Assim que desliguei o carro e o barulho do motor cessou, apoiei a cabeça sob o volante e fechei os olhos.
— Mas que porra que você está fazendo Ethan? — me recriminei pelos pensamentos que torturavam minha mente e nenhum deles eram sadios.Depois de alguns minutos tentando recompor minha sanidade mental, resolvi descer do carro e subir até meu apartamento. Assim que bati a porta, peguei o cigarro do bolso dianteiro da calça e o acendi. Dei uma tragada lentamente, soltando aos poucos a fumaça em formato redondo pela boca, eu adorava brincar com a fumaça dessa forma. Fui até a sacada e me sentei na cadeira de palha que tinha lá, apoiando os pés sob a mesinha de centro enquanto fumava meu cigarro.Assim que bati o filtro sob o cinzeiro senti meu celular vibrando, peguei-o do bolso e vi que era uma mensagem do Dom.“A festa começa as 20:00 horas! Vou te passar o endereço, é próximo da sua casa.”Com todo esse turbilhão de pensamentos havia me esquecido da festa. Eu estava realmente precisando me distrair e quem sabe voltar acompanhado para casa.Me coloquei de pé e fui tomar um banho, gelado de preferência. Deixei a água cair sob os ombros, a fim de dispersar toda a tensão que havia perante meu corpo. Enrolei a toalha na cintura e fui até o quarto, pegar uma roupa. Optei por uma camiseta de gola V cinza, que deixava quase todas as tatuagens que tinha no braço a mostra, uma calça jeans preta e um tênis da mesma cor nos pés. Fui até o enorme espelho que tinha na parede do quarto, para arrumar o cabelo. Passei um pouco de gel entre as mãos e apliquei sob os fios, deixando um arrepiado bagunçado. Minha barba rala e bem feita fechava com chave de ouro o visual. Peguei meu perfume de aroma amadeirado e passei nos pulsos, camiseta e pescoço. Finalizei colocando meu relógio no pulso. O relógio marcava 21:00 horas, pela localização que o Dom me mandou, a festa ficava a pouco mais de 20 minutos da minha casa.Mandei uma mensagem rápida para o Dom, informando que estava saindo de casa e que chegava em 20 minutos na festa. Nunca gostei de ser um dos primeiros a chegar, gostava de já ver o lugar pegando fogo.Peguei a cartela de cigarros, o isqueiro, carteira e as chaves, com exceção das chaves, o restante coloquei no bolso da calça e desci até a garagem do apartamento.Como o informado, cheguei na porta da casa em 20 minutos. Estacionei a algumas casas a frente da onde estava ocorrendo a festa, não queria correr o risco de ter meu carro estragado.O local já estava cheio, várias pessoas na frente da casa, algumas bebendo e outras somente conversando. Meus olhos de águia avistaram algumas mulheres que faziam exatamente a minha preferência.— Uau! — uma delas me parou enquanto andava em direção a porta da casa. Era extremamente linda, negra, com cabelos cacheados num estilo meio black, boca carnuda e olhos tão escuros quanto a noite que caia sob nós naquele momento — Onde vai com tanta pressa meu amor? — ela passou os dedos levemente pelo meu peito, me causando um pequeno arrepio.— Acho que agora a lugar nenhum, não é? — tombei a cabeça de lado e arqueei a sobrancelha. Ela mordeu o lábio inferior e aproximou seu rosto do meu.— Eu não sei seu nome, mas acho que no momento isso não é muito relevante. — ela afastou o rosto, me analisando. — Ou é? — apertei levemente sua cintura e fui guiando-a para a lateral da casa. Suas costas baterem na parede da casa, o que fez ela soltar um pequeno gemido.— Nenhum pouco relevante... — subi a mãos até sua nuca e apertei, ela ergueu o queixo fazendo nossos olhos se encontrarem. Aproximei meus lábios dos dela, puxei delicadamente seu lábio inferior e prendi sob os dentes, sem machucar. Seus lábios emitiram uma pequena lamúria, suas mãos desceram até a bainha da minha camiseta e ela puxou meu corpo para mais perto do dela. Soltei seu lábio e desci as mãos pela lateral do seu corpo, até chegar em sua bunda, apertei levemente a fazendo gemer mais alto. Seu vestido subia a medida que ela mexia as pernas, parando quase na altura da cintura, deixando uma parte da sua pequena calcinha a mostra e ela não se importava nenhum pouco.Ela passou a língua levemente sob meus lábios e em seguida a beijei, suas unhas foram cravadas em meus braços no mesmo instante em que apertei sua bunda. Ela pressionava seu corpo contra o meu, roçando sua intimidade sob meu pênis e provocando um gemido sôfrego a sair dos lábios de ambos. Desci os lábios até seu pescoço, passando a língua por todo o comprimento dele até chegar em seu decote. Sua cabeça tombou para trás e senti sua pele se arrepiar sob meu toque nenhum pouco puritano.