Sua família estava segura, enfim o que ele tanto havia desejado estava acontecendo, sabia que não era merecedor, mas ainda assim estava completo, inteiro novamente. O domínio dos três reinos estava em suas mãos e nada poderia destruir sua posição ou família. Mas Heylel se esqueceu que acima dele existia uma soberania, a guarda daquele que é o Criador de todas as coisas, o último feito de Naiara chamou a atenção celestial, não iriam permitir que ela se levantasse como Herdeira do Sheol. Anjos contra demônios, a guerra se aproxima, o fim estava sendo anunciado. Alianças precisam ser formadas, crenças precisam ser restabelecidas, em meio ao caos máscaras caem e revelam que nem todos que deveriam ser luz, escolheram iluminar e aqueles que carregam as trevas decidiram mudar por amor. Seria possível a compaixão do Criador alcançar as profundezas? Seria possível em meio a destruição, existir esperança ? Até onde pode-se ir por amor ? Até onde o pecado pode ser perdoado? Prepare-se para o começo do apocalipse e surpreenda-se com cada revelação. Tenebris A herdeira do Sheol, vai impactar você.
Leer más— O que foi que você fez? – Miguel gritou.— O que eu fiz? O que você fez? – Heylel gritava em resposta – Achou mesmo que iria continuar agindo da forma que agia e nosso Pai não o disciplinaria?— Meu Pai!— Cresce Miguel.— O único que precisa ser castigado aqui é você, traidor.Miguel esbravejava e gritava como um insano, andando de um lado para outro, sem saber o que fazer. Ele parou de súbito, iria abrir suas asas e somente voar para o mais longe possível de Heylel e daquele lugar, voltaria para casa e iria ter com o Pai. Mas nada aconteceu. Forçou o pensamento novamente, esperando sentir a expansão em sua omoplata e então a gloria de suas asas abertas. Nada.— O que a bruxa da sua cria fez comigo?— Se falar novamente da minha filha dessa forma Miguel vou matar você e deixar seu corpo aqui me
— Entre. – Yekun disse após ouvir a leve batida.Naiara abriu a porta, colocando somente a parte de cima de seu corpo para dentro. Yekun estava deitado sobre uma cama imensa que ficava abaixo de uma ampla janela. O quarto dele era enorme, um dos maiores da morada, mas todos os moveis eram antigos o que deixava tudo com uma visão quase medieval. Combinava com ele.— Você está bem? – Ela perguntou ainda da porta.— Ficarei melhor quando entrar vida. – Disse a olhando.Naiara entrou, fechando a porta atrás de si, estava constrangida com a situação. Não que nunca tivesse estado a sós com Yekun, até mesmo dormido em seus braços em uma barraca, ela já havia dormido. Mas estar dentro do quarto dele, era intimo demais. Sentou-se em uma poltrona que ficava no canto do quarto e sorrio para ele que a olhava sem entender o que acontecia com a menina.
— Acha mesmo que foi a melhor escolha? – Azazyel perguntou a ela enquanto andavam.E como se a pergunta fosse o gatilho para suas emoções, ela caiu de joelhos e chorou como jamais havia chorado em sua vida, sentia o corpo se mover com a força dos soluços que rasgavam seu peito, levou as mãos à cabeça e o rosto ao chão. Um grito rompeu de sua garganta e Azazyel correu para conter Naiara que resplandecia parecendo não conseguir controlar a ela mesmo. Braços fortes a envolveram e a menina se permitiu tombar de lado e deitar a cabeça no peito dele.— Chore guerreira, tudo isso passará. – Ele dizia em um tom baixo, como um pai que acalanta um filho – Chore, deixe sair tudo o que está te fazendo mal. Coloque para fora.Ficaram imóveis por minutos que mais pareceram horas, o único barulho que se ouvia, era dos soluços de Naiara e
As palavras era gritadas em todas as direções e ela parecia um animal encurralado, andando de um lado para outro, preste a atacar.— Posso me aproximar? – Perguntou incerto. Ela respirou fundo e então parou e o olhou.— Sempre. – Tentou desfazer a carranca, mas não obteve sucesso. Agares andou lentamente até ela e com cuidado segurou em suas mãos. – Temos que ter um plano.— Plano?— Sim, ainda temos que encontrar a arvore e levar as folhas para Amarantha. – Só nesse momento ela se lembrou do porque estavam ali.— Yekun. – Disse baixo.— Sim, ele ainda precisa de nós.Eles conversavam baixo, como se qualquer alteração na voz, fosse tirar Naiara do eixo novamente, fazendo sua ira explodir. Os três ainda choravam, mas Gabriel agora estava sentado no chão, ainda preso pelo poder de Naiara, s
