Maria Silva acreditava que seu passado sombrio estava enterrado, até o dia em que viu a foto de um homem que havia devastado sua vida. Determinada a confirmar sua morte, ela decide ir ao velório, sem imaginar que este encontro com a morte a conduziria a um destino inesperado. No velório, Maria se depara com Bruno de Alcântara e Leão, o juiz mais temido do Brasil, que é idêntico ao irmão falecido. Consumido pela sede de vingança, Bruno suspeita que Maria foi enviada pelo assassino de seu irmão. Obcecado e intrigado, ele inicia uma perseguição implacável para descobrir a verdadeira identidade dela e o motivo de sua presença no velório. Para Bruno, Maria é apenas mais uma oportunista querendo tirar vantagem da situação. No entanto, o que ambos não sabem é que um segredo profundo e pessoal os une de uma forma inesperada. Enquanto Bruno busca respostas e Maria luta para proteger seu passado, eles se veem entrelaçados em uma teia de mistério e revelações que poderá mudar suas vidas para sempre. Qual é o segredo que une esse casal improvável e como ele os forçará a confrontar seus próprios demônios?
Leer más**Luana Sartori**Como eu era inocente… Pensar que meu príncipe encantado estava bem ali, diante dos meus olhos, fazendo aquilo com outra mulher, me fez sentir como se estivesse vivendo um pesadelo. Não podia ser real. Minha mente lutava contra as imagens que se desenrolavam à minha frente, tentando me convencer de que era apenas uma alucinação, um engano, uma distorção cruel da realidade. Mas não era. O quarto onde Benício entrou com aquela mulher era envolto por uma meia-luz avermelhada, que projetava sombras longas e sinuosas pelas paredes. Aquilo me causava um arrepio na espinha, como se eu tivesse atravessado uma fronteira invisível e agora estivesse em um território desconhecido, proibido. Mas o que mais me chocou não foi a penumbra sedutora, e sim a completa ausência de qualquer indício de que aquele lugar fosse um quarto comum. Não havia cama, nem móveis convencionais, nem nada que lembrasse o aconchego de um lar. O que havia ali era algo completamente diferente. N
Capítulo 31**Luana Sartori**Estapeei seu rosto com toda a força que ainda restava em mim. Como uma louca. Como alguém que segurou essa dor por tempo demais.Benício não reagiu.Ele me deixou fazer aquilo.Me deixou colocar para fora toda a raiva que eu guardei por anos.Respirei fundo, sentindo as lágrimas arderem nos meus olhos. Mas eu não ia chorar. Não mais.Virei-me para ir embora.Dei dois passos antes de sentir sua mão forte agarrar meu braço, me puxando de volta para ele. Meu corpo colidiu contra o seu, e seu olhar queimava sobre mim.“Me solta, Benício.” Minha voz saiu baixa, quase um sussurro.Ele não obedeceu. Pelo contrário, se aproximou mais, seu rosto a centímetros do meu.“Você quer me odiar, mas seu corpo diz outra coisa.” Sua respiração quente roçou minha pele.Meu coração martelou no peito.Ele inclinou o rosto, e por um segundo, achei que fosse me beijar.Mas então ele parou.Sorriu de lado, cínico.E sussurrou algo que fez meu sangue gelar:“Você não sabe nem meta
O homem diante de mim era um estranho. O Benício que eu conhecia parecia ter desaparecido, consumido por algo primitivo e sombrio. Ele urrava enquanto me tomava com uma brutalidade que beirava a loucura, seu corpo dominando o meu sem hesitação. Eu não estava confortável, mas tampouco recuei. Deixei que ele continuasse, queria vê-lo despido de qualquer máscara, queria entender o monstro que habitava dentro dele.Não posso negar que o medo rastejava pela minha pele, uma sombra gelada que contrastava com o calor da nossa união. Meus dedos cravaram em seus braços, deixando marcas profundas em sua pele. Era um misto de dor e prazer, uma linha tênue que eu nunca pensei em atravessar. Mas ali estava eu, perdida nesse abismo de sensações. Será que eu estava me tornando como ele? Será que, ao provar desse lado obscuro, algo dentro de mim também havia mudado?Senti seu gozo quente escorrer dentro de mim, acompanhando o ritmo das últimas pulsações de seu corpo. Seu aperto em meu pescoço se inten
“Luana Sartori”“Benício?” Ele não respondeu de imediato. Seu olhar perdido no horizonte parecia carregar o peso do mundo. A luz prateada da lua realçava as linhas do seu rosto, tornando-o ainda mais hipnotizante. Ele parecia uma estátua grega, esculpida à perfeição, um deus caído que encontrava refúgio na solidão do mar. As costas largas e musculosas brilhavam sob o luar, a pele morena reluzia com o reflexo prateado da água. Meu coração apertou. Ele estava ali, mas sua mente vagava longe. Eu queria ser capaz de alcançá-lo, de arrancá-lo do turbilhão que o prendia. O desejo de tocá-lo era tão forte quanto a ânsia de entender o que se passava em sua alma. “Posso ser eu mesmo com você, Luana?” A voz dele saiu rouca, carregada de algo que eu não conseguia definir. “Você não vai ter medo de mim?” Aquelas palavras soaram como um sussurro carregado de segredos, de dor e de uma sombra que parecia persegui-lo. “Eu nunca tive medo de você,” respondi, e minha mão, quase por instinto,
