Gabriel começava a se cansar de toda aquela situação, ainda deitado sobre a cama de seu novo quarto, cômodo esse que parecia mudar, não somente de lugar, mas os moveis e a disposição deles no espaço, constantemente, era também tão branco quanto a espada que Miguel usava, cegando o menino todas as manhãs. Não havia entendido ainda como as coisas funcionavam naquele lugar, mesmo Diego com toda a paciência que era possível ser destinada à um ser, explicar que estavam somente em um plano inferior da eterna morada e que portanto não havia algo fixo, solido ou constante, estavam somente de passagem, dizendo que era por isso que a cada dia não somente os moveis, mas os cômodos da morada, como a paisagem em volta deles, alteravam de forma. Tudo isso era confuso demais para Gabriel. Esticou o corpo sobre os lençóis extremamente brancos e macios, sentindo a
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