As paredes eram escorregadias, como se a umidade fosse muita e a água não parasse de escorrer jamais, o espaço estreito e quase sufocante, não permitia que os dois andasse afastados, estavam tão próximos que o calor dos corpos se misturava.— Agares, e se ficarmos andando para sempre aqui e não chegarmos a lugar algum?— Sempre terá um lugar para chegar Nai, em algum momento.— Está profundo. – Ela brincou.— Não. – Ele disse sério e sem se virar para trás – Você que ainda não me conhece completamente.Ela não respondeu, mas com cuidado, soltou os dedos que estavam presos aos dele, com a desculpa que precisavam de luz. Naiara clareou um pouco o caminho, perdida em seus próprios pensamentos. Ainda que a escolha dela fosse Agares, algo havia se quebrado e o medo que nunca mais fosse reparado estava p
Naiara já estava parada de frente e pequena porção de água, os braços cruzados ao peito e o olhar perdido no horizonte rochoso e cinza a sua frente.— Não é uma das imagens mais bonitas que já viu né? – A voz de Agares rompeu o silencio do lugar.— Não é não, mas tem o seu encanto.Ele parou ao lado dela entregando o cantil cheio de agua.— Sem agua né?Naiara o olhou e pegou o cantil, voltando sua atenção para a paisagem a sua frente.— É só estranho, quase difícil te ver com outra pessoa. – Confessou baixinho.— Mas não está me vendo com ninguém. – Respondeu no mesmo tom.— A forma como a toca e ela se entrega... sei lá, só achei que seria mais fácil. Quando imaginava você com as demônias deste l
Havia somente rumores da presença de anjos no Sheol, alguns boatos nomeavam esses anjos, dizendo que Miguel e Gabriel se tornavam íntimos dos seres feminino do lugar. Naiara não queria saber dos detalhes, estava focada demais em seus treinos para se preocupar.— Preste atenção Naiara.Azazyel gritou enquanto com um bastão batia na parte de trás dos joelhos dela a derrubando no chão.— Precisa estar atenta não somente com seu corpo menina, mas também com sua mente. Levante-se.Ela o olhou brava, mas fez o que lhe foi ordenado. Se levantou batendo as mãos no tecido grosso da calça de combate, tirando a poeira.— De novo. – Ela pediu.Sem que ela conseguisse notar, Azazyel saltou sobre seu corpo, caindo atrás de Naiara e com o bastão, segurava o pescoço dela.— Sua mente não está aqui.
— Gabriela, olhe para mim. – Ele pediu. Ela assim o fez.— O que você quer?— Eu amo a Naiara... – Começou a dizer, mas não conseguiu dar continuidade.— Porque você é o demônio mais idiota que já tive o desprazer de conhecer. – Ela gritou tentando se soltar – Me solte Agares.— Aquieta-se mulher! – Falou em um tom alto e firme. – Amarei Naiara para sempre e isso jamais irá mudar, não importa o que ela fez ou faça, nada irá me fazer ama-la mais ou menos. E sei que para ela não será diferente, mas isso não quer dizer que vamos acabar juntos...As últimas palavras perderam a força, por mais que tentasse ser forte, perder Naiara estava acabando com ele, era como se um grande vazio o engolisse e não conseguisse forças para escapar. Gabriela notou a tristeza dominando
Não sabia o que poderia ser dito, não conseguia pensar em uma desculpa convincente para aquela situação. Ela estava sendo acolhida por outro e não estava fazendo a menor questão de esconder o quanto conhecia aquele abraço, se fosse o inverso, estaria matando Agares. Ela se levantou, soltando-se dos braços de Yekun, sorrio para ele com carinho e ele entendeu que aquele momento precisaria chegar e precisava confiar que Naiara tomaria a melhor decisão e que enfim a vida o faria feliz. Levantou-se e afastou-se dos dois.— Precisamos conversar.Ela segurou a mão de Agares e os dois sumiram diante de todos.— Nós baixamos a guarda minhas irmãs – Dizia Amarantha andando de um lado para outro na grande sala – Fomos atacados e ameaçados dentro de nossos muros.— Você tem razão querida, mas precisa se acalmar. – H