Aline vivia uma vida tranquila até perder os pais em um trágico acidente, sendo forçada a morar com uma tia mesquinha e rigorosa. Determinada a mudar seu destino, ela se forma com honras em uma universidade prestigiada e decide seguir seu próprio caminho. Em sua nova jornada, um reencontro inesperado com uma amiga de infância lhe traz uma oportunidade em uma renomada empresa, trazendo esperanças de um futuro promissor. Mas tudo muda quando uma noite ao acaso com um estranho deixa consequências duradouras: Aline descobre estar grávida. Cinco anos depois, ela encara os desafios de ser mãe solo, lutando para sustentar e proteger seu filho. Quando ele adoece gravemente e precisa de um transplante que ela não pode pagar, Aline se vê obrigada a buscar ajuda de um homem que sempre a desejou, mas por quem ela nunca teve sentimentos. Desesperada, ela clama a Deus por forças, temendo perder o filho como perdeu seus pais. Após a cirurgia bem-sucedida, um encontro no hospital muda tudo. O menino reconhece uma presença familiar em um homem misterioso — o mesmo desconhecido que Aline jamais esperava reencontrar. Diante do passado e das verdades escondidas, o homem descobre que é o pai da criança e, agora como o CEO da empresa onde Aline trabalhava, exige respostas. Entre revelações emocionantes e um reencontro arrebatador, Aline e ele enfrentam o passado e o futuro, enquanto tentam encontrar redenção, perdão e um novo caminho juntos.
Ler maisImerso em seus planos para distrair e desestabilizar Clark, Jones ajustava os últimos detalhes de sua estratégia. Ele sabia que para ter sucesso precisava agir de forma meticulosa, e a execução estava marcada para aquela noite. Enquanto isso, no trigésimo segundo andar das Indústrias Parker, Clark revisava os últimos relatórios do dia. A noite já havia caído, e ele se preparava para encerrar mais uma longa jornada de trabalho. O som insistente do telefone em sua mesa interrompeu seus pensamentos. Clark olhou para a tela do aparelho, notando que o número era desconhecido. Por um instante, hesitou, mas, depois de alguns toques, decidiu atender. — Alô, quem fala? Uma voz feminina, visivelmente trêmula, respondeu do outro lado. — Clark, sou eu, Olivia. Desculpe incomodá-lo a essa hora, mas... — ela fez uma pausa como se estivesse tentando recuperar o fôlego — fui assaltada. Levaram meu carro, e eu estou tão assustada. Você pode vir me pegar? Clark franziu o cenho, surpreso pela liga
Clark avançava com passos firmes pelo corredor do trigésimo segundo andar da sede das Indústrias Parker. Seu semblante sério e ar imponente faziam com que todos os funcionários que cruzavam seu caminho o cumprimentassem prontamente. Havia algo no seu porte que inspirava respeito e autoridade, como se cada detalhe de sua presença reafirmasse sua posição de comando. Chegando à porta de sua sala, Clark a empurrou sem hesitação. O ambiente refletia sua personalidade: elegante, minimalista e altamente funcional. Ele mal teve tempo de ajeitar o paletó antes que sua assistente, Lessa, se aproximasse apressadamente, segurando uma prancheta com anotações. — Bom dia, senhor Johnson! — disse ela com um sorriso profissional, embora seu tom denunciasse um leve nervosismo diante da figura imponente do chefe. Clark assentiu enquanto caminhava até sua mesa. Ajustou-se em sua cadeira ergonômica, que parecia moldada para ele, e lançou um olhar breve para Lessa antes de perguntar: — Bom dia, Lessa.
Antes mesmo do evento chegar ao fim, Clark decidiu ir para seu apartamento. Sua cabeça latejava, o cansaço acumulado ao longo do dia pesava, e ele sabia que uma noite de descanso seria indispensável para enfrentar os desafios do dia seguinte.Ao chegar em casa, ele retirou o paletó, jogando-o displicentemente sobre o encosto do sofá. Abaixou-se para desamarrar os sapatos e, em seguida, seguiu diretamente para o quarto. Após um banho quente que ajudou a aliviar a tensão, Clark se deitou, mas demorou a pegar no sono. Sua mente vagava entre os pensamentos sobre o futuro, a empresa e... aquela noite inesquecível com uma mulher cujo rosto continuava gravado em sua memória. Na manhã seguinte, Clark despertou cedo, como era de costume. O céu ainda exibia tons alaranjados enquanto ele saía para sua caminhada matinal. Vestindo roupas esportivas, ele percorreu as ruas elegantes e movimentadas de Nova Iorque, sentindo o vento frio bater em seu rosto. A atividade o ajudava a clarear a mente e or
Após se despedir do pai, Clark subiu para o quarto, os passos firmes ecoando pelo corredor silencioso da mansão. A conversa com Dominic havia acalmado parte da tensão, mas o ressentimento em relação à Jones ainda ardia em seu peito. A mansão parecia fria e vazia, mesmo com toda sua grandiosidade, e isso só intensificava o desconforto de Clark. Ele entrou no quarto espaçoso e seguiu direto para o banheiro. A água quente do chuveiro escorria sobre seus ombros, aliviando parte do cansaço acumulado. Enquanto a névoa se formava ao seu redor, ele fechou os olhos e tentou clarear a mente. Mas, inevitavelmente, sua mente vagou para a mulher misteriosa daquela noite inesquecível. Cada detalhe voltava com uma intensidade que o perturbava — o perfume dela, o brilho dos olhos, o som da sua risada.— Quem é você? — murmurou para si, frustrado. A lembrança não lhe dava paz. Após o banho, Clark escolheu um traje elegante: um terno preto sob medida, camisa branca impecável e gravata em um tom discr
