— Arrume suas coisas, Alice, e venha comigo. Você será minha esposa. — disse Darius, autoritário. — Como? Você é louco? Quem pensa que é para entrar na minha casa e me dar ordens? — perguntou Alice, incrédula e indignada. — Sou Darius Moss e minha palavra é lei. Então, seja uma boa humana e me obedeça, pois não vai gostar de me ver irritado — decretou ele, com um olhar frio que fez o corpo de Alice estremecer. Alice Miller voltava para casa após mais um dia de trabalho em seu emprego de meio período numa clínica veterinária. Ela sonhava em ser veterinária e juntava cada centavo para a faculdade. Quando estava quase chegando em casa, deparou-se com um lobo enorme, gravemente ferido. Sem pensar duas vezes, ela o levou para casa e cuidou dele, salvando sua vida. O que Alice não sabia era que aquele lobo era um lycan, e não um qualquer. Ele era o rei alfa supremo dos lobisomens, e o momento em que ela o salvou selou seu destino para sempre. Darius Moss é um lobo amaldiçoado, forçado a se transformar em uma fera sanguinária que mata tudo em seu caminho. Ele carrega a dor de ter tirado a vida de sua companheira e do filhote que ela gerava. Em sua busca por uma cura para a maldição, Darius caiu em uma emboscada, ele foi drogado e traído. Lutou ferozmente para sobreviver, venceu, mas acabou gravemente ferido, à beira da morte. Alice o encontrou e o salvou. E Darius descobriu que aquela humana era sua companheira de segunda chance, a única capaz de libertá-lo de sua maldição. Mesmo que não tivesse desejado essa ligação, ele sabia que não poderia deixá-la escapar. Pelo bem de sua alcateia, ele a tomaria como sua, custasse o que custasse.
Ler maisPOV DARIUS.Quero manter Alice, longe daquele infeliz do Luís. Não me importo se ela trabalhe fora, fico até admirado e feliz em saber que ela é forte e honrada. Mas não quero minha companheira perto de um macho que a deseja. Alice ficou em silêncio por um momento, então se levantou abruptamente, a raiva evidente em seu rosto.— Você só pode estar brincando! — Disse com raiva.— Não estou. — Minha voz saiu firme e calma. — Isso é para o seu bem e o da sua mãe. — Argumentei.— Cuidado com as palavras, Darius. Ela está vulnerável, mas não é burra e manipulável. — Baltazar alertou em minha mente. — Essa não é a hora de afastá-la. Você precisa trazê-la para mais perto, não a empurrar para longe. — Disse.— Meu bem? — Alice riu, sem humor. Ela me chamou de meu bem? — Você acha que tem o direito de decidir o que faço da minha vida? — Perguntou irritada.— Estou oferecendo segurança e estabilidade, Alice. — Respondi, ignorando o alerta de Baltazar.— Pare de ser tão inflexível! A mãe dela es
POV DARIUS.As palavras de Alice ainda pairavam no ar, firmes e cortantes, e ressoavam em minha mente. — Eu aceito. — Ela havia dito isso com uma firmeza inesperada, me desarmando completamente. Por um instante, tudo ao meu redor pareceu ficar em silêncio. Olhei para ela, que sustentava meu olhar com uma força que escondia sua vulnerabilidade. Alice acabara de me entregar sua decisão, mas não era como eu esperava. Minha intenção ao vir aqui era ajudá-la, redimir-me pelo que havia causado, mas agora ela havia virado o jogo. Eu a encarei por alguns segundos, tentando processar o que acabara de acontecer. Eu estava acostumado a planejar tudo, mas Alice sempre encontrava um jeito de me surpreender.Eu a encarei, tentando processar o que acabara de acontecer. Minha intenção ao vir aqui era ajudar, corrigir a situação caótica que, de certa forma, era minha culpa. Mas Alice havia transformado aquilo em algo muito maior.— Isso foi inesperado, mas estratégico da parte dela — Baltazar murmur
POV ALICE.Passaram alguns minutos e uma enfermeira veio até a sala de espera, para me buscar para ver minha mãe. Levantei apressada e Luís se levantou junto, me abraçando e me passando apoio e força. Acompanhei a enfermeira até a entrada da UTI, meu coração estava acelerado, eu estava ansiosa.Assim que entramos, ela me levou até um dos quatro. A enfermeira parou de repente em frente a uma porta e a abriu, me dando passagem, e quando entrei, fiquei angustiada e assustada assim que vi minha mãe deitada naquela cama, com vários fios pelo seu corpo e conectados a máquinas.Me aproximei com cuidado da cama, meus olhos encheram de lágrimas assim que percebi como ela estava pálida. Peguei em sua mão e ela estava tão fria. Não aguentei e comecei a chorar desesperadamente.— Mamãe, estou aqui, por favor, não desista agora. Não posso ficar sem a senhora. Por que não me contou que estava doente? Como pode ficar sofrendo sozinha? — Perguntei, mas sabia que ela não me responderia. — Vou fazer d
POV ALICE.O corredor do hospital parecia interminável, iluminado por luzes brancas que pulsavam em minha visão, fazendo meus olhos doerem. A ansiedade estava me consumindo. O cheiro estéril de álcool e medicamentos me enjoava, mas o nó no meu estômago era pior. Luis ainda estava sentado ao meu lado no banco, sua mão segurando a minha, me ancorando à realidade. Meu mundo estava despedaçando, eu só pensava na minha mãe dentro daquela sala há mais de uma hora. Cada segundo que passava parecia uma eternidade. E a falta de notícia estava me deixando impaciente.— Por que eles não dizem nada? — sussurrei, mais para mim mesma do que para ele. Luís me puxou para mais perto e falou com sua voz baixa e firme:— Eles estão fazendo tudo que podem, Alice. Sua mãe está em boas mãos. — Disse Luís tentando me acalmar.Queria acreditar nele, mas minha mente não conseguia encontrar paz. Antes que pudesse responder, a porta dupla da sala de emergência se abriu, e um homem de jaleco branco caminhou em n
