Maria Silva acreditava que seu passado sombrio estava enterrado, até o dia em que viu a foto de um homem que havia devastado sua vida. Determinada a confirmar sua morte, ela decide ir ao velório, sem imaginar que este encontro com a morte a conduziria a um destino inesperado. No velório, Maria se depara com Bruno de Alcântara e Leão, o juiz mais temido do Brasil, que é idêntico ao irmão falecido. Consumido pela sede de vingança, Bruno suspeita que Maria foi enviada pelo assassino de seu irmão. Obcecado e intrigado, ele inicia uma perseguição implacável para descobrir a verdadeira identidade dela e o motivo de sua presença no velório. Para Bruno, Maria é apenas mais uma oportunista querendo tirar vantagem da situação. No entanto, o que ambos não sabem é que um segredo profundo e pessoal os une de uma forma inesperada. Enquanto Bruno busca respostas e Maria luta para proteger seu passado, eles se veem entrelaçados em uma teia de mistério e revelações que poderá mudar suas vidas para sempre. Qual é o segredo que une esse casal improvável e como ele os forçará a confrontar seus próprios demônios?
Ler maisMaria Silva**A lâmina da faca pressionava meu pescoço, e cada segundo parecia uma eternidade. Débora estava fora de si, os olhos brilhando com uma mistura de desespero e obsessão. A forma como ela se mexia. Talvez fosse amor por Bruno, ou talvez algo mais sombrio: a incapacidade de aceitar que ele pudesse ser feliz com outra pessoa. E que ele a deixasse. Talvez quando ela terminou com ele, pensou que o homem iria atrás dela, mas não, ele não foi. Ele não queria Débora. Era o que ele dizia.“Débora, pare com isso. Eu não vou mais interferir entre você e Bruno.” Minha voz saiu mais firme do que eu esperava, mas dentro de mim o pânico crescia. “Eu te avisei tantas vezes, ratinha. Mas você não me ouviu. Por que você ainda está com ele? Por quê?” Ela gritou. A ponta da faca arranhou levemente minha pele, e eu segurei o ar, tentando não demonstrar medo. “Eu só estou aqui porque o meu filho precisava. Eu não queria perder meu filho e Bruno foi a única alternativa. Além de estarmos todo
**Maria Silva** A tensão no ar estava palpável. Heitor estava nervoso e com pressa, levou Benício com cuidado para dentro do carro, mas algo estava muito errado, eu podia sentir. O que tinha acontecido? Por que ele parecia tão preocupado? O rosto de Heitor estava mais sério do que eu jamais o tinha visto. Ele mantinha os olhos na estrada, mas suas mãos no volante estavam tensas. Eu não aguentava mais. Não sabia o que fazer com tanto medo, com tanta incerteza. “Heitor, o que aconteceu?” Perguntei, minha voz tremendo com medo da resposta. Será que aconteceu algo com Bruno. Ele demorou alguns segundos para responder, e o silêncio dentro do carro foi quase insuportável. Quando ele finalmente falou, minha respiração falhou. “O avião onde Leila, o pai de Bruno e a sua madrinha estavam…” Heitor pausou, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas e eu pensei que fosse desmaiar ali mesmo. “Eles tiveram uma pane no motor e precisaram fazer um pouso forçado. Estão em uma cidade p
**Maria Silva **Levantei-me do sofá, sentindo o olhar de Bruno me perfurar. Ele estava furioso, mas eu não movi um músculo para me explicar. Por que deveria? Nada que eu dissesse mudaria a maneira como ele já havia decidido me julgar. Eu ajeitei minha roupa, ignorando sua expressão severa, e olhei para Heitor, que, com um suspiro pesado, se levantou. “Ontem ficou tarde, e achei melhor que Maria descansasse por aqui. Foi só isso, Bruno.” A voz de Heitor era firme, não dando vazão para discussões. Ele não mencionou minha bebedeira, as conversas ou qualquer outra coisa. Apenas aquilo que era necessário. Bruno, no entanto, não se dava por satisfeito. Seus olhos continuavam faiscando. “Fiquei preocupado. Vocês não voltaram, não avisaram, passaram a noite fora... Decidi vir até aqui para ver se estava tudo bem. Mas pelo visto, a situação era... bem diferente do que eu imaginava. Belo amigo você Heitor.”A insinuação foi clara, mas eu apenas ergui o
**Maria Silva**A tensão no ar estava palpável. Heitor estava nervoso e com pressa, levou Benício com cuidado para dentro do carro, mas algo estava muito errado, eu podia sentir. O que tinha acontecido? Por que ele parecia tão preocupado? O rosto de Heitor estava mais sério do que eu jamais o tinha visto. Ele mantinha os olhos na estrada, mas suas mãos no volante estavam tensas. Eu não aguentava mais. Não sabia o que fazer com tanto medo, com tanta incerteza.“Heitor, o que aconteceu?” Perguntei, minha voz tremendo com medo da resposta. Será que aconteceu algo com Bruno.Ele demorou alguns segundos para responder, e o silêncio dentro do carro foi quase insuportável. Quando ele finalmente falou, minha respiração falhou.“O avião onde Leila, o pai de Bruno e a sua madrinha estavam…” Heitor pausou, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas e eu pensei que fosse desmaiar ali mesmo. “Eles tiveram uma pane no motor e precisaram fazer um po
**Maria Silva**A mão de Heitor acariciava meu rosto, o toque dele era cálido e provocante, como se quisesse fazer surgir ali uma faísca inevitável. Ele se aproximou, e meus lábios se entreabriram em expectativa. Seus olhos fixos nos meus pareciam contar histórias silenciosas, trazendo algo de suave e tentador ao mesmo tempo. Senti o coração bater mais rápido, e naquele instante me perdi, querendo sentir o gosto dele, o calor do beijo que parecia se aproximar lentamente.Mas Heitor se afastou, me olhando com um brilho nos olhos. De alguma forma, ele sabia exatamente como mexer comigo sem ultrapassar os limites.“O que acha de pedirmos uma pizza?” Ele falou, rompendo a tensão que crescia entre nós. A voz dele soava despreocupada, mas eu podia jurar que por trás daquele convite havia o mesmo desejo que eu sentia.“Eu acho…” murmurei, sem saber ao certo como responder. E antes que pudesse acrescentar qualquer coisa, senti o peso do sono dominar meu corpo. Em um instante, tudo escureceu.