Enquanto Aline ainda lutava para digerir a surpreendente notícia da gravidez, a milhares de quilômetros de distância, Clark saía de mais uma reunião de negócios. O contrato que acabara de fechar era impressionante, mas seu semblante não refletia nenhum traço de satisfação. Enquanto flocos de neve caíam suavemente do céu, ele atravessou a calçada em direção ao carro que o aguardava, mergulhado em pensamentos sombrios.— Tudo certo, senhor? — perguntou o motorista, um homem mais velho, leal à família há anos, enquanto abria a porta do carro. Clark suspirou, ajeitando o sobretudo. — Apenas dirija, Arthur. Vamos para a mansão. O motorista assentiu e o carro deslizou pelas ruas de Chicago cobertas de neve. A cidade, embora linda sob a neve constante, parecia refletir o estado de espírito de Clark: fria e opressiva. Por mais que sua carreira fosse um exemplo de sucesso, sua vida pessoal parecia ser um emaranhado de decepções e ressentimentos. Ao chegar à mansão da família, uma construçã
O primeiro passo estava dado. Aline sentia-se aliviada por avançar, mas sabia que o caminho à frente seria difícil. O próximo desafio seria enfrentar Isadora, a amiga que havia traído sua confiança. Aline tentava não pensar no passado, mas, às vezes, a lembrança de seu ex-namorado e Isadora aos beijos voltava como um golpe inesperado. A dor em seu peito era inevitável, um lembrete de tudo o que havia perdido e do quanto precisaria de força para seguir em frente.Depois de um banho rápido, Aline vestiu seu pijama e preparou-se para dormir. Em frente ao espelho, com os cabelos ainda úmidos, começou a penteá-los lentamente, permitindo que sua mente vagasse. Foi inevitável: seus pensamentos a levaram até o homem desconhecido e a noite intensa que haviam compartilhado.Ela parou o movimento do pente por um instante, encarando seu reflexo no espelho. As emoções que sentia eram confusas. Por um lado, havia o arrependimento de não ter se despedido adequadamente ou deixado um meio de contato m
Na manhã seguinte, o sol dourado já atravessava as cortinas quando Aline despertou. O aroma inconfundível de café fresco misturado ao perfume suave e aconchegante de biscoitos de canela invadiu o quarto, trazendo-lhe um calor familiar que parecia envolvê-la em um abraço do passado. Ela espreguiçou-se lentamente, sentindo o conforto de estar novamente em um lugar tão carregado de memórias. Aceitar o convite de Jéssica para dormir em sua casa fora uma decisão acertada. Contudo, a tranquilidade daquela manhã não apagava a razão de sua visita àquela cidade. A missão que a trouxera ali estava mais clara do que nunca, e ela sabia que era hora de enfrentá-la. Descendo para o café da manhã, Aline foi recebida por Jéssica e sua mãe com um sorriso caloroso. A mesa estava posta com xícaras fumegantes de café, um prato cheio de biscoitos dourados e uma cesta de pães fresquinhos. — Dormiu bem? — perguntou Jéssica, enquanto passava manteiga em uma fatia de pão. — Sim, como uma pedra — respondeu
Quando Aline abriu a porta, seu coração deu um salto ao ver Jéssica parada ali, com a mesma expressão calorosa e acolhedora de sempre. Era como se o tempo tivesse recuado, apagando os anos de distância e trazendo de volta uma parte de sua infância. — Jéssica... é você mesmo? — A voz de Aline tremeu de incredulidade e emoção. Antes que Jéssica pudesse responder, Aline a puxou para um abraço apertado. As duas começaram a rir, dando pulinhos de alegria, como se fossem novamente as meninas despreocupadas que costumavam ser. — Não acredito que você está aqui! — Aline disse, finalmente se afastando o suficiente para encarar o rosto da amiga. — Eu estava passando e vi uma luz acesa. Não podia acreditar que era você! — respondeu Jéssica, sua voz transbordando entusiasmo. — Você voltou! Aline olhou ao redor, seus olhos repousando brevemente na casa que guardava tantas memórias. Um sorriso suave apareceu em seu rosto, misturado com uma ponta de melancolia. — Voltei... — ela murmurou
Estava anoitecendo quando o táxi parou diante da casa onde Aline havia passado uma infância repleta de alegria e momentos inesquecíveis ao lado de seus pais. O motorista olhou pelo retrovisor, curioso com o olhar distante da passageira. Aline pagou a corrida, agradeceu baixinho e saiu do carro, puxando a mala de rodinhas. Ela parou na calçada, encarando a fachada da casa. A pintura desbotada denunciava o tempo que havia passado desde a última vez que alguém cuidara do lugar. As janelas estavam fechadas, mesmo assim parecia que cada canto daquele lar ainda guardava os ecos de risadas e conversas. A rua, antes vibrante e cheia de vozes infantis, agora estava mergulhada em silêncio, com apenas o som distante de um cachorro latindo e as folhas balançando ao vento. Ela se lembrou de como costumava correr por ali com Carla, Beatriz e Jéssica, suas melhores amigas da infância. Lembranças de brincadeiras, risadas e aventuras preenchiam sua mente, e um sorriso involuntário surgiu em seus láb