— Podíamos subir para um dos quartos vagos da casa... — ela propôs entre um gemido e outro.E antes que eu pudesse ter a chance de responder, o cheiro que eu conhecia muito bem invadiu minhas narinas novamente. Mas dessa vez era misturado com aromas florais de um perfume que eu já conhecia. Joguei a cabeça para trás, para ver quem havia chego e me deparei com uma Heather que eu não tinha visto ainda.Uma puta mulher sexy da porra!— Então vamos para o quarto? — ela me despertou de meus pensamentos.— Um outro dia gatinha, quem sabe... — dei um leve beijo em sua bochecha e sai em direção a entrada da casa.Entrei pela porta igual cachorro farejando um cheiro conhecido, parei no batente da cozinha assim que avistei as duas. Abby preparava doses de tequila para ambas, Heather ria enquanto conversava com sua amiga. Ela estava vestindo uma saia, curta e justa que acabava menos de um palmo abaixo da sua bunda, um body preto de costas abertas e uma sandália de salto nos pés. Os cabelos estavam soltos e ainda úmidos, provavelmente devido ao banho recém tomado, seu rosto não carregava mais as feições leves de antes, agora estavam maquiadas, a deixando mais gostosa do que eu pensei que era. Ela estava com postura de mulher, uma mulher que eu nunca na vida imaginei que veria. Pelo fato da diferença de idade entre eu e ela, de 8 anos, eu tendo 35 anos e ela 27 anos, nunca pensei que a veria sem as roupas básicas do serviço e vê-la assim, despertou algo desconhecido em mim. Abby estava gostosa como sempre, vê-la de vestido vermelho e curto, me traziam lembranças muito boas sobre ela. Principalmen
Ela foi a primeira a desviar, seguiu até um balcão de madeira com algumas bebidas e voltou com um copo cheio de algo cor de rosa, com um canudo de mesma cor dentro. — Veio sozinho? — Abby me tirou do meu foco de tentação. — Não... — balancei a cabeça discretamente, tentando recobrar o pouco de juízo que ainda tinha. — Na verdade vim... — Abby me olhava confusa. — Dom me convidou, mas eu vim sozinho de carro. Encontrei com ele depois aqui na festa. E você? Trouxe o Peter? — ergui uma sobrancelha para ela, que caiu na risada. — Claro que não! — ela me deu um tapa no braço. — Peter e eu não temos nada, não tem porque trazê-lo aqui. Vim com a Heather. Ela precisava sair um pouco, se divertir, beijar na boca e quem sabe transar... — essa última parte me pegou em cheio bem no ponto de mais desejo. — Entendi... — me aproximei do ouvido dela e sussurrei baixo. — Vocês vão brincar do jogo das garrafas? — assim que voltei a olhá-la, seus olhos brilharam. — Vão fazer aqui? — ela deu pequeno
A conversa com a Abby fluía de uma forma natural, ela é uma mulher extremamente cativante, engraçada e muito inteligente, com uma língua afiadíssima — para muitas coisas — nunca ficava por baixo em situações de estresse. E a melhor parte, ela lidava bem com o fato de nós dois sermos somente sexo um para o outro. — Então vamos jogar? — Dom chegou por trás, quase me deixando surdo. — O porra! — coloquei a mão livre no ouvido, tentando diminuir o zumbido deixado pelo seu grito. — Fala baixo caralho! — quando me virei o vi abraçado com a mesma mulher que eu peguei no começo da festa. Meu meio sorriso levantou, a fazendo rir e em seguida sorrir também. — Patrice, prazer! — ela esticou a mão para mim e eu apertei. — Ethan, o prazer é, meu... — ambos rimos novamente. — Dom arranjou uma gata para passar a noite. — deu um tapa com um pouco mais de força em seu ombro, afim de descontar minha quase surdez nele. — Milagres acontecem mesmo! — eu e as meninas rimos, e Dom me mostrou o dedo do m
Sentir os lábios dele nos meus, era como sentir o calor de um dia de verão. Me aquecia de dentro para fora. Entrelacei meus dedos em seus cabelos, nossos corpos se pressionavam um contra o outro. Pedindo, implorando por mais daquele toque. A cada toque da sua língua com a minha, eu me sentia mais familiarizada com seu beijo e ansiava por mais disso. Suas mãos desceram delicadamente até minha bunda e um arrepio percorreu cada centímetro de mim quando seus dedos tocaram a pele exposta da minha coxa. Soltei um gemido longo e sôfrego entre os lábios. Seus dedos cravaram nas minhas coxas, enquanto ele me levantava e pressionava meu corpo contra a parede do pequeno cômodo. Entrelacei minhas pernas em volta de sua cintura e já conseguia sentir sua ereção pressionando entre minhas pernas. Nossas respirações aceleradas e os batimentos desenfreados se misturavam junto com os gemidos roucos que ele soltava de segundo em segundo. Ele estava chegando ao delírio, junto comigo. Nosso beijo ficou m