POV ALICE.— MAMÃE! — gritei, quando vi minha mãe cair no chão, seus olhos se fechando abruptamente. Meu coração disparou e, por um momento, parecia que o mundo inteiro havia parado. Por um instante, congelei, mas logo consegui sair daquele estado. Meu coração martelava contra o peito enquanto eu corria para ela, caindo de joelhos ao seu lado.— Mamãe! — Gritei novamente, minhas mãos tremendo enquanto tentava segurá-la. — Acorde! Por favor! Não me deixe, mamãe! — Falei desesperada.Toquei seu rosto pálido, tentando encontrar algum sinal de vida. Em desespero, procurei sua pulsação, pressionando meus dedos contra o pulso dela. Nada. Meu coração apertou, o desespero me engoliu.— Não, não, não! Isso não está acontecendo! — Meu grito saiu sufocado, minhas mãos tremiam descontroladamente. Eu chorava, meu rosto já molhado pelas lágrimas. Antes que eu pudesse pensar no que fazer, a porta da frente foi aberta com força. Luis entrou correndo, seguido pelo senhor Francisco.— Alice, o que est
POV ALICE.Fiquei olhando para aqueles dois homens como se eles tivessem me dito que o mundo acabaria amanhã. Como assim? Uma ordem de despejo? Meu coração começou a acelerar no peito, e minha mente se encheu de perguntas. Como? Por quê? Eu mal consegui processar.— Despejo? — Minha mãe repetiu com a voz vacilante, dando um passo à frente. — Deve haver algum engano. — Comentou mamãe, tentando parecer firme.O homem de terno mais alto, segurando uma pasta preta, abriu-a com calma, puxando um documento que parecia oficial demais para ser um engano. Ele o estendeu para minha mãe com uma expressão fria e profissional.— Não há engano, senhora Miller. Aqui está a notificação oficial. A propriedade foi adquirida recentemente, e o novo proprietário está reivindicando o terreno. Vocês têm um prazo de 72 horas para desocupar o local. — Falou todo arrogante. O mundo parecia estar caindo sobre minha cabeça.— Adquirida? — perguntei, sentindo minha voz falhar de incredulidade. Minha mãe pegou o p
POV DARIUS.Baltazar rosnou alto e feroz, usando sua voz de alfa supremo para se comunicar com os lobos de meus betas.— Saiam agora, senão querem morrer dolorosamente. — Ordenou mentalmente, cheio de raiva. Giovanni e Gabriel saíram rapidamente. Como havia mencionado, ninguém discute com Baltazar. Revirei os olhos com seu excesso de raiva.— O que significa isso, Baltazar? — Perguntei.— Cale-se, pois agora você vai me escutar. Você não deixará minha companheira no relento, passando fome e frio, jogada como um saco de lixo na sarjeta. Eu te proíbo! Darius, você não quererá me ter contra ti. — Ameaçou, cheio de raiva. Fiquei surpreso com sua reação, nunca o vi assim.— Quer se acalmar e parar de me ameaçar? Alice não ficará na rua, abandonada à própria sorte. Eu a trarei para cá. Ela não terá escolha. — Comentei e sorri.— Idiota, você não pensa? E aquela mãe intrometida dela? Acha que Alice deixará a mãe na rua? Não, ela a trará junto. Como o gênio planeja lidar com aquela velha intr
POV DARIUS.Assim que cheguei em minha mansão, fui direto para meu escritório. Sentei-me em minha cadeira e peguei o documento. Senti o cheiro de Giovanni e Gabriel se aproximando do meu escritório. Antes que batessem na porta, eu rosnei e falei mentalmente com eles.— Entrem logo. — Ordenei. Eles abriram a porta e entraram. Assim que estavam em minha frente, se curvaram em sinal de respeito. Eu estava exalando raiva e dominância, e os dois estavam bastante tensos.— Supremo. — Falaram juntos.— O que querem? — Perguntei, mas já sabendo o que eles queriam: era saber sobre meu encontro com Alice.— Vimos que Vossa Majestade Suprema chegou tenso e ficamos preocupados. — Falou Gabriel. Esses dois são implacáveis e cruéis, mas também são bastante curiosos.— Sério isso? Desde quando meus betas viraram duas fofoqueiras? — Perguntei, e os dois ficaram rígidos, fazendo expressões de pouco amigos, e ouvi até um rosnado vindo dos seus lobos.— Perdão, Supremo Alfa, não foi nossa intenção sermo
POV ALICE.Assim que Darius entrou no carro, senti meu corpo relaxar levemente, mas o tremor nas minhas mãos ainda estava presente. Afastei-me alguns passos, tentando recuperar a respiração que ele parecia ter roubado de mim. Aquele homem… Ele tinha algo em sua presença que era impossível ignorar, algo que me fazia sentir pequena, mesmo quando eu me recusava a abaixar a cabeça.— Alice! — A voz de Luís me chamou, trazendo-me de volta à realidade. Virei-me rapidamente e o vi correndo em minha direção, a preocupação estampada em seus olhos. Sem hesitar, ele me envolveu em um abraço apertado.— Você está bem? O que ele fez com você? — perguntou, afastando-se ligeiramente para me examinar.— Estou bem, Luís. Não se preocupe — respondi, tentando soar convincente.Mas era mentira. Eu não estava bem. Não conseguia tirar da cabeça o olhar intenso de Darius, as palavras que ele havia dito com tanta convicção. Como ele ousava me tratar como se eu fosse algum tipo de posse?— Bem? Você está trem