio. Inclusive transar com a primeira que tivesse vontade. — Será que... — ele se aproximou de mim entre tropeços. — ...eu posso dormir na sua casa hoje? — ele mais se apoiava em mim do que no próprio corpo. — E me deixa adivinhar? — olhei de relance para a Abby. — Ela vai com você? — ele confirmou com a cabeça, me fazendo revirar os olhos. Ia ter uma sessão sexo na minha casa justo na noite de hoje? — Ta bom... Mas... — me virei para a Abby. — Ele não vai dirigindo! Não estou afim de perder meu irmão por idiotice. — Tudo bem. — ela confirmou com a cabeça. — A gente vai no meu carro então. Concordei e fui atrás d
Acordo com alguém me chamando, abro os olhos com muita dificuldade e relutância. Dom está parado ao lado da minha cama, com uma xícara na mão, pelo cheiro deduzo que seja café. — Acorda bela adormecida. — ele dá risada e senta na beirada da minha cama. — Seu café está na mesa de cabeceira. Imaginei que iria precisar. — seu olhar era carregado de lamentação. — Quando você vai engolir o orgulho e agir como homem Ethan? — ele questionou enquanto bebia um gole do café. Me sentei na cama e peguei a xicara quente de café, bebendo um longo gole e saboreando a cafeína com calma. Eu não queria entrar nesse assunto com ele. — Não sei do que você está falando Dominic. — ele revirou os olhos. — Você sabe muito bem Ethan. Não é burro a esse ponto! — já percebi que hoje meu dia seria uma bosta. — Eu não quero falar sobre isso. — passei a mão pelos cabelos bagunçados e respirei fundo. — E você quando vai tomar iniciativa e se declarar para ela? — perguntei sem dirigir o olhar a ele. — Capaz de
Cheguei na cafeteria quase 8:30 horas. Heather iria chegar as 9:00 horas, isso se ela não se atrasasse como fazia habitualmente. Fiz o café de sempre do Dom e comecei a abastecer o estoque de cafés do balcão. Dom puxava assunto como se nada tivesse acontecido, já eu, respondia o mais monossílaba possível. — Vai ficar putinho assim até quando? — ele perguntou me provocando. — Não falei nenhuma mentira Et... — Cala a boca Dominic! Pelo amor de Deus, cala a maldita boca! — deu um soco no balcão numa tentativa falha de descontar meu estresse em algo. — Eu já ouvi toda a merda que você tinha para falar, não precisa repetir! Eu não sou surdo. Quer convida-la para sair? — estiquei a mão para ele. — Vai em frente cara! Eu não vou te impedir disso, só para de me infernizar por hoje! — joguei o pano que estava na minha mão no balcão e fui em direção ao caixa, fazer a abertura dele. Ouvi o sino da porta tocando, indicando que alguém havia chego e eu não precisei nem levantar o olhar para sab
— Senhorita Watson? — Jonas apareceu interrompendo a frase dela e fazendo eu me arrepender de ter pedido um funcionário extra. — Sim Jonas? — Heather foi até a porta. — Tem uma mulher te procurando no balcão. — ela acenou com a cabeça e ele saiu, indo em direção ao balcão. E sem dizer mais nenhuma palavra, ela saiu também, me deixando mais confuso do que eu já estava. Depois de controlar a ereção que eu estava, voltei para o meu posto de trabalho e vi que a pessoa procurando a Heather, era sua mãe. — Senhorita Candy! — fui até ela e beijei sua bochecha. Haviam muitas semelhanças entre as duas. A maçã do rosto, os olhos quase se fechando quando riam, a cor de suas irises, era como ver a Heather espelhada em sua mãe. — Tudo bem com você Ethan? — ela passou os dedos pelo meu peito. — Estou vendo que continua gostoso! — nós dois rimos. Heather que estava quase ao lado dela, revirou os olhos e tampou o rosto com as mãos, provavelmente com vergonha do que sua mãe havia acabado de fala