Eu quase implorava mentalmente para que dessa vez ele me deixasse de fora disso. — Te desafio a pular na piscina só de cueca. — Ethan se levantou. — Eu topo! Se você pular junto... — Dom se levantou no mesmo instante. — Só se for agora! — todos se levantaram e o acompanharam até a área externa. A festa ainda rolava no mesmo alvoroço de antes. A área externa estava cheia, dando muita platéia para os dois. Coisa que o Ethan amava! Assim que os dois começaram a se despir, os gritos aumentaram, principalmente das mulheres. E era a primeira vez que eu via o Ethan quase pelado e confesso que as curvas de cada parte do seu corpo, me causaram um arrepio e uma quentura no meio das pernas. Olhei para cima e respirei fundo, tentando retomar meu auto controle novamente. — Pode babar mais amiga... Ele é gostoso né? — Abby deu uma batidinha em meu queixo, me fazendo fechar a boca que só notei que estava aberta naquele momento. — Disso você sabe muito bem né Abby? — levantei uma sobrancelha
Seus olhos encaravam meus lábios com tanto desejo, que parecia a coisa mais apetitosa do mundo para ele. Ethan balançou a cabeça de um lado para o outro e respirou fundo, como se quisesse reprimir a vontade que estava de me beijar. E eu não sabia se o agradecia por isso, ou se o xingava. — Se um dia você for minha... — ele voltou a olhar em meus olhos. — Eu quero que seja porque você quer! E não porque estou te provocando para que aceite. — ele riu, possivelmente da cara de espanto que eu estava fazendo no momento. — Eu sei o que você pensa sobre mim e concordo que está coberta de razão. Ethan Carter não vale o ar que respira! — ele deu de ombros. — Mas se um dia você parar na minha cama que parece ser de motel... — comecei a rir, por ver que ele se lembrava da minha provocação de mais cedo. — Que seja porque você quer está lá e não porque foi levada pelas circunstancias de uma aposta, ou de um momento como esse. — ele tirou a mão do meu rosto, causando um formigamento no lugar. — E
O relógio batia 7:50 hora na hora em que desci do metro, agradecendo mentalmente de trabalhar tão próximo dele. Dava menos de 5 minutos andando. O cheiro de café inundou minha narina no mesmo momento em que abri a porta da cafeteria e meu coração deu um solavanco quando meus olhos encontraram os dele. — Bom dia. — abaixei os olhos, desviando o olhar e amarrando o avental na cintura. Dom estava sentado na banqueta do balcão, tomando café e conversando com o Ethan, que só respondia em monossílaba e mantinha os olhos em mim. — Chegou no horário Heather. — ele tinha um meio sorriso no rosto. — Milagres acontecem mesmo. — Já vai começar Ethan? — revirei os olhos. — Deixa eu ao menos chegar na cafeteria direito, para depois me infernizar a vida. — ele riu e eu mordi o lábio, abafando uma risada. — Bom dia Dom, tudo bem? — o cumprimentei com um beijo no rosto e um sorriso sereno no rosto. — Bom dia Heat, estou bem e você? Conseguiu descansar ontem a noite? — balancei as mãos, indicand
Descobri da pior forma que a Heather consegue testar os limites de um homem, sem nem ao menos se esforçar para isso. E era exatamente isso que ela estava fazendo naquele exato momento. Sua língua afiada me provocava de várias formas, todas ela inimagináveis para mim até aquele momento. Meus olhos não se desgrudavam dela um segundo sequer. Meu pau pulsava dentro da calça e eu não conseguia controlar minha imaginação fértil, passavam várias formas de fode-la e todas elas incrivelmente boas para os dois. Se a Abby não tivesse nos atrapalhado dentro do pequeno cômodo, eu teria transado com ela ali mesmo, encostada na parede e com a bunda toda empinada para mim. Me provocando. Todas essas sensações que estavam se formando dentro de mim sobre meus sentimentos por ela, era algo muito novo. O Ethan cachorro não recusaria uma provocação, mas com a Heather era diferente. Ela seria alguém que eu teria que conviver dia após dia e isso estava fora de cogitação para mim e para as minhas regras.