**Luana Sartori**Perdida. Essa era a única palavra que conseguia definir o que sentia naquele momento. Meu corpo doía, minha cabeça latejava, e o ambiente ao meu redor parecia flutuar em uma névoa desconhecida. O pânico tomou conta de mim assim que abri os olhos e percebi que não fazia ideia de onde estava. Tentei me levantar, mas uma tontura avassaladora me fez afundar de volta no colchão rudimentar. O desconforto físico era intenso, mas nada se comparava ao medo que se instalava no meu peito. O que tinha acontecido comigo? Como fui parar ali? E, acima de tudo… onde estava Benício? Meu coração acelerou ao lembrar dos flashes confusos que atormentavam minha mente. Fragmentos soltos de lembranças vinham e iam como um sonho quebrado. A água, a escuridão, o som abafado de vozes. E então, nada. O vazio. Será que ele estava ali, em algum lugar, machucado como eu? Ou… não, eu não podia pensar nessa possibilidade. Benício era forte, determinado. Ele sobreviveria. Ele tinha que sobre
**Benício de Alcântara e Leão** Eu não podia acreditar no que estava vendo. Era demais para mim. O rosto à minha frente era igual ao meu, pelo menos o pouco que eu conseguia ver na escuridão. Até pensei que estivesse em um sonho ou até mesmo delirando. “Quem é você?” Minha voz saiu trêmula, talvez pelo susto ou pela emoção do momento. O cacique olhou para nós dois e disse algumas palavras enigmáticas: “Eu lhe disse que o seu passado estava mais perto do que você esperava.”Meu coração acelerou ainda mais. Me virei novamente para o homem à minha frente, tentando encontrar alguma lógica no que estava acontecendo. “Quem é esse homem? Ele se parece muito comigo.”A resposta veio firme, carregada de um peso que eu ainda não compreendia: “Eu sou Matheus de Alcântara e Leão.”Senti um arrepio subir pela minha espinha. Isso não era possível. “Matheus? Mas… você está morto.”Ele sorriu de lado, um sorriso que eu já havia visto antes, em fotos antigas que meu pai guardava. Mas, ao
**Benicio de Alcântara e Leão**Eu já estava farto de ser vigiado por aquela pessoa desconhecida. Seria algum guerreiro? Acredito que o cacique da tribo não deixaria alguém estranho rondando o seu espaço. Isso era óbvio. Quem quer que fosse que estivesse ali, estava com o consentimento deles. E ele sabia, sim, quem era.Corri para onde o homem estava e, como era de se imaginar, não tinha ninguém. Esse filho da puta sabia se esconder. A escuridão tornava tudo mais difícil, e não consegui ver se havia qualquer rastro. Voltei para onde a tribo estava reunida, sentindo os olhares curiosos que me seguiam, intrigados com a minha corrida repentina para fora da oca. O incômodo fervilhava em mim. Eu estava farto daquela sensação de ser caçado. Sem pensar duas vezes, fui até o cacique, decidido a obter respostas."Preciso falar com o senhor agora." Minha voz saiu firme, quase uma ordem disfarçada de pedido.Ele se levantou de onde estava vagarosamente e veio até mim. Seu olhar encontrou o meu,
**Benicio de Alcântara e Leão**O vento úmido da mata fechada parecia sussurrar segredos antigos, enquanto eu seguia aquela mulher estranha, meu coração batendo em um ritmo descompassado. Cada passo meu era um golpe seco no chão, minhas pernas bambas e a mente tomada por uma única imagem: Luana. Eu precisava dela viva, precisava sentir o calor do seu corpo, ouvir sua voz, saber que ela ainda estava comigo. O medo era uma faca afiada, cortando qualquer resquício da minha famosa frieza.“O que aconteceu, ela piorou?”A mulher que me guiava mantinha o rosto impassível, o que apenas aumentava minha angústia. Eu, que sempre tive o controle, agora me sentia um menino perdido, desesperado por uma resposta que ninguém me dava.“Preciso que você venha comigo,” ela disse, sem olhar para trás. “Me diga, o que aconteceu com a minha mulher?” Minha voz saiu rouca, quase um grunhido.“Venha e veja você mesmo.”Segui a passos largos, quase atropelando aquela mulher que caminhava com a calma irritant
**Benicio de Alcântara e Leão** Meus olhos foram cobertos por um tecido áspero, apertado o suficiente para me privar completamente da visão. Antes que eu pudesse reagir, senti o puxão firme em meus pulsos enquanto amarravam minhas mãos com uma corda rústica, a fibra áspera queimando minha pele. Tentei me soltar, mas os guerreiros eram mais fortes e não me deram chance. Em seguida, me ergueram com brutalidade, guiando-me por um caminho desconhecido. O solo irregular sob meus pés me fazia tropeçar a cada passo, e galhos secos estalavam sob o peso do meu corpo. O cheiro úmido da mata densa invadia minhas narinas, misturando-se ao suor frio que escorria pela minha nuca. O desespero crescia dentro de mim, e minha voz ecoava na escuridão enquanto eu exigia saber para onde estavam me levando. Mas o silêncio deles era implacável, tão sólido quanto as mãos que me seguravam, me empurrando adiante sem qualquer explicação. “Para onde estão me levando?” gritei, tentando soar autoritário, mas