**Maria Silva**Ao amanhecer, senti uma calma estranha, como se algo em mim estivesse decidido a mudar. Eu estava ansiosa, não podia negar. A enfermeira me garantiu que cuidaria bem de Benício enquanto eu estivesse fora, e eu sabia que precisava desse tempo para espairecer. Ou iria enlouquecer. Embora meu coração estivesse pesado, não pude evitar a sensação de alívio por ter algumas horas longe das tensões da casa.Troquei de roupa, tentando me convencer de que aquele passeio com Heitor seria uma forma de fugir de tudo, mesmo que por algumas horas. Assim que abri a porta do meu quarto, dei de cara com Bruno no corredor, como se o destino tivesse traçado esse encontro ou que a bola de cristal dele estava ligada. Ele estava saindo do quarto, e quando nossos olhares se cruzaram, o desejo de falar com ele se misturou ao medo. Não havia como evitar. Ele se aproximou com uma expressão séria, determinada, mas eu sabia que suas palavras seriam tanto um alívio quanto uma tortura."Maria, preci
**Maria Silva**“Que merda é essa aqui, Bruno?”O quarto estava escuro, o silêncio profundo, e somente a voz dela com a sua sombra na porta aberta. Ela procurou pelo interruptor e ligou a luz. Débora estava ali, parada na entrada, e logo o silêncio foi invadido por sua voz irritada.“O que está acontecendo aqui?” ela vociferou, os olhos faiscando. Bruno estava ali, no meu quarto, agora sentado ao lado da minha cama. Não esperávamos por esse show. Benício, já havia acordado com o susto e agora se agarrava a mim, assustado. Peguei-o no colo, tentando acalmá-lo enquanto observava aquela cena caótica.“Diga, Bruno,” Débora disparou, com a voz mais cortante que uma faca, “o que esta mulher está fazendo no seu quarto?”“Esse quarto é meu, e se puderem fazer o show de vocês longe do meu filho.”“O que essa prostituta está falando?”Bruno, aparentemente ainda meio sonolento, suspirou e olhou para ela com um olhar que parecia carregado de culpa e desculpas. “O Benício queria que eu ficasse a
**Maria Silva**A noite estava encantadora, e Heitor havia preparado tudo com uma perfeição de tirar o fôlego. O quintal da fazenda estava iluminado com luzes penduradas sobre a lareira ao ar livre. Do calor do fogo vinha o aroma acolhedor da madeira queimada, e uma travessa de marshmallows com varinhas de madeira nos esperava, junto a canecas de chocolate quente e algumas mantas confortáveis para nos aquecer do frio.A cena era como de um sonho. Benício, em seu entusiasmo infantil, estava no colo de Bruno, que vinha logo atrás de mim. Descemos o pequeno degrau em direção à lareira, e logo Heitor apareceu com um violão nas mãos, começando a tocar e cantarolar. A cada melodia, mais pessoas se juntavam a nós — trabalhadores da fazenda, alguns dos funcionários da casa, todos pareciam conhecê-lo bem. Era fácil ver que Heitor era muito querido ali, e aquela reunião ao redor do fogo tinha algo de mágico e reconfortante, como se fôssem todos uma grande família. "Assim ele parece o homem per
**Maria Silva**Eu e Heitor olhamos um para o outro e rimos, a expressão de Bruno era de um homem furioso, mas Maria não conseguiu se segurar e caiu na gargalhada. Bruno ficou irritado, seus olhos pareciam que iam explodir de raiva. Mas em minha espontaneidade, não consegui controlar o riso. O que poderia ter sido uma situação tensa se transformou em algo mais leve diante do olhar de fúria de Bruno, o que só fazia a cena parecer ainda mais ridícula para Maria.“Não estou achando graça nenhuma,” ele bufou, “espero que não demore, ninguém é obrigado a ficar esperando por vocês dois?” Bruno murmurou, quase com raiva.Eu sorri sem culpa, tentando me recompor. “Desculpe, vossa excelência, vamos acatar as suas ordens, longe de nós sermos mandados para a prisão por não ter cumprido sua sentença.”“Maria, não me irrite.”Bruno bufou, desconfortável com a situação. Ele sempre teve o controle sobre tudo, mas naquele momento parecia estar completamente fora de si. Pude sentir que ele não lidava